A grande jogada do e-oportunidades é precisamente no período que os beneficiários do portátil ficam a pagar de banda larga. *
É fácil compreender que, mesmo não activando o serviço, o beneficiário paga à mesma a mensalidade.
Está lá tudo escrito no contrato, quem não sabe é porque decidiu não ler. Quem decide assinar contratos sem os ler, sujeita-se a surpresas.
No meu caso, li o contrato, vi as especificações técnicas do hardware dos vários modelos distribuidos, somei o preço do portátil às mensalidades do acesso banda larga e cheguei à conclusão que a palavra oportunidade é bem empregue para o Estado que faz um brilharete e papel de bom samaritano e para as operadoras de banda larga.
Quanto ao consumidor, há por aí melhores oportunidades.
* É claro que depende do local onde o utilizador está, mas a designação banda larga referente ao ADSL sem fios poderá ser considerada publicidade enganosa porque uma percentagem bastante elevada dos seus utilizadores não consegue acessos com qualidade digna desse nome.
Já agora, mais uma nota, infelizmente também negativa, para os serviços de apoio das operadoras de banda larga cujo atendimento é maioritariemente feito por pessoas com um nível de conhecimentos informáticos insuficiente. Os verdadeiros técnicos estão recolhidos em segundas e terceiras linhas de atendimento de difícil acesso.
Resumindo, tudo isto vai ter que levar uma grande volta e não consigo perceber o que anda a fazer a ANACOM no meio de tudo isto... quanto à DECO, lá vão fazendo o que podem.