Brasil poupa 123 milhões de euros com software livre

Dark_Webster

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O Governo brasileiro poupou 370 milhões de reais (cerca de 123,8 milhões de euros) recorrendo a aplicações de software livre, segundo valores apurados pelo Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), vinculado ao Ministério da Fazenda brasileiro.

A utilização de licenças de código aberto para sistemas operativos, browsers, programas de correio electrónico e outras aplicações permitiu economizar o correspondente ao dobro dos investimentos feitos no desenvolvimento dos programas da declaração do imposto de renda ou o equivalente a cerca de um quarto do orçamento anual do Serpro, considerado o maior serviço de processamento de dados da América do Sul.

O cálculo das poupanças não tem em consideração os possíveis gastos com a manutenção dos programas, os totais poupados com o uso de programas feitos sob medida e a dispensa de aquisição de licenças para novas redes.

Depois da adopção do software livre por parte do Governo brasileiro, 40 por cento dos organismos estatais já está equipado com sistemas de código aberto.

No próximo dia 15 de Abril está prevista a disponibilização aos órgãos públicos, empresas e utilizadores particulares, por parte do Serpro, de uma nova plataforma de desenvolvimento denominada de Demoiselle, em homenagem a Santos Dumont, que, em 1907, deixou livre a patente do avião homónimo que projectou em França.
Fonte

Com este exemplo, começo a achar mais que a Microsoft monopolizou quase Portugal inteiro. Apesar de haver alternativas open-source com equivalências às disponibilizadas pela Microsoft, Portugal ainda pretende gastar dinheiro :(.

EDIT: O Governo devia dar o exemplo, para quê aquelas licenças todas de Office 2007 e de Vista Ultimate (se não estou em erro) para o Parlamento? Nem que só trocassem o Office 2007 pelo OO.
 
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Esta fonte é mais explícita:

BRASÍLIA - Nos últimos 12 meses, o país economizou R$ 370 milhões com o uso de sistemas operacionais, navegadores da internet, correios eletrônicos e softwares livres com diversas finalidades. O cálculo é do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), vinculado ao Ministério da Fazenda.

O valor equivale ao dobro dos investimentos feitos no desenvolvimento dos programas da declaração do Imposto de Renda Pessoa Física e de consulta ao Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi), ou cerca de um quarto do orçamento anual do Serpro, considerado o maior serviço de processamento de dados da América Latina.

De acordo com o presidente do Serpro, Marcus Vinicius Ferreira Mazoni, os efeitos vão além dessa cifra e o valor economizado é ainda maior, se forem considerados o dinheiro que deixou de ser gasto com a manutenção de programas fornecidos, os totais poupados com o uso de programas feitos sob medida e a dispensa de aquisição de licenças para novas redes.

“A economia representa a viabilização de projetos que não seriam possíveis”, diz Mazoni, citando a instalação e funcionamento de mais de 5 mil telecentros em todo o país. Segundo ele, em cada unidade dessas seria necessário adquirir licenças particulares para cada editor de texto, por exemplo.

Na avaliação do presidente do Serpro, os valores economizados vão crescer nos próximos anos. Atualmente todos os órgãos do governo federal têm alguma experiência com software livre, mas apenas 40% tem todo o seu funcionamento até o usuário final baseado nesses programas.

“Isso é exponencial”, projeta Marcus Vinicius Mazoni. “Conforme vão sendo verificados os resultados positivos da tecnologia livre, o uso aumenta fortemente”, afirma o presidente do Serpro. Segundo ele, a tecnologia, além de mais barata, é superior por sua adaptabilidade.

“Quem já viveu a experiencia de ter que trocar a máquina por conta da mudança de software?”, pergunta. “No mundo do software livre, podemos fazer essa opção. Podemos continuar melhorando, mas conhecendo o tamanho da máquina, fazendo com o novo programa fique do seu tamanho”, garante.

Além da economia de gastos e da plasticidade dos softwares livres, Mazoni assinala que o país se beneficia com o uso de sistemas que sobre os quais tem total controle do desenvolvimento de códigos. De acordo com ele, o governo não depende de fornecedores privados (geralmente multinacionais) para suas múltiplas plataformas eletrônicas.

