Apple Keynote 2017 @ Let's meet at Our place

É preciso que esteja tudo disponível em Portugal.

Nesse aspecto então está nos
antipodas :)

Mas percebo o que dizes. Também me frustra um bocado que uma empresa com a dimensão e os recursos da Apple, e a posição que ocupa, ainda não tenha conseguido dar o salto do iPad para uma ferramenta completa e abrangente para produtividade geral.

Uma coisa me parece certa, a vantagem que Apple tinha à frente do mercado dos dispositivos da nova geração tem vindo a reduzir drasticamente. Focando-se e produtos e funcionalidades mais mediáticos e visando grande parte o lucro. Diria mesmo abordagens bem tradicionais com uma ou outra e coação sem grande benefício. Creio que o SJ, dado o seu percurso teria feito orações mais vaguardistas. Por exemplo, não teria deixado o AirPlay praticamente morrer, teria impedido o desmantelamento dos Airports ... e bloqueado o foco em demasia no iPhone e a Siri estaria com mais músculo.

É sem duvida ainda o sistema mais estável e o ecossistema onde os dispositivos estão melhor íntegrados funcionalmente. Mas quem viu a apresentação da Google percebe que pelo menos nesta segunda vantagem irá dar muita luta ... uma vez que no design estético já está ao nível ... e mais barato ... App Store também ...

Vamos ver ...

PS: A MS não tem qualquer hipotese. Vai se tornar na IBM dos tempos modernos ... ultrapassada pela Google.
 
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Uma coisa me parece certa, a vantagem que Apple tinha à frente do mercado dos dispositivos da nova geração tem vindo a reduzir drasticamente. Focando-se e produtos e funcionalidades mais mediáticos e visando grande parte o lucro.

A Apple está preocupada em ganhar dinheiro e o iPhone é onde está o dinheiro. A questão é saber o impacto que vai ter este trimestre a falta do iPhone X e pelos vistos a produção não está a ser simples. Isso pode ser um problema.
Vão rever a posição quando algo correr mal mas trimestre após trimestre não se podem queixar. Pessoalmente preferia outros caminhos mas do ponto de vista estratégico a deles está a funcionar.

Mas quem viu a apresentação da Google percebe que pelo menos nesta segunda vantagem irá dar muita luta ... uma vez que no design estético já está ao nível ... e mais barato ... App Store também ...

A Google tem bons anúncios mas fracas execuções pelo menos quando pensamos em todo o mundo e não nos focamos só nos EUA.
Também continuo atravessado com a falta de updates aos seus dispositivos. É tudo expetacular mas no iPhone consegues ter os dispositivos actualizados muito mais anos.

A MS não tem qualquer hipotese. Vai se tornar na IBM dos tempos modernos ... ultrapassada pela Google.

Eu que não uso Windows continuo a achar que eles estão a trabalhar bem e estão a entrar em todas as plataformas. E o dinheiro também está a chegar em serviços e Azure. Eu não os arrumava já.
 
A MS vai estar por cá muito mas muito tempo. Têm uma estrutura que lhe permite estar mais umas dezenas senão uma centena ou mais anos. Mas esta fase da computação pessoal o Windows ficou de fora ... mesmo que o Windows desapereça a MS fica muito bem.

A MS sempre teve uma estratégia oportunista. Tinha um contexto em que a competição que criava as oportunidades não as aproveitava bem o que lhe permitia entrar com execução pouco robusta alavancada na presença em massa do Windows conjugada com um marketing tecnológico especulativo .... estar à frente.

Mas os tempos mudaram totalmente. A competição está a criar e a aproveitar oportunidades rapidamente e a MS não tem tido capacidade para acompanhar. A execução continua especulativa e pouco robusta em comparação.

A Apple por seu turno, apesar das mega vendas do iPhone tem criado oportunidades que não as tem sabido aproveitar na minha opinião. Apesar da execução robusta.

Um das coisas que gosto na Apple é que os produtos fazem tal qual o marketing diz. O que não acontece tanto com a Google e muito menos com a MS. E isso para mim vale muito, a fiabilidade, faz muito bem aquilo que o pacote diz que faz.

Mas está a tomar alguns riscos desnecessários e que podem ser mal interpretado pelo consumidor.

Por exemplo, o iPhone X está obviamente muito caro. Mesmo muito caro. Desnecessariamente caro face à concorrência e com problemas de produção. Nos antípodas disto temos o iPhone SE que se compra nas lojas por 330 euros e é possivelmente na globalidade o melhor telemóvel de gama média baixa do mercado. As pessoas não percebem que para se ter uma coisa surge a outra.

Para quem gosta de coisas futuristas a funcionar muito bem hoje ...

iPhone SE: 330
SW3: 400

Por: 730 euros têm uma parelha que cobre uma superficial da computação pessoal mais alargada e mais flexível do que gastar isso com um iPhone 7 ou iPhone 8. Mas futurista do que um Pixel 2 ou iPhone X. Cobrindo por exemplo coisas como a saúde e o desporto.

