Pediram-me para escrever um artigo para sair numa revista. Sai-me isto. Muitas das coisas é do site oficial do Folding@Home.
O que vos parece. Vejam se encontram erros ortográficos tb.
Obrigado.
O que vos parece. Vejam se encontram erros ortográficos tb.
Obrigado.
O Folding@home é um projecto de computação distribuída que estuda o enrolamento das proteínas, deformações, agregação e doenças relacionadas. Utilizamos métodos de computação novos e computação distribuída de larga escala para simular escalas de tempo de milhares a milhões de vezes mais longas do que aquelas anteriormente conseguidos. Estas possibilidades permite que consigamos simular a formação pela primeira vez e agora direccionar o foco para o estudo de doenças relacionadas à formação de proteínas.
A importância do estudo das proteínas é devido ao papel que elas têm na biologia. As proteínas são a base de como a biologia consegue resolver seus problemas. Enquanto enzimas são a força motriz por trás de todas as reacções bioquímicas que fazem a biologia trabalhar. Como elementos estruturais, elas são o principal constituinte de nossos músculos, cabelo, pele e vasos sanguíneos. Como anticorpos elas reconhecem elementos invasores e permitem que o sistema imunológico se livre destes invasores indesejáveis. O problema é que as proteínas para executarem estas funções têm que adquirir a forma correcta. A este processo chama-se “folding”. Tudo seria mais simples se apenas fosse necessário a sequência dos aminoácidos que fazem parte de cada proteína.
Quando as proteínas se “enrolam” de forma errada, surgem doenças entre as algumas formas de cancro, doenças de Alzheimer, doença de Parkinson, doença das vacas loucas (BSE) entre outras.
A necessidade de enormes recursos em termos computacionais para compreender este problema deve-se à velocidade incrível que as proteínas se enrolam. Este tempo pode ser de apenas um milionésimo de segundo. Enquanto que este período de tempo pode parecer muito rápido na escala de tempo de uma pessoa torna-se incrivelmente demorado para os computadores simularem. Na realidade existe um intervalo de 1000 vezes entre as escalas de tempo que os processadores podem alcançar num dia (nanossegundos) e as vezes que as proteínas mais rápidas se formam (dezenas de micro segundos). Para a simulação de formação de uma escala de tempo de dezenas de micro segundos seriam necessários 10,000 dias de processamento. É aqui que entramos todos nós. Em vez de os líderes do projecto terem construído um super computador que após 6 meses já estaria desactualizado usam a Internet para distribuir o trabalho por milhares de voluntários. A limitação na transmissão dos dados quando comparado com um super computador é um problema menor que o benefício de ter milhares de processadores a trabalhar com tendência sempre para aumentar assim haja mais voluntários.
Vários são os factores que apelam à participação. Em primeiro lugar ser um projecto gerido por uma instituição académica (no caso o Grupo Pande, na Universidade de Stanford - Departamento de Química), que é uma instituição sem fins lucrativos dedicada à pesquisa científica e à educação. Os resultados do Folding@home são disponibilizados a vários níveis. As análises das simulações são submetidas a revistas científicos sendo que após a sua publicação são disponibilizadas na Internet. O Folding@home é o projecto com mais artigos científicos publicados e com mais resultados promissores até ao momento de todos os projectos que existem nestes moldes. Podem encontrar a tradução dos resultados mais recentes neste endereço http://portal.portugalfolding.com/artigo.php?artigo=111.
Por termos tomado conhecimento deste projecto decidimos ajudar na medida do possível o mesmo. Assim sendo criamos a equipa nº 35271 com o nome Portugal@Folding. A equipa nasceu no dia 24 de Janeiro de 2004 e desde esse dia já processamos mais de 142 mil unidades de trabalho. Para estimular uma competição saudável entre as várias equipas os responsáveis do projecto atribuem créditos às diferentes unidades de trabalho de acordo com vários parâmetros como seja o tempo que demoram a ser processadas entre outros. Actualmente fazemos parte do restrito número de equipas com mais de 17 milhões de pontos e ocupamos o 33 lugar entre todas as equipas no projecto.
Para ajudarem basta fazer o download e execução do software cliente. Os algoritmos deste software foram desenvolvidos para que a cada novo computador que se associa ao projecto se consegue um aumento na velocidade da simulação. Na página da nossa equipa têm tutoriais para instalar e configurar os vários clientes e as diversas formas de contacto dos membros da nossa equipa.
Infelizmente é difícil fazer com que empresas, universidades ou instituições adiram ao projecto. O cliente utiliza apenas os recursos que não estão a ser utilizados não tendo impacto na utilização do PC no dia a dia, o tráfego gerado é minimo, visto que ele apenas precisa de se ligar à Internet para receber e enviar o trabalho processado, apenas se liga ao servidor da Universidade de Stanford. É mais seguro do que o browser que utilizam para navegarem na Internet. No entanto, estas dificuldades têm sido um estímulo para fazermos mais e melhor para aproveitar sempre que possível divulgar o projecto e levar Portugal ao topo das equipas que ajudam nesta tão nobre causa.
A página oficial do Folding@home pode ser encontrada aqui http://www.stanford.edu/group/pandegroup/folding/. A nossa página encontra-se em www.portugalfolding.org.
Juntem-se a esta causa.
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