Neste momento é uma confusão em certos sites, pois alguns produtos já têm a nova label, e outros ainda têm a antiga. Esperemos que em breve esteja tudo regularizado.
Só uma nota que justifica bem a necessidade de rever estas labels:
With more and more products achieving ratings as A+, A++ or A+++ according to the current scale, the most important change is to return to a simpler A-G scale. This scale is stricter and designed so that very few products are initially able to achieve the “A” rating, leaving space for more efficient products to be included in the future. The most energy efficient products currently on the market will typically now be labelled as “B”, “C” or “D”. A number of new elements will be included on the labels, including a QR link to an EU-wide database, which will allow consumers to find more details about the product. A number of ecodesign rules will also come into force from 1 March – notably on reparability and the need for manufacturers to keep spare parts available for a number of years after products are no longer on the market. "Until the end of February, over 90% of products were labelled either A+, A++ or A+++."
in
https://ec.europa.eu/commission/presscorner/detail/en/IP_21_818
Ou seja, muita gente comprava um aparelho A ou A- a pensar que estava a comprar algo poupadinho, quando na realidade era um produto com uma performance energética bastante medíocre.
Para já foram os frigoríficos e congeladores, máquinas de louça e de roupa, TVs e monitores. A 1 de setembro irão surgir as labels para as lâmpadas, e nos próximos anos os restantes produtos (os próximos serão as máquinas de secar roupa, aquecedores, ar condicionado e aparelhos de ventilação, caldeiras, aparelhos de cozinhar, aquecedores de água, e refrigeração profissional).
Uma melhor performance ambiental não se alcança apenas com aparelhos mais eficientes, mas alterando padrões de uso. Se por um lado a label promove a compra de produtos mais eficientes, quem tem aparelhos mais eficientes acaba por fazer um uso mais abusivo e relaxado do mesmo (
paradoxo de Jevons - a velha história da lâmpada tão eficiente que pode estar sempre ligada - acabando por gastar no total mais do que a antiga menos eficiente mas que estava quase sempre apagada).
A label mais exigente, não só exerce pressão junto dos fabricantes para criarem aparelhos mais eficientes, como passa a mensagem ao público de que o seu aparelho não é assim tão eficiente, pelo que deverá ser poupado no seu uso.
Mais artigos sobre este tema:
https://ec.europa.eu/commission/presscorner/detail/en/qanda_21_819
https://www.euractiv.com/section/en...-labels-the-energy-transition-starts-at-home/
Ultimo apontamento relativamente a TVs - as etiquetas vão também ter distinção entre o consumo em SDR e em HDR, penalizando TVs com retroiluminação global (a maior parte dos LCDs) - quanto mais dimming zones tiverem, melhor performance energética em HDR (sendo os OLEDs os melhores neste aspecto, já que cada pixel é autoiluminado):
https://www.flatpanelshd.com/news.php?subaction=showfull&id=1614600942