Partilha O último jogo

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Inside (Xbox One X) - 9.5/10

Inside é um daqueles jogos únicos, que faz parte de um leque de jogos especiais marcados por uma enorme qualidade e experiência fantástica, que, podendo não ser apelativa para um grande leque de jogadores, é um título marcante.
Dos criadores de Limbo, este jogo, de mecânicas tão simples, num plano linear e com puzzles de crescente dificuldade para permitir o avançar da pequena criança naquele mundo opressivo, é efetivamente um jogo com uma estranha história e onde nós próprios vamos desvendando os estranhos mistérios que nos envolvem no nosso percurso.
A história deste jogo, que tem mais que um final, pode ter várias interpretações, algo que pode ser debatido em espaço próprio. É um jogo com um ambiente opressivo, uma música intensa e envolvente e mecânicas muito sólidas e muito satisfatórias. Já tinha passado em tempos, mas decidi fazer um replay, agora com mais atenção a todos os pormenores do cenário e história que o percurso desvenda à medida que avançamos.
Inside é um título obrigatório para quem aprecie realidades alternativas, uma estética dark e envolvente e uma história que permite refletir.
Pode não ser o jogo mais enquadrado para uma quente noite de Verão, mas os bons jogos não escolhem alturas do ano.
 
Silent Hill 2 HD

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Tive que jogar pela segunda vez o Silent Hill 2. Quando o joguei achei um clássico, mas não entendia os subtextos que o jogo tentava passar. A jogabilidade já na altura não era nenhuma maravilha, mas este ambiente compensa. A sensação de claustrofobia! O nevoeiro, as salas muito repetidas e naquele tom meio enferrujado, os sons a darem más pistas, o pyramid head como símbolo para coisas que os ocidentais que pegaram na série não tiveram a inteligência de perceber, a lanterna e uma narrativa que prende - tudo começa numa carta da mulher já falecida para se encontrar em Silent Hill.
O jogo brinca com os sentidos e põe-nos a interrogarmos sobre quem é o protagonista. É muito bom ler os diálogos, ver como ele trata outras personagens ou convive com a situação da mulher desaparecida na cidade abandonada (baseada numa cidade real).
Este remaster tem alguns problemas de framerate que notei mais quando se vagueava pelo nevoeiro da cidade. Joguei com as vozes originais. A nota a dar vai do gosto de cada um.
 
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Kingdom Hearts Re:Chain of Memories (The Story So Far Version - 7.9/10

Terminado o primeiro jogo da série, avancei agora para o Chain of Memories e devo dizer que, como é uma adaptação em HD do Original para o Game Boy Advance, com direito também a uma versão para PlayStation 2, não estava a espera de grande tratamento por parte dos desenvolvedores para este jogo.

O jogo não está mau de todo e a sua história do deixou-me bastante agarrado, sempre com muita curiosidade para ver o vinha a seguir, e até fiquei surpreendido com algumas partes pela positiva.

Graficamente parece-me que está ao nível do anterior, (KH1) talvez um pouco melhor, mas continua a ser um jogo feito de raiz para hardware muito menos capaz do que existe atualmente no mercado.
Infelizmente, as cutscenes parece que não levaram tratamento algum! No geral não desilude se as expectativas não forem muito altas.
No que toca à longevidade, também não me posso queixar, pois o jogo dura um belo tempo e após terminada a campanha original, somos brindados com o modo Rikku e mais umas horinhas por consequência. Uma lufada de ar fresco.

A jogabilidade é o maior defeito que tenho a apontar neste jogo, especificamente no que diz respeito aos combates e ao seu novo sistema de cartas! Atenção que isto é apenas a minha opinião pessoal e deve ser levado em conta como tal. De certeza que deve haver por ai muito boa gente que gostou deste sistema, infelizmente, não fui uma dessas pessoas.
Mas com o tempo lá me habituei. Era completamente atrofiante estar a controlar Sora para me desviar dos ataques dos inimigos e ao mesmo tempo estar a ver e a preparar as minhas cartas para o próximo ataque. Tendo também em conta que os inimigos, e alguns boss's nem sequer te deixam respirar...

