miguelbarroso
Power Member
Amazon Basics ou semelhantes ;-) Nos de coluna, certifica-te apenas que são OFC (Oxigen Free Copper), e não CCA (Copper Clad Aluminum)
Eu comecei no inicio deste ano a construir o meu sistema de sala baseado em vinil. Comprei um Onkyo A-9010, um Rega Planar 1, um phono stage Rega Fono Mini A2D MK II, uns cabos QED QE5026, e umas colunas Dali Spektor 2. Nisto gastei cerca de 900 euros.
Mas foi só o início...
Depois comecei a discernir lacunas que queria resolvidas, a primeira foi a célula que vem com Planar 1, uma Rega Carbon, que tem uma agulha de perfil cónico, que me dava agudos um bocado borratados e distorção nas zonas interiores dos discos. Comprei uma célula microlinear Audio Technica VM95ML, que me deu um som muitíssimo melhor, objetivamente superior.
Logo a seguir, comecei a notar oscilações de frequência na reprodução de gravações de piano e instrumentos de sopro, devidas a variações de velocidade rotacional do gira discos, por ter o prato e sub-prato em resina, com tolerâncias de fabrico longe do ideal. A juntar a isto, a correia de transmissão de origem também não tinha a regularidade ideal para colmatar variações de velocidade percetíveis.
Comprei uma correia de transmissão de borracha branca da Rega, o prato de vidro do Rega Planar 2, medi o meu sub-prato com um paquimetro de precisão e mandei as medidas para um torneiro mecânico escocês especializado em sub-pratos Rega (Fidelity Designs), que me fez um sub-prato em alumínio CNC com veio em aço, e texturado para melhor grip com a Correia de transmissão. Juntei um tapete em cortiça natural da Pro Ject.
O Wow/flutter, passou de 0.20% para 0.08%, ao nível de gira discos de 1500 euros.
Nos upgrades da célula, prato, sub-prato, correia e tapete gastei mais 300 euros.
Ou seja, em hardware, foram 1200 euros, mas com os upgrades, o som ficou incomparavelmente melhor, da noite para o dia.
Depois em vinil, foram mais 1500 euros, mas isso já são outros 500, passe a expressão...
Não é um hobby barato, tenho a dizer, mas é fascinante...
EDIT: Esqueci-me de mencionar os suportes das colunas, uns Atacama Moseco 6 com base em madeira de bambu, uma máquina de lavar discos Pro-Ject VC-S MK II, uma pistola anti estática Milty Zerostat, uma micro-balança para afinar a tracking force da agulha, um espelho transferidor para alinhar a célula, líquido de limpeza da agulha da Áudio Technica e uma escova de limpeza anti estática em carbono da Pro-Ject. Mais 750 euros!
Total 1950 euros em material!
ja agora para os entusiaste de vinyl, como limpam os vossos discos,compram produtos já feito ou optam por criar as vossos solucoes?
Eu comecei no inicio deste ano a construir o meu sistema de sala baseado em vinil. Comprei um Onkyo A-9010, um Rega Planar 1, um phono stage Rega Fono Mini A2D MK II, uns cabos QED QE5026, e umas colunas Dali Spektor 2. Nisto gastei cerca de 900 euros.
Mas foi só o início...
Depois comecei a discernir lacunas que queria resolvidas, a primeira foi a célula que vem com Planar 1, uma Rega Carbon, que tem uma agulha de perfil cónico, que me dava agudos um bocado borratados e distorção nas zonas interiores dos discos. Comprei uma célula microlinear Audio Technica VM95ML, que me deu um som muitíssimo melhor, objetivamente superior.
Logo a seguir, comecei a notar oscilações de frequência na reprodução de gravações de piano e instrumentos de sopro, devidas a variações de velocidade rotacional do gira discos, por ter o prato e sub-prato em resina, com tolerâncias de fabrico longe do ideal. A juntar a isto, a correia de transmissão de origem também não tinha a regularidade ideal para colmatar variações de velocidade percetíveis.
Comprei uma correia de transmissão de borracha branca da Rega, o prato de vidro do Rega Planar 2, medi o meu sub-prato com um paquimetro de precisão e mandei as medidas para um torneiro mecânico escocês especializado em sub-pratos Rega (Fidelity Designs), que me fez um sub-prato em alumínio CNC com veio em aço, e texturado para melhor grip com a Correia de transmissão. Juntei um tapete em cortiça natural da Pro Ject.
O Wow/flutter, passou de 0.20% para 0.08%, ao nível de gira discos de 1500 euros.
Nos upgrades da célula, prato, sub-prato, correia e tapete gastei mais 300 euros.
Ou seja, em hardware, foram 1200 euros, mas com os upgrades, o som ficou incomparavelmente melhor, da noite para o dia.
