Situações não cobertas pelas garantias dos fabricantes de portáteis

drmad

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Situações que não são cobertas pelas garantias dos fabricantes de equipamentos portáteis

Hoje em dia é normal a maioria das pessoas já ter utilizado ou possuir um portátil de uma das várias marcas disponíveis no mercado nacional ou internacional, no entanto os cuidados a ter com estes equipamentos diferem dos cuidados a ter com um computador de secretária.
As marcas mais conhecidas enviam, juntamente com os equipamentos que comercializam, um manual com as instruções de funcionamento e por vezes um certificado de garantia com os direitos e limites da garantia do respectivo equipamento. Cabe ao utilizador fazer uma leitura atenta dos documentos enviados, em vez de, se limitar a colocá-los directamente no lixo ou arrumá-los na arrecadação, juntamente com a caixa do computador.
Apresentaremos, de seguida, algumas das situações usuais que invalidam (ou podem invalidar) a garantia dos equipamentos. Mas antes, temos, obrigatoriamente, de fazer a distinção entre garantia e seguro, uma vez que são dois conceitos que as pessoas normalmente confundem.

As definições aqui apresentadas encontram-se no dicionário de Língua Portuguesa da Porto Editora.


Garantia = documento que assegura junto de um comprador a qualidade de um produto ou serviço, responsabilizando o fabricante ou vendedor pelo seu funcionamento, durante um determinado período de tempo (ver limites em DL 84/2008)


Seguro = contrato pelo qual o segurado se obriga ao pagamento de certa quantia e o segurador se compromete a indemnizar o primeiro ou um terceiro, no caso de se verificar qualquer dos riscos assumidos (ver cláusulas da apólice)

Danos voluntários vs Danos involuntários
Os utilizadores frequentemente queixam-se que os danos físicos (logo não abrangíveis pela garantia) foram feitos involuntariamente, pelo que não sendo culpa dos utilizadores a reparação/substituição dos mesmos deveriam ser assegurados gratuitamente pelos fabricantes.
Independentemente, se os utilizadores causaram o dano voluntariamente ou involuntariamente, o fabricante não pode assumir os custos relativos a tais danos por parte dos utilizadores, uma vez que a garantia de qualquer equipamento não constitui um seguro do bem.
Se o utilizador possuir o equipamento coberto por um seguro, poderá activar esse seguro para que a seguradora assuma a responsabilidade dos danos e pague a reparação do equipamento mas realça-se que não é da responsabilidade da marca/fabricante a reparação do dano físico, em termos da garantia do equipamento.

Qual a diferença entre intervenção e reparação?
A intervenção contempla os actos praticados pelos técnicos que podem não implicar a reparação propriamente dita. O equipamento pode estar em intervenção (por exemplo, para orçamento) e ainda não ter sido reparado. A intervenção é assim a soma de todos os passos efectuados pelos técnicos. A reparação é o acto praticado pelos técnicos em que o equipamento é arranjado (dentro ou fora da garantia).

Custos de orçamento?
A elaboração de orçamentos pode estar ou não sujeita a custos, devendo o utilizador questionar a marca sobre esse facto, antes de solicitar o seu orçamento.
Há marcas que cobram pelo orçamento efectuado, enquanto que outras cobram apenas em caso de recusa do mesmo. Neste último caso, os fabricantes podem indicar que o orçamento é gratuito. Esta indicação encontra-se correcta, uma vez que se o utilizador aceitar o orçamento, não terá quaisquer custos pelo facto de ter pedido o orçamento, sendo apenas cobrado os custos de intervenção de um técnico, no caso de recusar o orçamento.

Salvaguarda de dados (vulgo backup)?
Todas as marcas/fabricantes informam os clientes através dos manuais/certificados de garantia que acompanham os equipamentos que não são responsáveis pela informação contida no equipamento em caso de avaria, sendo da responsabilidade do cliente a realização dos backups frequentemente.
Desta forma, o cliente que não queira ver a sua informação pessoal perdida, deverá realizar os respectivos backups ou solicitar esse serviço aos fabricantes, que é realizado com a contrapartida do pagamento de uma certa quantia e realizável quando a avaria o permite (ex.: se o disco estiver avariado, poderá não ser possível realizar o backup).

