Engenharia Informática

De notar que a formação dada num Politécnico costuma apresentar-se mais "prática" do que a duma Universidade, que procura fornecer uma formação de base mais teórica e abrangente, explorando mais a conceptualização e o pensamento abstracto (o IPL não é uma Universidade, é como o nome indica um Politécnico).

Isso tem vantagens e desvantagens, que cabe a cada um analisar e tentar perceber como se adequam ao seu próprio perfil. Digo isto pois estive numa empresa em que parte da equipa de desenvolvimento era proveniente dessa instituição (4 elementos) e outra de outros lados (UAveiro, ISEL, IST) e as diferenças eram evidentes, principalmente em termos de capacidade de abstracção/conceptualização e domínio de outro tipo de competências.

Curiosamente as duas Instituições com médias mais elevadas do país são uma Universidade (FEUP) e um Politécnico (ISEP). O ideal é mesmo fazer como eu, tirar a Licenciatura no ISEP e fazer o Mestrado na FEUP. O ISEP também é muito teórico mas por haver esse estigma da generalização no mercado de trabalho, de o Politécnico ser mais prático e a Universidade mais teórica, penso que seja mesmo a melhor opção. Não convém é fazer Mestrado Integrado numa Universidade, os alunos até vão conseguindo definir o que é um Router com mais ou menos problemas, metem-lhes um à frente não sabem trabalhar com ele... Situação repetidamente observada nos Estágios. Engenheiros teóricos não servem de nada para além de poderem dar aulas
 
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Não concordo nada com essa visão. Estás a partir do pressuposto que os alunos das universidades (neste caso, parece-me que te referes à FEUP) só sabem teoria e não sabem prática. Isso é falso, até porque a diferença ao nível das componentes teóricas e práticas dos cursos de informática nos politécnicos e universidades é cada vez menor. E posso dizer isso com alguma segurança, porque já trabalho, e trabalho com pessoas de vários politécnicos e de várias universidades. Não acho de forma alguma que as pessoas dos politécnicos venham mais preparados. Nem o inverso, atenção.

Para mim um engenheiro de qualidade não se pode limitar a ser um gajo técnico que sabe fazer determinadas coisas pré-definidas. Deve ser muito mais que isso. Deve ter um background imenso, e deve ter uma capacidade de raciocínio bem desenvolvida. O resto, aprende-se com o tempo. Nem sequer percebo muito bem como é possível ser um engenheiro sem ter um forte background técnico (e parece-me que os responsáveis do ISEP percebem claramente isso).

Não foi por eu ter feito um Mestrado Integrado na FEUP que deixei de aprender rapidamente novas coisas. Aliás, diria até que vinha bastante bem preparado a nível técnico , mas penso que o meu maior trunfo tem sido o meu background teórico e capacidade de me adaptar a novas situações.

Muito sinceramente, não vejo vantagem nenhuma em fazer a licenciatura num politécnico e mestrado numa universidade. Isto não quer dizer que um seja melhor que o outro, até porque essas diferenças são cada vez menores. Se o objectivo é ir para uma universidade, não vejo porque não ir logo desde início. Se o objectivo é ir para um politécnico, a mesma coisa.
 
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Não concordo nada com essa visão. Estás a partir do pressuposto que os alunos das universidades (neste caso, parece-me que te referes à FEUP) só sabem teoria e não sabem prática. Isso é falso, até porque a diferença ao nível das componentes teóricas e práticas dos cursos de informática nos politécnicos e universidades é cada vez menor. E posso dizer isso com alguma segurança, porque já trabalho, e trabalho com pessoas de vários politécnicos e de várias universidades. Não acho de forma alguma que as pessoas dos politécnicos venham mais preparados. Nem o inverso, atenção.

Para mim um engenheiro de qualidade não se pode limitar a ser um gajo técnico que sabe fazer determinadas coisas pré-definidas. Deve ser muito mais que isso. Deve ter um background imenso, e deve ter uma capacidade de raciocínio bem desenvolvida. O resto, aprende-se com o tempo. Nem sequer percebo muito bem como é possível ser um engenheiro sem ter um forte background técnico (e parece-me que os responsáveis do ISEP percebem claramente isso).

