Opinião Formato digital ou físico?

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Na altura da PS2 tinha uma enorme coleção, com cerca de 200 e tal jogos. Infelizmente acabei por precisar de dinheiro para algo mais importante e vendi praticamente a coleção toda, e com muita sorte e astúcia muitos jogos que foram comprados a 2 ou 3 euros acabaram por ser vendidos por um preço acima, acabando por ser um investimento rentabilizado.

Agora a questão que coloco é: se tivesse tudo em digital como é que ia fazer para recuperar sequer o mesmo dinheiro que gastei, ainda para mais naquele caso em que precisei de ter o dinheiro com urgência?

Foi dado o exemplo de que quando se inicia uma geração tudo o que vem para trás é um desperdício de tempo, ficando ao abandono. Isso faz sentido? Sabendo que mais tarde não interessa, faz sentido gastar dinheiro em algo que nunca mais será tocado? Isso não é considerado como mandar dinheiro ao lixo, quando não se sabe o dia de amanhã? Ainda para mais quando existe uma opção que oferece a possibilidade de recuperar algum dinheiro que foi gasto?

Eu vejo imensos prós a favor do físico. Colecionar pode ser visto como algo fútil, mas no sentido econômico e preservar do capital parece-me o que faz mais sentido.

Os que acham acham que o digital é tudo muito bonito, pensem nisso.
 
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No pc já à bastante tempo que compro tudo digital.
A rapidez da compra e o facto de não ter uma porrada de dvd`s a ocupar espaço para mim é excelente.
 
Nesse aspeto o "digital" está a fazer, no caso da Microsoft (e agora da Sony com a PS5) em preservar o "passado". Já não há quebras de geração e quase tudo estará preservado com a retrocompatbilidade dos jogos das "gerações" anteriores.

A questão do dinheiro é subjetivo e cola à valorização que dás ao gasto feito. Por mim, faço o gasto no digital sem interesse no "retorno" do valor investido, isto é, o dinheiro gasto num jogo é para mim, o mesmo que ir ao cinema ver um filme, ou subcrever o Netflix e ver as séries que quero, quando estão disponíveis. De antemão estando 100% digital e partilhando contas, já faço um "investimento" com 50% de desconto em tudo o que "compro". Deixei de ter paciência para vender de volta os artigos no OLX, regatear preços, idas ao correio enviar entregas ou combinar entregas em mão. Não quero, nem aprecio perder tempo com isso.

Por isso o meu desapego ao físico. Não pretendo retorno do mesmo e prefiro o conforto do digital, com o desconto de 50% pela partilha, num consumo imediato em função de um dinheiro que gasto num hobbie, como gasto outros hobbies que não têm retorno (subscrições netflix, spotify´s, etc...)

Lá está, são opções e sim, continuo a considerar o digital e a facilidade de acesso ao mesmo bastante prático e o que se adequa melhor ao meu estilo de consumo ;).

Para outros será o "físico". E isso também é uma opção válida, dentro das escolhas pessoais e dos factores subjacentes a essas escolhas e a essa valorização pessoal. Não há escolhas "certas" ou "erradas". Existem opções diferentes.
 
A tal citação "cada um faz o que quer com o seu dinheiro" adequa-se.

Não tenho a certeza se o Days Gone alguma vez esteve a 19,99 na PSN Store, mas em físico eu sei que não. O que eu sei é que a escolha entre um e outro será para mim muito fácil. Quem sabe não venha a precisar de recuperar o dinheiro gasto.

Compreendo a opção, mas falo por mim, não nado em dinheiro para andar a deixá-lo a desperdiçar em coisas que sei de antemão que nunca mais lhes vou tocar.
 
Última edição:
Contudo, no meu caso em particular, nunca fico com consolas da geração anterior e nao jogo nada das gerações anteriores. Nada mesmo. Salvo remasterizacoes feitas para a geração atual.

Se jogas exclusivamente o que sai na geração mais actual, então não há muito que possa argumentar... :)

Eu tenho nestes últimos dias equacionado arranjar uma Nintendo 3DS/2DS para jogar o pokemon X ou Y, que saiu em 2013. Obviamente iria depois comprar o jogo físico usado. Eu pessoalmente não consigo imaginar um cenário favorável no mundo digital.

