SNES Tales of Phantasia (Wolfteam)

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Tales of Phantasia é um RPG desenvolvido pela WolfTeam, mais tarde Tales Studio (na altura, parte integrante da Telenet) e publicado pela Namco para a Super Nintendo em 1995. O jogo é baseado num romance de Yoshiharu Gotanda, o programador do jogo (e hoje co-fundador e presidente da Tri-Ace) chamado Tale Phantasia, ao longo do desenvolvimento a Namco requisitou que o nome fosse alterado para Tales of Phantasia e outras alterações de fundo como a remoção da história de Dhaos, a alteração dos nomes de todas as personagens jogáveis e o abandono dos character designs do artista original do jogo, Yoshiaki Inagaki a favor dos de Kōsuke Fujishima (um mangaka de renome). Similarmente, Masaki Norimoto, Game designer estava insatisfeito como o jogo estava posicionado com o seu branding e Joe Asanuma estava disatisfeito com a sua demoção de director a favor de Eiji Kikuchi. E estes protestos colidiram com o desenvolvimento do jogo durante um ano.

Após o jogo ser lançado, Gotanda, Norimoto e Asanuma abandonaram a Telenet e fundaram a tri-Ace, juntamente com muitos membros da Wolf Team que haviam apoiado e defendido os mesmos durante a controvérsia, incluindo nomes relevantes como Hiroya Hatsushiba, Yoshiaki Inagaki, Mari Kimura, Kenichi Kanekura e Shigeru Ueki.

A certa altura a Nintendo esteve interessada em publicar o jogo, mas acabou por recusar o projecto por quão tarde no ciclo este vinha, com a próxima geração de consolas à porta, nomeadamente a Nintendo 64. O acordo com a Namco conferia-lhes os direitos/copyright do jogo, e o direito a usar a sua marca registada e por isso continuaram a desenvolver jogos da série tornando-a no que ela é hoje, o terceiro RPG mais popular no japão, muito depois do seu autor original o ter abandonado.

Tales of Phantasia é um dos jogos SNES mais evoluidos tecnológicamente, tratando-se do primeiro cartucho com 48 *****'s e o primeiro jogo a ter som surround, streamed voice-overs e musica cantada.


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Onde comprar?

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-> http://www.play-asia.com/paOS-13-71-6s-77-8-49-en-15-tales+of+phantasia-70-ork-43-99.html

Tópico(s) Relacionado(s):

-> [NGC] Tales of Symphonia (prequela)
-> [Wii] Tales of Symphonia 2: Dawn of the New World (sequela da prequela)
 
Última edição:


Tales of Phantasia (ToP) é o primeiro jogo de uma das mais conhecidas sagas de RPGs da indústria, tendo sido lançado no final de vida da SNES, em 1995, sendo considerado como mais um dos grandes RPGs desta consola e um dos jogos que melhor aproveitou as potencialidades técnicas da 16 Bits da Nintendo. ToP foi desenvolvido pela agora famosa Wolf Team, da Namco, tendo sido escrito por Yoshiharu Gotanda, projetado por Masaki Norimoto e a banda sonora da autoria de Motoi Sakuraba. Infelizmente, a versão SNES não saiu do Japão, pelo que os Ocidentais tiveram de esperar pelo lançamento de versões mais tarde relançadas para PlayStation, Game Boy Advance e PlayStation Portable.

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A história de ToP é baseada num novel japonês que nunca chegou a ser publicado, chamado Tale Phantasia, misturando diversos elementos de mitologia nórdica com ficção cientifica. O jogo conta a história de Cless Alvein, um jovem que vive na simpática aldeia de Totus e que um dia, igual a tantos outros, vai com o seu amigo Chester caçar na floresta. Ao regressarem descobrem que a aldeia foi destruída e os seus habitantes foram assassinados por desconhecidos, no entanto, o pai de Cless, Miguel Alvein, antes de morrer consegue dizer ao seu filho que os autores daquela carnificina estavam atrás do colar que Cless tinha recebido de seu pai.

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E assim tem-se início a incrível aventura de Cless Alvein, que parte da sua vila sem a menor ideia do fardo que carregava e da importância que o aparentemente inofensivo colar tinha na missão de proteger o mundo. Como é habitual nos RPGs, rapidamente outros guerreiros aceitam acompanhar Cless na sua demanda, nomeadamente Chester Barklight, arqueiro e melhor amigo de Cless, que quer a todo o custo vingar a morte da sua irmã de cinco anos, Mint Adnade, a jovem curandeira que capta a atenção de Cless, Arche Klaine, uma meia-elfa com incríveis poderes, Klarth F.Lester, um invocador de espíritos, sedento de sabedoria e que funciona com o elemento de maior experiencia do grupo e, por fim, Suzu, um jovem ninja.

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O port na PS1 apresentou um grafismo ainda melhor

Um dos maiores trunfos de ToP é, sem dúvida, a humanidade dos personagens. São pessoas comuns, que erram, tem defeitos e falhas e que muitas vezes sem veem obrigados a agir não propriamente devido a um heroísmo acéfalo, tão característico em historias de heróis, mas sim devido a razões de sobrevivência. A história é bastante agradável, com a narrativa a manter-se interessante ao longo de toda a aventura, muito contribuindo para isso os toque de humor refinado que a Namco muitas vezes nos presenteia.

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O port GBA foi a primeira oportunidade para os europeus jogarem ToP. Hoje é um dos jogos mais raros do GBA

Um dos maiores destaques de ToP é seu sistema de batalha, batizado simplesmente de LMB ( Linear Motion Battle ). Este sistema foi totalmente revolucionário na época, ao eliminar os tradicionais combates por turnos, adotando um inovador sistema de batalhas em tempo real,fortemente inspirado nos fighting em scroll horizontal, tão em voga na primeira metade dos anos 90. Assim, controlamos Cless e podemos darordens a seu grupo, atacar os oponentes e executar vistosos combos. Relembro que nos anos 80 e 90 o sistema de combate por turnos era rei e senhor no género, essencialmente por ser a forma mais simples de contornar as limitações técnicas do hardware, sendo por isso de elogiar a coragem e inovação da Namco em querer incorporar um sistema de combate em tempo real num 16 Bits.

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Outro dos pontos muito positivos é a OST, sendo ToP sem dúvida um dos cartuchos que melhor tirou partido das capacidades sonoras da velhinha SNES, ao ponto de no port PS1 e GBA a banda sonora continuar a ser de topo. Neste domínio, outra das inovações do jogo foi a inclusão de clips de voz durante as batalhas, assim como uma excelente opening animada e cantada. Para haver espaço para estas estravagâncias técnicas (para a época, claro está), a Namco teve de colocar o jogo num cartucho de 48 megas, tornando assim ToP num dos maiores cartuchos da SNES.

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Tales of Phantasia é um dos maiores e melhores RPGs do seu tempo, reservando com mérito um lugar de honra na biblioteca da SNES e na história dos videojogos. Para muitos fãs, Phantasia é o melhor Tales of de uma série que, nos últimos anos, tem recebido inúmeras novas entregas (muitas delas com qualidade pouco acima do mediano), pelo que a experimentação deste titulo se reveste de obrigatoriedade para todos os fãs do género. Mais uma pérola do excelente catálogo da SNES.

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The History Behind Tales of Phantasia​
 
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