@nipnip estás a esquecer-te que quando a empresa foi privatizada a sua posição de mercado era (como continua a ser) dominante, com uma capacidade financeira contra a qual as restantes empresas não conseguiam e mesmo agora não conseguem concorrer. Essa capacidade financeira, permitiu realizar os investimentos que realizou (alguém acredita que a Optimus/Clix conseguia fazer o investimento identico ao que a PT fez na altura?), chegando primeiro ao mercado, vedando o acesso à infraestrutura, e dessa forma limitando o mercado pontencial que as restantes empresas conseguiriam captar. Este tipo de estratégia está mais do que estudado na literatura económica e é reconhecido como tendo um impacto negativo no bem-estar da sociedade.
Mesmo os investimentos que foram realizados em locais pouco rentáveis, podem ser vistos precisamente nessa perspetiva, em que a empresa, devido à sua dimensão e capacidade financeira entra num mercado pouco apetecível (atenção que não estou a dizer que não seja lucrativo) e dessa forma os restantes concorrente já não conseguem entrar. Para eles, no meio da imensidão de investimentos que têm e capacidade financeira que possuem, esses investimentos são marginais tanto mais que uma grande parte da infraestrutura já está instalada (centrais e afins).
Por isso sim, a regulação é mais do que justificada nestes casos em que o abuso de poder de empresas com posições dominantes têm impacto negativo no bem-estar da sociedade. Os direitos das empresas não são absolutos, pois elas, como os consumidores, vivem em sociedade e o bem-estar da sociedade em geral e não de um agente económico em particular deve ser tido em conta. Ou melhor, todos os agentes do mercado devem ser considerados na busca dessa maximização do bem-estar social. Isso também significa que os consumidores não vão ter tudo o que querem ao preço a que querem, pois as empresas também têm de ser compensadas pelos riscos que tomam. Neste caso, como se pode verificar pelas comparações internacionais dos preços das comunicações, em Portugal parece existir um enviesamento do mercado a favor das empresas e em prejuízo do consumidor e isso faz com que seja necessário não só regulação como abertura de mercado. A entrada da DIGI é um excelente contributo para e melhoria da eficiencia do mercado de telecomunicações em Portugal. A venda da NOWO à Vodafone é um péssimo contributo para a eficiência do mercado de telecomunicações em Portugal (era bom que outra empresa qualquer, que não uma empresa já presente no mercado, pegasse nela).
Mesmo os investimentos que foram realizados em locais pouco rentáveis, podem ser vistos precisamente nessa perspetiva, em que a empresa, devido à sua dimensão e capacidade financeira entra num mercado pouco apetecível (atenção que não estou a dizer que não seja lucrativo) e dessa forma os restantes concorrente já não conseguem entrar. Para eles, no meio da imensidão de investimentos que têm e capacidade financeira que possuem, esses investimentos são marginais tanto mais que uma grande parte da infraestrutura já está instalada (centrais e afins).
Por isso sim, a regulação é mais do que justificada nestes casos em que o abuso de poder de empresas com posições dominantes têm impacto negativo no bem-estar da sociedade. Os direitos das empresas não são absolutos, pois elas, como os consumidores, vivem em sociedade e o bem-estar da sociedade em geral e não de um agente económico em particular deve ser tido em conta. Ou melhor, todos os agentes do mercado devem ser considerados na busca dessa maximização do bem-estar social. Isso também significa que os consumidores não vão ter tudo o que querem ao preço a que querem, pois as empresas também têm de ser compensadas pelos riscos que tomam. Neste caso, como se pode verificar pelas comparações internacionais dos preços das comunicações, em Portugal parece existir um enviesamento do mercado a favor das empresas e em prejuízo do consumidor e isso faz com que seja necessário não só regulação como abertura de mercado. A entrada da DIGI é um excelente contributo para e melhoria da eficiencia do mercado de telecomunicações em Portugal. A venda da NOWO à Vodafone é um péssimo contributo para a eficiência do mercado de telecomunicações em Portugal (era bom que outra empresa qualquer, que não uma empresa já presente no mercado, pegasse nela).