McKricas
Power Member
Desculpa, a H6200 tem suporte nativo para 3D....não inclui é nenhum par de óculos activos...por isso é que referi que não "tem" 3D...(forma errada de expressão minha)....
Em relação ao refresh rate....vou tentar explicar da melhor forma que consigo, para isso deixa-me explicar um pouco algumas coisas:
A tecnologia que está por detrás dos LCDs, permite que estes consigam mostrar a totalidade de um frame durante o tempo necessário (isto é chamado de "hold and sample") ao invés do processo de varrimento linha a linha, que acontece com outras tecnologias. E consegue isto porque na verdade um LCD, de uma forma muito simples é um filtro de cor com uma lâmpada por detrás. Esta, ao acender-se ilumina a totalidade do painel e enquanto esta luz estiver ligada e para uma dada "configuração" do filtro de cor, a imagem é mantida e visualizada. É fantástico que o principio base de um LCD seja igual ao do pisca-pisca do teu carro por exemplo...
Ora, acontece que esta tecnologia tem alguns problemas. Um deles, é que a mudança de estados dos pixeis é lento, antigamente era comum ver-se o nº de milisegundos de um LCD (8ms, 5ms, etc.) que é o tempo que um pixel leva numa transição por exemplo "gray-to-gray" e é esta "lentidão" que causa o chamado "Motion Blur". Felizmente, a tecnologia evoluiu e hoje, para além de ter caído em desuso a menção do nº de ms do painel, pode-se dizer que os painéis são hoje bastante rápidos. Esta medida (em ms) ainda é a melhor forma de verificar o motion blur que um painel tem...quanto menor for os ms na transição da cor dos pixéis, menor será o efeito de blur existente...
No entanto, é preciso não esquecer de referir um factor extremamente importante que é o sinal do conteúdo que está a ser visualizado. Hoje em dia, a maioria dos conteúdos são a 1080p/60 que significa 1920x1080 a 60 fps (frames por segundo), se for um Blu-ray provavelmente até é 1080p24 ou 1920x1080 a 24 fps para dar um efeito o mais parecido com o filme de cinema.
Se a TV tiver um painel de 60hz e receber um conteúdo a 60fps, irá mostrar 1 imagem de 1 frame de conteúdo por cada segundo. Se o painel for de 120hz, irá mostrar 2 imagens de 1 frame por cada segundo (ou seja irá repetir um frame 2 vezes em cada segundo). No entanto, se o painel for de 60hz e o conteúdo for de 24fps ou de 50fps, a TV irá utilizar algumas técnicas para adaptar os fps com a taxa de refrescamento do painel. No caso dos 24p, se o painel operar a 50hz irá mostrar 2 imagens por cada frame por segundo. Se for de 60hz, utilizará uma técnica chamada de "2:3 pulldown" que irá distribuir os 24 frames por 30fps, permitindo assim funcionar da mesma forma referida anteriormente (repetindo 2 frames por cada segundo).
Assim, quando um painel de 60hz mostra um conteúdo a 60fps, estamos a falar portanto de 1 imagem de 1 frame por segundo, ou 1/60 - o que significa 1 frame de conteúdo a cada 16,6 ms. Os painéis de hoje, se forem bons, são quase todos mais rápidos do que a necessidade desse tempo de resposta e portanto o efeito de Blur é bastante reduzido. Por esse motivo, visualizar um conteúdo de 60fps num painel de 60hz ou 120hz é quase a mesma coisa nos dias de hoje.
Sugiro que vejas este teste onde fizeram um comparativo entre a visualização de um conteúdo a 60hz e a 120hz para mostrar que não há diferença entre refresh rates:
https://www.rtings.com/info/what-is-the-refresh-rate
O que não quer dizer que um painel de 120hz não possa ajudar. Para alguns tipos de conteúdos, especialmente desporto, onde existam rápidos movimentos horizontais de câmara, um painel de 120hz combinado com uma técnica de interpolação onde a TV irá "criar" frames (e que colocará no meio dos frames originais do conteúdo), cria a ilusão que o movimento existente é mais "smooth". O pior é que este processo também tem problemas, como a geração de artefactos artificiais e o aparecimento de coisas estranhas na imagem visualizada.