No próximo dia 15, o Serpro tornará acessível para órgãos públicos, empresas e usuários particulares uma nova plataforma de desenvolvimento de programas chamada “Demoiselle” (do francês senhorita), em homenagem a Santos Dumont, que, em 1907, deixou livre a patente do avião homônimo que projetou.
- A poupança é de R$ 370 milhões nos últimos 12 meses, na realidade será maior pois não foram contabilizados diversas despesas, e com tendência a crescer
- 40% dos organismos federais funcionam totalmente com software livre, sendo que todos os organismos federais utilizam algum software livre.
 
Cada caso é um caso mas penso que muito à semelhança do estado Brasileiro, é possível reduzir de forma significativa o investimento na aquisição de software.
Mesmo usando o SO Windows como base é possível ter software OpenSource instalado pois não se limita apenas ao Linux. Se as pessoas responsáveis fossem realmente responsáveis a gerir os fundos públicos, há muito que teríamos uma maior utilização de software Opensource no nosso país.

Estive ontem com uma familiar que é directora de uma empresa e ficou surpreendida quando lhe disse que podia instalar gratuitamente na empresa o OpenOffice. Depois de ter investido alguns milhares de euros em licenças MS Office para alguns computadores, perguntou-me se nos restantes poderia instalar sem problemas legais.
A empresa que lhes vendeu os computadores e o software quiseram ganhar o seu e omitiram informação importante não lhes prestando um bom serviço pois o OpenOffice neste caso, é mais do que suficiente.
Como ela tinha o portátil, instalei o OO, o Thunderbird e o Sunbird e ficou assim bem servida e o custo foi ZERO !
 
Cada caso é um caso mas penso que muito à semelhança do estado Brasileiro, é possível reduzir de forma significativa o investimento na aquisição de software.

Basta mudar um pequeno (pequeníssimo!) aspecto em matéria de decisão sobre TIs: em vez de usar Software Livre quando necessário, passar a usar software proprietário quando necessário.

Ou seja, o padrão (o 'default') seria usar software Livre, a excepção seria usar software proprietário. Exactamente o inverso do que acontece hoje.

Parece simples, mas é tremendamente complicado.
 
Poupar? E as comissões que a MS e as suas associadas dá? Isto faz-me lembrar a seguinte anedota.

Aqui há uns anos o Ministro das Obras Publicas português foi visitar o seu homologo Espanhol e foi convidado a jantar em casa dele. Chegado a casa do Espanhol, perguntou-lhe como era possível um Ministro ter uma mansão daquelas. O Espanhol apontou para o horizonte e perguntou ao Português.
- Estás a ver aquela auto-estrada ali ao fundo?
Ao que o Português responde.
- O que? Aquela estrada normalíssima ali ao fundo?
E o Espanhol diz.
- Sim, pois metade está aqui.
A coisa passou e alguns anos depois o Espanhol veio a Portugal e foi convidado pelo ministro para um jantar em sua casa. Chegado lá, o Espanhol ficou maravilhado com a casa do n/ ministro, uma grande mansão c/ piscina olímpica, entre outras coisas. O Espanhol pergunta-lhe como conseguiu aquilo e o Português responde.
- Estás a ver aquela auto-estrada ali ao fundo?
O Espanhol não vê nada e diz.
- Não vejo nada! Onde está ela?
E o nosso ministro responde.
- Está toda aqui!
Estamos aqui a discutir uma “pequena” poupança que poderia ser depois utilizada para outros fins. Como disse o John Silva, nem precisavam trocar de Windows para Linux, bastava trocarem de MS Office para OO e já se poupavam uns "trocos".

Miguel
 
Mais um País que adoptou software livre, tal como Cuba. A adopção de software livre tras bastantes vantagens no meu modo de ver, alem de serem gratuitas ou muito mais baratas quea as soluções microsoft, dão para ajustar as necessidades de cada um. Penso que essa seja das maiores vantagens de usar Linux, assim os países podem desenvolver um sistema operativo que vá de encontro as suas necessidades permitindo ganhar tempo e poupar dinheiro.

No caso do Brasil a poupança foi muito significativa, esperemos que portugal faça o mesmo dentro de pouco tempo, e assim permita poupar algum dinheiro ao estado...

Cumps
Psycop
 
:D
jmike72, essa piada é boa ! :D

Portugal neste aspecto vai continuar bem atrasadinho! Só quando os estados membros da união europeia tomarem medidas significativas nesse aspecto é que Portugal irá na onda, caso contrário, não terá nem vontade nem iniciativa para tal coisa.
 