Situações que podem ser consideradas como fora de garantia pela Assistência Técnica das diversas marcas:
 
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Mau manuseamento do equipamento/Danos físicos


Carregador partido/roído/trilhado/cortado/remendado/queimado
O carregador e respectivo cabo AC/DC fazem parte do equipamento, pelo que a sua manutenção nas melhores condições é o dever de cada utilizador. Desta forma, danos físicos provocados por mau manuseamento como é o caso de ligações partidas, cabos roídos ou trilhados ou cortados, carregadores queimados por picos de tensão pública e cabos remendados pelos utilizadores podem invalidar a garantia de fábrica. O fabricante face às situações aqui descritas pode exigir do utilizador a aquisição de um novo carregador ou informar o utilizador que os termos de garantia ficam/ficaram afectados pela utilização do carregador em condições indevidas.
O uso de carregadores chamados de universais pode também constituir motivo de recusa de prestação da garantia, uma vez que durante o período de garantia (de qualquer equipamento), o utilizador tem de usar peças originais fornecidas pelo fabricante. Após este período, pode o utilizador, adquirir qualquer peça não original e usá-la com o equipamento.
Os carregadores universais, por vezes, deixam passar flutuações de corrente que podem ser prejudiciais ao equipamento. Dado o vasto leque de opções e diferentes fabricantes de carregadores universais, o fabricante do portátil não pode, com toda a certeza, testar todos os carregadores universais e assegurar que a sua utilização com o seu equipamento não constitui um perigo para o funcionamento do mesmo. Logo apenas com o original, é possível garantir o bom funcionamento do portátil.



Plásticos da caixa (covers) dos equipamentos partidos/derretidos/estalados
A caixa de plástico do equipamento (também designada em inglês por “cover”) resiste às temperaturas a que o equipamento chega em condições de normal funcionamento, sem provocar danos físicos na mesma. Desta forma, danos tais como: peças partidas, plástico derretido ou estalado advêm, por norma, de mau manuseamento do equipamento pelo utilizador, não estando por isso cobertas pela garantia. Se o utilizador tiver seguro contra quedas ou com outras coberturas, poderá ter a possibilidade de solicitar o arranjo, activando o seguro.


Entradas/Saídas danificadas/partidas/obstruídas (USBs, leitor cartões, auscultadores, microfone)
Tem vindo a ser usual a tentativa, por parte dos utilizadores, em colocar os diferentes conectores em portas não específicas para o efeito e, em muitos casos, forçar a entrada para que o conector entre. Se bem que, por exemplo, colocar uma ficha USB na entrada de rede não danifique o equipamento já o contrário irá danificar (já apareceram destes casos), assim como colocar as fichas USB ao contrário e partir o conector da motherboard ou arrancar literalmente os cabos áudio do equipamento, deixando o conector metálico dentro da entrada áudio. Estas situações não estão cobertas pela garantia, sendo normalmente apresentado orçamento de reparação ao utilizador do equipamento.




Existência de cotão/pó dentro do portátil
Os equipamentos portáteis devido à sua dimensão e ao diminuto espaço livre existente no seu interior estão sujeitos a um maior aquecimento e a uma maior extracção de ar para arrefecer os componentes. Consequentemente, o trabalho da ventoinha será redobrado pelo que a possibilidade de a mesma aspirar pó e outra sujidade que se encontre ao pé da ventoinha é superior. Desta forma é importante que os utilizadores usem os equipamentos em superfícies planas e minimamente limpas para reduzir a entrada de pó para o interior dos equipamentos.
A limpeza interior dos equipamentos é permitida por algumas marcas, enquanto que outras impedem o acesso dos utilizadores ao interior dos equipamentos para evitar males maiores. É muito habitual ver-se utilizadores a limparem equipamentos electrónicos sem o mínimo de consciência para as consequências que uma descarga electrostática poderá fazer ao equipamento que estão a manusear. Outros há, que achando-se com competência para intervenções técnicas, abrem os equipamentos, limpam-nos literalmente por completo e depois ao ligar admiram-se que o processador e board tenham queimado pois “apenas” limparam a “goma suja” entre o processador e o dissipador (massa térmica) … situação verídica – orçamento ao cliente 300 euros entre processador, board e mão-de-obra.
Uma limpeza prévia das zonas onde se utilizam os portáteis é suficiente para prevenir em grande parte problemas de aquecimento e possíveis aberturas não autorizadas das máquinas.