Para os restantes tipos de conteúdos, a diferença do refresh rate sobre a qualidade de imagem pode-se dizer inexistente.
Também é importante de referir que existem painéis de 50hz/60hz, 100hz/120hz e 200/240hz. Sendo que com estes últimos de 240hz, a melhoria de qualidade é ainda mais indetectável. Para além disso, o custo de produção de painéis com taxas de refrescamento mais rápidos é bastante grande e aliado ao facto de que a sua utilidade na melhoria da imagem é cada vez mais diminuta, as marcas deixaram de tentar produzir painéis mais rápidos.
O que não quer dizer que as marcas tenham ficado por aqui na apresentação de TVs com taxas de refrescamento cada vez mais rápidas.
As marcas, sabendo que os consumidores utilizam a taxa de refrescamento de uma televisão para aferir da qualidade de imagem e assim comparar com outros modelos e outras marcas, inventaram então uma forma de continuar a "aumentar" a taxa de refrescamento das suas televisões.
Dessa forma, cada marca criou a sua "taxa de refrescamento", utilizando outras componentes para além da taxa de refrescamento real do painel. Começaram então a incluir coisas como a velocidade do processador do equipamento e a forma de utilização do backlight.
O processo é simples. Se não é possível/interessante aumentar a taxa de refrescamento dos painéis (número de imagens por segundo) então vamos aumentar o número de frames que são visualizados em cada imagem em cada segundo. Se um painel de 60hz "normal", mostra 1 imagem de 1 frame por segundo, então, como são utilizados mecanismos de "motion interpolation", que criam efectivamente frames do "nada" para dar a ilusão de movimento mais fluido, vamos mostrar então "1 imagem de X frames por segundo", sendo "X" o número de frames que a televisão consegue "criar". É por isso que a velocidade do processador é importante na "fórmula" de cálculo destas taxas de refrescamento. Inclusive até a forma de operar do Backlight permite uma coisa chamada "black frame insertion", que é uma forma pomposa de colocar frames a preto por entre frames de conteúdo (apenas desligando e ligando a luz do backlight).
Portanto, se um painel opera a 60hz e a TV consegue criar 4 frames adicionais em cada segundo, o LCD opera então agora a 240hz (ou 200hz se for a 50hz). Se o painel for a 120hz e a TV usar o mesmo sistema de "motion interpolation", então esta opera agora a 480hz. Como é mais fácil utilizar processadores mais rápidos em cada geração de LCDs, temos ao invés de painéis mais rápidos, melhores processadores que ao invés de criarem 4 frames/segundo criam 5 ou 6 ou mais, fazendo assim a taxa de refrescamento aumentar para 720/840/960hz ou mais...Na verdade, o painel continua a operar à mesma taxa de refrescamento de sempre...
Como ironia, na maior parte dos casos, quando se pretende calibrar a televisão e se pretende visualizar o mais possível o conteúdo original de filmes, estes algoritmos de "motion interpolation" são completamente desligados, pois não se pretende que a TV "invente" frames nestas situações (de outro modo é criado um efeito chamado "soap opera effect").
As situações onde o "motion interpolation" são utilizadas serão eventualmente em situações de movimentos horizontais rápidos (como no desporto), mas na maioria das situações, a criação de artefactos leva a que se desliguem ou reduza bastante a utilização destes algoritmos.
Portanto, e finalizando, o consumidor dá uma pipa de massa para ter uma TV com uma taxa de refrescamento de 900hz a pensar que é melhor do que uma a 100hz, quando na verdade ou não vai utilizar de todo essa funcionalidade ou se a utilizar, vai querer que opere no mínimo possível de forma a não criar demasiados efeitos estranhos.
No caso concreto da H6200 e da H6400, ambas têm um refresh rate nativo a 100hz/120hz. A diferença é que no caso da H6200, a TV cria 2 frames com o algoritmo de interpolação e/ou backlight e no caso da H6400, a TV cria 4 frames.
No final, o que realmente importa é a taxa real de refrescamento do painel e que seja a pelo menos 60hz, pois para a maioria das utilizações é perfeitamente suficiente.
Tudo o resto são formas de pagares funcionalidades às marcas com pouco ou nenhum retorno.