Não foi por eu ter feito um Mestrado Integrado na FEUP que deixei de aprender rapidamente novas coisas. Aliás, diria até que vinha bastante bem preparado a nível técnico , mas penso que o meu maior trunfo tem sido o meu background teórico e capacidade de me adaptar a novas situações.

Muito sinceramente, não vejo vantagem nenhuma em fazer a licenciatura num politécnico e mestrado numa universidade. Isto não quer dizer que um seja melhor que o outro, até porque essas diferenças são cada vez menores. Se o objectivo é ir para uma universidade, não vejo porque não ir logo desde início. Se o objectivo é ir para um politécnico, a mesma coisa.

Existem inúmeras vantagens. Muita gente diz que as médias não significam nada no mercado de trabalho, isso até se pode aplicar em alguns casos, nomeadamente àquelas pessoas que durante todo o seu percurso académico foram fracas ou medianas e quando chegam à Faculdade o seu rendimento escolar aumenta porque têm as costas quentes. Nesses casos é normal que a média não valha nada. Quantas pessoas conheço que eram sumidades no Secundário passando a nulidades no Ensino Superior e vice-versa... Normalmente são essas pessoas que fazem afirmações tão descabidas como "a média não vale nada", juntamente com os maus alunos por natureza, claro. Mas quando se foi o melhor aluno (ou dos melhores) em todas as instituições de ensino que se frequentou, garanto que a média tem bastante valor. Com isto quero dizer que dando-se provas nas duas instituições com médias mais elevadas do país para o curso de Engenharia Informática, fica-se acima de qualquer suspeita.
O ISEP tem uma componente teórica bastante forte (com cadeiras puramente teóricas), mas existe o mito que a FEUP é mais teórica e o ISEP mais prático, sendo vantajoso contactar com metodologias de ensino distintas. Se o aluno do ISEP é mais prático e o da FEUP é mais teórico, um aluno que frequentou as duas instituições será um all-rounder, um Engenheiro todo-o-terreno. Para além disso o ISEP oferece vantagens que a FEUP não oferece, por exemplo é o primeiro e único curso de Engenharia Informática do país com a certificação EUR-ACE atribuída pela Ordem dos Engenheiros, 3 anos no ISEP conferem o grau académico de Engenheiro enquanto que 3 anos na FEUP conferem o grau académico de Licenciado em Ciências da Engenharia, etc. E todos sabemos a importância que se dá à experiência profissional no mercado de trabalho, o facto de os alunos do ISEP serem Engenheiros 2 anos mais cedo que os da FEUP é uma enorme vantagem.
Nos estágios de final de curso é muito comum os alunos do ISEP e da FEUP se encontrarem nas mesmas empresas e aí vê-se que os alunos da FEUP têm bastantes dificuldades em realizar tarefas mais práticas.

Claro que como em tudo isto depende dos Politécnicos e Universidades em questão, eu por exemplo não conheço a realidade do Politécnico de Leiria ou da Universidade do Algarve
 
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De notar que a formação dada num Politécnico costuma apresentar-se mais "prática" do que a duma Universidade, que procura fornecer uma formação de base mais teórica e abrangente, explorando mais a conceptualização e o pensamento abstracto (o IPL não é uma Universidade, é como o nome indica um Politécnico).

Isso tem vantagens e desvantagens, que cabe a cada um analisar e tentar perceber como se adequam ao seu próprio perfil. Digo isto pois estive numa empresa em que parte da equipa de desenvolvimento era proveniente dessa instituição (4 elementos) e outra de outros lados (UAveiro, ISEL, IST) e as diferenças eram evidentes, principalmente em termos de capacidade de abstracção/conceptualização e domínio de outro tipo de competências.
Sinceramente se queres que te diga tenho serias dúvidas nisso.. Pelo menos na FCT os estudante de LEI mal têm tempo para ir à casa de banho, desde o primeiro semestre que andam carregadas de trabalhos praticos para fazer e entregar todas as semanas.
É passar à noite pelo departamento as tantas da manha e lá estão eles a bater tecla acompanhados de redbulls.
 
