Como a Nintendo salvou o Mundo dos videojogos

então o starfox/wing não é 3D verdadeiro?

mmh podiam por aqui screenshots dos melhores gráficos da N64 e as da PS1 para ver o que estava melhor
 
Então seguindo a vossa linha de pensamento o Resident Evil, tanto o 1 como o 2 (o 3 nunca joguei) são jogos a 2D porque os backgrounds são imagens estaticas.
Nem o Tekken 3 já que as montanhas e as paisagens por detras dos lutadores são imagens estaticas.

Para mim um jogo é "3D" quando tem objectos tridimensionais, sejam eles todos os objectos no ecrã ou apenas certos objectos (apenas as personagens com que se pode interagir, por exemplo).
 
Deixa-me cá responder antes que o tópico seja bloqueado pela moderação :D

Não vi o programa, mas conheço a história.

Em 1983 ocorreu um crash na indústria dos videojogos nos EUA (o maior mercado do Mundo). Sim, já existia uma indústria de videojogos, aliás, a Atari 2600 que foi lançada em 1977 vendeu mais de 20 milhões de unidades. Além dessa, existiam várias plataformas, como o Intellivision, o Videopac da Philips, o Vectrex da Milton Bradley, bem como as máquinas da Coleco.

Acontece que no final de 1982, o mercado atingiu a saturação. Demasiados fabricantes, jogos sem interesse a sair em catadupa, o ET que segundo dizem, foi a gota de água que fez transbordar o copo no natal de 82, e no início de 83, a indústria americana - a maior do mundo - entrou em declínio. O interesse do público caiu, os computadores pessoais estavam em alta devido às reduções de preços - como o IBM PC que se tinha estreado em 1980 - e permitiam fazer uma multiplicidade de coisas e os chamados "videogames" - jogos que se jogavam em consolas domésticas - perderam todo o fulgor que reuniram no final dos anos 70 e no início da década de 80. Em 1983, eram uma indústria em remissão e que aos olhos do público, eram apenas uma moda passada.

Isto aconteceu sobretudo nos EUA. Na Europa não tanto devido à profusão dos microcomputadores - como o Spectrum e mais tarde, o Amiga.

Acontece que no Japão, em 1983, foi lançado Famicom, uma consola doméstica de 8-bits que ganhou popularidade entre os nipónicos com uma série de jogos simples, enquanto que do outro lado do Pacífico, os americanos queriam esquecer os "videogames".

Foi em 1985 que a Nintendo tomou a corajosa decisão de lançar o Famicom nos Estados Unidos, mas com uma grande diferença. A máquina foi alvo de uma mudança de visual - já que o Famicom japonês era muito parecido com uma consola de jogos, e isso nos EUA tinha uma conotação negativa - e foi rebaptizada com o nome de Nintendo Entertainment System. Além disso, foi também criado o ROB - Robot Operating Buddy, um acessório que foi largamente inútil do ponto de vista dos jogos, mas que contribuiu para vender o NES não como consola, mas como brinquedo familiar. Foi assim que a Nintendo conseguiu vencer a hesitação dos comerciantes americanos.

Depois de um lançamento limitado em Nova York no final de '85, o NES teve direito a um lançamento a nível nacional nos States em 1986 e aí sim, conquistou os americanos. O NES, com jogos como Super Mario Bros., Hogans' Alley, Duck Hunt (estes dois com uso do Zapper), The Legend of Zelda e Metroid, tornou-se A referência dos jogos. Criou um verdadeiro fenómeno nos Estados Unidos, em dois, três anos, todos os miúdos queriam um "Nintendo", os adultos foram também contagiados, e a figura de Super Mario tornou-se num dos maiores ícones do país.

Basta dizer que o NES nos EUA vendeu quase 30 milhões de unidades - para um total global de cerca de 62 milhões - para termos uma ideia do fenómeno que ele constituiu. Se virem filmes americanos do final dos anos 80, é comum haver pelo menos uma referência à Nintendo - como hoje se diz "jogar PlayStation", na altura dizia-se "jogar Nintendo".

