Recém licenciado - o desespero

Tenho curso de multimédia/audiovisual e trabalho na área mal saí da faculdade. O que te posso dizer: investe num portfolio forte na área específica que pretendes trabalhar, seja web , video / motion , fotografia ou gráfico e envia para as várias agências e produtoras.

Tens de estar sempre atenta a quem procura juniores para estágios profissionais, por exemplo.

Antes de mais tens que ter alguma qualidade, dar alguma confiança de que apesar seres junior sabes o que estás a fazer e estar preparada para más propostas (€) porque ninguém quer pagar muito a juniores.
 
Sim, fiz erasmus na Lituânia por recomendação e arrependi-me. Isso porque me tinham dito que lá eram precisos muitos designers e eu poderia ter chance de lá fazer estágio, ganhar experiência etc. Não foi o que aconteceu. Lá designers não são precisos, não há grande uso de tecnologias e sinceramente mais pareceu uma palhaçada.
Vais a Erasmusinteern.org e procura lá um estágio numa empresa na Alemanha ou onde queiras, depois fala com a tua universidade para te dar a bolsa é escolhe um estágio que a empresa te pague também
 
Para actualizar um pouco daquilo que escrevi a semana passada....
Na terça-feira passada entrou uma estagiária no meu local de trabalho em regime estagiar U (30 dias remunerado) e posso dizer que dos que já passaram por lá esta é a pior que lá passou....
Chegou lá e tentamos perceber o que ela sabia e quais os objectivos dela....disse-nos que tinha interesse na parte de edição e que gostava de aprender como é feita as peças para televisão e reportagens...
Uma miúda de 19 anos na área de design de interiores, chegou lá e queria aprender algo completamente diferente daquilo que tinha aprendido na universidade.....
Durante toda a semana foi lhe dado a explicar junto dos meus colegas inclusive eu a parte de edição, e posso dizer que ela aprendeu ZERO!
Eu e os meus colegas sentimos-nos ofendidos ao estar lhe a explicar e a perder tempo a e gaja este SEMPRE de conversa no facebook com o namorado e nada aprendeu....ao seja...após terminar o estágio dela que são de 30 dias a empresa irá deixar de recrutar estagiários porque apesar de ser uma perca de tempo não vale a pena estarem lá só para ganharem 721€ num mês....
 
Para actualizar um pouco daquilo que escrevi a semana passada....
Na terça-feira passada entrou uma estagiária no meu local de trabalho em regime estagiar U (30 dias remunerado) e posso dizer que dos que já passaram por lá esta é a pior que lá passou....
Chegou lá e tentamos perceber o que ela sabia e quais os objectivos dela....disse-nos que tinha interesse na parte de edição e que gostava de aprender como é feita as peças para televisão e reportagens...
Uma miúda de 19 anos na área de design de interiores, chegou lá e queria aprender algo completamente diferente daquilo que tinha aprendido na universidade.....
Durante toda a semana foi lhe dado a explicar junto dos meus colegas inclusive eu a parte de edição, e posso dizer que ela aprendeu ZERO!
Eu e os meus colegas sentimos-nos ofendidos ao estar lhe a explicar e a perder tempo a e gaja este SEMPRE de conversa no facebook com o namorado e nada aprendeu....ao seja...após terminar o estágio dela que são de 30 dias a empresa irá deixar de recrutar estagiários porque apesar de ser uma perca de tempo não vale a pena estarem lá só para ganharem 721€ num mês....

Isso é um insulto para os recém licenciados que não conseguem arranjar nada e depois quem consegue vai lá fazer "figura de urso"... Isso é meio caminho andado para evitar estagiarios por parte da empresa não?
 
A minha licenciatura também foi da área da multimédia, mas eu ao contrário de alguns colegas investi bastante na formação académica, conseguindo no fim criar um bom portfólio e bastante destreza a nível de software.
Foi "demoroso" conseguir uma entrevista, mas na primeira que tive consegui o trabalho...e porquê?
Porque me meteram à frente uma proposta acabada de aprovar com o cliente para uma revista de 32pag de telemoveis, onde numa semana tive a capacidade de a bom ritmo ter cortado todos os telemóveis (6 por pagina +-), acessórios, criado os grafismos, preços, icones das caracteristas etc....foi duro? foi...no final tiveram o projecto alongado para dois anos. Como trabalhavam com operadoras, digamos que nos tempos seguintes em cada mes demorada uns 3 a 4 dias a fazer toda a revista para sair a tempo dos saldos, épocas, eventos, etc.
Para além disto a empresa prestava serviços de produtos interactivos e não tinham uma aplicação deles....propus logo fazer na altura em flash a app para estar nos ecrãs touch e ficaram de boca aberta quando disse que sabia fazer....tinha videos, galerias, textos dos produtos, etc.

Ou seja, isto para dizer o quê....eles estavam à procura de uma solução e não de um problema.

Quem neste mundo como estagiário aceitaria assim do nada como primeiro trabalho fazer uma regista de telemóveis com 32pag? Eu andei todo assustado sou sincero...mas bombou o indesign, illustrator e photoshop....quantos são os que se atrevem?
Uma empresa procura alguém que mostra capacidades, que tenha algo que encha o olho.
E não tenham medo de ouvir um "não" ou um "está mau"...isto é o pão nosso de cada dia para quem está na área. Como costumo dizer, agua mole em pedra dura tanto bate até que fura....e no design tanto mexemos tanto mexemos que o bom resultado vai sair.

para o user que abriu o topico aconselho a pensar bem aquilo que quer fazer, pois o portfolio do behance não mostra capacidades de uma pessoa que saiu da universidade. Desculpa dizer, mas o portfolio é muito mau. Não vou mentir porque estaria a prejudicar. E mandar lá para fora esse portfolio eles nem se vão dar ao trabalho de te obrigar a fazer uma viagem de milhares de km.

