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Já larguei uma ou outra lágrima mas confesso que não me recordo da última vez que isso ocorreu. Acho que posso dizer que nos últimos 8 anos mais ou menos, nada. Penso que deviam reformular para se já ficámos profundamente tocados ou emocionados por um jogo (chorar baba e ranho não é condição necessária e suficiente de emoção e a propensão à expressão emocional varia de pessoa para pessoa) e como já respondi, sim, já fiquei mas há muito tempo que tal n acontece. Penso que as histórias e a envolvência perderam muito nos últimos anos, mas por outro lado há uns anos que não jogo não só muito como o pouco que jogo não é do tipo de coisa que potencie esse tipo de situação.
Mas acho que durante o acto do jogo em si é complicado. A pessoa está a pensar no jogo propriamente dito e está menos focada nos aspectos emocionais da história. Lembro-me de um caso onde fiquei tocado por pena. No MGS tive uma pena tremenda do Psycho Mantis, lol e penso que foi durante o jogo em si porque eles tentaram transpor o tormento dele na luta propriamente dita mas tinha todo um conjunto de cutscenes e contextos de preparação.À uns tempos li um artigo em que o autor dizia algo do género 'Antigamente os jogos, devido às limitações, ou tinham uma boa história ou um bom gameplay. Hoje em dia, parece que se substituiu a história pela física.'
Ontopic: Infelizmente nunca chorei com a experiência de jogar em si. Se falarmos de medo, ansiedade e adrenalina já me aconteceu bastantes vezes enquanto jogava, agora chorar, só como referenciado no artigo original, em cutscenes, sem possibilidade de intervir.
Mas acho que durante o acto do jogo em si é complicado. A pessoa está a pensar no jogo propriamente dito e está menos focada nos aspectos emocionais da história. Lembro-me de um caso onde fiquei tocado por pena. No MGS tive uma pena tremenda do Psycho Mantis, lol e penso que foi durante o jogo em si porque eles tentaram transpor o tormento dele na luta propriamente dita mas tinha todo um conjunto de cutscenes e contextos de preparação.
Penso que não se pode dissociar esse tipo de cenas do jogo propriamente dito. O jogo é um todo e não tenho dúvidas que a ligação estabelecida entre os protagonistas e o jogador através da interactividade amplifica o laço emocional criado pela história, contexto, cenas, etc.
O processo emotivo é muito simples e egoísta na sua natureza. O indivíduo é confrontado com uma expressão qualquer de emoção (em regra artística mas pode ter muitas outras formas, pode ser uma situação real ou coisas menos comuns dependendo de cada um). O indíviduo se se identificar com essa expressão de alguma forma cria então uma ponte entre essa expressão emotiva e o seu ego e incorpora-a em si mesmo e "vive-a" de certa forma nos seus próprios termos e deste processo esulta então uma emoção qualquer não necessariamente (quase nunca ou nunca mesmo) igual à do autor inicial do objecto de expressão emocional (o artista se quiserem).
Tendo em conta isto, ao existir um laço concreto (interactivo) entre o jogador e o jogo, este processo é amplificado de alguma forma por todas as condicionantes mais físicas do acto de jogar (seja a persistência, a adrenalina, o medo, o entusiasmo, wtv) e pode ser então uma experiência profundamente emotiva.
Bom, tinha um objectivo qualquer em mente ao iniciar este pequeno aparte mas entretanto varreu-se-me. Seja como for deixo aqui os ramblings.
Penso que é tudo necessário. Acho a filosofia Final Fantasy miserável por exemplo mas tb acho a filosofia "tetris", chamemos-lhe assim, também demasiado crua. Há jogos equilibrados. O Shenmue por exemplo, apesar de ter muitas cutscenes, creio que é um bom exemplo de complementaridade.O problema principal (e que para mim é o que tem gerado a maior parte dos desentendimentos nesta thread) prende-se com a associação do choro à tristeza quando nem sempre ambos estão ligados. Nem toda a gente responde da mesma maneira às diferentes emoções.
No caso da morte de personagens em jogos (sejam em Cutscenes ou não) a principal reacção é choque, não tristeza. A tristeza vem depois do choque, quer voluntária (porque criámos uma ligação com a personagem em causa) ou involuntária (devido a elementos de design criados para esse efeito como NPC's de luto ou recorrencias constantes à personagem em questão)
Dito isto, e sabendo que estou a repetir o que já foi dito, a questão principal no meio disto tudo é 'Serão os jogos (no seu todo) capazes de causar emoções nos jogadores?' Sem dúvida que sim.
Agora, 'Serão os jogos capazes de causar as mesmas emoções ao jogador sem recorrer ao uso dos ditos 'artifícios' que são as cutscenes?' Claro que sim, e é pena que uma boa parte dos jogos ditos 'envolventes' usem extensivamente cutscenes para contar a história.
Japonesa -.-'
Concordo ! Mas que me lembre com um jogo nunca chorei !so nao percebo o povo que diz que "ah e tal chorar é pa maricas ? Por jogos ? NAAH!"
acho q sao claramente pessoas que nunca se puseram numa situação mais "complicada" num jogo, logicamente que ng chora num fifa (so se levares o maior arreio de sempre ) mas por exemplo, falo no meu caso, jogar um metal gear 4 depois de jogar o 1, o 2 e o 3, ouvir aquela parte que dá a "the best is yet to come" novamente em shadow moses sentimos uma nostalgia enorme quando vemos aquilo tudo arruinado.. e no final do jogo, quando uma pessoa já tá tao envolvida no jogo, tao habituada á personagem principal, quando nos damos com o final de tudo é normal sentir alguma emoçao nesses momentos..
para mim os momentos mais emocionantes nos jogos foi sem duvida: o fim de mgs4 e mgs3
Este comentário revela que o teu conhecimento de jogos não é muito abrangente. Há jogos 1000x mais cinematográficos que muitos filmes. Só assim de chofre, Shenmue por exemplo.Chorar com um filme ainda se compreende. Agora com um jogo...