Podes ver mais info aqui:
http://www.pcmag.com/article2/0,2817,2379206,00.asp
http://www.cnet.com/news/what-is-the-soap-opera-effect/
Desculpa, o texto extenso...
Em relação ao refresh rate....vou tentar explicar da melhor forma que consigo, para isso deixa-me explicar um pouco algumas coisas:
A tecnologia que está por detrás dos LCDs, permite que estes consigam mostrar a totalidade de um frame durante o tempo necessário (isto é chamado de "hold and sample") ao invés do processo de varrimento linha a linha, que acontece com outras tecnologias. E consegue isto porque na verdade um LCD, de uma forma muito simples é um filtro de cor com uma lâmpada por detrás. Esta, ao acender-se ilumina a totalidade do painel e enquanto esta luz estiver ligada e para uma dada "configuração" do filtro de cor, a imagem é mantida e visualizada. É fantástico que o principio base de um LCD seja igual ao do pisca-pisca do teu carro por exemplo...
Ora, acontece que esta tecnologia tem alguns problemas. Um deles, é que a mudança de estados dos pixeis é lento, antigamente era comum ver-se o nº de milisegundos de um LCD (8ms, 5ms, etc.) que é o tempo que um pixel leva numa transição por exemplo "gray-to-gray" e é esta "lentidão" que causa o chamado "Motion Blur". Felizmente, a tecnologia evoluiu e hoje, para além de ter caído em desuso a menção do nº de ms do painel, pode-se dizer que os painéis são hoje bastante rápidos. Esta medida (em ms) ainda é a melhor forma de verificar o motion blur que um painel tem...quanto menor for os ms na transição da cor dos pixéis, menor será o efeito de blur existente...
No entanto, é preciso não esquecer de referir um factor extremamente importante que é o sinal do conteúdo que está a ser visualizado. Hoje em dia, a maioria dos conteúdos são a 1080p/60 que significa 1920x1080 a 60 fps (frames por segundo), se for um Blu-ray provavelmente até é 1080p24 ou 1920x1080 a 24 fps para dar um efeito o mais parecido com o filme de cinema.
Se a TV tiver um painel de 60hz e receber um conteúdo a 60fps, irá mostrar 1 imagem de 1 frame de conteúdo por cada segundo. Se o painel for de 120hz, irá mostrar 2 imagens de 1 frame por cada segundo (ou seja irá repetir um frame 2 vezes em cada segundo). No entanto, se o painel for de 60hz e o conteúdo for de 24fps ou de 50fps, a TV irá utilizar algumas técnicas para adaptar os fps com a taxa de refrescamento do painel. No caso dos 24p, se o painel operar a 50hz irá mostrar 2 imagens por cada frame por segundo. Se for de 60hz, utilizará uma técnica chamada de "2:3 pulldown" que irá distribuir os 24 frames por 30fps, permitindo assim funcionar da mesma forma referida anteriormente (repetindo 2 frames por cada segundo).
Assim, quando um painel de 60hz mostra um conteúdo a 60fps, estamos a falar portanto de 1 imagem de 1 frame por segundo, ou 1/60 - o que significa 1 frame de conteúdo a cada 16,6 ms. Os painéis de hoje, se forem bons, são quase todos mais rápidos do que a necessidade desse tempo de resposta e portanto o efeito de Blur é bastante reduzido. Por esse motivo, visualizar um conteúdo de 60fps num painel de 60hz ou 120hz é quase a mesma coisa nos dias de hoje.
Sugiro que vejas este teste onde fizeram um comparativo entre a visualização de um conteúdo a 60hz e a 120hz para mostrar que não há diferença entre refresh rates:
https://www.rtings.com/info/what-is-the-refresh-rate
O que não quer dizer que um painel de 120hz não possa ajudar. Para alguns tipos de conteúdos, especialmente desporto, onde existam rápidos movimentos horizontais de câmara, um painel de 120hz combinado com uma técnica de interpolação onde a TV irá "criar" frames (e que colocará no meio dos frames originais do conteúdo), cria a ilusão que o movimento existente é mais "smooth". O pior é que este processo também tem problemas, como a geração de artefactos artificiais e o aparecimento de coisas estranhas na imagem visualizada.
Para os restantes tipos de conteúdos, a diferença do refresh rate sobre a qualidade de imagem pode-se dizer inexistente.
