A Nintendo não esteve exactamente "nas trevas" nos últimos anos. A Nintendo 64 foi a segunda consola mais vendida da sua geração e teve alguns dos melhores jogos de sempre - Super Mario 64, GoldenEye, Ocarina of Time. A GameCube pode ter vendido apenas 22 milhões (face aos 24 milhões da XBox) mas ainda teve uma prestação razoável nos EUA (mais de metade das vendas foram lá), no Japão (4 milhões) e em países como a França e a Alemanha. Aliás, o único país que faz parte do "mapa dos jogos" e onde a GameCube praticamente não teve expressão foi Portugal, mas isso resolve-se já que felizmente temos comércio online - afinal, ia comprar uma PS2 só porque as lojas portuguesas não tinham jogos para a GameCube?
Paralelamente, o Game Boy Advance foi um sucesso estrondoso - mais de 82 milhões desde o verão de 2001 e ainda hoje está a vender cerca de 10 000/mês nos Estados Unidos.
A Nintendo tem os seus franchises, alguns deles podem acusar desgaste, mas há uma evidência inegável - entre todas as produtoras mundiais, nenhuma tem tantas séries próprias nem criou tantos jogos novos como a Nintendo, talvez nem mesmo a EA, que actualmente dedica-se sobretudo a colocar um número diferente no título do jogo.
Há sempre quem diz que a Nintendo "só tem Mario/Zelda/Pokémon", ok, isso é problema deles. Normalmente, quem sabe assim tão pouco sobre jogos e nem se dá ao trabalho de se informar será incapaz de apreciar um Metroid, um Fire Emblem, um F-Zero ou um Smash Brothers. A verdade é que hoje em 2007, tal como entre 1985 e 1989, e entre 1990 e 1994, alguns dos maiores, melhores e mais inovadores jogos que o Mundo já conheceu foram produzidos pela Nintendo e pelo seu círculo de estúdios e isso é algo que virtualmente mais nenhuma produtora pode dizer. Entre todo o panorama global de jogos, a única que merece partilhar semelhante legado com a Nintendo é a SEGA, também ela responsável por alguns dos melhores jogos que o Mundo já conheceu.