Aqui de nada interessa as nossas skills se não respeitares as regras das cartas.
Cheguei a certa altura a um certo boss que tinha um escudo e a maior parte os meus ataques, davam sempre Card Break, (que acontece quando lanças uma carta inferior a do teu inimigo) quando não davam, eram anulados pelo tal escudo. Depois, quando o boss fazia ataques específicos, na animação desse ataques, tudo o que fosse lançado pelo jogador era descartado, perdendo se assim as cartas e obrigando nos a fazer reload às mesmas. Coisa que não é fácil quando tens um inimigo extremamente veloz atrás de ti.

Cheguei a perguntar-me se não estaria em frente a um novo Dark Souls, tantas foram as derrotas...
De salientar que jogo todos os jogos no nivel de dificuldade mais alto disponível em qualquer jogo! Se podia baixar o nível, podia mas não era a mesma coisa... Sinto que não estou a usufruir ao máximo do jogo em dificuldades inferiores.
Enfim, após uma avalanche de derrotas, consegui finalmente arranjar um Deck em condições e a partir daí, não tive grandes problemas até ao boss final...

Frustraçoes à parte, apesar de ter gostado da história de uma maneira geral, detestei o sistema de combate, o que me leva dar lhe a pior nota até agora na minha jornada de Kingdom Hearts, mas o jogo é bom e certamente agradará aos fans acérrimos da serie.

Kingdom Hearts 2! Here i come!
 
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Detroit Become Human: 8.5/10

Pouco a dizer e usando termos antigos este jogo é uma excelente aventura gráfica onde as decisões tomadas têm repercussões no desfecho final e também no destino das personagens.
De realçar a excelente caracterização das personagens a banda sonora e o cuidado na narrativa onde sentimos realmente o peso das decisões que tomamos.
Pontos negativos na minha opinião a destacar alguns cenários e modelações de certos objectos menos conseguidos e também em termos de gameplay senti que poderiam ter metido algumas situações em que o jogador fosse mais interventivo e que tivesse mais controlo.

Já tinha jogado ao Heavy Rain na velhinha ps3 e adorei, este não ficou atrás falta agora jogar ao Beyond 2 souls mas segundo as opiniões gerais é o mais fraco dos três.
Recomendo o Detroit e o Heavy Rain sendo que se possivel completem o Heavy Rain primeiro pois é um jogo já com alguns anos e a passagem para o Detroit vai com certeza ser mais satisfatória que ao contrário.

Uncharted 4: 8.5

Este uncharted bem como os seus antecessores mantém-se no regime gameplay bem afinada onde existe um leque de movimentos muito bem trabalhados e diversificados, alguns cenários memoráveis os pormenores da caracterização das personagens também é um ponto positivo e algumas cenas memoráveis faz deste jogo um dos exclusivos obrigatórios.

Pontos negativos sem ser, na minha opinião gostava de ver nos futuros jogos tomassem uma abordagem um bocadinho menos linear e implementasse em algumas cenas de condução outras perspectivas de camera ou opção para mudar, e que não limitassem tanto a velocidade de corrida com opção de para poder fazer sprint e talvez adicionar mais alguns elementos rpg uma barra de stamina, no fundo adicionar mais componentes a esta excelente franchise.
 
Slain: Back from Hell - PS4

Press attack to honor the death horned metal god. Acho que é esta a frase que aparece depois de derrotar um boss neste jogo para executar um belo dum headbang. E pronto está a análise feita...

Não quero imaginar como seria este jogo na sua versão normal, aquando do lançamento, pois supostamente esta é a versão melhorada, mas para além do aspeto sprite gótico muito bom, gore, e mais uns belos sons de música metal pouco mais há para elogiar deste platformer em 2D.

Os níveis estão cheios de armadilhas, que nos matam obviamente num hit, que raramente se percebe se são parte do cenário 2D ou estão no nosso caminho. Secções de puzzles pobres, onde uma delas me impediu de voltar para trás no nível tendo que recomeçar do checkpoint anterior. Ataques projécteis fora da linha de visão que podem ser bloqueados, mas quando nos apercebemos já é muitas vezes tarde. Colocação de inimigos francamente má onde muito rapidamente ficamos entre a espada e a parede e Deus nos acuda.

O combate é simples com um botão para atacar e outro para a mana para os nossos ataques mágicos. Existe um sistema de counter para ataques que bloqueamos no último instante, não sendo muito fácil memorizar as animações dos inimigos, encorajando um estilo mais agressivo em vez da esquiva, mas com raras, excepções nunca me pareceu muito viável. Temos “três” espadas para usar, que é como quem diz a mesma espada mas com propriedades de gelo e fogo. Por fim uns controlos que francamente não gostei muito, devido a serem algo floaty.

