TDT - Tópico Oficial

Então a RTP ia pagar mais 3.5 milhões por cada canal adicional?
Exacto, se não fosse 3.5 seria algo aproximado - mas sim, para por lá um canal paga-se, enquanto que nos operadores de tv é ao contrário, os canais recebem dos operadores.
A RTP tentou renegociar o preço, mas não sei como ficou.

Daí ser complicado, dado que se deixarem estar exclusivamente na TV Paga, certamente recebiam menos dos operadores, e ainda por cima, teriam de pagar à PT para os ter na TDT.

Então o proprio estado paga 3.5mi€ a ele próprio pela ARTV? Como é que isso funciona :S
Não, o canal Parlamento (ArTV), digamos que teve um preço "especial" de 420 mil €/ano, porque não é um "canal" mas um "serviço", foi essa a justificação.
 
O que a RTP podia fazer era ligar um dos emissores defuntos para uma emissão "experimental" dos varios canais deles em sinal aberto. Até nem é capaz de ficar assim tão caro. Com o tempo iam alargando a cobertura ligando os restantes, e|ou instalando mais.
 
Então o proprio estado paga 3.5mi€ a ele próprio pela ARTV? Como é que isso funciona :S

Como te responderam são à volta de 420mil€ por mês. E, tal como RTP SIC e TVI, não é ao Estado que pagam, é à PT que gere a rede de TDT.
.
Não é por aí. Se alguém lhes colocasse a questão, acho que não existe quase ninguém que não gostasse de ter mais canais na TDT, mesmo os que já têm TV paga. E dos restantes canais nem se fala.
O problema é que temos uma sociedade civil fraca, pouco informada e facilmente manipulável. Aposto que a maioria das pessoas nem sequer sabe que existe a possibilidade técnica de ter mais canais (excepção feita a quem apanha a TDT espanhola).

Se temos uma sociedade pouco informada e facilmente manipulada, eles não sabem o que é a TDT. E começa quando dizem O TDT, e não A TDT. E continua quando pensam que é mais uma coisa para pagar mensalmente. E não sabem que não precisam de pagar para ter centenas de canais de forma livre e legal.

E o "facilmente manipulavel" é explicado com o facto de toda a gente, excluindo uma pequeníssima minoria, pensar que a única forma de ver televisão excluindo a TDT é pagando aos operadores de televisão. Uma vez tive uma discussão no twitter com um cromo, por causa de uma qualquer publicação do twitter do MEO, que comecei a falar de televisão por satelite livre no Astra ou Hotbird e que eu tinha mais de mil canais de tv e que não precisava de pagar para ter 100 ou 150 e o gajo teimava que o que eu tinha era "ilegal, e as chaves, e a partilha pela net e não sei quê."
 
Sobre os custos da pagos pelas estações para emitir na TDT , segundo tenho lido é o preço mais elevado a nível europeu , e colocassem mais canais no mux actual o preço total a pagar iria baixar ,
O pessoal assusta-se quando se fala em milhões dos custos da transmissão , mas não repara os milhões que os portugueses pagam as operadoras todos os meses para ver televisão .

Os nossos deputados do actual governo como estavam preocupados com os Portugueses não colocaram a RTP informação e RTP memoria em sinal aberto .

Os preços serão assim na restante Europa , em Espanha é assim ?

Em Andorra a TDT tem disponível a RTP internacional e a TVI internacional , acham que pagam 3 milhões por terem la os canais ?

Não nos deixamos enganar a TDT portuguesa é a pior da Europa .
 
Última edição:
Sobre os custos da pagos pelas estações para emitir na TDT , segundo tenho lido é o preço mais elevado a nível europeu , e colocassem mais canais no mux actual o preço total a pagar iria baixar

É dos mais caros para os canais, nem outra coisa seria de esperar duma rede montada para cobrir um país de 10 milhões onde só encafuam 4+1 canais.
Se houvessem mais canais, e segundo os pressupostos da Anacom, o custo unitário iria descer porque a PT só pode cobrar na medida dos custos para si e o custo real de meter mais canais é insignificante. Na melhor das hipóteses, a RTP não iria pagar praticamente nada para meter mais canais. Na pior das hipóteses, iria pagar um pouco mais e a SIC e TVI pagariam menos. Quanto mais? Não sabemos, pelos vistos ninguém se lembrou de perguntar à Anacom é à PT, limitam-se a "sacar" milhões do ar.
 
