Nenhum daqueles 3 jogos saiu em 2001 no PC. Como assim não é verdade?
O Devil May Cry saiu para PC, 17 anos depois, em 2018
O Final Fantasy X saiu para PC, 15 anos depois, em 2016.
O Metal Gear Solid 2 saiu para PC, 2 anos depois, em 2003. Este por acaso teve uma release proxima.
Mas estes 3 jogos foram meros exemplos, encontras dezenas e dezenas de jogos que aconteceu o mesmo nessa decada. Os dois primeiros acabaram por sair quase 2 decadas depois, pois estamos na altura dos remasters de jogos antigos e o PC agora está em altas.
Se tivermos em conta especifica e estritamente esses títulos, tens razão - mas também posso dar exemplos em contrário, se formos por cherry picking, como já dei alguns, e posso dar mais.
Mas repara que disse que o DmC 1 e 2 não saíram para PC na altura, só tenho saído mais tarde na HD Collection. Mas o 3 saiu com o espaço de 1 ano.
Metal Gear Solid saiu 2 anos depois no PC, assim como o 2 Substance.
Final Fantasy não saiu, daí não ter referido, nem pus em causa.
Mas dizeres que os jogos de consola, não saíam no PC, e que agora saem, como tens vindo dizer nos últimos posts, desculpa mas isso não é verdade. A realidade de então não era muito diferente da de agora. A grande maioria dos jogos de consola não eram lançados no PC, mas tinhas uma boa selecção de jogos que eram portados. Se por ventura os teus jogos favoritos não saíam, aí é outra conversa.
Esmiuçando os 1st party:
- Nintendo nunca portou para PC;
- Sega portou directamente algum do seu catálogo para Windows
ainda nos anos 90, e indirectamente
houve suporte para o Commodore Amiga e o lançamento do
Amstrad Mega PC;
- Sony só agora começa a portar directamente 1st party para PC, ainda que com atraso de alguns anos (à semelhança do passado nos exclusivos 3rd party).
- Microsoft já era developer/publisher no mercado PC, e mesmo com o lançamento da Xbox, sempre fez vários ports para PC (Halos, Fables, etc), ainda que com alguns anos de diferença também.
A maior diferença entre o presente e o passado no capítulo dos 1st party, está na Microsoft que lança agora os seus 1st party day-one no PC.
O resto pouco se alterou, não é que a Playstation tenha ficado sem exclusivos ou apenas com console exclusives de um dia para o outro.
Já se sairmos da bolha dos 1st party, e enveredarmos pelos exclusivos no geral, sempre houve alguns exclusivos a serem portados, como foram os já referidos MGS1 e 2 e o DmC 3, mas lembro-me também assim de repente de jogos como o International Superstar Soccer 3 em 2003 day-one (IP console-only até então), Jade Empire (2005 Xbox, 2007 PC), Sudeki (2004 Xbox, 2005 PC) e muitos outros existirão, sendo uma questão de procurar, embora não fosse day-one na grande maioria dos casos.
Como o
@Torak disse, a maior diferença foi pré-2000, com especial destaque para os anos 80 e inícios de 90. Nos anos 80 o PC Gaming era totalmente obscurecido pelo console gaming, já que o gaming no PC era um afterthought, e os jogos que os sistemas PC iam tendo, para além dos típicos jogos de PC de aventura (de texto ou 2D), eram na sua maioria arcade or console ports ou até mesmo puros clones destes últimos. Nos anos 90 foi quando o PC Gaming se começou a afirmar como algo próprio e esteve em altas (pela primeira vez) como dizes, e em sentido contrário tivemos ports como por exemplo o Doom 64 (1997) para a N64 ou mais tarde, o No One Lives Forever (2000) para a PS2 em 2002, apenas para citar alguns exemplos assim de cabeça.
Ainda que em pouco número, sempre houve ports, quer num sentido, quer no outro.
Se te baseias apenas na Playstation para concluir que antes os exclusivos não saíam para PC e que agora saem, estás a usar a premissa errada. Saíam, embora em não tanta quantidade. "Iam saindo", mas saíam.
Se agora saem
em maior quantidade?
Se tens também
mais IPs que eram console-only que se tornaram multi-plat, com eventual saída também no PC, e day-one?
Sim, concordo.
PS: Ainda referente à Sega, artigo interessante de 1996:
https://segaretro.org/Press_release...hine,_creates_new_category_of_action_PC_games
Currently, three Sega Entertainment PC games are available at software stores nationwide. ``Comix Zone,'' ``Ecco the Dolphin'' and ``Tomcat Alley'' were released in November 1995 as part of a brand test for Sega's entrance into the PC gaming market.
Isto para mim nunca foi motivo de discussão, pois tive bons professores de história.
Da forma como contamos na Europa, nunca tivemos um ano zero, ou século zero,etc. Começa no dia 1, semana 1, mês 1, ano 1, século 1, etc.
Se contarmos de 2000-2010, teríamos um século com 99 anos, um milénio com 999 anos, uma semana com 6 dias, etc.
Mas se contarmos de 2001-2011, temos todas as décadas com 10 anos, séculos com 100 anos, milénios com 1000 anos.
Contar as décadas de 00 a 10, é como o à e há.
A regra é muito clara e óbvia, mas há muita gente a cometer o erro.
Também eu tive bons professores de História, e aprendi a contabilizar décadas, séculos e milénios começando em 00 e terminando em 99.
Se contabilizares assim, não contabilizas apenas 99 anos no caso de século, ou 999 anos no caso do milénio, pois estás a contabilizar o ano que decorre entre [0;1[, e até [99;100[ ou [999;1000[, pelo que contabilizas na mesma 100 ou 1000 anos. Não se trata apenas de uma questão de História, mas também de Matemática. Da mesma forma que dizes que se contabiliza apenas 99 ou 999, dir-te-ia que começando a contagem no 1 e terminando em 101 ou 1001, estarias a contabilizar 101 ou 1001 anos (pelo menos o século I e o 1.º milénio), em vez dos 100 ou dos 1000, pois o ano completo que decorre entre [0;1[ (o chamado ano zero) matematicamente não pode ser desprezado.
A representação numérica em si não cria conflito, até entrarmos na questão da transição de décadas, séculos e milénios (a mudança de século e milénio para uns aconteceu em 1999/2000, para outros em 2000/2001), ou quando se entram em contagens de números ordinais («estamos no 21.º ano do século XXI, ou no 22.º?»).
A bold: contas sempre certo, sim, mas estás a deitar 1 ano DC fora, o de [0;1[.
De qualquer das formas, um bom professor de História ensinaria sempre que ambas as formas existem. A diferença está essencialmente onde se nasce e vive (e com a adopção regional do caléndário Gregoriano), e qual a disciplina em que se trabalha. Vale o que vale, mas compara a página da Wikipedia
portuguesa com a
inglesa sobre o Século. Anyway, off-topic.
EDIT: "baseias" e não "baseas"