Quando se diz que "a Nintendo salvou os jogos", significa o seguinte: a Nintendo teve a coragem de revitalizar uma indústria moribunda e recriar os jogos de consola. Graças ao NES, a Nintendo deu aos videojogos uma dimensão enorme, acessível e ao dispor dos consumidores, crianças, adolescentes e adultos. A Nintendo conseguiu que os videojogos voltassem às casas das pessoas e não se limitassem aos computadores e às salas de arcade, onde eram muito menos acessíveis. Ao colocar o NES à venda em lojas por toda a parte e graças a títulos brilhantes e inovadores - muitos deles produzidos por Shigeru Miyamoto, considerado "o Steven Spielberg dos jogos" - a Nintendo transformou a indústria dos jogos em algo moderno, apetecível e o acto de jogar voltou a ser um hábito social - reunir pessoas em torno da televisão para jogar Nintendo tornou-se comum no final dos anos 80.

Se isto não tivesse acontecido, não teriam tido lugar as reacções que se seguiram - SEGA a lançar uma máquina de 8 bits para competir com o NES, a NEC a criar o PC Engine para os 16 bits, SEGA a criar a Mega Drive para superar a Nintendo nos EUA, Nintendo a criar o SNES para competir com a Mega Drive, e por aí fora.

Gostem ou não, a verdade é que se a Nintendo não tivesse assumido o risco enorme de lançar o NES no ocidente, hoje os jogos seriam muito diferentes - talvez até já tivessem desaparecido, ou talvez fossem uma indústria de nichos.
 
Então seguindo a vossa linha de pensamento o Resident Evil, tanto o 1 como o 2 (o 3 nunca joguei) são jogos a 2D porque os backgrounds são imagens estaticas.
Nem o Tekken 3 já que as montanhas e as paisagens por detras dos lutadores são imagens estaticas.

Para mim um jogo é "3D" quando tem objectos tridimensionais, sejam eles todos os objectos no ecrã ou apenas certos objectos (apenas as personagens com que se pode interagir, por exemplo).

A verdade é que se está a discutir o não essencial, um jogo 3d é quando pode andar por um espaço tridimensional, não é o facto de uns objectos serem em 3d e outros não...
E isto já era possível na Snes:
Starfox Snes http://www.youtube.com/watch?v=HYcw8y6WVE4
A revolução da n64 não foi os graficos, foi a forma como se controla os bonecos...
 
O Ace Combat e o GT não tinham mundos exploráveis. :p

Os FF's usavam cenários pré-renderizados, excepto no world map, e aí eram muito pobres (comparados com os da N64). E depois tínhamos o tal problema das personagens (em tempo real), em que os pixels desapareciam de um lado e apareciam noutro (até com as personagens paradas isto acontecia, em movimento então, parecia fogo de artifício).

Já o 3D do Crash Bandicoot convenceu-me, mas claro, não estava ainda ao nível de um Banjo ou Mario 64.

EDIT: Bufa, para mim a grande revolução da N64 foi mesmo o stick analógico, acima dos gráficos em 3D. :p

Essa e a minah defenição de verdadeiro 3D. No Mario 64 era tudo 3D, mal se notavam pixeis. Só as arvores eram ranhosas...
 
Segundo essa definição o 3d tambem existia na mega drive.

Cumprimento

Se falas de Sonic 3D lançado para MD e Saturn em 96 (em 97 no PC), é um jogo 2d com visão isometrica, se falas de Sonic & Knuckles na parte Special Stages , tambem não é 3D.
Starfox por mais datado que pareça tem objectos poligonais em um "mundo" 3d.
Não sei se foi o primeiro, até porque existe consolas de outras marcas que foram menos bem sucedidas que a Snes ou MD que podiam ter feito um jogo 3D, mas desconheço.
 
Última edição:
Também. Mas principalmente por teres cenários e personagens "estáveis", sem jaggies e flickering pixels por todo o lado.