TFT partido/estilhaçado/com manchas pretas
Os TFTs são componentes frágeis pelo que o seu manuseamento deve ser o adequado para evitar danos nos cristais constituintes do ecrã TFT. À semelhança dos ecrãs das calculadoras que quando partidos o mercúrio presente no ecrã espalha-se e fica com tons escuros, também o TFT pode partir ainda que não dê para sentir ao tacto os “cristais líquidos” do TFT.
O ecrã TFT pode estar todo estilhaçado e mesmo assim quando os utilizadores passam o dedo no ecrã, não sentem qualquer irregularidade pois o vidro do exterior é relativamente maleável e não racha com facilidade, dando a ilusão ao utilizador que o ecrã não está partido.
Outra situação também muito usual é o cliente descrever manchas pretas no portátil, estas manchas em mais de 99% dos casos são derivadas a ecrãs partidos, pelo que a situação não está abrangida pela garantia, podendo ser necessário reparar/substituir o ecrã.

Situações verídicas dadas pelos utilizadores para justificar a quebra do ecrã:
- Em Dezembro: Estava a usar o portátil, há várias horas, a jogar jogos pesados e como tal estava muito quente, quando abri a janela, entrou o frio e ouvi um “crac” e o ecrã apareceu estalado.
- Não sei o que se passou… deixei o computador na estante ontem à noite e quando abri hoje, o ecrã estava partido.
- À frente de um técnico (exemplificando): Não sei o que terá passado, eu apenas apoie-me com os cotovelos em cima do portátil.

Situações mais frequentes para a quebra involuntária do ecrã:
- Equipamento caiu e partiu o ecrã
- Pressão exagerada sobre o ecrã
- Fecho do portátil com força exagerada
- Fecho do portátil com um objecto entre o ecrã e o teclado



TFT com danos por torção do ecrã (alteração da imagem, consoante torção do ecrã)
Os ecrãs TFTs, como já foi indicado, são bastante frágeis pelo que é necessário um especial cuidado com o mesmo para evitar danos físicos. Os portáteis devem ser abertos, levantado o ecrã pelo meio do ecrã, no caso da sua dimensão ser inferior ou igual a 14’’ ou por ambos os lados (usando ambas as mãos) caso seja superior a 14’’. A não utilização desta regra simples pode causar torção no ecrã, fazendo com que o mesmo apresente algumas falhas na imagem, não relacionadas com a qualidade do material ou avaria do mesmo mas sim com um manuseamento incorrecto por parte do cliente. Alguns fabricantes consideram este defeito como mau manuseamento, pelo que a correcção do defeito poderá ser cobrada aos clientes. Para analisar esta questão, o utilizador pode realizar um teste rápido para descobrir se o equipamento está dentro ou fora de garantia: mexer num canto do ecrã (sem alterar a inclinação do mesmo, com uma mão a segurar o outro canto) e verificar se a imagem altera com o movimento. Se a imagem dada no ecrã se alterar, poderá se tratar de torção do ecrã.

Dobradiças Partidas/estaladas ou com o plástico partido/estalado
Esta situação tem direito a categoria própria uma vez que na sua maioria são danos causados pelos utilizadores ao não abrirem o ecrã do equipamento, utilizando o procedimento referido no ponto anterior. O abrir apenas com uma mão, por um dos lados do ecrã poderá exercer demasiada pressão/força nas dobradiças, causando problemas na dobradiça propriamente dita e por vezes estalando/partindo a cover de plástico que cobre a dobradiça. Se bem que, por vezes, algumas marcas substituem os plásticos das dobradiças, essa prática tem vindo a cair em desuso, sendo actualmente cobrada pela maioria das marcas pois normalmente não é um problema do hardware mas sim um mau manuseamento por parte do utilizador.
 