Mas as pessoas não estão a ver isto. Pensam que o iPhone SE é fraquinho, é produto para países "pobres".

Depois temos o iPad. A Apple ainda não resolveu de forma credível o salto do iPad para a produtividade. Isto, creio muito por causa de apenas um princípio que pode não ser o mais adequado face aquilo que se sabe hoje. O princípio que a interacção com um iPad tem que se fazer forçosamente por via do touch ... Quando já dá para perceber que não tal princípio tem as suas limitações para produtividade face por exemplo a um trackpad ou rato. Mas imaginemos que hoje essa questão estaria resolvida ... com suporte do rato ou trackpad (é inevitável, vão suportar).

Têm iPads que vão dos 400 ao 1000 e tal ....

Ou seja, indo para o mais barato sem comprometer muito a performance, 519 euros com 128GB.

Em suma por 1250 euros o consumidor teria ter acesso a um Smartphone, Smartwatch e um Dispositivo de produtividade geral com uma integração impar. Ms tem que resolver a interacção do iPad.

O grande calcanhar de aquíles está um bocado exposto aqui. Tem está a ciar um monstro de lineup que torna complexa ainda mais a aquisição, deixando que as vantagens se percam no meio dessa complexidade. Faz algum sentido manter um iPhone 6S à venda? Epa um iPhone SE 8, um iPhone 8 e um iPhone 8 Plus (o X) não é suficiente? Agora criar versões apenas com diferenças de dimensões ecrã ... praticamente ... como faz a Samsung?

Neste momento a Apple tem 6 modelos de telefone que fazem praticamente a mesma coisa, com diferenças ligeiras, + 1 de gama baixa (SE) e um de gama alta (iPhone X). Total 8 modelos. Anda a copiar a Samsung, temos um ecrã com as as dimensões e preço para si. Uma visão de vendas e não de produto, de para que é que serve.

No iPad tem 4 modelos em que dois deles não tem suporte direto para teclado. Torna a questão da produtividade ambivalente. Em termos de visão, para quê o iiPad 4 Mini? Para quê esta divisão entre iPad Pro e não Pro. Anda a copiar a MS em termos de visão ... Diferente seria um iPad SE, um iPad e um iPad Plus. O mesmo que tem nos telemóveis.

Faz-me lembrar um pouco aquilo que foi a Apple sem o SJ. O SJ olhava para as métricas mas não tinha problemas em ir contra as métricas a favor de uma visão computacional alargada. Esta explosão de modelos tem uma visão apenas "métricista"/humanista (A cara do TC), mas visão de produto, de ferramenta que muda o mundo não tem alguma. Anda a viver ainda às costas da visão do SJ, sendo que aquilo que trás de novo em termos de visão está à vista no Lineup.

PS: Pessoalmente o telemóvel que mais gostaria de comprar é um iPhone SE X :) Mas não existe. Um telemóvel com as dimensões do SE mas com o ecrã a cobrir toda a parte frontal :). A começar nos 600 comprava já. Depois que viesse o iPhone X por 1000 ...
 
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Um das coisas que gosto na Apple é que os produtos fazem tal qual o marketing diz. O que não acontece tanto com a Google e muito menos com a MS. E isso para mi vale muito, a fiabilidade.
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;D
 

Esse é o tipo de retórica que não impressiona um utilizador Apple que sabe o que está a fazer.

Dito isto, a Apple cometeu um erro aí de princípio e creio mesmo que violaria princípios de design do SJ. Ele é o tipo de pessoa que pensava muito bem antes de comprar o Sofá por exemplo ... Não era adepto de inovação pela inovação. E sim, na altura que saiu, fazer um portátil só com portas USB-C/Firewire era inovador porque cortava com standards estabelecidos.

Neste caso o erro que a Apple cometeu foi o de não ter fornecido uma forma de ligar os aparelhos actuais ao portátil que fosse convincente. Para tal, bastaria, em vez dos adaptadores, vender cabos macho macho, por exemplo USB-C/HDMI, USB-C/MiniDisplayPort, USB-C/USB, etc etc. Em vez de adaptadores as pessoas substituíam os cabos que têm, apenas isso.

Depois se tivesse mantido pelo menos o leitor de cartões de memória sendo que muito fotógrafos e jornalistas usam MacBook Pro's ....

Mas não o fez ... enfim.

Adaptadores deveria ser usados mais como um canivete suíço, para as emergências, não como norma.

Quando andei a contemplar em comprar o MacBook Pro 15" de 2016, andei à procura de cabos USB-C / Minidisplay Port por exemplo, e não encontrei. Não queria comprar adaptadores para usar todos os dias ... fui para o 2015.

Mas quando as pessoas dizem que simplesmente funciona é por muitas coisas, esta não é uma delas. Falhar todas as empresas falham, mas devem acertar muito mais vezes rapidamente o que é o caso da Apple e não é o caso por exemplo da MS.

Na MS 5 gerações de Surface e a coisa ainda não está sem espinhas ... mas em matéria de preço ... está lá, isso está :(
 
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