APedro

Bem, se tens jeito para estas coisas, força :P
Eu prefiro gastar mais algum, porque sempre que faço um DIY mais complexo acabo por deitar tudo ao lixo porque fica sempre uma porcaria :D
Perco sempre dinheiro :)

Se me fizesses um assim, com as letras EM gravadas em baixo, para a minha GX8 e G80 (só a acompanhar o grip, pois as máquinas já têm um bom grip) eu pagava-te 50€ por cada um :P
Mas tinha que ficar como na imagem :P

JBCD+-12.jpg


Cumps
 
logo vês como vai ficar o meu.

o problema aqui é que preciso de ter o equipamento para os cortes ficarem bem feitos.

tenho equipamento para isto, o tratamento depois é só lixar e dar tapa poros e por fim envernizar.

Não custa nada.
 
Este é apenas um protótipo.

Como não fiz projecto, acabei por só acertar ao 3o, errei e os dois primeiros foram para o galheiro.

A ideia é fazer um de forma mais cuidada, melhorar alguns pormenores, cortes direitos, melhorar o grip nos dedos.

cbd44b7fff54514e2870f6b7e5aa9f86.jpg


ab5667f0c58eb0dc1b7db2528b50b9f1.jpg


669f6a91151353c44c91d3d0a9fa7791.jpg


Este foi o segundo grip onde percebi que a zona onde se põe os dedos era pequena, mas dá para ter uma ideia:

e99a8f29551b8c40a14a1637c05682ed.jpg


Ficou a secar, lixei rapidamente e só com uma lixa grossa. Nem grosa usei. Dei uma mão de bondex apenas.

Amanhã faço mais umas fotografias com ele terminado.

Se quiserem uma espécie de tutorial digam.

Do que usei apenas tenho uma máquina mais específica para os cortes mais finos e precisos. Não é algo propriamente difícil.

Quem não tiver essa serra pode não fazer buraco para a bateria e aí só tem de tirar o grip para mudar de bateria.
 
Pensei usar clips com o formato das letras e aquecer com maçarico e espetar em baixo, não sei se vai funcionar.

Este não ficou nada perfeito, sem pormenores nem apontamentos para darem um toque mais cuidado.

A madeira redonda da zona dos dedos nem é do mesmo tipo da base, ficando com tons diferentes.

Mas para já funciona :D
 
O difícil é dar um acabamento condizente com o bom aspecto da máquina... Mas não está nada mal, não senhor.

Essa madeira é um cabo de vassoura? Tenho uma pega para a gopro feita assim também, metido dentro de um punho de bicicleta em borracha. Também gosto bem de bricolar :)

Pega lá na lixinha a ver se pões isso direitinho ;)
 
Isto são protótipos ainda :D
Apesar de dar a entender que o Pedro tem jeito para estas coisas, ainda não está ao nível da que eu "quero" :P
 
Não, é uma peça redonda mesmo, costumam estar junto aos roda pés.

Bastava ter lixado em condições, dar tapa poros e bondex nogueira e ficava com cor homogênea.

É fácil dar-lhe um tom mais premium e com mais cuidado também não é difícil fazer os cortes direitos.

Outro problema é a madeira. Esta não é nada maciça, é difícil deixar algumas das laterais tão finas, ao mínimo toque com mais força pode partir.
 
O segundo que fiz estalou e partiu uma das laterais.

Não fui a uma serração, esta era o único tipo de madeira que havia com uma secção adequada, as outras eram muito grossas.

Edit: o problema com madeira mais resistente é que não conseguirei cortar tão facilmente como nesta. Tenho de tentar arranjar outra solução.
 
Última edição:
Bem, fui contactado pela ***** agradecendo a participação e informado que os vencedores já teriam sido congratulados pela própria *****.

Uma vez que não fui um dos vencedores venho partilhar convosco o trabalho que teve origem nestes registos que fiz por Itália e que partilhei aqui convosco.

Quero apenas voltar a dizer que o meu intuito nunca foi vencer (se bem que ganhar uns € era bem do meu agrado) uma vez que nem sequer tinha noção como se fazia um trabalho deste género.

A ideia era esforçar-me e obrigar-me a fazer um trabalho com pés e cabeça.

