Análise: AKG K 172 HD

danimoca

Colaborador
Staff
Análise: AKG K 172 HD

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Design

Construção e materiais – à primeira vista e ao primeiro toque, a construção peculiar destes AKG (e, na verdade, de muitos auscultadores da AKG) não é muito boa, pelo simples facto de que a banda superior, que serve de suporte para a cabeça, não impressiona em rigidez. Ao contrário de muitos outros auscultadores, como por exemplo, os Sennheiser HD555, esta banda superior não é feita de um único e substancial material de plástico. Aqui temos uma estrutura constituída por dois cabos grossos de metal (cobertos por plástico) flexível e pela banda em si, que realmente toca na cabeça. Esta banda é feita de uma imitação de pele, mas é na verdade, de plástico. Os cones (onde estão alojadas as “driver’s”) são igualmente feitos de plástico, embora seja, de nenhuma forma, um mau plástico. Estes cones estão suspensos por um mecanismo que lhes permite dar algum movimento, de forma a ajustarem-se ainda melhor ao formato da cabeça. Este mecanismo é extremamente rígido, pelo que está muito bem construído. A única peça de metal visível nestes AKG é uma “fita” que rodeia os cones. Posso parecer estar a dizer mal da construção destes AKG, mas na verdade, ainda não disse tudo. Embora os materiais usados não sejam nada de extraordinário, a forma como foram montados é típica AKG e surpreende a qualquer pessoa que venha mesmo de uns Sennheiser da mesma gama de preços. Dou como exemplo a banda de que falei: embora seja feita de plástico e feita de várias peças e não uma só, estas peças estão montados de tal forma que acho mesmo que estes auscultadores irão aguentar uns bons abusos ao longo de muitos anos. Uma coisa que também irá certamente durar é o cabo. É relativamente grosso e feito de um plástico que se assemelha quase a borracha, pelo que aparenta ser bastante durável. O “mini-jack” é de origem de 3.5m, é feito de um plástico duro e, excluindo a parte do conector (aquela que realmente fica dentro do aparelho ao qual ligarão), tem aproximadamente 4,5cm.

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Conforto – não estamos aqui perante uns auscultadores muitíssimo confortáveis. Existem definitivamente alguns aspectos a melhorar. Provavelmente o pior de todos reside na extrema força que estes AKG fazem quando assentam em cima da orelha. Tal não seria muito mau se os auscultadores fossem circum-aurais (almofadas assentam à volta da orelha), mas a questão é que são supra-aurais (almofadas assentam em cima da orelha), o que faz com que toda a força exercida pela extremamente rígida estrutura assente em cima da orelha. Isto é obviamente um ponto positivo na construção, mas faz com que o conforto saia prejudicado. No entanto, não são tudo pontos negativos no conforto. Primeiramente, o desconforto só se começa a notar passado aproximadamente uma hora e meia. Após este tempo, aquilo que costumo fazer é, digamos, “exercitar” um pouco as orelhas, dobrando-as ligeiramente e deixá-las descansar uns cinco ou dez minutos. A seguir já se torna possível continuar a ouvir os auscultadores. Tenho que dizer também que graças à sua estrutura relativamente rígida, esta hora e meia é bastante confortável, sobretudo a primeira hora. Com isto quero dizer que não têm aquele aspecto de muitos auscultadores de parecerem soltos na cabeça (aconchegam-se muito bem e adaptam-se muito bem a basicamente qualquer uma). Realço também o bom efeito que a banda superior (feita de imitação de pele) faz quanto ao conforto, porque consegue ser simples (e, portanto, leve), mas confortável a aconchegadora ao mesmo tempo. Esta banda tem um sistema que permite ajustar-se sem ser necessário nenhum trabalho por parte do utilizador, à cabeça do mesmo. Outro ponto de notar, é que, como seria de esperar, e como costuma acontecer em auscultadores de estrutura semelhante, esta, passado algum tempo, “solta-se” um pouco, tornando-se menos rígida e levando a um aumento do conforto em geral. Por tal, acredito que, deixando passar mais umas semanas/meses de utilização, tornar-se-ão mais confortáveis de usar.