Epa comparam os graficos da PS1 com os da N64, mas uma não é 32 bits e outra 64? o dobro?
A nintendo de uma certa forma "salvou" o mundo dos videojogos, realmente a nintendo é uma marca a ser respeitada neste ramo sem qualquer margens de duvidas, mas uma certa forma a PS1 teve impacto (no flames plz) não tão grande como a NES nem tão pouco da mesma forma, foi um impacto diferente, mas a verdade é que teve, tal como a Wii agora tambem, agora acho no minimo estupido dizerem "ah e tal porque a NES salvou os videojogos faz de todas as consolas da nintendo as the best", reparasse bastante nisso.
Agora que não á margem de duvidas que a nintendo salvou a industria dos videojogos não há.

Cada marca de consola, sony, microsoft ou nintendo, sega, houve e haverá sempre uma marca que a uma dada altura dê aquele "boom" neste ramo. isto vai acontecer sempre, por exemplo nem me admirava que a proxima consola a inovar fosse a futura xbox (se chamar-se xbox claro:x2:)

Estou a contar a primeira guerra mundial, a segunda guerra mundial e a guerra fria.

a guerra fria não sei se pode ser considerada uma guerra, tipo consistia no facto de poder haver uma possivel guerra nuclear entre os EUA e a Russia (ou URSS)
 
Última edição:
AMEN!

:-D

Adorei a história... Gostava de vêr o programa, tenho o canal, isso vai repetir???
Nã0 me admirava nada que a Nintendo tivesse salvo os videjogos...
 
Se falas de Sonic 3D lançado para MD e Saturn em 96 (em 97 no PC), é um jogo 2d com visão isometrica, se falas de Sonic & Knuckles na parte Special Stages , tambem não é 3D.

A verdade é que se está a discutir o não essencial, um jogo 3d é quando pode andar por um espaço tridimensional, não é o facto de uns objectos serem em 3d e outros não...

Atão? Tanto o special stage do Sonic 3, como o próprio Sonic 3D, são mundos 3D: como ja havia referido, há 3 eixos de movimento, ao contrário, por exemplo, do Diablo.

Acho que devia ser do consenso geral, que jogos 3D, são jogos que usem, na maioria do gameplay, polígonos 3D. Assim, o RE da PS pode ser considerado 3D, já que apesar de o fundo ser estilo aventura gráfica, os bonecos são totalmente renderizados. Tão renderizados como essas pirâmide e paralelipipedos no StarFox, peitos trianguolares na Lara Croft, ou os mundos mais bem parecidos do Mario 64.


Mas surge a frase canónica: os jogos não gráficos. Como tal, esse não deve ser o único factor para a escolha da consola a votar nesta thread.

EDIT:
Epa comparam os graficos da PS1 com os da N64, mas uma não é 32 bits e outra 64? o dobro?

Não vamos por aí. O dobro da largura de banda não dá tantos benefícios quanto isso. E se formos ver por specs, também os cartuchos da N64 tinham menos espaço do que qualquer CD de Saturn/PlayStation,e logo, perdia em texturas, e quem sabe talvez em som também.
 
Última edição:
era a sony que fazia os chips do som não era?
fogo a historia com a sony é inacreditavel. Nintendo pensa em usar cds com um addon (estilo como a sega) fala com a sony e decidem fazer o addon chamado playstation, nintendo começa a achar que a sony fica com poderes a mais com essa plastation e parece que sem os notificar quebraram o contrato e tentaram trabalhar com a philips. em vez de anunciar parceria com a sony anunciaram nesse dia com a philips. os japoneses todos chocados e a nintendo a certa altura nem com a philips queria.
Enquanto a Sony aproveitou o que tinham já feito e o melhoraram a Philips fez o CD-I horroroso e foi-se abaixo.
A Nintendo, não sou revitalizou o mercado e levou a criação de grande parte dos géneros de video jogos que conhecemos, mas tambem levou a criação da sua maior rival (depois da Sega)

é por isso que confio tanto na nintendo, eles teem muita experiencia, e foram eles que conseguiram por o mercado das consolas a funcionar novamente, e como tal não serão eles a destrui-lo.
Isso está um bocadinho adulterado.

