Gostei do artigo escrito, parabéns.
Gostava mais que a review tivesse sido a uma versão não beta do Ubuntu. Mas pronto, ficou assim e não ficou mal.
Sinceramente não gosto da maneira de instalar softare linux, não é intuitiva.
Quando estou em linux e preciso de software X, vou ao google "melhor software para fazer X", e normalmente sou direccionado para a página do criador desse programa onde tem um .exe, um .dmg e um tar.gz para compilar. Mas essa não é a The Debian Way, portanto agora com o nome do software:
$sudo apt-get install X
- Couldn't find any package whose name or description matched X
$apt-get search X
- 1000 coisas
$apt-get search X | grep Y
- 5 coisas
$sudo apt-get install X.gtk-0.1b
e esperas...
e se tens net for lenta? e se precisares de cancelar o processo, podes retomar depois?
Não percebi esta parte. Estou a imaginar-me a fazer download de um pacote de 15MB aproximadamente. Se tenho net lenta, o que é que isso tem haver com o Linux? Se precisar de retomar o processo, não sei como trabalham os gestores de pacotes em relação a isso, nunca precisei de interromper o processo. O que já aconteceu é instalar algo que tem muitas depências (por exemplo, o KDE inteiro) e precisar de terminar o processo a meio, mas isso o pacman (gestor de pacotes do Arch) guarda os pacotes que já fez download e depois arranja o que falta, não vai começar tudo de início.
e se não tens net? se apenas tiveres o pacote, bem vindo à lib.hell pois raramente um software é livre de dependências.
Como é que eu teria o pacote mas não as dependências?
Em Windows é downloada, 50% agora e 50% mais logo se te apetecer, meter na pen se for necessário -> duplo-click, next, next, next.
Mac idem..
Também tens essa opção no Linux.
Dizer que linux para instalar software é só "sudo apt-get install X" fica muito bonito.
Não fica é tão bonito dizer que já andaste pela home page desse programa, tinhas lá a ultima versão para download debaixo dum click, voltaste a fechar a página, foste procurar no repositório a keyword exacta para o apt-get não falhar, e ainda ficaste com a versão desactualizada por ser a que estava disponível no rep.
Sem guerras, porque dificilmente me convencem que linux tem a melhor forma de instalar software..
Se queres versões bleeding edge do software, ou instalas uma distro bleeding edge, ou arranjas repositórios para isso. Simples.
Se eu souber o que quero instalar, basta fazer uma simples procura pelo repositório do nome do software. Se for num gestor com GUI não há muito a dizer, se for num terminal tu próprio já o disseste:
$apt-get search X | grep Y
$sudo apt-get install X.gtk-0.1b
Qual é a implicação com isto? A maior parte das vezes os nomes estão facilmente associaveis.
Por exemplo, ontem estava a procura de um editor de HTML, vi um chamado Bluefish fui logo ao terminal: pacman -S bluefish. Por acaso encontrou, mas podia estar com outro nome ou podia nem existir. Já me aconteceu muito mais vezes não existir do que estar com outro nome qualquer, as pessoas que gerem os repositórios têm cuidado de não pôr um nome muito complicado para o pacote para ser de procura rápida.
Ninguém disse que tem a melhor forma de instalar software, mas que tem uma maneira muito eficaz, isso tem.
Aparicio: Compreendo que quando se gosta, se ignore as desvantagens. Ainda bem que é assim, alguém se mostra contente. No entanto não podes pedir isso a toda a gente.
O problema de quem defende linux, é a tendencia a generalizar as vantagens, e a pedir para especificar as desvantagens, e por linux ser um OS cheio de SE's, ele tem só vantagens e nenhuma desvantagem.
Linux está sempre actualizado SE usares uma rolling distro, é estável SE se usares uma distro estável, é user friendly out-of-box SE usares Ubuntu/OpenSuse/*, torna-se super rápido SE usares OpenBox/Fluxbox/*, SE instalares o KDE linux torna-se super avançado e produtivo, o copy past funciona lindamente SE as duas aplicações forem ou qt ou gtk, drag-and-drop idem SE, SE, SE, linux só teria vantagens e SE não tivesses de abdicar de SE's ao optares por um SE, porque muitos dos SE's são incompativeis entre si.
Linux é flexivel, mas no geral, há que compreender que não é a melhor solução para muita gente.
O facto de teres muito escolha é também uma vantagem, não gostas da filosofia do KDE, experimentas Gnome, não gostas de um sistema pesado usas um WM. Fazem todos o mesmo, só que um pouco de maneira diferente.
Há cenas que não gosto no Windows e tenho que aguentar porque simplesmente é apenas o que há.
Engraçado, eu também. A diferença entre nós, é que eu não tento impingir que o Mac OSX é melhor.
Quem está a tentar impingir que o Linux é o melhor?
Este é o outro problema, a convição dos utilizadores Linux que os que não usam Linux é porque não se dão ao trabalho, como se isso fosse algo negativo. Se eu tenho um OS que é funcional, estável e faz tudo o que eu quero, para que é que vou perder tempo com o Linux quando outros não me exigem esse tempo? Masoquismo?
Se não queres configurar um sistema, tens Ubuntu. Se não te queres adaptar a um novo sistema, não usas Linux, usa o que tens. Se não tens interesse pelo Linux, não venhas atirar calhaus porque é isto ou porque é aquilo. É a mesma coisa que eu dizer que Mac é uma maravilha e ter uma visão negativista do mesmo porque simplesmente não tenho dinheiro para ele, achas correcto?
Duvido sinceramente que queiras saber como TUDO funciona. Quando falo em TUDO falo para alem do mundo informático, porque se calhar o que devias perceber é que na vida não há tempo para TUDO, e outras pessoas preferem gastar o seu tempo a perceber tudo sobre economia, gestão, marketing, filosofia, física, etc, etc. As pessoas têm interesses distintos, e para alguns saber como funciona o Linux não é particularmente interessante.
E sabes, isso não é mau. Isso não é desinteresse. É mero interesse por algo diferente, algo que a ti se calhar não diz nada e não inspira curiosidade.
Se não percebeste o que ele quis dizer, escusavas de dizer disparates.