Não foi bem isso que disse. Não fiz absolutamente nenhum comentário sobre a carga de trabalho, falei sim numa abordagem mais "prática" vs uma abordagem mais teórica, abrangente, académica e, diria, de engenharia. Ser engenheiro não é saber trabalhar com o router X ou com a linguagem de programação Y. É sim perceber o que é um router, como se enquadra numa arquitectura de rede, em que consiste o seu funcionamento base e poder facilmente configurar qualquer router que lhe apareça à frente, seja qual for as suas especificidades técnicas. O mesmo é válido paras as linguagens de programação: na universidade não se aprende Java e C#. Aprendem-se os mais variados paradigmas de programação, recorrendo às linguagens mais representativas de cada paradigma (Pascal, C, C++, Java, Prolog, assembly, whatever...). E usam-se as linguagens mais apropriadas para se abordarem os problemas que são propostos pelos docentes.
Claro que quem sai dum politécnico até poderá estar mais preparado para "pegar na massa" no imediato, mas acredito que muitos nem se apercebem das lacunas que a sua formação implica, pois o mercado valoriza muito quem tem capacidade de conceptualização e raciocínio abstracto (algo que uma preparação académica mais prática não pode, obviamente, oferecer, visto ser precisamente mais prática).

Não convém é fazer Mestrado Integrado numa Universidade, os alunos até vão conseguindo definir o que é um Router com mais ou menos problemas, metem-lhes um à frente não sabem trabalhar com ele... Situação repetidamente observada nos Estágios. Engenheiros teóricos não servem de nada para além de poderem dar aulas
Não sei a que universidade te referes, mas garanto-te que quem vem da UA (LECT ou LEET) não terá qualquer problema a configurar bridges/switches/routers. Tirei lá o curso e, além das minhas funções principais como analista/programador, fui o principal responsável técnico pela área de redes, tendo configurado vários equipamentos de nível 2 e 3 para entidades públicas nossas clientes.
E não faço ideia do que significa "engenheiro teórico". Um engenheiro é um profissional com elevada competência técnica para encontrar as melhores soluções para resolver os problemas que lhe são propostos. Necessariamente tem de ser alguém prático, mas também com uma forte componente teórica de base, pois para se "saber fazer" bem é preciso antes "saber" bem.
E ainda bem que há engenheiros a dar aulas, senão nunca terias tirado o curso, não é? E depois tens aqueles que ficam nas Universidades a fazer investigação e inventam coisas que revolucionam o Mundo. Na UA (IT/IEETA) há uma ligação muito forte à PT-Inovação, que permite que esta esta continuamente a inovar e a melhorar o serviço que presta aos seus clientes.
 
Ser engenheiro não é saber trabalhar com o router X ou com a linguagem de programação Y. É sim perceber o que é um router, como se enquadra numa arquitectura de rede, em que consiste o seu funcionamento base e poder facilmente configurar qualquer router que lhe apareça à frente, seja qual for as suas especificidades técnicas. O mesmo é válido paras as linguagens de programação: na universidade não se aprende Java e C#. Aprendem-se os mais variados paradigmas de programação, recorrendo às linguagens mais representativas de cada paradigma (Pascal, C, C++, Java, Prolog, assembly, whatever...). E usam-se as linguagens mais apropriadas para se abordarem os problemas que são propostos pelos docentes.
Claro que quem sai dum politécnico até poderá estar mais preparado para "pegar na massa" no imediato

Até aqui concordo.

mas acredito que muitos nem se apercebem das lacunas que a sua formação implica, pois o mercado valoriza muito quem tem capacidade de conceptualização e raciocínio abstracto (algo que uma preparação académica mais prática não pode, obviamente, oferecer, visto ser precisamente mais prática).

E quem te disse que os alunos do ISEP não têm capacidade de conceptualização e raciocínio abstracto? Provavelmente até têm mais do que os alunos da UA. Quem sabe programar em C facilmente se adapta a qualquer outra linguagem. Conceptualização e raciocínio abstracto aprendem-se logo no Secundário. Eu falo por mim, que vim de um Curso de Informática e não do ramo geral ou de Ciências e Tecnologias.

Não foi bem isso que disse. Não fiz absolutamente nenhum comentário sobre a carga de trabalho, falei sim numa abordagem mais "prática" vs uma abordagem mais teórica, abrangente, académica e, diria, de engenharia.