Salva-se sim o aspeto muito porreiro que o jogo tem com um tom mais negro e gótico, com esqueletos, vampiros, lobisomens e as demais criaturas associadas a este tipo de estilo. Alguns bosses são bons, mas perdem um pouco no seu moveset limitado.

Em suma, e por cerca de 3€ que me custou, não foi um mau investimento, apesar de não ser um jogo que recomendasse. Se gostam do aspeto e dum tom mais metal na vossa banda sonora dá para passar umas boas horas. Mecanicamente existe melhor noutras ofertas.
 
Kingdom Hearts 2 Final Mix (The Story So Far Version - 9.2/10

Finalmente terminada mais uma estrondosa aventura no mundo de Kingdom hearts, desta vez o KH2, com 33h de jogo e a nível 51, para mim foi o melhor até agora.

Este cruzamento entre os mundos da square Enix e Disney estão muito bem conseguidos, tirando uma ou outra parte mais chata como já é costume mas nada que aborreça.

Neste jogo, conseguiriam elevar ainda mais a fasquia!
Tudo, na minha opinião, desde história, gráficos, jogabilidade, foi melhorado neste Kingdom hearts.

A história, está bem conseguida! Pode não agradar a todos mas na minha opinião está muito mais interessante e desenvolvida.
Começamos a controlar um Roxas sem memória, que vai descobrindo aos poucos que é o nobody de Sora e para este último acordar do sono profundo a que se submeteu, roxas tem de se juntar a Sora...

Os gráficos foram melhorados e ficaram mais bonitos, com mais promenor e detalhe mas não esperem nada ao nivel de um God of War por exemplo.
Temos de ter em conta que este jogo ainda é um remaster em HD do original PS2, por isso ja sabem o que esperar.

A jogabilidade está mais fluída tanto em exploração como em combate. Está muito bom na minha opinião. Nunca um RPG deste género me deu tanta pica de jogar e evoluir os personagens como este. Aborreço me um pouco quando tenho de fazer Level Up de propósito para passar certos boss's, mas neste jogo não senti nada disso. Foi bastante divertido fazê-lo aqui.
A dificuldade está brutal em certos boss's e alguns vão levar te à loucura mas noutros parece que estamos a competir com seres imensamente inferiores a nós, tal é a facilidade. Muitos deles foram derrotados à primeira e isto em proud mode.
Mas felizmente não são todos assim e como já disse, alguns vão fazer gato sapato de nós.


Ainda havia muito mais conteúdo para ver e desbloquear, mas tenho que continuar a aventura no Dream Drop Distance. Que já estou a ver que não será tão bom quanto este, mas ca estarei para deixar a minha opinião quando o tiver terminado.
 
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Kingdom Hearts 2 Final Mix (The Story So Far Version - 9.2/10

Finalmente terminada mais uma estrondosa aventura no mundo de Kingdom hearts, desta vez o KH2, com 33h de jogo e a nível 51, para mim foi o melhor até agora.

Este cruzamento entre os mundos da square Enix e Disney estão muito bem conseguidos, tirando uma ou outra parte mais chata como já é costume mas nada que aborreça.

Neste jogo, conseguiriam elevar ainda mais a fasquia!
Tudo, na minha opinião, desde história, gráficos, jogabilidade, foi melhorado neste Kingdom hearts.

A história, está bem conseguida! Pode não agradar a todos mas na minha opinião está muito mais interessante e desenvolvida.
Começamos a controlar um Roxas sem memória, que vai descobrindo aos poucos que é o nobody de Sora e para este último acordar do sono profundo a que se submeteu, roxas tem de se juntar a Sora...

Os gráficos foram melhorados e ficaram mais bonitos, com mais promenor e detalhe mas não esperem nada ao nivel de um God of War por exemplo.
Temos de ter em conta que este jogo ainda é um remaster em HD do original PS2, por isso ja sabem o que esperar.