Também comprei uma Xbox 360 e uma PS3, já depois de ter em casa uma PS4. Basicamente queria jogar jogos dessas plataformas, já que até então tinha jogado exclusivamente no PC.

Ou seja, concordo perfeitamente que cada um deva ter a sua liberdade de fazer como quer. Daí achar um pouco "bizarro" a possibilidade da Series S não vir a ter drive de blu-ray.

Para mim era igual ao modems da Noz/Meo deixarem de vir com as portas RJ45 (por haver muitas mais ligações por WI-FI)
 
Isto de "recuperar dinheiro" é um bocado subjetivo... Isto é um passa tempo ou algo que a gente aprecie e goste, e decida entreter assim. Acho que, não devemos focarmos no "dinheiro" nesse sentido. É como comprar um carro novo... A partir do momento em que saímos do stand, já perdemos dinheiro. E não é por isso que o deixamos de fazer.

Porque se temos que vender para "algo com urgência", se calhar mais tarde vais voltar a comprar e jogar. E quando chegas ao fim, se calhar até gastaste mais dinheiro
 
Ninguém está focado no dinheiro. Apenas refiro que podem acontecer coisas na vida que estão fora do nosso controlo. E quando isso acontece o digital é a pior opção.

No entanto concordo que comprar algo com isso em mente não faz, de todo sentido, senão ninguém gastava dinheiro em que hobby fosse. Agora, sou da opinião que há que ter todas as variantes em cima da mesa.
 
@Jack-O-Lantern

Compreendo a tua maneira de pensar em relação a não ficar com( ou jogar) jogos de anteriores gerações mas discordo ao mesmo tempo.
Para mim o passado dos videojogos conta muito e se pudesse ainda tinha os jogos todos e as consolas também, nem que fosse só pela nostalgia, olhar para as consolas e recordar de x jogo ou dos melhores momentos passados.
 
@JAC_TUGA

Perfeitamente compreensível.

Esta é uma discussão sempre interessante, até porque dá uma amostra de quanto todos nós somos diferentes.

Quando era adolescente, ainda a Internet era um assunto de ficção científica, lembro-me perfeitamente de orgulhosamente ter uma coleção interminável de filmes em VHS... depois, veio o DVD e substitui aquela coleção interminável de filmes VHS pelas mesmas versões em DVD... eram filas intermináveis em estantes. Olhava para elas e sentia muito "orgulho"... nunca vendo novamente os filmes, mas pronto... estavam ali (a ganhar pó). O mesmo com a música... tendo coleções de cassetes de fita (tinha colecções daquilo), e depois substituindo essa colecção pelas versões em CD´s... mais uma vez... com tudo a ocupar espaço e a ganhar pó, só porque... sim.

À medida que a Internet ia sendo uma realidade fui ganhando um gosto pelo digital... ao longo dos anos esta transição entre o físico e o digital foi ganhando forma e presença nos meus gostos. A coleção interminável de filmes VHS acabou por ir para o lixo ou alguns mais de coleção a serem vendidos em sites de leilões (saudoso miau.pt), mas já ninguém pegava naquela tecnologia obsoleta.. o mesmo com as cassetes, os cd´s de música, etc... na minha visão, só tinha aquilo guardado fisicamente, porque sim (o leitor VHS ficou obsoleto; o leitor de cassettes entregou a alma ao criador, o leitor de cd´s era um mono a ocupar espaço; etc...)

Ou seja, muito cedo, percebi que o analógico era algo que ia sendo ultrapassado pelo progresso digital. Muito mais tarde, com os serviços de subscrição audio e de media, foi então a machada final no que me fazia guardar o bem "físico"... virei um total minimalista e sempre muito adepto da novidade tecnológica que se ia sobrepondo ao que já fazia parte de um passado (analógico), sem vontade de voltar a algo do passado.