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Teclado com teclas partidas/soltas
Os teclados, tal como os restantes componentes de um equipamento portátil, são relativamente frágeis pelo que a existência de teclas partidas/soltas poderá dever-se a uma pressão exagerada das teclas e, como tal, poderá ser considerado como mau manuseamento do equipamento. Estas situações são sempre analisadas para determinar com certidão qual a razão para o defeito verificado: mau manuseamento ou defeito de fabrico. O que é relativamente curioso é que a maioria das teclas que são reportadas como partidas/soltas são as seguintes: teclas direccionais, espaço, A, S, D, W. Estas situações são bem analisadas pois sabe-se que estas teclas são mais usadas para jogos e poderão estar sujeitas a maior esforço/pressão que as restantes. A tecla “espaço” por vezes sai do sítio ou os encaixes são partidos pelos utilizadores pois a pressão é exercida de um dos lados em vez de ser exercida uma pressão moderada no centro da tecla.
A resolução destas situações pode passar pela substituição da tecla danificada ou pelo teclado completo.

Líquidos derramados sobre o portátil
Nenhum equipamento está preparado para operar normalmente caso um líquido seja derramado no seu interior (ou no exterior mas como possibilidade de passar para o interior). Nos casos em que esta situação ocorre, os utilizadores tentam limpar de imediato o exterior dos equipamentos e ligam os mesmos para que estes aqueçam e possam secar o líquido presente no interior. Nos casos dos portáteis, o ligar o portátil após um acontecimento deste tipo poderá revelar-se fatal para o mesmo. Os principais líquidos derramados sobre um portátil são: água, leite, sumos, cerveja, vinho, etc.
Estas situações, originadas por negligência do utilizador, não estão cobertas pela garantia, sendo elaborados orçamentos para apresentação ao dono do equipamento.

Abertura não autorizada do equipamento

Selos/Hologramas violados/arrancados/levantados (interiores ou exteriores)
O modo de verificação de abertura não autorizada dos equipamentos varia de marca para marca, sendo os métodos mais habituais os selos interiores ou exteriores, tinta nos parafusos, entre outros.
Caso os métodos de protecção do interior do equipamento sejam violados, o fabricante poderá imputar os custos de intervenção ao utilizador do equipamento. Estas protecções destinam-se a proteger os equipamentos de aberturas por parte de técnicos/pessoas não qualificadas que não cumpram as normas de segurança para o manuseamento de equipamento informático. Durante o período de garantia, o fabricante pode exigir dos utilizadores que a intervenção seja apenas efectuada por técnicos especializados da própria empresa ou com quem tenha acordos de reparação. Após este período, o utilizador pode livremente intervencionar o equipamento e efectuar as alterações que assim pretender.
Alguns fabricantes permitem que os utilizadores alterem livremente alguns componentes, dentro de garantia mas se os equipamentos necessitarem de intervenção dentro de garantia, exigem que o equipamento seja enviado com os componentes originais para ver qual o problema do mesmo. Obviamente que os selos interiores dos componentes, que não podem ser alterados, têm de estar intactos.
Durante o período de garantia, o equipamento apenas deve ser manuseado pelo fabricante para garantir o bom funcionamento, não podendo o utilizador remover/danificar as protecções do fabricante. Se estas condições forem cumpridas, o utilizador dispõe da garantia, sem custos, durante o período acordado.

Parafusos moídos/inexistentes
A existência de parafusos com a cabeça moída ou mesmo a inexistência de parafusos pode significar a invalidação da garantia para o equipamento nesta situação. É essencial manter o equipamento em boas condições sem tentar abrir o equipamento durante o período da garantia, pelas razões já enunciadas no ponto acima.

Partes plásticas com danos de abertura forçada/arrancados/partidos
Todos os danos relacionados com abertura forçada, peças partidas ou arrancadas, invalidam naturalmente a garantia. Frequentemente os fabricantes deparam-se com equipamentos com claras marcas de uma chave de parafusos a servir de pé-de-cabra, entre outras marcas.
Para que a garantia seja válida, não devem existir marcas de tentativa de abertura forçada. Uma chave de parafusos colocada entre as partes plásticas da caixa pode danificar um TFT ou uma board, pelo que a reparação/substituição das mesmas, nestas situações, são a cargo do cliente. Mesmo que o utilizador não consiga abrir o equipamento, as marcas de tentativa de abertura poderão ser suficientes para a invalidação da garantia.