A jogabilidade está mais fluída tanto em exploração como em combate. Está muito bom na minha opinião. Nunca um RPG deste género me deu tanta pica de jogar e evoluir os personagens como este. Aborreço me um pouco quando tenho de fazer Level Up de propósito para passar certos boss's, mas neste jogo não senti nada disso. Foi bastante divertido fazê-lo aqui.
A dificuldade está brutal em certos boss's e alguns vão levar te à loucura mas noutros parece que estamos a competir com seres imensamente inferiores a nós, tal é a facilidade. Muitos deles foram derrotados à primeira e isto em proud mode.
Mas felizmente não são todos assim e como já disse, alguns vão fazer gato sapato de nós.


Ainda havia muito mais conteúdo para ver e desbloquear, mas tenho que continuar a aventura no Dream Drop Distance. Que já estou a ver que não será tão bom quanto este, mas ca estarei para deixar a minha opinião quando o tiver terminado.

Talvez o maior defeito do jogo, a dificuldade (ou a falta dela, neste caso). Por isso é que foi um grande bónus quando eles adicionaram o Critical Mode, colocando a dificuldade muito mais desafiante e interessante. Aviso já que o KH3 sofre do mesmo mal (mas este ainda não joguei em critical mode, apesar de já ter ouvido maravilhas do modo).

Não te esqueças de ver as cutscenes do Re:Coded. Pode ser o jogo mais inútil para a história, e de facto é, mas surgirão umas quantas referências no futuro. Presumo que já tenhas visto as cutscenes do Days também :P.
 
@Medievil, sim já vi ambos e tens razão em termos de história o coded não é lá grande coisa. Ainda bem que não o tive de jogar. Estou agora no Dream Drop Distance e ainda um pouco a toa no que toca a jogabilidade. Mas para já, não estou a ter lá muito boa impressão do jogo. Não há donald, nem Goofy!

Temos sim uns bichinhos que nos ajudam nos combates tipo Pokémon? Não estou a gostar disto. Lol
A ver se isto melhora
 
@Medievil, sim já vi ambos e tens razão em termos de história o coded não é lá grande coisa. Ainda bem que não o tive de jogar. Estou agora no Dream Drop Distance e ainda um pouco a toa no que toca a jogabilidade. Mas para já, não estou a ter lá muito boa impressão do jogo. Não há donald, nem Goofy!

Temos sim uns bichinhos que nos ajudam nos combates tipo Pokémon? Não estou a gostar disto. Lol
A ver se isto melhora

Não é mas e talvez seja o único que não fosse obrigatório, mas iriam passar-te ao lado umas referências no KH3.

Compreendo, o DDD também é, de longe, dos meus preferidos. Mas acaba por ser fundamental, uma vez que o plot do KH3 começa ai. E tem talvez dos melhores momentos da franchises :).

Boa jogatana!
 
Horizon Zero Dawn - PS4

Gostei, sim senhor. Estava a ver os créditos finais e a pensar que já la ia algum tempo que algo não me agarrava para desvendar o que vinha a seguir. Não é nada de extraordinário, nem algo que fosse um twist gigantesco e imprevisível, mas está bem muito bem contado, e sobretudo deixou-me sempre muito curioso para o que vinha a seguir, inquisitivo sobre o segredo, o grande segredo, que nos ajuda a perceber a história. O sistema de diálogo é um pouco estranho, pois parece que não dá para recusar nenhuma das interações que temos com alguns npc’s, ou mesmo que o que dizemos não tem impacto nenhum, mas no final acaba por compensar, apesar de não ser essencial, ajudar quem precisa, incluindo nisto algumas das fetch quests pelo caminho. Já agora, gostei da distinção que o jogo faz entre fetch e missão secundária, onde aqui era claro que havia sempre mais qualquer coisa para além do” vai-me buscar isto/aquilo”.

Existem dois personagens que ajudam a carregar muito do que de bom tem esta parte do jogo ligada à narrativa. A própria personagem principal, cuja pessoa que lhe dá voz sou fã, e uma outra que não se pode dizer, mas que aprecio particularmente, sendo eu fã de séries. Os rumblings da Aloy são interessantes, quer quando estamos sozinhos, ou em algumas das conversas que temos com npc’s. Apesar do jogo sofrer de um dos males dos jogos de mundo aberto, que é o desvio de atenção da quest principal levar por vezes a distanciamento da narrativa e consequente “perda de memória” pela situação ou personagens, senti que muitas das atividades que fazia, quer com quests secundárias ou de fetch, tinham interesse suficiente para as fazer.

