Beyerdynamic DT990 Pro 250Ω - Análise

Shota tiger

Power Member
Beyerdynamic DT990 Pro

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Especificações Técnicas

Headphone design (operating principle)Open
Headphone impedance
250 ohms
Headphone frequency responseThe frequency response specifies the highest and lowest frequencies reproduced by the acoustic transducer of the headphones.5 - 35.000 Hz
Nominal sound pressure level
96 dB
ConstructionCircumaural (around the ear)
Cable & plug
Coiled connecting cable with mini-jack plug (3.5 mm) & ¼“ adapter (6.35 mm)
Net weight without packaging380 g




Conforto/Ergonomia:

Já tive vários headphones, (os últimos antes dos DT990 foram uns ATH M-50) mas nunca nenhuns me assentaram como estes, são extremamente confortáveis, e consigo estar horas e horas seguidas a ouvir música sem sentir qualquer desconforto ou pressão exagerada.
As almofadas de veludo, apesar de oferecerem pouco isolamento, são muito confortáveis, e podem ser facilmente substituidas.
A quantidade de ajustes possível é grande, e julgo que todos os tamanhos de cabeça cabem dentro dos Headphones sem problemas.

Qualidade de construção:

São feitos na Alemanha, ou pelo menos montados lá, e toda a construção transpira solidez, com materiais de boa qualidade, e sem falhas aparentes em termos de montagem.
O cabo tem ~3m, é gold plated, e é "coiled", o que ajuda bastante a quem, como eu, usa também os HP ligados ao sistema de som da sala, pois não andam cabos pelo chão.
Uma ressalva para os "strain reliefs", que até ver não me parecem ter nenhum problema, mas julgo que poderiam ser mais robustos.


Isolamento:

Sendo uns headphones abertos, não servem para ouvir música em ambientes barulhentos, fora de casa (até porque são enormes e não dobráveis), e quem estiver perto de vocês, provavelmente também vai ouvir a vossa música.

Som:

Fontes usadas na review: Cowon J3, Marantz PM43/Marantz CD36.

Começando pela amplificação, em nenhum dos aparelhos que uso normalmente para ouvir música notei que a amplificação fosse necessária para "tirar mais sumo" dos headphones, embora por vezes no meu J3 esteja com o volume praticamente no máximo, para ser aceitável a audição.
No entanto, se pensarem em ligar estes headphones a um smartphone ou a um leitor mais "fraco", possivelmente vão precisar de amplificador, pois o meu GSIII não consegue, mesmo com o volume no máximo, conduzir os DT990 num volume que seja satisfatório. No meu portátil esse problema não existe, mas tenho que o usar com o volume quase no máximo.

O som é bastante equilibrado, com um muito ligeiro ênfase nos graves, o que os torna bastante agradáveis de ouvir durante sessões longas, não se tornando cansativos como alguns headphones com um som mais frio.
A separação de instrumentos é notável, e o posicionamento é também muito bom, ao nível do melhor que já ouvi, mesmo em headphones de gamas mais altas.

Conjugam-se particularmente bem com a música que não é forte em graves, é claro. Aos meus ouvidos, eles emparelham de forma excelente com rock clássico. Especialmente rock "vocal-centric" como The Beatles, por exemplo.

Nalguns albuns tenho a sensação que os médios estão um tudo-nada mais recuados do que deviam, mas ao mesmo tempo, também ouço bastante música nos meus GR06, que têm os médios um bocado mais presentes que as restantes frequências, por isso pode haver aqui alguma influência.

Os agudos estão mesmo no ponto, sem se sobreporem, mas sempre presentes em quantidade e qualidade.



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Conclusão:

Na minha opinião, para quem não quer gastar mais de 200€ (estes encontram-se a ~150€ com 3 anos de garantia), e quer uns heaphones com muito boa qualidade de som, confortáveis, e não precisar de sair de casa com eles, tem aqui uma das melhores opções do mercado. Dentro dos modelos que já tive/experimentei, especialmente os Sennheiser HD598, e os ATH M-50, posso dizer que nenhum deles consegue chegar ao pé dos DT990, em praticamente nenhum aspecto.

Qualquer dúvida, reparo, etc, comentem mais abaixo, que eu tento responder dentro do possível.:cool:
 
Hum, não tenho a certeza, pois quando andei a tentar ouvi antes de os comprar não consegui...acabei por encomendar da thomann, e ainda fiquei com 3anos de garantia.

Em relação aos 598, os DT990 têm uma assinatura que te faz pensar que estás a ouvir música da forma como ela foi feita para ser ouvida, não sei se me estou a explicar bem... Já nos 598 parece que os médios saltam para a frente, e as frequências mais baixas não têm o potencial todo que deviam.

Anyway, decerto que há pessoal que não concorda comigo, porque tem gostos diferentes em termos de assinaturas sonoras, etc, mas esta é a minha opinião pessoal.
 
Podia fazer, mas uma vez que já foi descontinuado e não é propriamente um modelo "popular", não sei se valeria a pena...
Pode ser que um dia destes esteja aborrecido e faça :)
 
Como eu já disse, e tendo como base a forma como aprecio ouvir música, os DT990 soam-me melhor...a diferença não é abismal, mas quando metes determinados tipos de música notas a diferença, especialmente nas frequências mais baixas.
Uma das obras que ouço bastante é a Overture 1812, do tchaikovsky, que tenho tanto em digital como em vinyl, e nessa peça em especial, dá para tirar a prova da qualidade de uns phones...tens desde partes mais lentas, com apenas um instrumento, até aos canhões no final, com a orquestra toda a tocar, um momento musical simplesmente épico! :)
Ouço também bastante The XX, e nos 2 albuns deles os DT990 são os headphones que me satisfizeram mais até hoje.
 
Ora bem, o considerar os 990 melhores que os 598 é uma opinião puramente subjectiva baseada no gosto. Em termos objectivos quanto muito estão equiparados (em qualidade). Têm é um tipo de som completamente diferente. Os 598 são fortemente neutros, os 990 são fortemente em V.

As medições do purrin que batem certo com tudo o que ouvi (só os 598) e li até agora:

598:
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990-250:
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Ao contrário do que o Shotacat tiger acha, os 598 estão mais perto do que a música deve soar. Já ouviste uma orquestra sinfónica ao vivo? Não há graves ribombantes nem agudos lancinantes, os violinos e as flautas não sobressaiem, muitas vezes tens de te esforçar para ouvir a melodia. Quantas vezes me apeteceu ter um equalizador num concerto... O som em V é mais entusiasmante e divertido, mas não é realista.

Eu próprio prefiro o som em V, e estou em busca de um upgrade face aos CAL, so que acho a gama Denon demasiado cara, pelo menos na Europa. Por isso gostava de ouvir uns Beyer, mas aquele agudo deixa-me assustado.
 
Estou a amar os DT990 Premium. Ouvir o Alan's Psychedelic Breakfast dos Pink Floyd nisto é surreal.
Quando ao resto, grave forte mas ao mesmo tempo seco e controlado sem se sobrepor, agudos por vezes um pouco agressivos (não me incomodam nada) mas a acalmarem com o uso, óptima separação dos instrumentos graças a um soundstage generoso, conforto e qualidade de construção top notch. Ah.. e com dolby headphone, um mimo.
 
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