Vou fazer um comentário puramente focado na história e na temática:
Nota-se claramente a diferença entre AC:III, AC:IV Black Flag e os outros. Para começar, da equipa original poucos sobram. Depois, o foco deixou de ser a irmandade e a sua ligação às personagens para passar a ser a época histórica. Os filmes do Altair e do Ezio eram baseados (1) na personagem, (2) na sua relação com a irmandade e (3) na relação da irmandade com a parte geográfica/época histórica. Itália renascentista tinha muito mais para ser dito, mas disse-se apenas algo que encaixava bem, sem sufocar.
No III é tudo focado na Revolução Americana e nos EUA e nos príncipios da liberdade e essas tretas todas. Não soube a Assassin's Creed. A ideia foi a vida de uma personagem com ligações a todos os lados da guerra e que passou por ela. Desinteressante na minha opinião.
O IV já teve mais interesse. Já explorou um pouco mais a personagem e a sua personalidade (adequada à época) em relação à Irmandade. Também forçou um bocado a época, mas não tanto como no III e, claramente, com muita mais lógica. Em contrapartida, a nova vertente do "hoje" não me deixou muito empolgado, parece-me um bilhete para fazer o que se quiser, desde que os fãs continuem a comprar.
Infelizmente, AC deixou de ser AC há muito tempo. Daí a reformulação de quase toda a equipa e um certo desprezo pela franquia por parte do criador original. A partir de agora só se podem esperar jogos focados na época e não nas personagens. E agora que a cena do Desmond acabou (algo bem pensado e com lógica) eles tem a liberdade de inventarem o que quiserem, dado que na verdade, não interessa muito.
Os jogos, em si, são muito bons. A jogabilidade, os gráficos, o ambiente, a reprodução geográfica, etc. E isso vai continuar. Enquanto assim for, serão bons jogos, mas um bocado diferentes do conceito original de Assassin's Creed. É pena...