O mundo aberto é grande e interessante o suficiente para o explorar, o que só prova ainda mais que maior não significa sempre melhor. Apesar disto, foi estranho ver determinadas partes do cenário a avisarem que estava a sair para fora do mapa e o jogo ia fazer load do save anterior. Existe um pouco de divisão do jogo em dois se quisermos, uma parte mais “nórdica” e de tutorial vá, e outra mais ligada a outro tema, onde por vezes dava a sensação de o jogo nos dizer, “agora a partir daqui é a outra parte diferente do jogo”, sendo isto em aspeto e inimigos. Ainda assim dava grande gozo de passear, poucas vezes usando, para minha surpresa, as mounts.

O outro grande protagonista, ou protagonistas, são claro os dinos robô. Para além do seu aspeto diferenciado e techy, são sempre muito agradáveis de lutar, se bem que os glinthawks podem ir para um sítio que eu cá sei. Apesar dos designs mais atrativos de Thunderjaw e Stormbird, o meu preferido e temido era sem dúvida o Behemoth, um autêntico camião com patas que vinha em direção a nós. Isto liga a dois pontos que são sem dúvida dos melhores do jogo, o combate e o aspeto técnico. O arco e o seu combate está excelente, super fluido com imensas opções de setas e combinações com os diferentes arcos e ferramentas que temos. Mais do que isso, não me cansava de o usar porque cada dino obriga a uma abordagem diferente, e um arco não funciona para tudo, o que obrigava a ser mais estratégico para ser mais eficaz, tornando a coisa sempre relativamente fresca. Havia, mais para o final uma combinação de duas coisas mais potente, mais ainda assim a variedade estava quase sempre presente. Já o combate corpo a corpo com a lança está demasiado automático, com o personagem a deslizar por vezes pelo chão se um inimigo estivesse suficientemente perto, o que não me agradou particularmente.

No aspeto técnico, bem o que mais me impressionou de longe foi a performance. O jogo é de 2017 e tem um aspeto fabuloso. Os personagens são impecáveis quer na qualidade quer nas vozes, falando no geral. Não fosse isto suficiente, mas a performance quase não mexe dos 30fps, o que dadas algumas situações com explosões e animais metálicos a tentarem tratar-me da saúde presumo que não fosse fácil. Só me lembro de uma situação onde tenha notado que desceu um pouco, envolvendo isto destruição de cenário com rochas e árvores, ainda assim, foi uma excepção, resultando num autêntico portento visual.

Até agora parece tudo muito bem, mas há dois aspetos que francamente me deixaram desapontado, e que são, sendo honesto, maus. São eles a AI dos inimigos humanos e a terrível câmera de conversas que temos em praticamente tudo o que não seja cutscene. O primeiro tem sobretudo a ver com a pouca ameaça que inimigos humanos representam, em grande parte pelo seu sistema de agro, que fica alerta e nos instantes seguintes, mesmo após verem algum companheiro morto, volta tudo ao normal como se nada se tivesse passado. Isto aliado a irem contra todas as minhas armadilhas que lhes colocava por vezes debaixo do nariz não ajuda a que fossem interessantes de lutar, sendo um motivo de aborrecimento.

A eterna câmera por detrás do ombro na maioria das conversas irritava-me profundamente. Isto porque para além de alguns espasmos estranhos nas expressões faciais, especialmente quando havia necessidade de movimento ou a cabeça de algum olhava para o chão ou para cima, há cortes/edits que não percebia, sobretudo porque eram aqueles onde normalmente se usam para dar sensação de “algum tempo depois”, quando a conversa ainda estava a decorrer...
Era de longe aquilo que mais me “tirava” do jogo, pois ver conversas com este tipo de direção, com cortes constantes ou expressões estranhas, aliados a mudanças no tom, dava por vezes a sensação, exagerando claro, de estar a ver uma paródia.

Mas enfim, que isto já vai longo, está aqui uma fundação muito boa. Acho que foi o RuiBK que o disse, isto era um Assassin’s Creed dos antigos. Sinceramente fez-me lembrar o primeiro, com coisas boas que nas sequelas foram sendo melhoradas. É interessante porque vai buscar elementos a muitas coisas, sem nunca ir ao extremo das inspirações. Sistema de pistas do Witcher, combate semelhante a MH, mundo aberto grande sem ser gigante, elementos RPG minimalista com as habilidades a serem pouco transformativas na maneira de jogar, entre outros aspetos.