Fonte

Com este exemplo, começo a achar mais que a Microsoft monopolizou quase Portugal inteiro. Apesar de haver alternativas open-source com equivalências às disponibilizadas pela Microsoft, Portugal ainda pretende gastar dinheiro :(.
Na minha escola antiga e na minha faculdade
tenho opções opensource

Na escola era Ubuntu + OO / XP + O2k3
Na faculdade é Fedora + OO / XP + O2k7

Mas acho que só têm em poupar em licenças ;)
 
Na minha escola antiga e na minha faculdade
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Na escola era Ubuntu + OO / XP + O2k3
Na faculdade é Fedora + OO / XP + O2k7

Mas acho que só têm em poupar em licenças ;)
Na minha escola antiga em algumas salas de aula que tivessem computadores, na altura salvo erro duas, tínhamos Windows XP + Office 2003 e Caixa Mágica (com OpenOffice.org obviamente). E claro ninguém usava Caixa Mágica, mesmo eu na altura usei uma ou duas vezes só para experimentar.

Na sala da biblioteca com PCs para uso livre eram PCs muito antigos com Windows 98, depois ainda tiveram Windows 2000 e quando apareceram lá 3 ou 4 mais recentes tinham XP mas arrastavam-se

Tudo isto até 2006, quando deixei de lá andar.

Na faculdade (ou melhor escola superior :P) nos laboratórios os PCs têm Windows XP + Office 2007 (acho que alguns mais antigos têm 2003) e Ubuntu 8.04 LTS (obviamente com OpenOffice.org), mas o Ubuntu só foi adicionado no ano lectivo corrente antes era só Windows (se bem que tinha lá o GRUB com uma distro de nome LinEST, que tinha sido o projecto de uns alunos de anos anteriores, baseada em Debian mas já muito muito desactualizada e que ninguém usava). No entanto, quase só se usa Windows... o Ubuntu está lá, praticamente, só para uma cadeira que se dá em Linux.

Nas salas de computadores, temos 4 (3 livres + 1 para alunos finalistas com projectos de fim de curso), das 3 que conheço é só Windows XP (que utiliza contas de utilizadores com active directory) e Office 2007. Nada de Linux.

E por exemplo, quando andamos a aprender SQL Server por muito que se queira não se pode ter Linux. Também tenho agora uma cadeira em que se recorre a C#. Eu sei que o Mono permite correr C# mas não é propriamente a mesma coisa! Pelo menos em cursos de Informática, em que devemos ser preparados com algumas bases do que o mercado de trabalho procura, acho complicado cortar em Windows.

Já por exemplo quando dei C, Java e Oracle dava na boa para o fazer somente em Linux ;)

Isto são apenas exemplos de que não é assim tão simples cortar no Windows... só se pode cortar no Windows onde realmente não há nada que dependa do mesmo.

Claro que uma solução híbrida de Windows + software opensource pode reduzir os custos bastante também e acaba por ser menos limitante em certas áreas.
 
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Na faculdade é Fedora + OO / XP + O2k7

Mas acho que só têm em poupar em licenças ;)

Na tua faculdade usa-se linux porque alguns responsáveis do CCA só veem linux à frente.
E usa-se windows, pois há cadeiras que necessitam mesmo de software específico (software de matemática, topografia, etc).

No teu departamento (contando que seja o DCC :p) a filosofia seria usar apenas linux.
Depois viu-se que não era possível, pois havia uma cadeirinha (a meu ver bastante inutil em termos de conteúdos mas bem útil para subir à média) que necessitava de office (excel, access e VBA). [ironic] Num curso como CC, é bastante útil ainda andarmos a aprender VBA. Vendo bem as saídas que temos ao terminar o curso. [/ironic]
Posta esta necessidade, optou-se por por apenas 1 lab com software MS.

Mas isto foi há mt tempo ... não sei como anda agora. ( Fedora?? E no dcc? Mandriva ainda?)
 
Nas universidades há casos berrantes.

Na UBI por exemplo têm centenas de terminais (mesmo terminais, só teclado rato e monitor) a correr em windows a pagar certamente uma fortuna em licenças quando podiam, para o que é (aceder à internet e edição de texto), estar a correr um qualquer Linux perfeitamente, com um open office, um browser e siga a festa. Mas não ... Depois não há dinheiro para pagar aos funcionários e sobem-se as propinas :rolleyes:

O problema do software livre nas instituições públicas é que não dá dinheiro a ganhar a uns quantos, e perdem-se outros tantos tachos ... é como está o país, basicamente.
 