Mas a culpa não é "só tua" é também dos muitos cursos de multimedia ou design que por aí andam. Muitos que até são dados em escolas de gestão...enfim. um curso artistico tem de ser tirado num meio artistico...no meio da pintura, do desenho, andar de maos sujas de tintas, de folhas e mais folhas de impressões, folhas riscadas, notas dos professores, exposições, etc...

vou parar por aqui xD


não tenho aqui tudo como é óbvio e até desisti do deviantart antes de acabar a univ, mas só para teres uma ideia daquilo que eu fazia quando andava na universidade (pag. 1) e os mais antigos até no liceu (pag. 2 e 3).
a capa do bob marley até teve destaque pelo deviantart xD
http://maga24.deviantart.com/gallery/
 
Última edição:
Isso é um insulto para os recém licenciados que não conseguem arranjar nada e depois quem consegue vai lá fazer "figura de urso"... Isso é meio caminho andado para evitar estagiarios por parte da empresa não?

Não considero um insulto, mas sim um desabafo...
E como disse em páginas anteriores pela empresa aonde trabalho já passaram + de 20 estagiários de todos os programas (L,T e U) e nenhum ficou, não ficaram pela simples questão de falta de aprendizagem e "preguiça".
Não sei se trabalhas actualmente, e se já lidaste com estagiários, mas gostaria de ouvir a tua opinião acerca de mal estagiária recém licenciada.
Em relação a parte da empresa para contratar estagiários, posso dizer-te que esta foi a última que lá entrou, e que não serão abertos mais concursos para estagiários devido as más experiências que já tivemos anteriormente e que contei em páginas anteriores.

Digo novamente para levarem o que escrevi como um desabafo e experiência sobre a malta com quem já trabalhei.
 
Este drama estende se à área de programação e não só.

O problema principal, não está nos alunos, começa na formação escolar e académica, que ensinam competências que ninguém usa e não são actualizadas.

O mercado muda rápido, as tendências também.

Contudo, ensinam o que bem lhes apetece e as empresas que querem contratar ficam espantadas com a falta de conhecimento ou interesse (interesse, já tem a haver com o empenho da pessoa, que pelo exemplo da estagiária dada acima, tirou um curso por tirar...).

Estive no mesmo dilema, trabalhei como promotor enquanto fazia freelancer, mas não é uma vida "estável", por isso, não recomendo essa vida mais que 1 a 2 anos, até porque a concorrência é forte e torna se difícil destacar.

A solução (que arranjei para mim):

Trabalhar para outrém numa outra área (evitar o desemprego), durante X anos

Ir ganhando conhecimentos (cursos idealmente) e continuar com projectos freelance

Depois de juntar dinheiro o suficiente, investir em mim e criar uma empresa (juntamente com um sócio) - podem também iniciar actividade unipessoal

Com pernas quase para andar, vamos ambos (eu e o meu sócio) trabalhar 10h por dia na empresa e projectos que achamos que podem render (a médio longo prazo). Vai ser o leap of faith, mas ninguém certamente vai tentar por nós...

Espero eu, poder começar a recrutar para estágios e ensinar o que puder e contractar quem acharmos que tem empenho, talento e complementar.

Existem várias áreas no mesmo pé que as áreas que envolvem tecnologia, é o país que estamos.

Não podemos desanimar, não ligar as pessoas que dizem "tens que fazer X e Y", não desesperar e acreditar que é possível. Basta força de vontade e criatividade :)

Passaram cerca de 3-4 anos para que pudesse cumprir os meus objetivos. Its a long way...

Quem for da área de design/web, podemos discutir projectos freelance :)

Abraço a todos e good luck
 
A frequentar a licenciatura de Economia sempre me interessei pela arte, sempre gostei de desenhar. Peguei no Photoshop há uns anos e comecei a dar uns toques nele. Hoje, em part-time, trabalho como freelancer. E sim, uso plataformas como o Fiverr e UpWork para arranjar clientes, com um feedback de 100%. Este feedback ajuda-me a ter maior exposição na plataforma e recebo trabalhos de forma regular. Os trabalhos são coisas muito rápidas de fazer (cartões de visita, principalmente) e o preço sempre me compensa de forma bastante agradável.

Com a arte, e aliado ao curso de Economia, surgiu um outro grande interesse, o marketing. Hoje em dia trabalho em casa por conta própria em áreas ligadas ao design e ao marketing sem nenhuma formação. Isto é, sem formação académica. Estes interesses já me "tiraram" horas e horas de leitura, já investi em ebooks e cursos online, mas é no Google que se aprende tudo.

Eu monto websites e monetizo. Quer pelo Adsense, quer por programas de afiliados. O meu primeiro website foi ligado à área do design, era um website onde partilhava conteúdo para inspiração. Este site sozinho chegou a render-me mais de 400€ mensais, quase de modo passivo, com meses a ultrapassar os 250 mil visitantes. Já o vendi.

Entretanto já criei mais de 15 websites, uns que não deram em nada, outros que também já vendi, outros que me vão gerando algum dinheiro. Tenho neste momento mais de 20 domínios comprados à espera que lhes meta mão à obra (sou muito impulsivo, às vezes são três da manhã, penso num novo projecto e vou logo comprar o domínio :-D ).

Quero com isto dizer que esperar pelos outros não é a melhor solução. Nessa área podes fazer tudo em casa. A única diferença aqui é que para uns é mais fácil que outros. Mais fácil porque como em tudo há pessoas com mais aptidão para a área que outras. Eu, por exemplo, destaco-me nas plataformas pois tenho um sentido de estética elevado. Eu não só consigo ter um volume de encomendas razoável como também cobro mais que os "Five(r)" dólares da plataforma. Consigo isto porque os meus trabalhos são de qualidade superior (quando comparados com trabalhos de alguns indianos, por exemplo, é inquestionável a diferença de valor) e porque faço uso da retórica (infelizmente, muito importante nesta área. Tens de convencer os clientes do quanto vale o teu trabalho).

Após dar uma vista de olhos no Behance, não gostei do que vi, não achei que uma empresa ficasse interessada no teu portefólio. Não te quero desanimar com isto, quero tentar dar um ou outro conselho, que vale o que vale. Aconselho-te a especializar num campo (já referiram isto aqui). Esquece, pelo menos por agora, o web design. Esquece o 3D. Começar pelo print é um bom começo mas há muito trabalho a fazer: cores não se coadunam umas com as outras, uso exagerado dos "sombreados", má tipografia (quer a escolha do tipo de letras, mau espaçamento, questões de legibilidade, etc), pormenores que não são trabalhados (por exemplo, no projecto "Aywo", o texto tem espaço no primeiro parágrafo mas no segundo já não, tem 4 hífens (horrível!) e eu já sendo picuinhas noto que as margens são diferentes).