Foi a Sony que abordou a Nintendo originalmente a oferecer um chip de som e futuras parcerias, não o contrário, claro que a Nintendo aceitou de bom grado a pensar que até estava a fazer um favor à Sony em dar-lhes fee's pelo chip em cada consola vendida... mas assinaram lá uns contratos e não leram as alienas... o que significa que a Sony tinha direitos sobre a plataforma SNES. Se eles quisessem uma consola deles podia ler cartuchos da SNES. Qual era o futuro da Nintendo se os títulos first party dela estavam numa consola da concorrência?A Sony ia ter uma first party de borla basicamente, e era esse o plano.

A parceria com a Philips foi uma fuga para a frente desesperada, a Nintendo podia ter feito o tal add-on nas condições da Sony, mas o que a sony estava a fazer (e estava a fazer desde o inicio) era sondar e aprender sobre o mercado para mais tarde entrarem.

O CDI já estava cá fora nessa altura, e a Philips impôs que para tal parceria ter lugar teriam direito a usar alguns dos franchises da Nintendo na moribunda CDI, já numa tentativa deles de a revitalizar na altura.

Claro que isto não convinha nada à Nintendo, e tiveram de engolir o sapo, mas foi um mal menor, é provavelmente por causa disso que hoje temos Nintendo independente e a fazer consolas.
Bem...falando por mim, deem-me FPS, carros, e futebol e um joguito ou outro para quebrar a rotina, tipo Viva Pinata ou Kameo e sou um gajo feliz...e n lhe chamaria estagnação, chamar-lhe-ia "as minhas preferências"... :-D
Isso é um mercado existente, não o estás a expandir, estás meramente a fornecer mais produtos para esse tipo de consumidor, o que não é mau (e eu sou à partida um desses consumidores) mas não podes esperar que esse produto atraia mais gente.

Se formos a comparar as vendas totais da PSone+N64+Saturn e PS2+Gamecube+Xbox... chegamos mais ao menos ao mesmo numero, nestas condições como podemos falar em expansão? Os jogos chegam às mesmas massas, uns saíram outros entraram, mas a userbase manteve-se igual. Nestas coisas se dás muitos produtos iguais a tendência não é o mercado ficar soborecarregado, as pessoas chatearem-se... e as vendas... encolherem.
A única experiência q tive com nintendo(tirando jogar a um ou outro jogo numa loja) foi há uns anos atrás qd experimentei o emulador de nintendo 64 no PC q até n desgostei...de resto, nunca me apelou o suficiente para comprar algo deles, e jogo à 21 anos desde os tempos do spectrum...
Bom, sem querer impinjir nada... acho que nem sabes o que perdeste, pelo teu avatar vejo que gostas de shooters, acho que qualquer pessoa nessas condições a presenciar o Goldeneye em 1996 se passava totalmente dos carretos.

Infelizmente passou um pouco ao lado de Portugal, simplesmente nunca foi uma consola popular por cá, mas o contributo que ela deu nos jogos chave... foi avassalador.
Qt ao titulo do tópico, salvar parece-me exagerado, agora q tem uma quota importante na história da industria, assim como tem a sega, Sony ou mais recentemente a Microsoft, disso n há dúvidas... :D
Acho que Nintendo e Sega nem se comparam ao que essas ultimas duas fizeram pelo mercado, pela propria especificidade do que são.

Nintendo e Sega sempre foram software houses, acima de tudo. A Sony e a Microsoft são acima de tudo multinacionais que viram oportunidades neste mercado; parecendo que não é diferente, e isso reflete-se na visão das empresas. Por isso é que a Nintendo e Sega sempre foram bastante visionárias e foram elas que tiveram mais caracteristicas de guiar um mercado nas inclusões que fizeram, o mesmo, neste caso não pode ser dito da concorrencia.
]cool[;1842620 disse:
A confirmar a descida da 360, tu vais ver como ela desce.
A Wii não está a vender por ser mais barata que a X360 (basta ver o caso da GC que custou durante parte do seu ciclo 99 euros).