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Portabilidade – os AKG K 172 HD não são considerados auscultadores portáteis. E tal, na minha opinião, deve-se a duas razões importantes: primeiro, porque não são incrivelmente pequenos (as almofadas, pelas minhas medições, têm um diâmetro de aproximadamente 8cm), e segundo porque não são dos auscultadores mais discretos do mundo, especialmente pela banda de cor beije que apresentam na parte superior. Em terceiro lugar, e provavelmente o pior aspecto tem a ver com a sua sensibilidade (db/mv), já que esta não é muito elevada (94db/mv). Eles têm uma impedância não muito alta (55ohm’s), pelo que o problema não está na qualidade de som obtida através de um aparelho portátil, mas sim no baixo volume que irá resultar deste conjunto. No entanto, têm alguns aspectos que os tornam como possíveis auscultadores para transportar connosco: em primeiro lugar porque são bastante leves (bastante mais do que estava à espera); em segundo porque isolam extremamente bem o ruído do exterior, bem como impedem nem que o som a vir dos auscultadores saia muito para o exterior (embora continue a sair um pouco, continua a ser uma quantidade impressionante, pela pequena quantidade, para uns auscultadores, e não uns IEM’s).

Som

Todos os testes sonoros nesta review foram realizados utilizando várias configurações de dispositivos. Ao longo da review farei as respectivas referências, de forma a tornar a comparação de fontes/amplificações mais fácil. As configurações de dispositivos são as seguintes:
Configuração 1 – Marantz CD-72 (fonte) [+] Saída de auscultadores de Marantz PM-52 (amplificação)
Configuração 2 – Sansa Clip+ 8GB (fonte) [+] Fiio E7 (amplificação)
Configuração 3 – PC genérico (fonte) [+] Fiio E7 (DAC/amplificação)
Configuração 4 – Musical Fidelity X-Ray V3 (fonte) [+] Audio Refinement Pre 5 (pré-amplificação) [+] Project HeadBox II SE (amplificação)

Nestas quatro configurações foram utilizados três tipos de formatos áudio. Nas configurações 1 e 4 utilizou-se o CD (lossless; 1411kbps). Na configuração 2 utilizou-se o MP3 (320kbps; CBR). Na configuração 3 foi usado o FLAC (lossless).

Antes da realização da review, os auscultadores foram sujeitos a um processo de burn-in que durou aproximadamente três semanas após a sua compra. A configuração 1 foi a usada na maioria do processo, tendo a configuração 3 também exercido uma boa parte. Este processo consistiu na passagem de vários tipos de música pelas “drivers” dos auscultadores durante o referido intervalo de tempo.

Gama alta – antes de adquirir os auscultadores, este era o ponto que mais me assustava. Normalmente, a AKG costuma ter uma reputação por ter auscultadores com agudos algo aguçados. Vê-se um pouco disto nos K 172. Não são exagerados, de modo algum, mas têm um pico nos agudos que não se vê, por exemplo, em nenhuns Sennheiser. Têm, no entanto, um ponto que surpreende bastante: são extremamente arejados e claros. Normalmente com auscultadores que costumam ter este tipo de som, existe uma certa compressão na zona dos 12-15khz, mas não com estes AKG. Têm, portanto, um a gama alta extremamente linear. O “problema” com o tal pico verifica-se quase sempre a volumes altos e, como seria de esperar, piorou ou melhorou consoante a amplificação e a fonte usadas. Das quatro configurações a número 3 foi aquela que produziu os melhores efeitos, conseguindo aliar uma permanência do excelente detalhe reproduzido, nativamente, pelos auscultadores, a um controlo redobrado da gama alta. Já na configuração 2 foi possível observar um decréscimo significativo no detalhe sonoro, resultando também num som menos “divertido” e, por vezes, um pouco abafado nos agudos. A configuração 4 foi a que produziu mais detalhe, mas não conseguiu obter tanto sucesso na suavização dos agudos, tornando-se o som muitas vezes demasiado cansativo. Observou-se o mesmo na configuração 1, embora a um grau um pouco menor.

