1. Magnificação
Uma lente X é melhor para macro porque foca a 30 cm e a Y apenas a 40 cm?
Não.
Aliás, para uma lente macro quanto mais longe melhor (ver mais à frente Distância de Trabalho). Quem está a pensar usar alguma lente para macro deve ter em atenção o parâmetro "maximum reproduction ratio" ou "ampliação". Quanto maior o número melhor, mas atenção que muitas vezes é apresentado como um divisão, tipo 1:1 ou 1:2 e pode confundir-se com o f-stop da lente.
Uma lente macro "a sério" (macro dedicada) tem uma ampliação 1:1 (a Canon tem uma com 5:1!), enquanto que uma lente típica está à volta de 1:3. Nas lentes macro dedicadas a ampliação máxima consegue-se a distância de foco mínima e por isso é comum ter uma escala associada à distância de foco que indica qual é a ampliação que será conseguida.
Uma forma simples de calcular experimentalmente a ampliação máxima de uma lente qualquer é fotografar uma régua e dividir o comprimento visível pelo tamanho do sensor. Calcular com fórmulas matemáticas é difícil pois não são conhecidos todos parâmetros da lente necessários para o cálculo exacto da ampliação. Muitos dos parâmetros divulgados, nomeadamente a distância focal, são válidos apenas para o foco no infinito, o que claramente não é o que interessa para lentes macro.
Exemplos:
Nikon AF-S 18-55/3.5-5.6 (a lente do kit da D40)
Ratio: 1:3.2, foca a 0.28m
Canon EF-S 18-55 IS (a lente do kit da 450D)
Ratio: 1:3.2, foca a 0.25m
Canon EF-S 55-250 IS
Ratio: 1:3.2, foca a 1.1m
Sigma APO 70-300/4.0-5.6 DG Macro ("pseudo" macro)
Ratio: 1:2, foca a 0,95m
Reparem que a 18-55 e a 55-250 do ponto de vista da ampliação são a mesma coisa. Mas a 55-250 tem vantagem quando estamos a fotografar bichos, pois não precisamos de ficar tão encima deles. A Sigma, apesar de ter "Macro" no nome e 300mm só tem uma ampliação 1:2.
Finalmente, três lentes macro dedicadas:
Sigma Macro 50/2.8 EX DG
Ratio: 1:1, foca a 0,18m
Sigma APO Macro 150/2.8 EX DG HSM
Ratio: 1:1, foca a 0,38m
Nikon 70-180/4.5-5.6 AF Micro (não chega a 1:1, mas é o mais perto que há a zoom macro 1:1)
Ratio: 1:1.3, foca a 0,37m
2. Distância de Trabalho
A distância de trabalho é a distância que fica entre o elemento frontal da lente e o objecto fotografado. Normalmente, quanto mais longa a lente, maior a distância de trabalho. Isto é particularmente útil quando se fotografam insectos ou quando é necessário espaço para iluminar o objecto adequadamente (uma lente muito próxima pode fazer sombras ou reflexos indesejados sobre o objecto).
3. Foco e DoF vs. Abertura máxima e "Camera Shake"
É muito difícil fazer macro handheld. Por um lado é necessário usar aberturas pequenas para conseguir o DoF necessário. E mesmo assim o DoF será muito estreito. Por outro lado, a proximidade do objecto amplia o efeito do "camera shake". Com flash, e em certa medida com a estabilização de imagem, consegue evitar-se o "camera shake" lateral, mas não resolve o "camera shake" vai-e-vem que posiciona o foco na posição errada.
Já agora, a abertura efectiva da uma lente é reduzida em modo macro. As Nikons apresentam a abertura efectiva enquanto que Canon apresentam abertura do diafragma.
Por isso a utilização de tripé é, em última análise, a única forma de conseguir macros nítidas. É até comum substituir a focagem na lente por um rail que permite ajustar a câmara para a frente e para a tras (como nos microscópios). Neste caso a lente é focada manualmente na ampliação desejada e a posição do plano de foco é controlada exclusivamente pelo parafuso do rail.