Não, a abordagem do ISEP não é menos abrangente do que a da FEUP (sendo a FEUP a melhor Faculdade do país e a metodologia teórica comum a todo o Ensino Universitário, parto do princípio que a UA não será muito diferente), bem pelo contrário, os alunos do ISEP nos estágios sabem trabalhar com routers (isto é apenas um exemplo) e muitos da FEUP não. Cuidado com essa abordagem de Engenharia em que só fazem projectos no papel... Eu penso precisamente o contrário, abordagem mais abrangente e de Engenharia é a do ISEP, que é tão académica como a da FEUP porque como já referi, temos cadeiras puramente teóricas.

Não sei a que universidade te referes

Eu menciono FEUP no meu post e tu dizes que não sabes a que Universidade me refiro? :-D

E não faço ideia do que significa "engenheiro teórico".

Por Engenheiro teórico refiro-me àqueles indivíduos que só fazem projectos no papel porque não são capazes de os concretizar.

E depois tens aqueles que ficam nas Universidades a fazer investigação e inventam coisas que revolucionam o Mundo. Na UA (IT/IEETA) há uma ligação muito forte à PT-Inovação, que permite que esta esta continuamente a inovar e a melhorar o serviço que presta aos seus clientes

Exactamente, o ISEP está a desenvolver um motor de busca em parceria com a Microsoft que utiliza padrões de pesquisa revolucionários.

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Para finalizar, estava apenas a transmitir a minha experiência pessoal ao utilizador que abriu o tópico. Na minha opinião para quem tiver possibilidades o ideal é fazer a Licenciatura no ISEP e o Mestrado na FEUP. Já disse mas repito: 3 anos no ISEP conferem o grau académico de Engenheiro, 3 anos na FEUP conferem o grau académico de Licenciado em Ciências da Engenharia. Todos sabemos a importância que se dá à experiência profissional no mercado de trabalho, logo o facto de os alunos do ISEP serem Engenheiros 2 anos mais cedo que os da FEUP é uma enorme vantagem. O facto de ser o único curso de Engenharia Informática do país com a certificação EUR-ACE atribuída pela Ordem dos Engenheiros dá credibilidade no estrangeiro. Mesmo em termos de protocolos com a Carnegie Mellon University, por exemplo, entre outras.
Efectivamente ainda não vi ninguém apresentar argumentos em como a melhor escolha é a UA. Aliás, que eu saiba a UA nem sequer tem o curso de Engenharia Informática.

De uma coisa tenho a certeza, uma pessoa que faça a Licenciatura e o Mestrado nas duas instituições com maior média a nível nacional só pode ter feito uma boa escolha
 
Boas, isto é um tema que me interessa imenso visto que estou no 11ºano em Ciências E Tecnologias e pretendo ingressar em Eng. Informática para o ano que vêm, além de estar bastante indeciso quanto ao factor onde ainda.
Visto que vivo em Lisboa e tenho a família e amigos aqui penso em ficar em Lisboa se não tiver vantagens em ir para outro sitio (se bem que tenciono fazer Erasmus futuramente), a minha duvida é dentro das opções que tenho em Lisboa, como o IST, ISEL, UNL (entre outras que me possa estar a esquecer) qual será a mais apropriada, sei que é difícil conseguir opiniões non-biased sobre isto, visto que há quase um lado partidário à "rivalidade" universitária, mas acho que é sempre bom incitar discussões saudáveis sobre o tema, visto que não se deixa de aprender sobre as diversas instituições. Mantendo este post curto, procuro uma instituição que me ajude a ser competente a nível técnico e que abra portas para um percurso universitário activo (coisas como futebol robótico p.e. sempre me interessaram imenso), se se puder aliar isto a um bom ambiente e uma boa componente social, melhor. Portanto, se frequentam(aram) alguma destas instituições e podem dizer o que de melhor e pior encontraram no vosso percurso, agradecia.