Gama média – a gama média é, sem qualquer dúvida o ponto forte destes AKG, a par de um outro, que falarei mais à frente. E um ponto que a define quase totalmente é o detalhe. No entanto, para muita gente, este detalhe poderá vir a um preço. O problema (ou não, depende do ponto de vista), é que a obtenção deste detalhe só foi possível através de um aumento bastante radical na frontalidade desta gama. Tudo, especialmente as vozes, tem um carácter extremamente íntimo. Muita gente é capaz de não gostar desta frontalidade, mas a questão é que o puro detalhe e o realismo com que a musica entra nos nossos ouvidos é, muitas vezes, até de arrepiar. Existe aqui também uma espécie de ligação directa com os agudos (tipo “ponte”). Digo isto porque são os agudos que ajudam a dar uma claridade inacreditável à gama média. Por sua vez, e tal como nos agudos, a claridade leva-nos também a uma gama média muito arejada, sem “claustrofobias” sonoras nenhumas. Quanto às configurações, devo dizer que em qualquer uma delas, a excelente capacidade da gama média raramente ficou alterada. Na configuração 4 houve um ligeiro aumento do detalhe e da claridade, enquanto que a configuração 1 tornou o som algo mais quente e, provavelmente, mais agradável para muita gente. A configuração 3 retirou alguma da frontalidade (mas pouca) e também deu um som um pouco mais quente. Mas tal como disse, foram diferenças ligeiras.

Gama baixa – este será provavelmente o ponto que gerará mais controvérsia entre as pessoas. A AKG tem um hábito de produzir auscultadores que não costumam realçar muito no grave. Muita gente queixa-se deste hábito, e esta tem sido a razão principal pela qual muitos seguidores, por exemplo, da Sennheiser, têm basicamente odiado a assinatura sonora da AKG. O grave nos K 172, antes do burn-in pode ser descrito como ligeiramente fraco e com pouco impacto (mesmo na zona dos 80hz-100hz). Após alguns dias comecei a notar que o grave estava a modificar-se, mas não da forma como esperava. O grave alto (80-100hz) praticamente não se alterou, sendo que a diferença notou-se no grave mais baixo (30-60hz). Isto levou a que o som se ficasse, na minha opinião, extremamente linear. Em música Pop, por exemplo, sente-se, mais do que se ouve, o grave. Em Clássica somos confrontados com um grave extremamente equilibrado, mas ao mesmo tempo poderoso quando exigido nas gamas muito baixas. Para quem pretende um som “com graves”, estes provavelmente não serão os auscultadores ideias. Mesmo após o burn-in, o grave não está destacado. No entanto, também não está recuado. Esta é a grande proposta do grave nos K 172: linearidade. Por isso mesmo, para quem quer ouvir música com um grave super-competente, não vai certamente ficar desiludido com os K 172. Passando para as configurações, devo dizer que houve aqui diferenças bastante grandes entre as mesmas. Na configuração 2, apesar do facto de se estar a utilizar MP3 (que normalmente enfatiza o grave), o grave foi o mais fraco e recuado de todas as configurações. Tal deve-se, tal como já disse, ao facto de o grave nos K 172 ser muito baseado o grave mais baixo e não no típico grave médio de muitos auscultadores. Na configuração 4, o grave foi o mais controlado em todos os aspectos, assistindo-se inclusive a um ligeiro “bump” no grave médio, o que poderá interessar a algumas pessoas habituadas a marcas com assinaturas mais quentes, como os Sennheiser. A configuração que mais me agradou foi a 3, pelo simples facto que me permitiu alterar, no “EQ” do Fiio E7 o grave, para nível 1. Este nível faz um muito ligeiro (sublinho, muito ligeiro) bump nos graves em geral, o que, na minha opinião, torna o grave destes auscultadores utilizável em basicamente qualquer tipo de música, ou até filmes.

Palco e separação instrumental – vamos admitir, auscultadores fechados nunca terão um grande palco. Mesmo os de gama muito alta, por vezes nunca têm aquela sensação de abertura e sensação de espaço que uns bons auscultadores de design aberto. E sendo estes AKG fechados, será de esperar mais do mesmo, não? Bem, não propriamente. Antes do burn-in, o palco não era particularmente impressionante, ainda que melhor do que estava à espera. No entanto, temos que nos lembrar, que normalmente é o palco e a abertura sonora que costumam beneficiar mais com o burn-in. E aqui temos que distinguir palco de abertura do som. Quando se pegam, por exemplo, nuns Sennheiser HD555 nota-se claramente uma abertura bastante grande do som (o som assemelha-se bastante a colunas, no sentido em que nada soa “claustrofóbico”). A vantagem dos K 172 não é na abertura, mas sim no palco. Digo isto, porque não existe o tal factor “wow” de abertura quando se ouvem uns auscultadores de design aberto. A questão é que, especialmente em música orquestral, o facto de estar tudo tão bem definido e separado no espaço virtual, torna o palco realmente impressionante, coisa que se nota, especialmente bem na configuração 3, pelo simples facto de o Fiio E7 ter como o palco a sua grande vantagem. Na configuração 2 também fiquei surpreendido pelo facto de o Clip+ conseguir dar uma boa vantagem neste aspecto. As configurações 1 e 4 (especialmente a 4) conseguirem também fazer um bom trabalho, embora valorizassem talvez mais a frontalidade e não o palco.