Depois em vinil, foram mais 1500 euros, mas isso já são outros 500, passe a expressão...
Não é um hobby barato, tenho a dizer, mas é fascinante...
EDIT: Esqueci-me de mencionar os suportes das colunas, uns Atacama Moseco 6 com base em madeira de bambu, uma máquina de lavar discos Pro-Ject VC-S MK II, uma pistola anti estática Milty Zerostat, uma micro-balança para afinar a tracking force da agulha, um espelho transferidor para alinhar a célula, líquido de limpeza da agulha da Áudio Technica e uma escova de limpeza anti estática em carbono da Pro-Ject. Mais 750 euros!
Total 1950 euros em material!
EDIT 2: @Walderstorn Aqui vão as fotos
A máquina de lavar discos ainda está na embalagem dela, por montar, shame on me!
Também tenho um P1, e também já lhe mudei o sub-prato, tentei mudar a correia para uma de silicone feita em Portugal para giras Rega mas não gostei do resultado, tendo voltado à original.
Também quero mudar o prato para um de acrílico, talvez no próximo mês, mas no meu caso vou tentar usar só o prato sem nenhum tapete. Também tenho um de cortiça com borracha e o resultado não foi o esperado, e o VTA às vezes aumenta consideravelmente se o disco estiver um pouco côncavo. Isto aliado ao facto de o tapete, (como o teu), não possuir na zona dos rótulos a depressão respectiva é problemático.
Em relação à célula estava a pensar em adquirir uma Nagaoka MP-110 quando houvesse disponibilidade.
Agora duas perguntas:
- Para quê e como afinas o tracking no P1?
- Não tens um zumbido ou um "hum" entre músicas ou simplesmente quando está tudo ligado mas sem estar a ser utilizado?
O prato de vidro que instalei é da mesma altura que o prato de resina do Planar 1, logo o VTA vai ficar igual, porque as células VM95 (que vieram substituir as AT95 nas quais a Rega Carbon de origem é baseada), têm a mesma altura que as AT95, e o tapete de cortiça é da mesma espessura do tapete original (talvez até mais fino).
O que interessa no VTA é verificar se o braço continua paralelo ao disco, o que acontece no meu caso. Já no caso da Nagaoka MP-110, que estive mesmo para comprar, e que aliás referi aqui no forum num post anterior, o VTA sofre algumas alterações, o braço tende a ficar mais alto na zona da célula, em relação à zona do contrapeso, sendo aconselhável instalar uns espaçadores metálicos de 2mm na base do braço.
Realmente, o tapete de cortiça da Pro-Ject, não tem a depressão na zona do rótulo, da mesma forma que o tapete de feltro de origem também não, mas o acoplamento acústico com a cortiça, tendo em conta que nenhum disco é 100% plano, é mais do que suficiente.
Em relação às perguntas:
- A VTF (Vertical Tracking Force), em gramas, é ajustada movendo o contrapeso do braço do P1 para a frente (+VTF) ou para trás (-VTF). Eu uso uma microbalança para agulhas de giradiscos que comprei no ebay por 10 euros, e na qual pouso a agulha para medir a VTF. Regulei a minha VTF para 2.0 g (a VM95 está especificada para 1.8-2.2 g), mais ou menos a VTF da Rega Carbon (a minha tinha 2.18 g). A coisa mais importante, e limitadora no braço do P1, o RB103, é que o anti skating, o sistema que compensa a tendência do braço cair para o centro do disco, não é ajustável, e por isso não se deve sair muito da VTF de origem. Com headphones consegue-se perceber se o anti skating está muito forte, nesse caso o canal direito vai tocar mais alto que o canal esquerdo, e a haste da agulha, em vez de estar perpendicular em relação ao disco, vista de frente, vai estar inclinada para a direita. Pode-se compensar um anti-skating forte com VTF mais forte, mas só até certo ponto, a outra solução passa por mudar a posição do íman do anti skating, no braço, mas já é tinkering...
- É preciso isolar a origem do zumbido, que pode ter duas causas. Uma delas são ruídos parasitas por interferência eletromagnética, o que acontecia no meu caso, e que resolvi passando um condutor de cobre do chassis do Phono Stage, para um ponto metálico ligado à terra, eu usei uma ligação metálica ao aquecimento central (também pode ser passado do amp, caso se use o stage do amp).
- Depois de resolvido esse zumbido, persiste na mesma um ténue "humming" que são vibrações mecânicas do motor de 24V, e que melhorou bastante quando mudei o sub-prato (pode ter sido do óleo aplicado para lubrificar). Para distinguir os 2 ruídos, desligas o gira discos, se o ruído persistir, com volumes médios-altos, é problema de "terra".
demora menos do que pensas