ps: A média não é problema até à data
 
Não convém é fazer Mestrado Integrado numa Universidade, os alunos até vão conseguindo definir o que é um Router com mais ou menos problemas, metem-lhes um à frente não sabem trabalhar com ele...
Eu menciono FEUP no meu post e tu dizes que não sabes a que Universidade me refiro? :-D
Pois, parece que o problema é mesmo a interpretação de textos em Português. Tendo em conta que usaste o artigo indefinido, julgo que a minha interpretação do teu texto não justifica tanto riso, mas pronto. Os meus colegas do IPL também não sabiam peva (nem de longe nem de perto) sobre routers, mas obviamente que seria precipitado da minha parte assumir que o ensino num qualquer Politécnico é de evitar só por isso, tal como o fizeste em relação aos duma qualquer Universidade. Até porque convenhamos, é uma área bastante específica e presumo que a esmagadora maioria dos engenheiros informáticos não saibam nem queiram saber nada sobre isso, pois é irrelevante para as suas funções.
Anyway, sempre me pareceu que quer o FEUP quer o ISEP (assim como o ISEL/IST) são referências a nível nacional nesta área (assim como um punhado de outras) pelo que toda esta discussão me parece um bocado forçada. E não se devem comparar, nem de longe nem de perto, com o típico politécnico nacional (que foram, na sua génese, instituições que deveriam ter outro tipo de perfil educativo, vocacionadas para a formação de técnicos intermédios, mas foram "abastardadas" para serem similares às Universidades, o que só empobrece a oferta a nível de ensino pós-secundário).
 
Existem inúmeras vantagens. Muita gente diz que as médias não significam nada no mercado de trabalho, isso até se pode aplicar em alguns casos, nomeadamente àquelas pessoas que durante todo o seu percurso académico foram fracas ou medianas e quando chegam à Faculdade o seu rendimento escolar aumenta porque têm as costas quentes. Nesses casos é normal que a média não valha nada. Quantas pessoas conheço que eram sumidades no Secundário passando a nulidades no Ensino Superior e vice-versa... Normalmente são essas pessoas que fazem afirmações tão descabidas como "a média não vale nada", juntamente com os maus alunos por natureza, claro. Mas quando se foi o melhor aluno (ou dos melhores) em todas as instituições de ensino que se frequentou, garanto que a média tem bastante valor. Com isto quero dizer que dando-se provas nas duas instituições com médias mais elevadas do país para o curso de Engenharia Informática, fica-se acima de qualquer suspeita.

A média conta, mas não é tudo. Acredita ;) E eu posso falar, até acabei o curso com uma boa média (15v).

O ISEP tem uma componente teórica bastante forte (com cadeiras puramente teóricas), mas existe o mito que a FEUP é mais teórica e o ISEP mais prático, sendo vantajoso contactar com metodologias de ensino distintas. Se o aluno do ISEP é mais prático e o da FEUP é mais teórico, um aluno que frequentou as duas instituições será um all-rounder, um Engenheiro todo-o-terreno.

Não concordo, mais uma vez. Na prática não percebo qual a vantagem disso, até porque as metodologias de ensino não são assim tão distintas. Arrisco-me a dizer que são muito semelhantes.

Para além disso o ISEP oferece vantagens que a FEUP não oferece, por exemplo é o primeiro e único curso de Engenharia Informática do país com a certificação EUR-ACE atribuída pela Ordem dos Engenheiros

Acho que isso é muito interessante, porque é uma forma de certificar a qualidade do curso. Na prática, tenho sérias dúvidas que isso traga alguma vantagem a olhos vista. Não é por isso que o curso do ISEP vai ser melhor (não estou a dizer que é melhor ou que é pior). Como tu saberás, existem N razões para outros cursos não terem essa acreditação, e muitas vezes não é pela falta de qualidade. Acrescento a isso o facto de outros cursos terem outras acreditações e outras formas de certificar a sua qualidade.

Repara, ainda há pouco tempo só existiam 3 cursos em todo o país, de todas as áreas, com essa acreditação. Será que o curso do ISEP só se tornou bom depois de a conseguir? Claro que não.

3 anos no ISEP conferem o grau académico de Engenheiro enquanto que 3 anos na FEUP conferem o grau académico de Licenciado em Ciências da Engenharia, etc. E todos sabemos a importância que se dá à experiência profissional no mercado de trabalho, o facto de os alunos do ISEP serem Engenheiros 2 anos mais cedo que os da FEUP é uma enorme vantagem.

Não percebo qual é a vantagem, sinceramente. Primeiro, quem vai para a FEUP vai com o objectivo de tirar mestrado. Segundo, mesmo que não tire mestrado, o facto de estar ou não inscrito na ordem dos engenheiros, no caso de engenharia informática, não traz vantagens em 99% dos casos. Na prática, o mercado de trabalho não vai distinguir entre 3 anos do ISEP ou 3 anos da FEUP.