O mesmo com os videojogos... e isto tendo começado miúdo com o ZX Zpectrum, Commodore 64 (com as diskettes de 5")... tudo foi evoluindo e foi sempre apreciando as novidades e mudanças de geração, sem qualquer interesse em regressar a estas assim que a outra geração se sobrepunha. Simplesmente porque, quando o fazia, sentia uma certa desilusão, pois o que me deu prazer na altura, já estava datado, ultrapassado e a estragar a nostalgia do que na altura me fez sentir satisfação.

Para além desta maneira de estar, pouco ligada à necessidade de "voltar ao passado" nostalgicamente, ou à necessidade de "ver" algo (ver uma caixa digamos) numa estante, cada vez mais fui sentindo que, um jogo na sua versão final (em disco físico), raramente é a sua "forma final". São os patches day-one, são as atualizações regulares que melhoram a performance, etc... ou seja, na prática... tens a informação num disco que depois é carregada de patches digitais a melhorar o produto final... o disco físico foi apenas o "suporte" analógico, para toda a informação que é trabalhada e carregada digitalmente... enfim, mas isto dava uma discussão interminável, na medida em que somos todos diferentes... todos temos experiências de vida e personalidades diferentes e é isto que permite o debate de ideias.

Como disse acima, não há opções "certas" ou "erradas". Existem opções feitas por cada um, de acordo com os seus interesses e valorizações, em função de uma séries de fatores sociais e individuais, que nos tornam a todos muito diferentes. E ainda bem.
 
Para mim a grande revolução foi mesmo no mundo da música. Não era simplesmente prático ter 1 CD por banda/álbum.
Agora dá para passar uma tarde a trabalhar a ouvir musicas de vários artistas, e isso era impossível nos moldes de antigamente. A não ser que se convertesse os CDs para MP3, e guardar no disco, algo que cheguei a fazer. Neste caso o que uso é Spotify, que é uma subscrição.

O que eu não consigo aceitar completamente nas compras de jogos online, é mesmo o facto de não termos o produto na nossa posse (seja um disco de plástico ou uma licença digital). Ou seja, não dá para emprestar, dar, vender, etc. Ou guardar eternamente num HDD. Ao contrário do equivalente físico.
Tenho muita coisa na steam, mas também muita foi extremamente barata. Humble Bundle, pack de todos os GTA a 7,5€, etc. Agora jogos full price a 40 ou 50€, para jogar e "deita fora"...

Serviços como Gamepass/Now, sendo subscrição já é diferente.

A barreira entre aluguer, subscrição, e venda digital é um pouco ténue, mas há diferenças.
 
O que eu não consigo aceitar completamente nas compras de jogos online, é mesmo o facto de não termos o produto na nossa posse (seja um disco de plástico ou uma licença digital). Ou seja, não dá para emprestar, dar, vender, etc. Ou guardar eternamente num HDD. Ao contrário do equivalente físico.

Curiosamente, muita gente "mandou pedras" na apresentação do sistema "always online" da Xbox, há 7 anos e no entanto era um sistema que iria permitir o aluguer, o empréstimo e a venda de jogos digitais. O backlash da comunidade foi imenso (ver o que ainda hoje se diz acerca dessa possibilidade) e tudo caiu por terra (acabou por ser um mix de muitas coisas, mas a comunicação das features não resultou)

Provavelmente, até estava à frente no seu tempo, pois uma espécie de "always online" é o comum destes tempos e o digital já ocupa 50% da fatia de vendas das grandes empresas (Sony; Microsoft; etc).

Quem sabe se, com esta nova realidade do digital, alguém volta a colocar essa possibilidade de emprestar, dar ou vender os conteúdos digitais adquiridos, novamente na mesa e permite essa situação. Pena tenho de quem está a fazer pela vida a tentar inovar nas respostas/ofertas aos jogadores, fosse a mais capaz para tentar novamente isso, mas depois do que se passou, não creio que se torne realidade a curto prazo. É pena.
 
