Sem dúvida. A Concentra para poder atingir a liderança do mercado em Portugal precisa de desenvolver a imagem da Nintendo como uma marca de confiança para o entretenimento doméstico - da mesma forma que a PlayStation o conseguiu - para que trascenda estratos e idades. Observem o mercado nacional - em todo o país encontramos PS1 e PS2 nas casas, seja em bairros sociais, em bairros de classe média ou de classe alta, entre crianças, pré-adolescentes , adolescentes e adultos, no litoral e no interior, no norte, no centro no sul e nas ilhas. A PlayStation tornou-se A referência das consolas em Portugal, mas isto não aconteceu da noite para o dia. Quando a PS foi lançada cá era virtualmente desconhecida da maior parte do público que só tinha olhos para a SEGA - eu próprio conhecia a PlayStation melhor que a maioria do público quando esta cá chegou no final de 1995.
Para que a Wii consiga chegar a um ponto semelhante, é preciso que a Concentra realize um trabalho quase impossível que demora bastante tempo e que consome muitos recursos. Talvez a marca PlayStation tenha atingido tantos adeptos em Portugal porque nós temos um mercado de jogos subdesenvolvido e quando ela cá chegou não existia (e ainda não existe) uma cultura enraizada de jogos no nosso país.
Seja como for, a Concentra precisa de se fazer ouvir e de dar à Wii uma autonomia própria, de forma a que o nome entre na boca das pessoas e conquiste preferências entre o público, para que se torne num artigo de referência e não apenas para um nicho do mercado - que somos nós.