Actualização de BIOS incorrecta

Existência de BIOS diferente da indicada para a board
A aplicação de actualização de BIOS diferente da indicada para a board pode danificar irremediavelmente a board de determinado equipamento portátil pelo que a respectiva actualização deve ser feita com especial cuidado e, de preferência, apenas com autorização ou a pedido da assistência técnica.
A existência de BIOS para download nos sites dos fabricantes não significa que os mesmos assumam os riscos pelas actualizações dos utilizadores, pelo que cabe ao utilizador todas as responsabilidades sobre as suas acções.

BIOS mal actualizada/actualização incompleta
Outra situação muito comum quando os utilizadores fazem uma actualização de BIOS é efectuarem uma actualização incompleta ou mal actualizada. Esta situação ocorre principalmente em desktops em que o processo de actualização é interrompido por falta de energia /bateria. Caso esta situação seja detectada, num equipamento portátil, o fabricante poderá invalidar a garantia do equipamento e exigir ao utilizador o valor de reparação/substituição da board.
 
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Possíveis causas das avarias não confirmadas pelos serviços técnicos

Outra situação também muito habitual para que as pessoas tenham custos em período de garantia é o envio de equipamentos sem avaria para assistência técnica.
A garantia de um qualquer equipamento portátil estabelece que o cliente não terá custos de intervenção para suprir um defeito de fabrico do equipamento. Obviamente que o envio de equipamentos que tenham sido desconfigurados ou não apresentem qualquer avaria terá custos de intervenção pois o equipamento não tinha avaria de componentes (hardware).

Apresentamos de seguida algumas situações que podem ser consideradas como avaria não reportada:

BIOS mal configurada: O utilizador é responsável pelas actualizações da BIOS assim como pela sua correcta configuração, caso altere o Sistema Operativo. Se um dado equipamento deixa de funcionar devido a alterações na BIOS, o fabricante não é responsável por esse facto, pelo que as intervenções são ao cargo do cliente.

BIOS com password: Da mesma forma como a BIOS poderá estar mal configurada, pode também o utilizador ter colocado password para aceder à BIOS. Curiosamente a maior parte dos utilizadores que colocam password na BIOS está convencido que está a colocar a password no Sistema Operativo, pelo que quando precisa de aceder à BIOS garante que não colocou qualquer password e, como tal, não sabe qual a password. Sugestão: Tentar sempre a primeira password colocada no Sistema Operativo. Também nestes casos o fabricante não é responsável por esta situação pelo que poderá cobrar a intervenção ao cliente (remoção password da BIOS e/ou configuração correcta da BIOS).

Sistema Operativo não original: Alguns fabricantes proíbem a alteração do Sistema Operativo, chegando mesmo a invalidar a garantia se o equipamento for enviado para Assistência Técnica com um SO diferente do original.
Vejamos, o exemplo, de um GPS. Se este for enviado com o software (SW) de outra marca, o fabricante do GPS poderá invalidar a garantia do equipamento pois o equipamento até poderá trabalhar com o SW da outra marca mas não foi fabricado para esse efeito, logo não é abrangido pela garantia de fábrica.

Sistema Operativo mal configurado: Da mesma forma que um SO não original poderá invalidar a garantia, o envio de um equipamento para garantia em que o único problema seja uma opção do SO mal configurado, poderá ter custos de intervenção para o utilizador. Daí a maioria dos fabricantes solicitar ao cliente a reinstalação do Sistema Operativo original com os valores de origem para verificar se o problema é de hardware ou é alguma opção do SW alterada.

Erros com o uso de periféricos e não com o equipamento: O uso de um periférico que possa estar a causar um constante reiniciar de um equipamento ou erros no Sistema Operativo não constitui avaria do equipamento. O utilizador deverá testar o equipamento sem periféricos para ver se os problemas continuam a suceder-se sem nada ligado. Por vezes a causa da avaria poderá estar num cartão de memória, num rato, num teclado, numa HUB USB, num modem USB, etc. Este tipo de situações não está abrangido pela garantia de fábrica pelo que o utilizador poderá ter custos de intervenção.