Mas todos estes pequenos detalhes podem ser ultrapassados. Por exemplo, em relação às cores, uma ferramenta muito útil é o Kuler. Tu aqui consegues encontrar excelentes paletes de cores, harmoniosas, para aplicar em diferentes tipos de trabalho. Em relação às técnicas, como vi que usas bastantes vezes o sombreado, denoto aí alguma falta de criatividade. Uma forma de ultrapassar isto é procurar inspiração. Uma outra forma que usei para melhorar os meus trabalhos era replicar o conteúdo de excelentes designers (apenas para treino). Eu não faço ideia se chegava ao resultado final usando as mesmas técnicas ou em tempo razoável, o importante era conseguir fazer o mesmo. Isto ajudou-me a ser muito ágil na criação daquilo que me vai na mente usando apenas "meia-dúzia" de ferramentas do Photoshop. Procura as tendências do design, replica, inspira-te ou cria o teu próprio estilo.

Para finalizar, e peço já desculpa pela quantidade de texto e por falar um pouco de tudo, sem uma linha óptima de raciocínio, quero com isto dizer que um curso académico vale o que vale. Não faço ideia onde o tiraste mas é uma boa escola, tem bons docentes, preparam-te para o mercado de trabalho, ensinam-te a valer? Ou apenas te explicam como usar a ferramenta de texto no Photoshop mas esquecem-se de aspectos mais importantes como a escolha da font adequada, o kerning, etc?

Ter um diploma é bom, é um começo que pode ajudar. Mas nesta área tu podes fazer tudo em casa (se gostares da ideia e se tiveres essa disponibilidade, pois ser freelancer nem sempre é fácil) e podes aprender mais que toda a gente (o que não deixa de implicar muito querer e trabalho).

Desculpa se o texto estiver muito confuso, muita coisa queria dizer, e desculpa se possa ter dito algo que te desanime. Desejo-te muita sorte no futuro e também muito trabalho! Se quiseres muito, consegues lá chegar e fazer coisas bonitas :)
 
Consegues ser mais deprimente que eu xD

Se tens essa paixão por 2D, cria um projecto pessoal, em que envolve uma serie de mini projectos para ires lançando todas as semanas, por exemplo, durante os proximos 2 meses. Mesmo deprimida, não podes é estar parada e tens de estar sempre a evoluir.

Um projecto pessoal, se dentro do possivel, usando um tema actual ou com nome (pokemon por exemplo), faz com que as pessoas vejam e apreciem o teu trabalho (se este for bom, claro). E, indirectamente, crias o tal portolio que de falta, para que possas mostrar.

Não te sintas fragilizada por ver o trabalho do outros, usa-os como metas a atingir, e nunca como motivo para te desanimar (apesar de saber que não é fácil).

Acho que deves refletir sobre isto.
Tenho alguma experiencia em varias empresas e o que te posso dizer é que o paradigma do emprego esta a mudar e a grande maioria das pessoas ainda não percebeu. As empresas estão a deixar de contratar funcionarios para os quadros como forma de reduzir custos e subcontratão trabalho ou recursos.
Acho que deves pensar em prestar serviço especializado em regime de outsider. Diz o que podes fazer numa determinada empresa e a que preço. Essa sera uma forma a outra podera passar por desenvolveres um projeto proprio. Existem apoios comunitarios para projetos, então se forem inovadores tanto melhor.
Não te esqueças que as Universidades Portuguesas estão completamente desfocadas da realidade do mercado de trabalho. A sua principal preocupação é produzir licenciados para trabalhar por conta de outrem e isso o mercado já não aceita á muito tempo.
Espero ter ajudado, pelo menos a refletir....
Alguma coisa manda PM.
 
A frequentar a licenciatura de Economia sempre me interessei pela arte, sempre gostei de desenhar. Peguei no Photoshop há uns anos e comecei a dar uns toques nele. Hoje, em part-time, trabalho como freelancer. E sim, uso plataformas como o Fiverr e UpWork para arranjar clientes, com um feedback de 100%. Este feedback ajuda-me a ter maior exposição na plataforma e recebo trabalhos de forma regular. Os trabalhos são coisas muito rápidas de fazer (cartões de visita, principalmente) e o preço sempre me compensa de forma bastante agradável.

Com a arte, e aliado ao curso de Economia, surgiu um outro grande interesse, o marketing. Hoje em dia trabalho em casa por conta própria em áreas ligadas ao design e ao marketing sem nenhuma formação. Isto é, sem formação académica. Estes interesses já me "tiraram" horas e horas de leitura, já investi em ebooks e cursos online, mas é no Google que se aprende tudo.

Eu monto websites e monetizo. Quer pelo Adsense, quer por programas de afiliados. O meu primeiro website foi ligado à área do design, era um website onde partilhava conteúdo para inspiração. Este site sozinho chegou a render-me mais de 400€ mensais, quase de modo passivo, com meses a ultrapassar os 250 mil visitantes. Já o vendi.

Entretanto já criei mais de 15 websites, uns que não deram em nada, outros que também já vendi, outros que me vão gerando algum dinheiro. Tenho neste momento mais de 20 domínios comprados à espera que lhes meta mão à obra (sou muito impulsivo, às vezes são três da manhã, penso num novo projecto e vou logo comprar o domínio :-D ).

Quero com isto dizer que esperar pelos outros não é a melhor solução. Nessa área podes fazer tudo em casa. A única diferença aqui é que para uns é mais fácil que outros. Mais fácil porque como em tudo há pessoas com mais aptidão para a área que outras. Eu, por exemplo, destaco-me nas plataformas pois tenho um sentido de estética elevado. Eu não só consigo ter um volume de encomendas razoável como também cobro mais que os "Five(r)" dólares da plataforma. Consigo isto porque os meus trabalhos são de qualidade superior (quando comparados com trabalhos de alguns indianos, por exemplo, é inquestionável a diferença de valor) e porque faço uso da retórica (infelizmente, muito importante nesta área. Tens de convencer os clientes do quanto vale o teu trabalho).