TDT - Renovação da licença temporária de rede da MEO


A ANACOM, por decisão de 13 de março de 2015, aprovou a renovação da licença temporária de rede de televisão digital terrestre (TDT) atribuída à MEO - Serviços de Comunicações e Multimédia, nos termos e condições estabelecidos na decisão da ANACOM de 11 de setembro de 2014, pelo prazo de 180 dias, com efeitos a partir de 15 de março de 2015.


Foi também determinado que a MEO proceda ao reembolso dos custos suportados pelos utilizadores finais com cobertura DTH (receção por satélite) que tenham solicitado ou que venham a solicitar a deslocação de um instalador, em consequência da receção de carta remetida no âmbito do plano de comunicação da MEO. Esta determinação é submetida à audiência prévia da MEO, pelo prazo de 10 dias úteis.

http://www.anacom.pt/render.jsp?contentId=1349702
 
Foi também determinado que a MEO proceda ao reembolso dos custos suportados pelos utilizadores finais com cobertura DTH (receção por satélite) que tenham solicitado ou que venham a solicitar a deslocação de um instalador, em consequência da receção de carta remetida no âmbito do plano de comunicação da MEO.

O reembolso é automático ou tem que ser feito algum pedido?
 
http://www.noticiasaominuto.com/tech/368168/cabo-verde-quer-conhecer-experiencia-portuguesa-na-tdt

Cabo Verde quer conhecer experiência portuguesa na TDT

Querem conhecer que é para não caírem nos mesmos erros, espero. Porque para exemplos decentes de TDT há por toda a Europa, porque o nosso não é exemplo para ninguém.

Pelo contrario a nossa TDT deve servir de exemplo do que não se deve fazer. Processos de concurso viciados, rede de cobertura deficiente, falta de canais por influencia de lobbys, etc.
 
Vamos aos preços de transmissão , TDT Portuguesa 3,5 Milhões euros por canal televisivo Vs Transponder de satélite

Na Europa paga-se em media por ano um aluguer por um Transponder de Satelite ( equivalente a um Mux TDT ) 1.62 milhões a 3.2 milhões de dólares .

The report by Euroconsult of Paris said the average transponder price of $1.62 million per year for 36 megahertz of capacity hides a wide regional price disparity. The report says there is a “risk of price erosion” in the coming years as some markets soften with new satellites entering service.

As has been the case for years, Western Europe continues to be the highest-price market for leasing satellite bandwidth, at an average of $3.2 million per transponder in 2011, Euroconsult said.

Northeast Asia featured the second-most-costly transponders, at $2.6 million per transponder per year, followed by the region around Australia and New Zealand, where prices averaged $1.7 million per year.

- See more at: http://spacenews.com/rising-transponder-prices-mask-regional-disparity/#sthash.XPKaETTp.dpuf

Mais um exemplo de preço por transpnder ( aglomera vários canais televisivos ) de satélite

MTV leases 22 transponders on a full-time basis and nine other transponders part-time. Given the prevailing prices — $1.2 million to $1.5 million per transponder per year in North America, and $5 million to $10 million per year in Europe, depending on exchange rates and location — MTV is spending at least $50 million a year on satellite capacity. - See more at: http://spacenews.com/fiber-looms-check-transponder-prices/#sthash.QRsv0tKn.dpuf
 
Há dois dias atrás no Jornal Público saiu isto acerca do Euronews no TDT. Esse Sr. Poiares Maduro mente tão bem.

Bruxelas vai pagar Euronews em português até 2017 e canal aumenta presença na RTP




Poiares Maduro prometeu estudar viabilidade do Euronews em sinal aberto e pedir à ERC que lhe desse o estatuto de must carry.