Sobreaquecimentos em virtude de acumulação de pó: Como já foi referido, a existência de pó no interior do equipamento não é da responsabilidade do fabricante pelo que este não pode ser responsável pelos custos de limpeza de determinado equipamento que não liga por existir uma camada de cotão (pó, pelos e outras sujidades) suficientemente densa que não permite uma adequada circulação de ar e consequentemente um arrefecimento do equipamento.

Quais os custos que os fabricantes reflectem sobre os utilizadores em situações em que as avarias não são detectadas pelos técnicos?
O processo de recolha de um equipamento para intervenção em garantia está sujeito a vários passos pelo que o fabricante, por norma, cobra uma pequena parte de todos esses serviços em intervenções sem avaria ou com avaria não reportada. Vejamos alguns dos serviços que podem estar incluídos nas taxas cobradas pelos fabricantes:

- Atendimento via Call Center;
- Custos com o pedido de recolha;
- Recolha e posterior entrega do equipamento;
- Verificação do equipamento recolhido;
- Análise por parte de um técnico;
- Procedimentos de finalização.
 
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Surgiu-me a ideia de criar um tópico, apenas informativo, com informação técnica relativa a qualquer fabricante de portáteis, sem enunciar marca X ou marca Y. De forma a manter a organização e boa postura neste tópico, agradeço que os comentários sejam comedidos e devidamente justificados. Por favor não indiquem marca X ou marca Y, para manter um debate são deste assunto.

O presente tópico reflecte o meu ponto de vista e o meu conhecimento técnico do mercado, não reflecte de forma alguma a posição oficial da empresa onde trabalho ou da Zwame.
 
Última edição:
Bem pensado. É um tópico que diz muito a quem lida diariamente com clientes, e sendo que também trabalho no ramo, conheço muito bem todos os procedimentos e o que fazer nos vários casos. Só que lá está, ainda existe muita gente que só lê os manuais de aviso na diagonal, e depois ficam admirados, ou mesmo exaltados quando lhes dizemos que não podemos activar a garantia deste ou daquele produto.

Só uma coisa: a questão das avarias não confirmadas tem muito que se lhe diga. Isto porque os métodos de testes são diferentes de empresa para empresa, e acontece muitas vezes um particular experiente ou uma empresa X detectar um problema, mas na hora da garantia dizerem que está tudo bem, tudo porque os métodos são diferentes.
 
Existem pontos absurdos como este:

Sistema Operativo não original: Alguns fabricantes proíbem a alteração do Sistema Operativo, chegando mesmo a invalidar a garantia se o equipamento for enviado para Assistência Técnica com um SO diferente do original.
Vejamos, o exemplo, de um GPS. Se este for enviado com o software (SW) de outra marca, o fabricante do GPS poderá invalidar a garantia do equipamento pois o equipamento até poderá trabalhar com o SW da outra marca mas não foi fabricado para esse efeito, logo não é abrangido pela garantia de fábrica.
 
Só uma coisa: a questão das avarias não confirmadas tem muito que se lhe diga. Isto porque os métodos de testes são diferentes de empresa para empresa, e acontece muitas vezes um particular experiente ou uma empresa X detectar um problema, mas na hora da garantia dizerem que está tudo bem, tudo porque os métodos são diferentes.

Várias vezes já me aconteceu a mim também ter algo avariado que insiste em funcionar quando chego à loja, para eu proceder ao RMA. É esquisito mas acontece, por vezes não existe mesmo avaria, apenas um acontecimento particular esporádico e noutras vezes há avarias mas o metodo de teste difere portanto não é detectado.

Existem pontos absurdos como este:

Sistema Operativo não original: Alguns fabricantes proíbem a alteração do Sistema Operativo, chegando mesmo a invalidar a garantia se o equipamento for enviado para Assistência Técnica com um SO diferente do original.
Vejamos, o exemplo, de um GPS. Se este for enviado com o software (SW) de outra marca, o fabricante do GPS poderá invalidar a garantia do equipamento pois o equipamento até poderá trabalhar com o SW da outra marca mas não foi fabricado para esse efeito, logo não é abrangido pela garantia de fábrica.