Independentemente das críticas e de saber que, como primeiro trabalho, há muito para melhorar, fiquei satisfeito com o resultado final:

(Aconselho a visualização no Flickr apesar da leitura não ser tão fácil).

https://www.flickr.com/gp/127185167@N02/mRYtdJ

https://www.facebook.com/pg/madeinimagineland/photos/?tab=album&album_id=252830628481552


Sinopse:


“Altri tempi, altri costumi” é um documentário fotográfico realizado numa viagem a Itália e que visa a mudança de paradigma. Este trabalho nasce da minha sensibilidade à digitalização do ser humano e a uma certa degradação do mesmo. Incisivo, visa a hipocrisia, a dicotomia entre um passado que é história e um presente que, de certa maneira, o ignora. A voracidade das vicissitudes do dia-a-dia, o desinteresse por tudo o que não é imediato. Este é um trabalho retrospectivo, que teve origem na junção dos pontos.


Memória descritiva:

A imponência dos restos de história, que sobraram, contrastam com os objectos habituais e enfadonhos do quotidiano. Por todo o lado a mistura dá-se, de forma desenfreada, rotineira e organizada. Perante tamanha imensidão de vidas passadas, a vida, a própria, perde valor. Significa menos. Os resquícios de história, esses, não perdem valor. Geração após geração, lá estão. Carregam consigo muitas vidas, mais do que podemos imaginar. E é por isso que têm tanto valor.

Essa era a transformação do ser. O pináculo da criação. A sua imortalização. A transformação do ser no seu legado. A sua vida, um presente que, de forma sagrada, queria tornar-se passado histórico para um qualquer futuro. Essa era a sua marca, essa era a sua transformação.

Hoje? Hoje a transformação é menor. O umbigo é maior que a vontade. A história é vivida como forma de auto elogio. E quando estamos cheios de nós próprios, não há espaço para sermos melhor. Não há espaço para virmos a ser história.

Ao invés, existe uma transformação instantânea mas efémera. Há quem se imortalize várias vezes ao dia. Em imponentes muros digitais, qual muralha da china, com quilómetros de comprimento e onde se comprimem tantas transformações que, no fundo, valor nenhum têm.

Relâmpagos de informação, de vidas, de acontecimentos, sem valor, sem interesse, que nunca virão a ser um resto de história. Este é o espelho da vontade, da necessidade de afirmação, da necessidade de ser, de ter valor. Contudo, a transformação, essa quase nunca existe.

A história, a verdadeira, que atravessou gerações, vive paredes meias, cara a cara, com o ruído, com as fantasias, fugazes, efémeras. O contraste é maior. O regozijo de digitalizar uma história eterna é efémero também ele. O que não tem mérito está fadado ao fracasso. O consolo e a falsa aprovação vêm na forma de “likes”.

Enquanto durarem, os restos de história, apesar da sua impotência, cumprirão o seu papel provando a capacidade de transformação do ser em algo melhor, em algo maior. Esta é a nossa história, esta é a nossa identidade. Quando a desprezados, tornamos-mos em seres sem alma. Quando esta escassa, homens e restos de história partilham o mesmo estado. A falta de alma não está muito longe da pedra, rígida, fria. Se por um lado, estas últimas cumprem o seu papel, os outros, os homens, ignoram a triste e pesada realidade: Não existe resto de história onde, antes, não existiu curiosidade, alegria e entusiasmo.

1 by António Ferreira, no Flickr

2 by António Ferreira, no Flickr

3 by António Ferreira, no Flickr

4 by António Ferreira, no Flickr

5 by António Ferreira, no Flickr

6 by António Ferreira, no Flickr

7 by António Ferreira, no Flickr

8 by António Ferreira, no Flickr

9 by António Ferreira, no Flickr

10 by António Ferreira, no Flickr

11 by António Ferreira, no Flickr

12 by António Ferreira, no Flickr

13 by António Ferreira, no Flickr

14 by António Ferreira, no Flickr

15 by António Ferreira, no Flickr

16 by António Ferreira, no Flickr

17 by António Ferreira, no Flickr
 
Tens aí fotos excelentes como é habitual. Em relação ao concurso da *****, acabei por ficar curioso e fui espreitar os vencedores do ano anterior, apenas vi um (o vencedor de 2015) e fiquei sem palavras. O sentido estético é sempre subjectivo mas há limites para eleger um vencedor com um trabalho tão básico.
 
Muito obrigado @CuttyShark!

Depois de ver os trabalhos dos anos anteriores fiquei com a ideia que o que se pretende nesse concurso não é exactamente a fotografia pela fotografia mas a fotografia como um meio de percepção do mundo e que a utilizes como um processo de transmissão de ideias/pensamentos.

A originalidade tem bastante peso e quanto menos convencional, mais cru, mais frio, melhor.

Daí muitos trabalhos serem algo controversos.

Como arte que é, é sempre algo subjectivo, agrada mais a uns que outros.

Não consigo gostar de nenhum dos trabalhos do ano anterior.

Gostei sim do vencedor do ano de 2013.
 
Back
Topo