Após dar uma vista de olhos no Behance, não gostei do que vi, não achei que uma empresa ficasse interessada no teu portefólio. Não te quero desanimar com isto, quero tentar dar um ou outro conselho, que vale o que vale. Aconselho-te a especializar num campo (já referiram isto aqui). Esquece, pelo menos por agora, o web design. Esquece o 3D. Começar pelo print é um bom começo mas há muito trabalho a fazer: cores não se coadunam umas com as outras, uso exagerado dos "sombreados", má tipografia (quer a escolha do tipo de letras, mau espaçamento, questões de legibilidade, etc), pormenores que não são trabalhados (por exemplo, no projecto "Aywo", o texto tem espaço no primeiro parágrafo mas no segundo já não, tem 4 hífens (horrível!) e eu já sendo picuinhas noto que as margens são diferentes).

Mas todos estes pequenos detalhes podem ser ultrapassados. Por exemplo, em relação às cores, uma ferramenta muito útil é o Kuler. Tu aqui consegues encontrar excelentes paletes de cores, harmoniosas, para aplicar em diferentes tipos de trabalho. Em relação às técnicas, como vi que usas bastantes vezes o sombreado, denoto aí alguma falta de criatividade. Uma forma de ultrapassar isto é procurar inspiração. Uma outra forma que usei para melhorar os meus trabalhos era replicar o conteúdo de excelentes designers (apenas para treino). Eu não faço ideia se chegava ao resultado final usando as mesmas técnicas ou em tempo razoável, o importante era conseguir fazer o mesmo. Isto ajudou-me a ser muito ágil na criação daquilo que me vai na mente usando apenas "meia-dúzia" de ferramentas do Photoshop. Procura as tendências do design, replica, inspira-te ou cria o teu próprio estilo.

Para finalizar, e peço já desculpa pela quantidade de texto e por falar um pouco de tudo, sem uma linha óptima de raciocínio, quero com isto dizer que um curso académico vale o que vale. Não faço ideia onde o tiraste mas é uma boa escola, tem bons docentes, preparam-te para o mercado de trabalho, ensinam-te a valer? Ou apenas te explicam como usar a ferramenta de texto no Photoshop mas esquecem-se de aspectos mais importantes como a escolha da font adequada, o kerning, etc?

Ter um diploma é bom, é um começo que pode ajudar. Mas nesta área tu podes fazer tudo em casa (se gostares da ideia e se tiveres essa disponibilidade, pois ser freelancer nem sempre é fácil) e podes aprender mais que toda a gente (o que não deixa de implicar muito querer e trabalho).

Desculpa se o texto estiver muito confuso, muita coisa queria dizer, e desculpa se possa ter dito algo que te desanime. Desejo-te muita sorte no futuro e também muito trabalho! Se quiseres muito, consegues lá chegar e fazer coisas bonitas :)

O snead compreende o meu drama de comprar domínios por impulso Hahahhahaha.

Mas tem toda a razão. Não é facil mas impossível não é.

Tens que me ensinar a usar o AdSense como se deve ser Snead dava jeito!!
 
O snead compreende o meu drama de comprar domínios por impulso Hahahhahaha.

Mas tem toda a razão. Não é facil mas impossível não é.

Tens que me ensinar a usar o AdSense como se deve ser Snead dava jeito!!

Já pagou melhor mas continua a ser das melhores formas de monetizar uma página, sobretudo se for uma página com público-alvo situado em países desenvolvidos e de grande rendimento (USA, Australia, Canada, ...). Em páginas em português, por exemplo, paga muito mal.

Mas depende sempre da página, do nicho e do público. Formas de monetizar não faltam e até podes usar várias técnicas.

Boa sorte nos projectos e vê lá se dás uso aos domínios :D
 
Voltando ao tópico...

Uma outra coisa que ando a acompanhar é a caligrafia. Comprei umas quantas canetas e brush pens para juntar ao meu estojo de desenho e para praticar tenho seguido muitos artistas e sempre que tenho um tempinho vejo uns vídeos no YouTube. Uma página que sigo com atenção é a do Stephen Bradbury, que vai partilhando tutoriais e templates para iniciantes.

Lembrei-me de vir cá partilhar esta informação porque este rapaz é estudante. Quero com isto dizer que ele não esperou pelo mercado de trabalho, simplesmente especializou-se numa das suas paixões e com trabalho e dedicação já tem nome e milhares de fãs.

Para quem ainda não conhece ficam aqui uns links:
- YouTube
- Website
- Instagram

Edit:
Já agora, em jeito de publicidade, se quiserem seguir uma das minhas contas do Instagram, esta ligado à tipografia/caligrafia/handlettering, dêem aqui um salto: https://www.instagram.com/typographylovers/
 
O título do tópico chamou-me a atenção e apesar de não ser da área penso que posso pelo menos tocar numa serie de pontos pertinentes.

Olá a todos. Pois é, este tópico mais parece o título de um drama de baixo orçamento ou candidato a novo "Scary Movie". :lol:
Ora bem, acabo de terminar a licenciatura em Multimédia e agora deparo-me com o mesmo bicho papão de todo o mundo: o sabor do desemprego. Tive bons resultados no curso, levo bastante a sério o meu desempenho, procuro algum emprego que me dê uma vida melhor, como muitos tantos... Tenho-me candidatado para imensas empresas na indústria dos jogos

Não se enfatiza o suficiente os alunos e eles acham sempre que isso não é um problema deles que o emprego não está garantido e pior do que isso as mudanças dos últimos anos só agravaram isso mas lá chegarei mais adiante.

Vi em propostas de emprego para design, a receber o salário mínimo, numa zona em que as rendas são altíssimas. Não me quero fazer "fidalga" mas de facto acho que não paguei os olhos da cara numa licenciatura para agora receber o mínimo.

