Novidade não quer dizer qualidade. Andarem a iterar por novas UIs não quer dizer que tenham evoluído (para melhor), e até ameaçam a consistência.
Já a Apple tem todos os motivos para manter a interface clássica: funciona, é (para todos os efeitos) o
standard da indústria, as pessoas já a conhecem e andam satisfeitas com ela (as métricas de satisfação dos users de iOS são altíssimas). Inovações na UI para a próxima iteração do iOS, a meu ver, só incrementais. É uma forma de trabalhar diferente: uns trabalham para a experiência de utilização, outros trabalham para geek ver
Verdade. Mas também é verdade que a esmagadora maioria dos utilizadores de iPhone às vezes querem mais e não podem ter.
Exemplo: montes de amigos meus que tinham um iPhone e sabiam que eu era geek perguntavam-me como é que metia temas naquilo. Eu dizia que não dava (obviamente há métodos, mas não tinha paciência para lhos explicar) e eles ficavam desiludidos.
Ainda há uns meses atrás, uma amiga minha comprou um iPhone, e lá ficou triste com a questão dos temas. Depois, estava eu a passar música do meu telemóvel, e ela pediu-me para eu lhe passar uma música (via Bluetooth) e eu disse que não dava. Uma semana depois, vendeu o iPhone e reverteu ao Nokia N73 dela.
São coisas que a Apple devia ter em atenção, porque grande parte dos utilizadores na verdade querem estas funções. E depois, mas isto é uma questão pessoal, a UI do iOS é muito, muito pouco versátil. Pode-se mover os ícones, mudar o wallpaper, criar pastas, e fica-se por aí.
Widgets? É mentira.
Temas? Bis.
Métodos de desbloquear o ecrã diferentes? Boa sorte.
Sim, concordo perfeitamente que o iOS seja funcional, e de facto, em termos disso é mesmo muito funcional.
Mas o que eu quero dizer, é que essa falta de liberdade e excesso de simplicidade chega a enjoar. A falta de liberdade faz com que uma pessoa se farte rapidamente. A simplicidade faz com que o iOS pareça um sistema de brinquedo e não se pode fazer nada quase. Muitas pessoas gostam de simplicidade, mas há limites.