Curiosamente, muita gente "mandou pedras" na apresentação do sistema "always online" da Xbox, há 7 anos e no entanto era um sistema que iria permitir o aluguer, o empréstimo e a venda de jogos digitais. O backlash da comunidade foi imenso (ver o que ainda hoje se diz acerca dessa possibilidade) e tudo caiu por terra (acabou por ser um mix de muitas coisas, mas a comunicação das features não resultou)

Provavelmente, até estava à frente no seu tempo, pois uma espécie de "always online" é o comum destes tempos e o digital já ocupa 50% da fatia de vendas das grandes empresas (Sony; Microsoft; etc).

Quem sabe se, com esta nova realidade do digital, alguém volta a colocar essa possibilidade de emprestar, dar ou vender os conteúdos digitais adquiridos, novamente na mesa e permite essa situação. Pena tenho de quem está a fazer pela vida a tentar inovar nas respostas/ofertas aos jogadores, fosse a mais capaz para tentar novamente isso, mas depois do que se passou, não creio que se torne realidade a curto prazo. É pena.

A diferença é que o gamepass é uma opção, no always on da xbox, tinhas de ter sempre internet para jogar, todos os dias, se por exemplo ficasses sem internet, ou fosses de férias para um sitio sem internet, basicamente tinhas um pisa papeis. Já para não falar que não podias emprestar a um amigo/familiar um jogo. Não digo que tudo que eles tinham em mente era mau, e a mim, tirando o facto de emprestar jogos, não me iria afectar muito, nos últimos 5 anos falhou-me 2 xs a internet, mas a meu ver isso é uma atitude anti-consumidor.
 
@ric7 Certo. A parte do "always online" morreu logo antes de ter começado. Contudo, na altura, no meio da mensagem confusa, o sistema em paralelo ia permitir a venda, empréstimo ou dádiva de jogos digitais e depois, com o backlash, cortaram tudo.

De qualquer modo (e isto é um opinião totalmente pessoal e sei que é odiada pela maioria), quem partilha conta já vivencia um "always online" na prática e o que não tens "formalmente", acabas por ter no dia-a-dia. Por outro lado, hoje em dia, qualquer recanto do país tem rede móvel que permite fazer o check-online em 2 segundos.

Mas sim, percebo as bandeiras do "anti-consumidor" neste caso e por isso, a coisa morreu à nascença...
 
A diferença é que o gamepass é uma opção, no always on da xbox, tinhas de ter sempre internet para jogar, todos os dias, se por exemplo ficasses sem internet, ou fosses de férias para um sitio sem internet, basicamente tinhas um pisa papeis. Já para não falar que não podias emprestar a um amigo/familiar um jogo. Não digo que tudo que eles tinham em mente era mau, e a mim, tirando o facto de emprestar jogos, não me iria afectar muito, nos últimos 5 anos falhou-me 2 xs a internet, mas a meu ver isso é uma atitude anti-consumidor.


7 dias e depois ela bloqueava.
E emprestavas jogos,nomeadamente a cópia digital que tinhas acesso(blu+-ray dava acesso às cópia física e digital).
 
7 dias e depois ela bloqueava.
E emprestavas jogos,nomeadamente a cópia digital que tinhas acesso(blu+-ray dava acesso às cópia física e digital).

Pelo que li fazia o check-online todos os dias, nunca li nada sobre bloquear na semana seguinte. Essa parte de emprestar os jogos digitais era porreiro, mas não ia dar para emprestar jogos físicos, daí a sony fazer este video:
 
E assim, de um modo tão simples e eficaz, acabou a possibilidade de se fazer a troca, venda ou empréstimo de jogos na sua forma digital.

E cá estamos nós na actualidade a partilhar contas, a fazer checks-online, a subscrever serviços, a fazer updates diários com patches para os jogos digitais, etc...

:D
 
a sério???, o jack já disse tudo, mas tu não chegas lá, humm:facepalm:

Tudo o que ele referiu é uma opção do consumidor, eu por exemplo não partilho a conta com ninguém, log não preciso de check-ins, euanto que a MS queria impingir isso ao consumidor basta colocar o cd e já estou a jogar, não sei se sou eu que não chego lá ou é o contrário. Eu em 2013/2014 não tinha fibra e tinha constantes falhas de internet, achas que ter uma consola assim era bom para mim? Agora isso para mim não seria problema, mas eu não posso falar pelo resto do mundo não é?
 
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