Penso que a razão de existir esta regra são pessoas, como as que eu já assisti, a reclamarem e querem a recolha para garantia pois o MSN não liga, ou o Office não faz determinada função ou porque compraram o SO noutro lado e não o conseguem activar. As regras, por vezes um pouco absurdas para quem está fora do contexto, podem ter razões claras para existir para quem está dentro do contexto.
 
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Várias vezes já me aconteceu a mim também ter algo avariado que insiste em funcionar quando chego à loja, para eu proceder ao RMA. É esquisito mas acontece, por vezes não existe mesmo avaria, apenas um acontecimento particular esporádico e noutras vezes há avarias mas o metodo de teste difere portanto não é detectado.

Como devemos proceder quando o descrito acima acontece?
 
Boas, tenho mesmo uma dúvida relativamente a este assunto.

E se os danos fisicos não forem de mau uso do utilizador? passo a explicar:

Tenho um asus ul20a, uso-o como desktop, com um rato da logitech e no entanto tem:

o plastico de uma das dobradiças rachado
o botão do rato descolou parcialmente e se o usarmos primeiro dá um estalo e depois o click normal...

A falta de qualidade deste portatil é gritante (o teclado afunda ao escrever) e não sei se isto é coberto pela garantia... Sei que asus não entra mais aqui em casa.
 
Boas, tenho mesmo uma dúvida relativamente a este assunto.

E se os danos fisicos não forem de mau uso do utilizador? passo a explicar:

Tenho um asus ul20a, uso-o como desktop, com um rato da logitech e no entanto tem:

o plastico de uma das dobradiças rachado
o botão do rato descolou parcialmente e se o usarmos primeiro dá um estalo e depois o click normal...

A falta de qualidade deste portatil é gritante (o teclado afunda ao escrever) e não sei se isto é coberto pela garantia... Sei que asus não entra mais aqui em casa.

Se será responsabilidade do utilizador ou da marca, só depois de uma análise técnica é que se poderá determinar.

Para que conste não tenho conhecimento do modelo específico, se é barato, caro ou se é de fraca ou mediana qualidade de construção.

As dobradiças normalmente partem por se exercer demasiada pressão de um dos lados do ecrã ao abrir. Normalmente é considerado mau uso mas na maioria das vezes as marcas assumem a troca gratuita. Depende de marca para marca e de técnico para técnico.


Em relação ao botão do rato nunca vi um desses para assistência para saber como é solucionado mas parece-me um dos apoios partidos daí dar esse estalo primeiro.

Em relação ao teclado e à questão da qualidade não há muito a dizer e certamente não será assunto para debate neste tópico.
 
Pois, mas o portatil fica sempre na secretária com o tampo do ecrã aberto... começou por uma pequena fissura e foi crescendo e crescendo até que agora é uma rachadela de um centímetro de comprimento.

E o click do rato é que é extremamente irritante, eu uso o meu logitech mas por vezes minha irmã pede-me para ir ao portatil e usa o do portatil e é extremamente irritante!

Tendo em conta o tópico sobre a assistencia da asus será boa ideia enviar o portatil? É que vou para a universidade e queria ter o portatil up and running 100%!!!
 
Boas,

Tenho um telemovel em que o botão power (segundo eles é o flat mas penso que seja conjunto de flat + switch) não funciona e a camera tem pontos pretos.
O botão de plastico (exterior do telemovel) tem riscos/esfolões(*1) assim como a zona superior devido às chaves no bolso.

Ecrã em perfeito estado e cantos, nao apresenta sintomas de quedas apenas sinais normais de uso exceto aquela parte que foi afetada por umas chaves no bolso.
Relativamente ao problema de não ligar dizem que é do flat (a tal situação que acho que é flat + switch) e a camera está partida, sai do lugar dizem que foi aplicado uma força... A imagem da camera estava boa, apenas uns pontos negros que ate pensava que era sujeira.
A garantia apresentou-me orçamento, acham justo sendo tudo no interior?

TY

(*1) - Não são bem esfolões / mossas, são tipo cortes devido às laminas das chaves de porta que foram raspando ali
 
Pois, mas o portatil fica sempre na secretária com o tampo do ecrã aberto... começou por uma pequena fissura e foi crescendo e crescendo até que agora é uma rachadela de um centímetro de comprimento.