Conclusão e opiniões pessoais – sinceramente, admira-me que estes não sejam auscultadores mais populares. Talvez seja pela questão do grave, na minha opinião sincera, algo levado demasiado a sério. Talvez faça sentido noutros produtos da gama AKG, mas nestes, sinceramente, fiquei muito surpreendido pela positiva com o grave. E não é só o grave. O resto do espectro sonoro também é muito bom e existe uma sensação de linearidade ao longo de todas as gamas que nunca ouvi em toda a minha vida, mesmo em auscultadores de gamas superiores. Pelo preço médio a questão na maioria das lojas (110-150€) não tenho qualquer problema em recomendá-los para qualquer tipo de música, especialmente tendo em conta que são extremamente versáteis, tendo em conta que, tal como expliquei, também podem ser usados fora de casa sem qualquer problema. São, sem qualquer dúvida, e pelo menos até ao momento, os melhores auscultadores/IEM’s que já ouvi. Aliando isto a uma construção e design mais que ao nível de uma marca como a AKG, e temos aqui um produto digno de fazer parte frente a gamas bem mais acima, mesmo da própria marca, tal como verão a seguir.


Frente a Frente

Sennheiser HD238 vs. AKG K 172 HD

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Design – em termos de construção, são ambos mais ou menos equivalentes, embora tenha que dar uma pequena vantagem aos AKG por conseguirem aliar a utilização de uma estrutura extremamente complicada, mas teram-na tornado mesmo assim bem construída. Nos Sennheiser, o sistema usado é mais convencional, tal como são os plásticos. O conforto, em geral, acaba por ser superior ao dos AKG, pelo simples facto de não pressionarem a orelha de nenhum modo. Isto trás, no entanto, desvantagens: uma das quais é o facto de não isolarem absolutamente nada, nem para dentro nem para fora; e a outra tem a ver com o facto de não se segurarem tão bem na cabeça como os AKG.

Som – por mais estranho que pareça, a primeira coisa que notei ao passar de várias semanas de utilização dos AKG (em altura pós burn-in), foi a diferença no corpo e no grave em muitas músicas. Isto porque nos Sennheiser a gama baixa, por comparação com os AKG, predomina muito pouco nas frequências bem baixas. O resultado foi um som sem impacto e “pequeno” em comparação. Resumindo, em certas ocasiões, até poderemos dizer que os K 172 têm mais grave que os HD238. O segundo aspecto que mais choque me fez foi o quão afastadas estavam as vozes. Isto já seria de esperar, tendo em conta a frontalidade muito elevada na gama média dos AKG, mas a diferença foi considerável. Aliando isto ao facto de que os agudos também têm muito menor impacto nas musicas, e temos em geral, um som mais abafado e “pastelão”. Isto levará a uma experiência de audição muito menos exigente de ouvidos, ou seja, os HD238 cansam menos a ouvir, especialmente graças à gama média extremamente frontal dos AKG. A abertura sonora é maior nos Sennheiser (são de design aberto), mas o palco é um pouco inferior, embora não muitíssimo inferior, até porque os Sennheiser são bastante bons para a gama neste aspecto.

AKG K 701 vs. AKG K 172 HD

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Design – é incrível como os K 172 parecem uns “mini” K 701. A estrutura usada nos dois é exactamente a mesma. Os materiais usados nos dois ficam-se maioritariamente pelos plásticos, o que significa que são os dois bastante leves (destaque para os K 701, tendo em conta o seu tamanho), mas os K 701 utilizam mais metais e a banda superior é feita de pele verdadeira e é mais trabalhada para maior conforto. Por falar em conforto, os K 701 dão uma grande coça nos K 172 a nível deste, o que já seria de esperar: os K 701 não circum-aurais e exercem muito menos pressão, mesmo sendo na cabeça. O facto de os K 701 serem de design aberto (libertam mesmo muito som, embora, curiosamente até isolem bem para uns auscultadores de design aberto) e de grandes dimensões torna-os claramente quase impossíveis de usar fora de casa.

