Edit: Acho que finalmente percebi...
Shin Megami Tensei - Dungeon Crawling
Shin Megami Tensei Persona - RPG
Shin Megami Tensei Devil Survivor (DS)- SRPG
Shin Megami Tensei Devil Survivor (PS2) - RPG mas segundo o que dizes, há um modo dungeon crawling desbloqueado assim que o jogo é terminado.
Eu não disse Survivor! Disse (Shin Megami Tensei 3) Nocturne/Lucifer Call
Isto demonstra o modo first person no SMT3:
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http://www.dailymotion.com/video/x2xhec_let-s-play-smt-nocturne-something-i_videogames
O modo first person, aí demonstrado só está disponivel em
new game +.
First person é clássico na série, até o primeiro Persona tinha segmentos (as dungeons) em modo first person, e não é mau de todo a partir do momento em que consigas correr:
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http://www.youtube.com/watch?v=0atAzjCn65c
(nos jogos mais antigos no dice)
Uma boa ideia do que é um SMT "clássico" moderno é o SMT: Strange Journey:
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http://www.youtube.com/watch?v=yaGTapB7ufc
Mas não sabemos se o plano é fazer algo dessas linhas, ou um sucessor do Shin Megami Tensei 3: Nocturne.
Não há Devil Survivor na PS2, estás a pensar nos Devil Summoner.
Chamar-lhes Dungeon Crawler é um pouco redutor (fui eu que o fiz, bem sei; e é aplicável, mas...), os dungeon crawlers costumam ter plot superficial, secundária, natureza de level-design aleatório por patamares e tal não é (bem) o caso nos Shin Megami Tensei, a série SMT tinha boas plots antes de boas plots serem uma preocupação em jogos; e se os Persona's são "RPG's enlatados" em level design na medida em que tens fronteiras muito delimitadas (componente social, componente Dungeon Crawler e diferença entre esses espaços) o SMT3 era um jogo com uma ligação mais intrinseca, na medida em que as Dungeons não eram aleatórias nem "sem forma" eram espaços, cuja exploração levava a outros espaços. Tal não sucede nos Persona's mais recentes. Ou melhor... se SMT é um Dungeon Crawler Persona também é ou tem essa componente.
Se o Persona 3/4 são jogos profundamente fragmentados, o SMT3 só tem uma fragmentação, o overworld map. (que é como o do Persona 3) tudo o resto, espaços onde encontras personagens e espaço onde tens batalhas é continuo, flui muito mais perto do que esperarias um RPG convencional funcionar do que no persona em que as duas coisas se encontram completamente separadas (ie: ir a "passear" e chegares a um sitio diferente que representa outra zona).
Por outro lado essa fragmentação no Persona significa que o jogo é streamlined (não encontro sinónimo em português, mas vou chamar-lhe destilado) SMT's principais não destilam nada.
A outra diferença de relevo, é a temática, os Persona's sao light hearted e a visão deles perante o mundo/humanidade é positiva, não fosse a premissa de Philemon (a pessoa por detrás do Velvet Room) a de acreditar que a humanidade tem a capacidade de não se auto-destruir. É também óbvio que nestas circunstancias a aniquilação do mundo como o conhecemos seria a derrota suprema da qual os protagonistas não sobreviveriam, por isso representa o cenário de game over.
No SMT "principal" a temática não é light hearted, e a perspectiva perante o mundo/humanidade é negativa (de facto, a humanidade tende a ser capaz de mais maldade que lucifer), e a aniquilação do mundo não representa um cenário de game over, costuma ser canónica e às vezes até acontecer repetidas vezes. (pensa num Neon Genesis Evangelion a dar para o negativo)
Além disso, e também para reflectir isso, os personas têm character art do Soejima Shigenori ao passo que nos SMT's as personagens são desenhadas por Kazuma Kaneko, que é o mastermind da personalidade da série. Os demónios todos foram desenhados por ele e representam o estilo dele; e também é um character designer dos diabos, com um estilo muito próprio. Menos na linha de Anime-happy-go-merry, claro.
Não sei se me exprimi muito bem (é complexo), mas tentei.