Percebo as expectativas mas muitas empresas simplesmente não conseguem ganhar o suficiente para cobrir tudo. Num país de baixos salários, com uma emigração de jovens tão elevada a economia não é suficientemente dinâmica. A agravar isso o problema crónico de pagamentos em atraso e empresas a cairem em bola de neve umas atrás das outras. Muitos pensam logo em grandes empresas que podem bem e mesmo assim pagam mal - um bom exemplo são as empresas de telecomunicações com os call centers - mas a realidade do país são empresas micro e como eu gosto de dizer também nano empresas.

Tinha preferência pela Alemanha mas parece que nenhuma empresa aceita sem experiência ou sem estágio. E nenhuma empresa aceita estágios caso não se seja estudante. Ou seja, estou encurralada de um lado e de outro. Não tem alternativa! Ainda vi boas propostas para a Suiça e candidatei-me mas muitos me alertaram que dificilmente ia conseguir viver lá dado o custo de vida. Reino Unido, designers parece que é o que mais há, mas vejo muita oferta... e tenho-me candidatado... mas igualmente sem sucesso. Já perdi o número de empresas e países para onde me tenho candidatado...

O Alemão sei-o por experiência é uma língua bem difícil de aprender. É curioso que a Europa torna-se um mercado um pouco complicado pela diversidade de línguas. Uma coisa é perceber outra é dominar. E agora com o Brexit não se sabe bem o que vai acontecer com Inglaterra.
Mas é difícil a questão de apostar numa língua ou país se depois as coisas não correm bem.

Não sou da tua área nem pouco mais ao menos, sou das ciências mas vai dar ao mesmo... No meu caso estou como tu, acabei licenciatura e nem para plantar batatas sirvo, ou seja, preciso de ter um currículo alargadissimo para conseguir emprego... O que se deva fazer?
(minha opinião e vale o que vale atenção)
- Continuar os estudos (mestrado...) em algo que gostes e que possa ter maior saída.

Fico pasmado com a fuga para a frente dos mestrados, doutoramentos e afins. Os mestrados criaram a ideia infeliz que se é mestre em determinada área quando não é possível que alguém que nunca exercer (pq é possível tirar-se o mestrado nessas condições) possa ser mestre de alguma coisa. Um Mestre é alguém com experiência de vários anos numa determinada área que faz um trabalho nessa área e obtem um grau. Hoje não. Um mestre não sabe nada porque pode ainda não ter feito nada.
Estão a pagar o preço de uma péssima mudança e terem criado uma ilusão quando nem se consegue ter um emprego com remueração e condições mínimas.

- Procurar estágios (é complicado mas eu arranjei um agora para o verão numa empresa grande e sem remuneração)

Empresa grande e remuneração como pode ser um estágio numa pequena. O conceito está completamente errado e há empresas que em boa verdade vão aproveitando não para ensinar (um estágio é para isso) mas sim para fazerem trabalho gratuito.

Como tens enviado tantos curriculos sem obteres resposta..será que o currículo está bem feito? E tens enviado cartas de motivação adequadas ao empregador?

Isto faz sentido mas do que sei as empresas em geral recebem um número de CV muito superiores à necessidade pelo que vão para o monte e como já disseram ou levam com uma resposta protocolar ou um não estamos a contratar.

A curto prazo procura formações específicas dentro da tua área. Há por exemplo formações que duram 15 dias e são dirigidas para profissionais que te obrigam a trabalhar e vais aprender componentes técnicas que não aprendes em licenciatura. Tirar um bom mestrado, com reconhecimento e forte componente prática seria uma opção a longo prazo

O mestrado é muito longo para o que ela está a precisar se bem percebi e é caro. Os cursos de 15 dias não sei se quem ganha é mesmo o formando. A mudança tem que começar nas faculdades e ninguém tem esta discussão.

Se fosse a ti apostava num formato de portefólio diferente do habitual e com uma grande dose de criatividade... Fazer um portefólio só por fazer é algo que raramente dá resultado.

Em particular nesta área o que se destaque vai sempre chamar a atenção. Concordo.

Podias também apostar no mercado freelance, embora na área do design e multimédia seja um mercado agressivo às vezes podes ter sorte.

Faz todo o sentido e a parte agressiva prepara as pessoas para a realidade.

Vou-te falar da minha experiência enquanto editor e repórter de imagem numa estação de televisão, e peço-te que vejas isso como um exemplo e um desabafo!
Estando eu na área de multimédia há 4 anos, posso dizer que não é fácil...falo-te especialmente do meu local de trabalho em que temos apenas 3 pessoas no quadro a contar comigo obviamente, e por ano são abertas candidaturas para dar oportunidade a malta que gosta da área e posso dizer-te que não é fácil....São abertas candidaturas de estágio T, L e até mesmo U!
A malta depois de concorrer e ser analisada tem a oportunidade de ser escolhida e ai é que começa os "pesadelos"...
Tivemos 2 pessoas recém licenciadas como tu, e foram uma enorme dor de cabeça, na 1ª semana tivemos de ensinar o básico que supostamente deveriam saber, e depois complicou-se as coisas com as falhas por partes dessas pessoas e pelo o prejuízo em material de video e por falta de educações...
Posso dizer-te que desde que lá estou já entraram por volta de 25 pessoas, todas em contrato de estágio T,L e U e nenhuma ficou com o posto de trabalho devido há falta de não saber nem interesse pela área...

Divido em duas partes. As faculdades andam a fazer algo errado e em segundo quem tem as oportunidades não tem necessidade e pensa que um emprego é estar de corpo presente. Há aqui também um problema de educação. Os facilitísmos que se vão criando até na faculdade acabam por passar a ideia que tudo é fácil.

Embora goste bastante do meu curso, a indústria do video é o que menos me interessa. Também porque andámos a encher chouriços no curso. Não se aprendeu nem o básico, nunca se usou uma câmara sequer. 3D sempre me destaquei dos meus colegas mas nem me interessa muito... mas claro, se fosse a minha solução não me importaria de fazer o "esforço". Jogos e 2d sim, sempre foi o meu forte. Mas indústria de jogos é quase impossível sem experiência. Nisso já me convenci que preciso de ganhar mais experiência e talvez continuar uns anos a desenvolver os meus jogos como indie gamer para valer algo aos olhos destas empresas.