Som – tal como no design, aqui também entramos em território AKG. Por muitas diferenças que haja no som entre os dois, o típico som AKG ainda está presente em qualquer um dos dois: ambos têm um detalhe e uma claridade muito boa. Existem, no entanto, algumas diferenças importantes, nomeadamente no grave. Muita gente critica (e muito) o grave dos K 701, dizendo que lhe falta impacto e quantidade. Concordo quase totalmente, embora ache que isso dependerá muito da amplificação usada (especialmente se for usada amplificação a válvulas). Nos K 172 assistimos a um grave do mesmo estilo (mais baseado no grave profundo), com a excepção de que com uma quantidade consideravelmente maior. Aqui tenho que dizer uma coisa: prefiro, de longe, o grave dos K 172. Conseguem ser, por comparação, profundos no grave, controlados, mas ao mesmo tempo, lineares. Em termos de linearidade na gama média, penso que os K 701 tenham a vantagem. A gama média não é tão frontal, mas retém o detalhe dos dois. A minha única queixa grave nos K 701 reside nos agudos. À primeira vista até parecem menos “aguçados” que os K 172, mas existe um pico muito grande e muito estranho, diria mesmo que acima dos 18khz que me irrita bastante quando oiço, especialmente, musica Pop e mais “mexida”. Em música Clássica (ganha pelos K 701), não se nota muito. Portam-se melhor em música Clássica especialmente porque têm uma abertura e um palco ainda maior que o dos K 172, embora estes últimos também se portem extremamente bem.

Denon AH-C551 vs. AKG K 172 HD

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Design – estamos aqui a comparar IEM’s com auscultadores. Por mais estranha que pareça a comparação, achei interessante comparar duas formas diferentes de ouvir música. São os dois muito bem construídos, e embora o facto de os Denon serem totalmente feitos de metal torne-os, supostamente, mais resistentes, a construção quase perfeita dos AKG acho que consegue igualar os dois nestes aspectos. O conforto é ligeiramente superior nos Denon (digo isto tendo em conta o máximo de tempo possível que consigo ficar com eles nos ouvidos), mas não por muito.

Som – embora não seja propriamente uma comparação inteiramente objectiva, tendo em conta que ambos são, à partida, de conceitos completamente diferentes, acho que é, no mínimo, interessante, comparar os dois. Em termos de som, nunca fui um fã estupendo de IEM’s, pelo simples facto de que o seu tamanho reduzido muitas vezes limita-os em termos de dinâmica, abertura e palco. Aqui acontece exactamente o mesmo. Embora sejam os dois de design fechado, o som é muito mais “arejado” e completo (pela dinâmica) nos AKG. Existem várias razões para isso acontecer: primeiro, o grave nos Denon sobrepõe-se mais que o dos AKG, sobretudo no grave médio. No grave profundo, os Denon têm ainda mais quantidade que os AKG, o que torna o som talvez mais “divertido”. Os Denon, sem existir comparação com os AKG até têm uma gama média relativamente frontal, mas por comparação com os AKG, nota-se claramente uma predominância dos graves sobre a gama média e uns agudos, que embora não sejam sobrepostos, podem ser às vezes algo “aguçados”. O mesmo acontece com os agudos dos AKG, mas a um grau muito menor, especialmente após o burn-in.
 
Última edição:
o pessoal devia era de emprestar phones ao danimoca para ele ir fazendo umas reviews. :)
nao percebo grande coisa de som mas adorei a review. continua o bom trabalho.
 
Magnífica review amigo danimoca! Esse material é todo teu? Pelo que andei a ler, os AKG K501 são muito fixes também, mas já estão descontinuados, senão comprava-os :P e são lindos também :)

O design dos AKG é muito mais agradável à vista, na minha opinião, do que de outras marcas (embora, por exemplo, as versões em madeira de vários Audio Technica também sejam fantásticas). Parecem muito duradouros devido àquelas duas "barras de aço" e o design só ganha com as mesmas :)

Quando chegar Julho é a altura de eu fazer a minha própria review: Sennheiser HD555 (isto se eu realmente não encontrar disponível os K501) :P
 
Obrigado a todos :)

Yuri_ius, os K 701 e a "configuração 4" não são meus (são do meu pai). Não tenho a certeza se estão descontinuados, mas já saíram os K 702, que pelo que tenho ouvido dizer têm um som basicamente igual. A única diferença é que o cabo é destacável.

Ficamos à espera da tua review dos HD555. Já os ouvi uma vez e gostei bastante.
 
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