Realmente a máquina porta-se muito bem. A nível de AF é o mesmo da 50D, por isso não foi novidade nenhuma, mas a nível de corpo fiquei surpreendido. O facto de ter passado para plástico nota-se no peso, mas apesar de ser um pouco mais pequena, a ergonomia manteve-se semelhante e muito longe dos modelos de entrada. Também gostei de ter o joystick integrado da dial traseira. Dá um pouco menos jeito quando se tem a máquina na posição horizontal, mas faz com que seja possível chegar lá quando temos a máquina na vertical com grip, o que para mim é uma vantagem enorme (na 40D, 50D e 7D tenho que tirar a mão do grip cada vez que quero mudar o ponto de focagem).
A ideia do LCD articulado dá imenso jeito para vídeo. O problema é que me deixei levar pela liberdade dos ângulos e andei a filmar clips na vertical, coisa que não faz qualquer sentido.
A parte realmente negativa, para mim, foi terem que tirar todos os controlos do lado esquerdo. A mão esquerda acaba por perder utilidade, ou seja, só serve para ligar/desligar a máquina, para mudar o modo e para carregar no apagar. Tudo o resto fica agora a cargo da mão direita.
Do ponto de vista do mercado mais amador, achei piada ao Criativo Automático, no qual em vez de regularmos aberturas e exposição, regulamos nível de bokeh, modo de cor, etc. Acaba por ser mais compreensível para leigos. No entanto recomendo vivamente a que leiam o manual, caso contrário arriscam-se a fazer a figura que eu fiz, que ao fim de 15min ainda estava a tentar perceber como tirar uma foto. Modernices...
De resto, uma manhã muito bem passada, numa apresentação original e com pessoas impecáveis, quer da parte da Canon, quer dos outros meios de comunicação.