É o problema do ovo e da galinha. Como é que se tem experiência quando não se teve uma oportunidade e como é que numa faculdade se ensina vídeo quando os alunos não podem treinar. Se bem que aqui penso que com o telemóvel se consegue perceber os fundamentos das coisas. No iOS pelo menos pode-se usar apps baratas que permitem mudar a velocidade, ISO etc e aprender.
O vídeo permite criar histórias e uma história é aquilo que as pessoas querem ver ou ouvir.

Eu sempre fui muito proteccionista, bastante exigente comigo e tenho visto muita incompetência à volta (desde os típicos websites com texto ilegível, por exemplo) e sinto que eu seria capaz de mais e melhor... mas sinto que ninguém me dá sequer chance de tentar!

Consegues criar um site com o layout que te parece melhor? Em wordpress por exemplo? Porque é que não fazes um e mandas uns screenshots. Eu tenho isto a funcionar o que acham? O Vosso site é de difícil leitura etc etc. Mais uma vez. Conta uma história.

Enquanto isso tira alguns cursos, quanto mais cursos poderes ter melhor.. aprende novas linguagens existe até cursos em que te dão diplomas e certificados (não tenho a certeza mas o diploma em principio sim)

A questão é se é numa área que lhe vai ser útil.

(https://www.behance.net/ericatavares)
Não tenho qualquer problema em mostrar o portefólio, no entanto, neste momento por mais estúpido que seja até tenho receio de levar críticas aos meus trabalhos. Eu própria sinto que estou aquém de profissionais com que me deparo seja em sites assim, seja mesmo em trabalhos no mercado.

Eu não vou avaliar o portfólio mas uma coisa que não podes fazer é começar pela parte negativa. Começa pelo positivo.
Aqui: https://www.behance.net/gallery/33210129/Concept-Art se tivesses mostrado apenas o final seria como tantos outros, ao mostrara evolução criou uma história e aproximou quem viu. Foi pelo menos isso que senti.

Eu vi o teu behance e neste momento tens uns quantos problemas nele, mas o mais grave é fazeres um bocado de tudo, 3d, concept, design grafico, ui design, app design, web design, e como é obvio acabas por nao te destacares em nada, principalmente quando andas a enviar pa fora, talvez ca em portugal valorizem mais generalistas pa terem "pau pa toda a obra" mas acho que nao é isso que queres...

Numa fase inicial é complicado conseguir isso. Mas concordo que é isso que se espera das pessoas.

Para tv/produtoras se vires o ritmo a que eles trabalham nao acreditavas (imagina o teu projecto anual de curso ser feito entre 2dias a 2 semanas), tens ai equipas a fazer 3-4 genericos por semana. Pessoal a fazer boards pa cinema la fora em fds... E isto é o normal.

Mais uma vez a faculdade não passa a mensagem correta e depois há este choque enorme. Tem que haver uma forma diferente de se fazer as coisas.

Tenho alunos meus em empresas de jogos grandes como Cryteck e Mercury Steam, e outros a fazerem testes pa Ubisoft / Bluebyte, gameloft, e so os testes ja sao uma boa dose de trabalho (imagens, 3d sculpts, apartir d briefings, low poly pa jogos, ou concept art e charather sheets) ou a entrevista tecnica com um director tecnico.

Aqui constato o óbvio que é o facto de a concorrência ser tão grande que quem é bom vai conseguir e quem é mais fraco ou não tem, a sorte e a oportunidade certa não vai conseguir.

O meu conselho, escolhe bem a area que queres seguir e o que queres fazer nessa area (2d, 3d, design, motion, etc), e melhora o teu portefolio ate tares ao nivel dos juniores que la tao e da tua concorrencia, pq acredita que o pior que me podem fazer é ter que explicar a um estagiario, nao o trabalho, mas o basico de uma ferramenta pa fazer o trabalho...

Será que vai ter oportunidade na área que gosta?

Inclusive é uma das coisas que mais me queixei aos professores que tive, entre desabafos. Sei que muito do trabalho (senão todo) é mesmo nosso, nós é que devemos evoluir e aprender por nós. Mas acabada a licenciatura senti uma revolta enorme porque sinto-me bastante aquém do que é pedido. Sinto que literalmente "comprei" uma licenciatura.

Isto devia estar escrito no primeiro PowerPoint que tanto abuso tem nas faculdades.

Se calhar não podem trabalhar nos estúdios de topo com as estrelas mas existe uma grande percentagem de empresas de várias áreas que nem sequer têm um plano de marketing definido e podem beneficiar de conteúdos multimedia.

É verdade mas é díficil de lhes passar essa mensagem e de aceitarem o custo real das coisas. Esse é um dos problemas que vocês enfrentam. O processo criativo nunca é tido em conta. Apenas o tempo de fazer a animação ou afins.

O ideal era todos os licenciados terem estágio para ganhar experiência mas nem as empresas têm vida para isso nem os orientadores têm paciência para ensinar tudo do 0, são licenciados é suposto saberem algo mais. Os orientadores limitam-se a orientar e a limar arestas na pessoa, os licenciados basicamente têm que dar ao pé para seguir o seu caminho senão é apenas mais um licenciado no país...

Os cursos têm que ser diferentes e já agora provavelmente terem menos alunos a sairem todos os anos da faculdade.

Não te deixes desanimar caramba, pensa nas possibilidades que tens e não nas possibilidades que te parecem "o mínimo aceitável porque [lista de razões que tu meteste na tua cabeça ou que alguém o fez ou tenta fazer]"

O mundo real é complicado e penso que seja isso que ela está a sentir. A motivação é boa mas no dia seguinte a vida continua igual.

Não era o meu objectivo ter muitos "fãs" mas resultou bem. Fiquei surpresa com a adesão de tantas pessoas a gostar e a pedir para eu continuar. Penso trabalhar num próximo jogo pessoal mas desta vez caprichar na qualidade da imagem... já que o último foi mesmo a "despachar", era só para aprender.