Não é que tenha um conhecimento profundo, mas software livre não tem "assistência técnica", concordo com o software livre, mas de uma maneira ou outra vai ter sempre custos, resta saber se menos ou mais.

Em relação ao brasil, estes 123 milhões pode-se dizer que "são insignificantes", e possivelmente a melhor coisa que vão fazer é mediatismo, já a muito que o brasil começou a pensar em numeros e não na dura realidade do país, (Enfim, como a política em portugal... construir, mostrar, e país cada vez mais pobre)sim nós estamos mal, mas eles estão pior, e este dinheiro de certeza não vai para "as favelas".

Foi um Off topic, mas a minha ideia é que se for para o país começar a apostar em software livre para o governo ganhar mais uns euros para eles directamente/indirectamente, ai discordo.
 
É o que sempre digo e que sempre direi, este ppl do "open", não levem a mal a expressão, deve pensar que as empresas vivem de ar e vento...

PS.: Não sou nem contra nem a favor do open software, mas não sou fundamentalista, nem gosto de falar por cima de aparências.
 
jatbas e RedStorm pelas afirmações que fizeram só demonstraram que não sabem o que é o software livre mas eu não me importo de explicar mais uma vez para que não dêm repostas disparatadas do género "ar e vento" ! :D
Software livre não é sinónimo de software gratuito mas o software livre pode ser gratuito, aliás, até o software proprietário pode ser gratuito....
Software livre não está sob os caprichos de uma empresa qualquer, software livre usa normalmente licensas tipo GPL ou outras ainda mais liberais.
Software livre repeitam normalmente os standards estabelecidos e são por norma multiplataforma. Ou seja, podes trabalhar no Win, no Mac, no Linux no BSD no Solaris etc... sem teres muito que te preocupares que não vão poder usar o ficheiro X no Sistema operativo Y
Dou-te vários exemplos de software livre e bastante populares.... Firefox, Thunderbird, Open Office mas existem muitos mais.

As empresas podem optar por ter ou não suporte, aliás, tal como acontece com o software proprietário. Não estou a ver qual a diferença já que ninguém fica ao abandono por usar software Opensource.
 
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É o que sempre digo e que sempre direi, este ppl do "open", não levem a mal a expressão, deve pensar que as empresas vivem de ar e vento...

E eu sempre digo que tal como os parceiros MS cobram pela assistência técnica prestada, também o ppl do "open" iria cobrar por isso. Percebam de uma vez por todas que a poupança estaria nas licenças e que os contratos de assistência lá estariam também.

Miguel
 
É o que sempre digo e que sempre direi, este ppl do "open", não levem a mal a expressão, deve pensar que as empresas vivem de ar e vento...

PS.: Não sou nem contra nem a favor do open software, mas não sou fundamentalista, nem gosto de falar por cima de aparências.

Mas se instalares 100 computadores numa biblioteca com Linux não lhe vais dar assistência? Não tem na mesma que haver uma empresa que assegure a manutenção dos computadores? A empresa faz o seu trabalho, e pronto, no fim do ano poupam-se milhares de euros em licenças parvas que podem muito bem ser substituidas por software gratuito.

Que raio de teoria é essa que eu não entendi ... "este ppl do open" tem um modelo de negócio como tantos outros, só não tem se não quiser. Há imensas empresas em portugal a instalar e fazer manutenção de software gratuito, onde o que se paga é a assistência e manutenção.

Ah, mas espera, é mais fácil vir para aqui escrever que os outros (os tais do open) são burros que vivem do ar :-)

:rolleyes:
 
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ruimoura, se tivesses guardado os teus comentários para ti mesmo, tinhas feito muito melhor, porque eu próprio tenho o meu negócio em que sempre que tenho a disponibilidade para tal, utilizo o "open"...

Agora se sai mais barato ou não, depende... já vi muito bom caso em que a tal solução open sem custos iniciais, ao fim de um ano já tinha saído bem mais cara, dai o referir o viver de ar e vento... uma velha expressão popular de ironia que se não sabes o que é, google it...
 
Medida muito interessante.
Na minha escola não há um único PC com linux. Até os velhotes (K6-2/PII e PIII) correm Windows (98 e XP). Os com P4 têm o Windows XP+Office 2003 e agora temos uns novos com C2D e trazem Windows Vista + Office 2007. Os portateis têm o Windows XP.

Como se pode ver, a escola deve ter gasto uma fortuna em licenças, quando podia muito bem usar Linux (Ubuntu por ex.) poupando assim umas massas.
 
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