4. Alternativas a lentes macro dedicadas
Tubos de extensão
Os tubos de extensão mais baratos perdem o AF (como se isso interessa-se), enquanto que outros mais caros mantém-se. Em algumas configurações perde-se também o metering e/ou a confirmação de foco.
Filtros Close-up
Filtros Close-up: As Raynox DCR-150 e DCR-250
Lentes invertidas
http://forum.zwame.pt/showthread.php?t=324886
Uma lente X é melhor para macro porque foca a 30 cm e a Y apenas a 40 cm?
Não.
Aliás, para uma lente macro quanto mais longe melhor (ver mais à frente Distância de Trabalho). Quem está a pensar usar alguma lente para macro deve ter em atenção o parâmetro "maximum reproduction ratio" ou "ampliação". Quanto maior o número melhor, mas atenção que muitas vezes é apresentado como um divisão, tipo 1:1 ou 1:2 e pode confundir-se com o f-stop da lente.
Uma lente macro "a sério" (macro dedicada) tem uma ampliação 1:1 (a Canon tem uma com 5:1!), enquanto que uma lente típica está à volta de 1:3. Nas lentes macro dedicadas a ampliação máxima consegue-se a distância de foco mínima e por isso é comum ter uma escala associada à distância de foco que indica qual é a ampliação que será conseguida.
Uma forma simples de calcular experimentalmente a ampliação máxima de uma lente qualquer é fotografar uma régua e dividir o comprimento visível pelo tamanho do sensor. Calcular com fórmulas matemáticas é difícil pois não são conhecidos todos parâmetros da lente necessários para o cálculo exacto da ampliação. Muitos dos parâmetros divulgados, nomeadamente a distância focal, são válidos apenas para o foco no infinito, o que claramente não é o que interessa para lentes macro.
Exemplos:
Nikon AF-S 18-55/3.5-5.6 (a lente do kit da D40)
Ratio: 1:3.2, foca a 0.28m
Canon EF-S 18-55 IS (a lente do kit da 450D)
Ratio: 1:3.2, foca a 0.25m
Canon EF-S 55-250 IS
Ratio: 1:3.2, foca a 1.1m
Sigma APO 70-300/4.0-5.6 DG Macro ("pseudo" macro)
Ratio: 1:2, foca a 0,95m
Reparem que a 18-55 e a 55-250 do ponto de vista da ampliação são a mesma coisa. Mas a 55-250 tem vantagem quando estamos a fotografar bichos, pois não precisamos de ficar tão encima deles. A Sigma, apesar de ter "Macro" no nome e 300mm só tem uma ampliação 1:2.
Finalmente, três lentes macro dedicadas:
Sigma Macro 50/2.8 EX DG
Ratio: 1:1, foca a 0,18m
Sigma APO Macro 150/2.8 EX DG HSM
Ratio: 1:1, foca a 0,38m
Nikon 70-180/4.5-5.6 AF Micro (não chega a 1:1, mas é o mais perto que há a zoom macro 1:1)
Ratio: 1:1.3, foca a 0,37m
2. Distância de Trabalho
A distância de trabalho é a distância que fica entre o elemento frontal da lente e o objecto fotografado. Normalmente, quanto mais longa a lente, maior a distância de trabalho. Isto é particularmente útil quando se fotografam insectos ou quando é necessário espaço para iluminar o objecto adequadamente (uma lente muito próxima pode fazer sombras ou reflexos indesejados sobre o objecto).
3. Foco e DoF vs. Abertura máxima e "Camera Shake"
É muito difícil fazer macro handheld. Por um lado é necessário usar aberturas pequenas para conseguir o DoF necessário. E mesmo assim o DoF será muito estreito. Por outro lado, a proximidade do objecto amplia o efeito do "camera shake". Com flash, e em certa medida com a estabilização de imagem, consegue evitar-se o "camera shake" lateral, mas não resolve o "camera shake" vai-e-vem que posiciona o foco na posição errada.