E o click do rato é que é extremamente irritante, eu uso o meu logitech mas por vezes minha irmã pede-me para ir ao portatil e usa o do portatil e é extremamente irritante!

Tendo em conta o tópico sobre a assistencia da asus será boa ideia enviar o portatil? É que vou para a universidade e queria ter o portatil up and running 100%!!!

Desculpa, mas isso não pega. Trabalho em assistência técnica, e conheço bem esse modelo. Apesar de já ter visto alguns nesse estado, garanto que não é comum e quando aparece nunca é porque 'fica sempre na secretária com o tampo do ecrã aberto'. Uma dobradiça não se estraga nessas condições. Mas sim, a qualidade não é muito grande nos plásticos desse modelo. No caso específico da Asus, a qualidade de construção sobe com o preço. Tenta algo na gama N ou UX para não teres surpresas com uso intensivo.

Quanto ao tópico, para mim devia ser sticky. Está correcto e bem estruturado, e é claro que algumas das regras variam de fabricante para fabricante. Como a do SO. Se um cliente comprou um equipamento com ubuntu de origem, instalou w8 e abre RMA porque o equipamento tem drivers por instalar, porque raio é que a marca tem que dar suporte? Chapam com ubuntu no equipamento (que é o SO de origem) e enviam de novo para o cliente....
A culpa nem é do cliente, é do call center que abre RMA.

Parabéns vou subscrever!
 
Boas,

Tenho um telemovel em que o botão power (segundo eles é o flat mas penso que seja conjunto de flat + switch) não funciona e a camera tem pontos pretos.
O botão de plastico (exterior do telemovel) tem riscos/esfolões(*1) assim como a zona superior devido às chaves no bolso.

Ecrã em perfeito estado e cantos, nao apresenta sintomas de quedas apenas sinais normais de uso exceto aquela parte que foi afetada por umas chaves no bolso.
Relativamente ao problema de não ligar dizem que é do flat (a tal situação que acho que é flat + switch) e a camera está partida, sai do lugar dizem que foi aplicado uma força... A imagem da camera estava boa, apenas uns pontos negros que ate pensava que era sujeira.
A garantia apresentou-me orçamento, acham justo sendo tudo no interior?

TY

(*1) - Não são bem esfolões / mossas, são tipo cortes devido às laminas das chaves de porta que foram raspando ali

não está enganado na secção ? a te telemoveis é mais abaixo...

e dá tb uma vista de olhos aqui http://forum.zwame.pt/threads/garan...oes-e-outros-tipos-de-duvidas.280331/page-233

Desculpa, mas isso não pega. Trabalho em assistência técnica, e conheço bem esse modelo. Apesar de já ter visto alguns nesse estado, garanto que não é comum e quando aparece nunca é .....


aquele coment já tinha mais de 3 anos ;)
 
Boa Noite,

Tenho um telemóvel que não carrega a bateria. Ligo o carregador e o mesmo faz muito mal contacto.

A garantia cobre? Aconteceu de um dia para o outro.

EDIT: Problema na entrada usb do equip

Cumprimentos,
 
Boa tarde!! Estou com um grande problema, e pedia se alguém me poderia ajudar ou esclarecer o que fazer nesta situação...
Eu adquiri um telemóvel Elephone P3000 em Agosto passado umas semanas reparei que o local de colocar o cartão no dual sim não funcionava (o segundo cartão nem entrava) então fui à loja e falei da situação, disseram que era muito simples de resolver para não me preocupar então fui uma semana de férias voltei e entreguei o telemóvel, para garantia, até que ja se passaram dois meses e o telemóvel ainda não chegou.. E aconteceram umas coisas pelo meio (o local para onde o telemóvel foi para reparar disseram que era mau uso, que arrancaram as peças com um micro sim o que é de todo mentira, diziam que a garantia não cubria, então para não me chatear mais mandei vir o telemóvel há um mês e ainda não chegou à loja (primeiro já vinha na transportadora, mas afinal já não estava porque iam compor), o dono desta mesma loja diz que vem reparado, mas já lá vai mais um mês ... Ao todo são dois ... E o telemovel sem chegar..
Digam me o que posso fazer nesta situação porque sinceramente já me estou a começar a passar completamente.
Obrigado
 
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