Apesar de ter as minhas ressalvas em alguns pontos vale muito a pena jogar, mas bolas Guerrilla a resposta que eu mais queria ficou no território do cliffhanger... talvez no próximo.
 
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PS3: RED DEAD REDEMPTION

Embora sinceramente o lore "western" não me diga muito, resolvi dar uma hipótese a este tão aclamado jogo, a pedido de um grande amigo.

PONTOS POSITIVOS:

- Bons gráficos;
- Boa recriação do ambiente "western";
- Excelente jogabilidade;
- Alguns mini-jogos interessantes, especialmente o póquer;
- "Voice-acting" de óptima qualidade;
- Construção das personagens está bem conseguida;
- Incrível diversidade de animais;
- O sistema "dead-eye" ao estilo "bullet-time" está fantástico;
- Interessante luta política no México;
- Boa variedade de cenários.

PONTOS NEGATIVOS:

- Várias missões aborrecidas, principalmente as "side-quests";
-
Embora se compreenda o objectivo de tentar construir uma relação entre o John Marston e a família, para nos podermos preocupar com eles, as missões básicas e mundanas na quinta deles são demasiado "boring";
- História deixou um pouco a desejar, pois as expectativas neste aspecto eram elevadas;
- Final um bocado "meh", que deixa um certo amargo de boca.


Em conclusão, no geral gostei do jogo, mas tornou-se um pouco cansativo a certa altura.
Foi uma experiência positiva, mas estou longe de o achar fantástico. Vou agora partir para o UNDEAD NIGHTMARE...


SAI DO TEMPLO COM: 7/10
 
The Order 1886 (PS4) - 8,5/10.

Dado o bad press, nunca tive grandes esperanças perante este jogo. Mas o negócio lá apareceu e a 10€ metido em casa, avancei.

Terminei hoje e só tenho a dizer que quanto a mim, este jogo é um hiddengem e não merece nem de perto as notas negativas que obteve.

Vivemos num mundo em que parece que a linearidade perdeu todo o espaço. Qualquer jogo que não seja openworld, que faça o jogar perder dezenas e dezenas de horas por vezes em actividades repetitivas, não é bem visto.

Já eu, sinto falta de jogos lineares como existiam antigamente. E este The Order enquadra-se precisamente nisso: é um óptimo jogo linear.

Os excelentes ambientes, com um detalhe bastante interessante da época, juntamente ao gameplay slowpaced, encaixam perfeitamente com a história desenvolvida.

Mas,vejo ali um potencial que podia ter sido aproveitado para fazer um jogo bem mais longo, até porque ficam algumas questões por responder, talvez por o estudo ter acreditado numa continuação.

Por este motivo, tem 8,5/10. Recomendo!
 
The Order 1886 (PS4) - 8,5/10.

Dado o bad press, nunca tive grandes esperanças perante este jogo. Mas o negócio lá apareceu e a 10€ metido em casa, avancei.

Terminei hoje e só tenho a dizer que quanto a mim, este jogo é um hiddengem e não merece nem de perto as notas negativas que obteve.

Vivemos num mundo em que parece que a linearidade perdeu todo o espaço. Qualquer jogo que não seja openworld, que faça o jogar perder dezenas e dezenas de horas por vezes em actividades repetitivas, não é bem visto.

Já eu, sinto falta de jogos lineares como existiam antigamente. E este The Order enquadra-se precisamente nisso: é um óptimo jogo linear.

Os excelentes ambientes, com um detalhe bastante interessante da época, juntamente ao gameplay slowpaced, encaixam perfeitamente com a história desenvolvida.

Mas,vejo ali um potencial que podia ter sido aproveitado para fazer um jogo bem mais longo, até porque ficam algumas questões por responder, talvez por o estudo ter acreditado numa continuação.

Por este motivo, tem 8,5/10. Recomendo!
É, este jogo sofreu com as más notas que recebeu. Não é nenhuma obra de arte mas também não merece de todo as review's que recebeu.

Eu joguei e gostei!
Graficamente, para a altura, foi um colosso...

Mais um caso onde não te podes fiar no que ouves nem no que lês. Tens de ser tu a tirar as tuas conclusões.
 
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