Já agora, a abertura efectiva da uma lente é reduzida em modo macro. As Nikons apresentam a abertura efectiva enquanto que Canon apresentam abertura do diafragma.
A estabilização de imagem não é de grande utilidade em distancias macro. A vantagem de uma lente tipo Nikkor 100/2.8 VR é sobretudo servir também como uma lente tele média. Há até quem goste de usar para retrato.
Por isso a utilização de tripé é, em última análise, a única forma de conseguir macros nítidas. É até comum substituir a focagem na lente por um rail que permite ajustar a câmara para a frente e para a tras (como nos microscópios). Neste caso a lente é focada manualmente na ampliação desejada e a posição do plano de foco é controlada exclusivamente pelo parafuso do rail.
4. Alternativas a lentes macro dedicadas
Tubos de extensão
Os tubos de extensão são mais para estúdio ou situações com *muita* luz (mas mete muita nisso). Só com um bom flash bem adaptado para macro é que se podem usar em exterior.
Os tubos são mais chatos, tens que tirar a lente, encaixar, enroscar, meter a lente, depois queres tirar uma foto rápida e não podes, porque tens aquilo tudo ali montado ... e se não estiveres a usar numa lente que tenha anel de abertura tornam-se um tanto ou quanto complicados de usar. Pela simplicidade e rapidez recomendo os filtros, até porque os tubos de extensão são mais para quem tem lente macro e quer puxar mais por ela
Os tubos de extensão mais baratos perdem o AF (como se isso interessa-se), enquanto que outros mais caros mantém-se. Em algumas configurações perde-se também o metering e/ou a confirmação de foco.
Filtros Close-up
Os filtros macro são bem porreiro, facílimos de transportar e rápidos de meter/tirar na lente. Nos mais potentes (10+) só vais ter nitidez mesmo no centro, e mesmo assim tem que ser com uma abertura descomunal (nunca menos de f/8).
Eu costumava usar o 4+ ou até mesmo o (4+)+(2+) (dá para usar até todos, mas não recomendo ) e obtinha bons resultados, mas sempre no centro da imagem e arredores, nas extremidades é para a desgraça, mas por meia dúzia de tostões não se podia esperar o 3º milagre de fátima
Eu recomendo, para quem quiser fazer umas brincadeiras em macro.
ps: eu usava com a lente 18-55 e com a 55-200, se bem que com esta última não podia passar dos 70 ou 80mm, daí para a frente a nitidez desaparecia por completo. Também usava o de 1+ para conseguir focar com a 55-200 de mais perto, e aí já podia ir aos 200mm, mas só mesmo com o 1+
Filtros Close-up: As Raynox DCR-150 e DCR-250
Dentro das opções mais baratas é a melhor opção em termos de relação preço/IQ/facilidade de uso.
Dá uma vista de olhos no DCR-150 aumenta menos mas em contrapartida dá mais DoF.
Os numeros são de cabeça:
Raynox 250 - Lente 70mm -> 1:1
Raynox 150 - Lente 70mm -> 1:2
Raynox 150 - Lente 135mm - > 1:1
Raynox 150- Lente Pentax 55-300 -> 1,7:1
Raynox 250- Lente Pentax 55-300 -> 2,7:1 (mas o dof é minusculo).
Pelo que tenho lido numa zoom longa 250-300mm é muito mais facil obter bons resultados com o DCR-150.
Tamron 90 + DCR250 ->1.67:1
Canon 55-250 IS lens @ 55mm + DCR250 -> 0.6:1
Canon 55-250 IS lens @ 250mm + DCR250 -> 2.5:1 (DoF minúsculo)
Lentes invertidas
http://forum.zwame.pt/showthread.php?t=324886
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