Não me admirava se a Intel, daqui por uns anos, também largasse as fábricas, pelo menos para certos tipos de produtos/gamas. É complicado competir depois de chegar a certo nível, quando temos empresas do outro lado unicamente com esse foco e despejam todo o seu R&D nisso.
Por acaso acho o contrário, que a Intel fazia mal ao desfazer-se das Fab's.
O que a Intel precisa é de diversificar mais o seu negócio e depois verticalizar os seus produtos nas diferentes áreas. Eventualmente vir a assemblar pc's/notebooks e tablets/telemóveis/dispositivos móveis compactos.
Como faz a Samsung, que monta telemóveis com ecrãs samsung, memórias samsung, SoC samsung, camera fotográfica samsung, e tudo o resto, ou quase, samsung. Tudo componentes que ou são dos melhores do mercado, ou então andam lá perto.
As empresas estarem numa só área de negócio é um erro, mesmo que seja as Fab.
A GF é exemplo disso mesmo, porque não consegue justificar investimento em novo processo de fabrico. Vai deixar de andar no bleeding edge, logo vai deixar de competir no segmento mais avançado, de 'diferenciação', vai tornar-se uma Fab de produtos baratos, não de produtos diferenciados/avançados. E com isso vai perder o comboio da frente.
A Intel se tivesse os 7nm prontos, já estaria a vender cpu's 7nm aos milhares de milhões em volume de negócio. Consegue criar o seu próprio mercado sem depender de outros. Correu mal os avanços nos seus 7nm, mas ainda assim vai lucrar muito com os 7nm quando sairem.
Se tivesse mais produtos seus onde enfiar o que produz a 7nm, mas lucraria ainda.