Lá vou eu falar no modelo de negócio. Funcionou? O problema na área dos jogos é a competição e o valor criado. Os grandes sucessos são mais lucrativos do que o cinema mas a competição é demasiado grande para se conseguir triunfar.

O ideal será começar como freelancer e construir um bom portefólio para apresentares e "venderes" o teu trabalho. Não é fácil, requer muito tempo da nossa parte e nem sempre compensa a nível financeiro, mas tens que lutar.

Para quem pode aguentar pode funcionar mas para quem tem menos recursos necessita de ganhar para viver.
E se freelancer é criar a própria empresa, ter reuniões com clientes etc é muito complicado pelo tempo, burocracia e custos.

Na terça-feira passada entrou uma estagiária no meu local de trabalho em regime estagiar U (30 dias remunerado) e posso dizer que dos que já passaram por lá esta é a pior que lá passou....
Chegou lá e tentamos perceber o que ela sabia e quais os objectivos dela....disse-nos que tinha interesse na parte de edição e que gostava de aprender como é feita as peças para televisão e reportagens...
Uma miúda de 19 anos na área de design de interiores, chegou lá e queria aprender algo completamente diferente daquilo que tinha aprendido na universidade.....
Durante toda a semana foi lhe dado a explicar junto dos meus colegas inclusive eu a parte de edição, e posso dizer que ela aprendeu ZERO!
Eu e os meus colegas sentimos-nos ofendidos ao estar lhe a explicar e a perder tempo a e gaja este SEMPRE de conversa no facebook com o namorado e nada aprendeu....ao seja...após terminar o estágio dela que são de 30 dias a empresa irá deixar de recrutar estagiários porque apesar de ser uma perca de tempo não vale a pena estarem lá só para ganharem 721€ num mês....

As empresas ficam desmotivadas e quem é bom e teria agarrado a oportunidade com unhas e dentes nunca vai ter essa oportunidade.

A minha licenciatura também foi da área da multimédia, mas eu ao contrário de alguns colegas investi bastante na formação académica, conseguindo no fim criar um bom portfólio e bastante destreza a nível de software.
Foi "demoroso" conseguir uma entrevista, mas na primeira que tive consegui o trabalho...e porquê?
Porque me meteram à frente uma proposta acabada de aprovar com o cliente para uma revista de 32pag de telemoveis, onde numa semana tive a capacidade de a bom ritmo ter cortado todos os telemóveis (6 por pagina +-), acessórios, criado os grafismos, preços, icones das caracteristas etc....foi duro? foi...no final tiveram o projecto alongado para dois anos. Como trabalhavam com operadoras, digamos que nos tempos seguintes em cada mes demorada uns 3 a 4 dias a fazer toda a revista para sair a tempo dos saldos, épocas, eventos, etc.
Para além disto a empresa prestava serviços de produtos interactivos e não tinham uma aplicação deles....propus logo fazer na altura em flash a app para estar nos ecrãs touch e ficaram de boca aberta quando disse que sabia fazer....tinha videos, galerias, textos dos produtos, etc.

Ou seja, isto para dizer o quê....eles estavam à procura de uma solução e não de um problema.

Concordo que as pessoas procuram soluções mas tu aproveitas-te e bem uma oportunidade mas tiveste essa oportunidade. Muitos colegas teus não vão ter sequer a oportunidade.

Mas a culpa não é "só tua" é também dos muitos cursos de multimedia ou design que por aí andam. Muitos que até são dados em escolas de gestão...enfim. um curso artistico tem de ser tirado num meio artistico...no meio da pintura, do desenho, andar de maos sujas de tintas, de folhas e mais folhas de impressões, folhas riscadas, notas dos professores, exposições, etc...

Tudo isso aumenta custos e em algumas escolas há outras prioridades...
Sem dúvida que devia ser assim.

E como disse em páginas anteriores pela empresa aonde trabalho já passaram + de 20 estagiários de todos os programas (L,T e U) e nenhum ficou, não ficaram pela simples questão de falta de aprendizagem e "preguiça".

Grande parte do problema resulta do facilitismo que falei acima.

O problema principal, não está nos alunos, começa na formação escolar e académica, que ensinam competências que ninguém usa e não são actualizadas.

O mercado muda rápido, as tendências também.

Contudo, ensinam o que bem lhes apetece e as empresas que querem contratar ficam espantadas com a falta de conhecimento ou interesse (interesse, já tem a haver com o empenho da pessoa, que pelo exemplo da estagiária dada acima, tirou um curso por tirar...).

As bases são necessárias, agora há a falta de ligação das faculdades e das empresas. E nesta como noutras áreas tem que ser melhorado.

Depois de juntar dinheiro o suficiente, investir em mim e criar uma empresa (juntamente com um sócio) - podem também iniciar actividade unipessoal

Foi o que disse acima. Os custos e burocracias têm que ser equacionadas.

Tenho alguma experiencia em varias empresas e o que te posso dizer é que o paradigma do emprego esta a mudar e a grande maioria das pessoas ainda não percebeu. As empresas estão a deixar de contratar funcionarios para os quadros como forma de reduzir custos e subcontratão trabalho ou recursos.

Concordo. Esqueçam os trabalhos para toda a vida.

Acho que deves pensar em prestar serviço especializado em regime de outsider. Diz o que podes fazer numa determinada empresa e a que preço. Essa sera uma forma a outra podera passar por desenvolveres um projeto proprio. Existem apoios comunitarios para projetos, então se forem inovadores tanto melhor.

Isso pode funcionar mas vai dar trabalho.

Acrescento apenas alguma experiência pessoal e que vai ao encontro do que o @dercio24 tocou. É muito difícil dar-se oportunidades a pessoas quando elas não perceberam ainda bem o corte entre trabalhar e estudar. Tenho sentido isso muitas vezes e a falta de responsabilidade das pessoas para não dizer outra coisa.
A ZWAME ajuda diariamente a esclarecer dúvidas a dar dicas e mesmo assim tem muito pouca ajuda. Uma coisa estou seguro. Um trabalho feito para nós tinha imensa visibilidade. Não estou a pedir trabalho gratuito. Estou apenas a dar ideias. O mesmo para outros sites, empresas etc etc.
 
