Castlevania: Symphony of the Night é um jogo de ação e aventura 2D desenvolvido pela Konami, tendo sido lançado em 1997. É o 13º título da série Castlevania, sendo o primeiro a ser lançado para a PlayStation. A titulo de curiosidade, a Konami teve alguns problemas em lançar o jogo na PS1, pois a Sony queria que o mesmo fosse em 3D, de forma a aproveitar as capacidades técnicas da consola, enquanto que a Konami queria que o jogo fosse no tradicional 2D.
Em 1998, Symphony of the Night foi convertido para a Sega Saturn pela Konami Computer Entertainment Nagoya, sido tal conversão lançada somente para o Japão, com conteúdo extra. É um crime os jogadores europeus e americanos da Saturn não terem tido a oportunidade de jogar um dos melhores jogos da 5ª geração de videojogos.
Symphony of the Night foi uma obra muito importante para a série Castlevania, levando a série a um novo patamar. Ao contrário dos seus antecessores, o jogo da PlayStation já não era um jogo de plataformas dividido por níveis, apresentando um castelo que o jogador podia explorar à sua vontade, e introduziu um novo estilo de jogabilidade com elementos de RPG (como sistema de Level Power Up, itens e equipamento), que se tornou padrão em muitos dos seus sucessores na série.
O desenvolvimento destas características pode ser atribuído a Koji Igarashi, o diretor do jogo e atualmente o diretor da série. Outros membros notáveis da equipa de produção incluem a designer de personagens Ayami Kojima (o jogo tem um artwork simplesmente divinal) e a compositora Michiru Yamane, que fez um trabalho notável neste jogo, tendo uma das melhores OSTs que podemos ouvir na PlayStation.
Quanto ao enredo, quatro anos após a batalha entre Richter e Drácula, a escuridão reaparece. O fantasma do sacerdote das trevas Shaft, morto por Richter, tem um novo plano para ressuscitar Drácula, lançando um feitiço em Richter, fazendo-o ficar sob seu domínio. Todos estes factos fazem com que Alucard acorde do seu sono — o mesmo Alucard que se uniu a Trevor Belmont 300 anos antes em Dracula's Curse. Agora Shaft deve ser impedido por Alucard para que a humanidade seja salva. Durante as suas andanças pelo castelo, Alucard encontra Maria várias vezes, que se revela com uma ajuda imprescindivel para a descoberta da origem do mal de Richter.
Quanto ao grafismo, este é do melhor 2D que já apareceu no videojogo. Todo o cenário, os personagens e monstros são repletos de detalhes, os efeitos de luz e sombra são muitíssimo bons e a banda sonora beneficia muito da qualidade CD que a PS1 oferecia. Como era popular na época (1997), o jogo contém algumas FMV de excelente qualidade, que, estranhamente, não aparecem na versão Xbox Live Arcade do jogo.
Apesar da sua excelência, Symphony of the Night passou um pouco despercebido na sua época. O facto de ser um jogo 2D, numa altura em que os jogadores só tinham olhos para a tecnologia 3D não ajudou, mas, todos aqueles que pegaram no jogo, não se arrependeram, sendo unanimamente considerado, pela crítica e jogadores, como um dos melhores jogos da 5ª geração e um dos melhores Castlevanias de sempre.
The Making of, The PlayStation Book, agosto 2017
Análise Mega Score nº 29, Fevereiro 1998
Artigo BGamer, "Os 100 Melhores Videojogos", 2007