Foi uma espécie de toma lá, dá cá: a Comissão Europeia aceita financiar o serviço do Euronews em português durante mais dois anos, até1 de Fevereiro de 2017, no valor de 3,5 milhões de euros, e, em contrapartida, a RTP aumenta em 10% o tempo das janelas dos conteúdos daquele canal nos seus serviços da RTP2, Informação, Internacional, África, Açores e Madeira.

Mas não só. O ministro Miguel Poiares Maduro fez promessas que a prazo se podem revelar comprometedoras: que seria analisada a viabilidade técnica e física de poder ser atribuída uma frequência numérica em sinal aberto ao Euronews – ou seja, colocá-lo na oferta gratuita, a par da RTP, SIC e TVI –, e que iria pedir à ERC que desse ao canal o estatuto de must carry – ou seja, todas as operadoras teriam obrigatoriamente que o incluir na sua oferta básica, incluindo a TDT – televisão digital terrestre.

As três propostas portuguesas foram incluídas numa troca de cartas entre o Governo português e a então vice-presidente e comissária Viviane Reding na Primavera do ano passado, quando negociavam a continuação do apoio europeu à RTP. E foram a cartada de Poiares Maduro depois de a comissária recusar o prolongamento do apoio por o programa da troika ter acabado em Maio. Nem mesmo foi aceite o argumento de que se a comissão financiava o serviço em árabe (um dos 13 do canal) era também importante financiar o português por ser uma língua falada por 240 milhões de pessoas pelo mundo.

As propostas de Poiares Maduro não serão, porém cumulativas e o Governo entende que só tem de cumprir duas delas - e já o fez - : a que pressupõe o aumento do tempo do Euronews na RTP e o do pedido de estatuto de must carry à ERC – a proposta do canal aberto terá servido para mostrar a boa vontade do executivo. O primeiro está assente, o segundo foi feito, mas Miguel Poiares Maduro não obteve resposta da ERC, apesar de o pedido já ter sido feito em Julho passado.

E nem deverá ter: o vice-presidente da ERC Alberto Arons de Carvalho confirmou ao PÚBLICO que o pedido foi debatido no conselho regulador, mas a questão “foi posta de lado”. “Discutiu-se mudar a lista de canais must carry, que incluem a RTP1, RTP2, SIC e TVI, mas nunca para incluir o Euronews e muito menos à frente dos canais de serviço público e outros com mais interesse para o público português”. O responsável negou, porém, que o regulador tenha sido informado dos restantes compromissos que o ministro assumiu com Bruxelas.

Enquanto ministro responsável pelo sector do audiovisual, comprometo-me a propor à autoridade portuguesa independente responsável pela regulação do sector audiovisual (ERC) que delibere sobre a atribuição à versão portuguesa do Euronews do estatuto de must carry. Ainda que esta decisão e os procedimentos necessários à sua adopção devam ser tomados pela ERC, farei tudo o que for possível para que esta deliberação possa ser adoptada no mais curto prazo”, prometeu Miguel Poiares Maduro a Viviane Reding.

As propostas do gabinete do ministro agradaram à comissária que já em 2012 aceitara, então a pedido da Assembleia da República, e com carácter excepcional, que a Bruxelas financiasse pela primeira vez os custos da operação portuguesa do Euronews durante o período de intervenção da troika, mas que acabou por ser fixado entre 1 de Fevereiro de 2013 e 1 de Fevereiro de 2015. Viviane Reding exigiu que a RTP, depois dessa ajuda europeia, “mantivesse e dignificasse o serviço do Euronews”, tendo na mira a possibilidade de o canal ser incluído na oferta da TDT quando os multiplexers fossem revistos.

Uma versão final do memorando entre a Comissão, a RTP e o Euronews está para ser assinada. Manter a versão portuguesa do Euronews custa dois milhões de euros por ano. Nesse valor estão incluídos os 360 mil euros anuais de quota que a RTP tem continuado a pagar por permanecer como accionista do canal. A ordem para a RTP acabar com a parceria com a Euronews veio em 2011 do ministro Miguel Relvas.


A ERC prontamente diz não ao Euronews na TDT porque primeiro estão outros canais portugueses. Uma boa forma de tudo continuar na mesma
 
Última edição:
Back
Topo