Isso pode funcionar mas vai dar trabalho.

Acrescento apenas alguma experiência pessoal e que vai ao encontro do que o @dercio24 tocou. É muito difícil dar-se oportunidades a pessoas quando elas não perceberam ainda bem o corte entre trabalhar e estudar. Tenho sentido isso muitas vezes e a falta de responsabilidade das pessoas para não dizer outra coisa.
A ZWAME ajuda diariamente a esclarecer dúvidas a dar dicas e mesmo assim tem muito pouca ajuda. Uma coisa estou seguro. Um trabalho feito para nós tinha imensa visibilidade. Não estou a pedir trabalho gratuito. Estou apenas a dar ideias. O mesmo para outros sites, empresas etc etc.

Eu tenho alguma idade e isso de trabalhar de graça não é assim tão mau, ainda hoje faço coisas de graça. Quando é necessario mostrarmo-nos temos de fazer tudo. Este pessoal novo ( nem todo) tem de mostrar do que é capaz de ser arrojado, inovador, pressistente e acima de tudo proficinal e responsavel.
 
Última edição pelo moderador:
Eu tenho alguma idade e isso de trabalhar de graça não é assim tão mau, ainda hoje faço coisas de graça. Quando é necessario mostrarmo-nos temos de fazer tudo. Este pessoal novo ( nem todo) tem de mostrar do que é capaz de ser arrojado, inovador, pressistente e acima de tudo proficinal e responsavel.

Tens de ter cuidado com isso porque se não depois andas a estragar o mercado...
:beerchug:
 
Para actualizar um pouco daquilo que escrevi a semana passada....
Na terça-feira passada entrou uma estagiária no meu local de trabalho em regime estagiar U (30 dias remunerado) e posso dizer que dos que já passaram por lá esta é a pior que lá passou....
Chegou lá e tentamos perceber o que ela sabia e quais os objectivos dela....disse-nos que tinha interesse na parte de edição e que gostava de aprender como é feita as peças para televisão e reportagens...
Uma miúda de 19 anos na área de design de interiores, chegou lá e queria aprender algo completamente diferente daquilo que tinha aprendido na universidade.....
Durante toda a semana foi lhe dado a explicar junto dos meus colegas inclusive eu a parte de edição, e posso dizer que ela aprendeu ZERO!
Eu e os meus colegas sentimos-nos ofendidos ao estar lhe a explicar e a perder tempo a e gaja este SEMPRE de conversa no facebook com o namorado e nada aprendeu....ao seja...após terminar o estágio dela que são de 30 dias a empresa irá deixar de recrutar estagiários porque apesar de ser uma perca de tempo não vale a pena estarem lá só para ganharem 721€ num mês....

Com todo o respeito à tua empresa, a culpa não é toda dos estagiários mas vossa.

Se até agora só vos calham estagiários desses num mercado cheio de oferta e pouca procura é porque vocês falham redondamente no processo de recrutamento.

E para falharem tantas vezes seguidas quando gente aqui "dava a vida" por esses 721€ é porque não tem jeito nenhum para recrutar ou para acolher um estagiário
 
Aproveito para deixar um pequeno update da minha situação.
Fiz uma entrevista por Skype para uma empresa (estrangeiro) e dias depois disseram que gostaram imenso da entrevista, do meu CV, entre outros. Pediram-me para me apresentar na filial. Marquei viagem de avião, tudo caríssimo em cima de hora... No dia da viagem enviam-me mail para desenvolver uma tarefa que iria mostrar presencialmente. Afinal era mais uma entrevista, uma espécie de concurso para selecionar o melhor candidato.
Estive 2 dias e meio a viajar e a tentar fazer algo dessa tarefa entre pausas, frustrada, desmotivada e em picos de nervosismo por toda esta "balbúrdia" e possível fracasso (sim, o meu animo não anda a mil).
Fui á dita entrevista, disseram que fiz um "great job". E pediram para aguardar 4 dias.
Após ter pago balúrdios em aviões em cima de hora e várias pensões/hóteis por estar tudo reservado... iria pagar mais noites por uma resposta.
Disseram que seria 3a feira. No entanto, hoje, 4a feira tinha uma resposta. Que gostaram bastante da minha tarefa, da minha entrevista e "blá blá blá", mas não fui aceite.
Neste momento, fecho mais um capítulo nesta odisseia que tem sido a procura de emprego, com mais um fracasso.
Muitos podem dizer que cometi um erro em lançar-me assim por uma entrevista dado os gastos, mas senti necessidade e esperança em me esforçar e dar tudo por tudo. Tinha esperança em ser desta vez. Apenas mergulhei um bocado mais fundo no poço.
 
mais fundo no poço? mas vai morrer alguém? n sei se tens a "necessidade" que te digam que vai correr tudo bem e para teres muita força mas não consigo entender de todo esse tipo de mentalidade. então vais para uma entrevista presencial no estrangeiro e estás "frustrada, desmotivada e em picos de nervosismo por toda esta "balbúrdia"..."? quem é que é suposto estar motivado? o entrevistador? :facepalm:

n é nada pessoal, é um desabafo e nada contra ti, espero que atinjas os teus objectivos. n consigo é mesmo perceber esse derrotismo todo que amiúde encontro e que pessoas próximas vivem intensamente
 
é tão isso, @ferraznich!

com essa mentalidade na entrevista não vais transmitir nada de bom ao entrevistador. e isso conta!
acabaste o curso há meses, não anos. a situação não é assim tão desesperante. foca-te nos conselhos dados... faz formações, na tua área ou não. se precisares ir trabalhar numa área que nem é aquela que mais gostas, arrisca! até podes descobrir uma nova paixão... comigo aconteceu isso! mas não vás nesse estado a entrevistas, tens de te mostrar confiante, animada, entusiasmada...

trabalha o teu interior...
 
Um Mestre é alguém com experiência de vários anos numa determinada área que faz um trabalho nessa área e obtem um grau.

Isso que estás a descrever é alguém com o grau de especialista, onde o candidato é sujeito a provas públicas para discutir o seu currículo profissional e/ou trabalhos de natureza profissional.
 
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