Como te disse, trabalho com muitas pessoas que tiraram o curso em muitos locais distintos, e estou perfeitamente à vontade para fazer este tipo de observações. "Ninguém" quer saber se estás ou não inscrito na ordem dos engenheiros. Se bem que é irrelevante, são raríssimos os casos das pessoas que só fazem 3 anos na FEUP.

Nos estágios de final de curso é muito comum os alunos do ISEP e da FEUP se encontrarem nas mesmas empresas e aí vê-se que os alunos da FEUP têm bastantes dificuldades em realizar tarefas mais práticas.

Não conheço todos os alunos, como é óbvio, mas do que vi, isso é completamente falso. Nem sequer faz sentido nenhum, não vejo onde está a falta de prática no curso da FEUP. Já vi de tudo, inclusive pessoas que tiraram o curso em locais quase desconhecidos, e que depois são melhores que pessoas que vieram dos locais mais conceituados. Já vi pessoas do ISEP melhores que pessoas da FEUP, e já vi pessoas da FEUP melhores que pessoas do ISEP. Mas se olhar no geral, nos casos de que eu conheço, acho que isso é completamente falso.

Acho sinceramente que estás a ver mal a situação, e estás preso a mitos e preconceitos. Mas se desejares podes dar alguns exemplos dessa falta de conhecimentos na prática. Não vale dizer que não conhecem a tecnologia X, porque como é óbvio, as pessoas não têm nem conseguem conhecer todas as tecnologias.
 
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Engenharia de Computadores e Telemática

Bom dia,
Este ano vou ingressar no ensino superior e estou a pensar em candidatar-me para o curso de Engenharia de Computadores e Telemática na Universidade de Aveiro.
Alguém que conheça o curso me pode dar informações acerca das saídas profissionais deste e das diferença entre este curso e Engenharia Informática?
Obrigado ;)
 
Frequento esse curso, as informações que queres facilmente podes ver pelo plano de estudos, e comparar com o de outros cursos de informatica com mestrado integrado.

As saidas profissionais neste curso, são bastante vastas, abordam de tudo, ou quase tudo, praticamente, depois so depende de ti escolher com o que queres trabalhar.
 
Boas,
estou no 10º ano e gostava de tirar o curso de Engenharia Informática mas tenho as seguintes duvidas:
1-Afinal qual e a media de ingresso para este curso(é à volta do 13?)
2-o que é que um EI faz ao certo?/ Um EI é igual a dizer que é programador?
3-Consideram as disciplinas muito difíceis ou não?
4-Como esta o mercado de trabalho neste curso(há muitas empresas a necessitar destes profissionais)?
5-por fim gostava de saber se é necessário comprar um pc com determinadas características para este curso, ou não?

1- depende da faculdade onde pretendes ingressar. isso vês na altura da candidatura.
2- não, tu tanto podes ser programador, como analista de sistemas, como andares de volta de redes de computadores...
3- muito subjectivo... o que é difícil para mim pode não o ser para ti e vice-versa. eu quando tirei o curso não me dava bem com assembly e análise, no teu caso podes não te entender com outra coisa qualquer.
4- Em Lisboa safas-te, fora de Lisboa não é tão fácil.
5- Não precisas de um PC todo xpto, ao contrário do que te possam dizer. Até um PC dos mais básicos serve perfeitamente para programar.
 
ya, tipo porque e que e mestrado integrado e EI e so licenciatura apesar de serem iguais ?

Como te disse, comparas o curso de ECT com outros cursos com mestrado integrado, como o da FEUP por exemplo, o facto de ser mestrado integrado, a estrutura do curso é ligeiramente diferente, porque é um curso com um plano de estudos pensado para 5 anos e não para 3 como um curso de Eng. Informatica.

O facto de ter mestrado incluido, implica que fazes o curso todo seguido, caso tenhas objectivo de tirar um mestrado, é menos uma candidatura que fazes. A meio do curso com a licenciatura tirada (3 anos, 1º ciclo) não te obriga a que tenhas implicitamente que tirar o mestrado, dão-te sempre o titulo de licenciatura.
 
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