Também é importante de referir que existem painéis de 50hz/60hz, 100hz/120hz e 200/240hz. Sendo que com estes últimos de 240hz, a melhoria de qualidade é ainda mais indetectável. Para além disso, o custo de produção de painéis com taxas de refrescamento mais rápidos é bastante grande e aliado ao facto de que a sua utilidade na melhoria da imagem é cada vez mais diminuta, as marcas deixaram de tentar produzir painéis mais rápidos.
O que não quer dizer que as marcas tenham ficado por aqui na apresentação de TVs com taxas de refrescamento cada vez mais rápidas.
As marcas, sabendo que os consumidores utilizam a taxa de refrescamento de uma televisão para aferir da qualidade de imagem e assim comparar com outros modelos e outras marcas, inventaram então uma forma de continuar a "aumentar" a taxa de refrescamento das suas televisões.
Dessa forma, cada marca criou a sua "taxa de refrescamento", utilizando outras componentes para além da taxa de refrescamento real do painel. Começaram então a incluir coisas como a velocidade do processador do equipamento e a forma de utilização do backlight.
O processo é simples. Se não é possível/interessante aumentar a taxa de refrescamento dos painéis (número de imagens por segundo) então vamos aumentar o número de frames que são visualizados em cada imagem em cada segundo. Se um painel de 60hz "normal", mostra 1 imagem de 1 frame por segundo, então, como são utilizados mecanismos de "motion interpolation", que criam efectivamente frames do "nada" para dar a ilusão de movimento mais fluido, vamos mostrar então "1 imagem de X frames por segundo", sendo "X" o número de frames que a televisão consegue "criar". É por isso que a velocidade do processador é importante na "fórmula" de cálculo destas taxas de refrescamento. Inclusive até a forma de operar do Backlight permite uma coisa chamada "black frame insertion", que é uma forma pomposa de colocar frames a preto por entre frames de conteúdo (apenas desligando e ligando a luz do backlight).
Portanto, se um painel opera a 60hz e a TV consegue criar 4 frames adicionais em cada segundo, o LCD opera então agora a 240hz (ou 200hz se for a 50hz). Se o painel for a 120hz e a TV usar o mesmo sistema de "motion interpolation", então esta opera agora a 480hz. Como é mais fácil utilizar processadores mais rápidos em cada geração de LCDs, temos ao invés de painéis mais rápidos, melhores processadores que ao invés de criarem 4 frames/segundo criam 5 ou 6 ou mais, fazendo assim a taxa de refrescamento aumentar para 720/840/960hz ou mais...Na verdade, o painel continua a operar à mesma taxa de refrescamento de sempre...
Como ironia, na maior parte dos casos, quando se pretende calibrar a televisão e se pretende visualizar o mais possível o conteúdo original de filmes, estes algoritmos de "motion interpolation" são completamente desligados, pois não se pretende que a TV "invente" frames nestas situações (de outro modo é criado um efeito chamado "soap opera effect").
As situações onde o "motion interpolation" são utilizadas serão eventualmente em situações de movimentos horizontais rápidos (como no desporto), mas na maioria das situações, a criação de artefactos leva a que se desliguem ou reduza bastante a utilização destes algoritmos.
Portanto, e finalizando, o consumidor dá uma pipa de massa para ter uma TV com uma taxa de refrescamento de 900hz a pensar que é melhor do que uma a 100hz, quando na verdade ou não vai utilizar de todo essa funcionalidade ou se a utilizar, vai querer que opere no mínimo possível de forma a não criar demasiados efeitos estranhos.
No caso concreto da H6200 e da H6400, ambas têm um refresh rate nativo a 100hz/120hz. A diferença é que no caso da H6200, a TV cria 2 frames com o algoritmo de interpolação e/ou backlight e no caso da H6400, a TV cria 4 frames.
No final, o que realmente importa é a taxa real de refrescamento do painel e que seja a pelo menos 60hz, pois para a maioria das utilizações é perfeitamente suficiente.
Tudo o resto são formas de pagares funcionalidades às marcas com pouco ou nenhum retorno.
Podes ver mais info aqui:
http://www.pcmag.com/article2/0,2817,2379206,00.asp
http://www.cnet.com/news/what-is-the-soap-opera-effect/
Desculpa, o texto extenso...