Se há pressionada aqui a baixar o preço é a Microsoft, a Nintendo não tem de responder a isso de forma directa, seria dar a ideia errada aos analistas.
A nintendo salvou os videojogos, depois a sony salvou-nos do marasmo da nintendo e agora a nintendo quer-nos salvar da arrogancia da sony.
Todos tem vindo a contribuir para "salvar" esta industria, ninguem tem exclusividade.
Sem querer denegrir a Sony... Mas qual marasmo? A era dos 16-bits da SNES é para muita gente (eu incluido) a golden-age dos videojogos.

A Sony não salvou o mercado de nada.
]cool[;1843236 disse:
"Salvou-te" (já que dizem que a Nintendo salvou os videojogos, é um termo justo) do 2D com a PS1.

Fikem bem!
Depois das consolas da Nintendo e da sega a fazerem Mode7 em 30 por uma linha e andarem lá a enfiar chips nos cartuchos para fazer 3D com poligonos... fazer uma consola sem features 3D era sinonimo de se ser estupido.

O mérito que a sony teve com a PSone foi ser a mais fácil de programar, porque até em termos temporais a Saturn saiu umas semanas antes, e embora condicionada pela corrida ao 3D anunciada pela Sony... A Saturn não era tão fraca em 3D como se pinta, de facto... dava uma santa cabazada à PSone em poligonos por segundo e o 3D era de qualidade, sem flickering, muito mais perto de OpenGL do que a PSone alguma vez foi. Desvantagens também as tinha, só renderizava poligonos de 4 lados, não fazia transparências em hardware e era dificil de programar como tudo.
a PS conseguia muito mais... Donkey Kong country são só prerendered sprites, assim em termos de 2D a SNES era melhor. Um jogo 3D da SNES é o starfox e esse não chega assim tão proximo ao que a PS fazia
Na realidade não chegou mais porque a Nintendo não quis.

O Starfox 2 até tirava o impacto ao Mario 64... foi efectivamente o primeiro jogo feito em total 3D e com cutscenes em 3D elaborado e in-game (mais tarde usadas exaustivamente no Zelda OoT) isto tudo anos antes. O jogo até usava objectos texturados e conceitos só explorados anos depois como o lock-on.

Óbvio que não chegava perto do que a PSone fazia, mas a Nintendo teve medo do jogo sair e tirar o impacto da diferença do que era possivel na SNES e na N64.

Em vez disso usou-o para palco de experiências, o jogo tem missões mistas de de voo e terra, com inclusão de coisas como... level design semelhante ao do Mario 64... e até sistemas de interruptores à lá Zelda, em que a personagem pisa um interruptor... se ouve o Zelda Chime... a camara é dinamica e faz zoom sob a porta trancada que se destranca. (era revolucionário a este ponto)

Em suma... A Nintendo não tinha razão para não acertar com o Mario 64, afinal já tinham acertado uma vez antes; simplesmente tinham optado por não o lançar.
]cool[;1843361 disse:
O que eu quis dizer, pensei que tinha dado e entender isso, é que, na minha opinião, o verdadeiro 3D começou na PS1.
Verdadeiro 3D começou no spectrum, o conceito de usar poligonos para jogos não era novo, nem propriamente visionário.
]cool[;1843501 disse:
O 3D do DKC não é propriamente 3D, é 2D com elementos 3D... Isso viu-se em casos como o Crash Bandicoot.
É diferente o DKC n renderizava um unico poligono era tudo pre-renders (yoshi island renderizava, no entanto). Mas... tem mais a ver com o que fizeram nos Final Fantasy's da PSone do que com o Crash.
É que a PS1 tinha muitos jogos em 3D. Eram pixilizados, mas tinha-os. Os jogos da N64 eram mto melhores em 3D mas pixilizados na mm.
Hmmm... corriam na mesma a 320x240 na maior parte dos casos (640x480 em alguns jogos N64 vieram mais tarde no ciclo) Mas eram muito menos pixelizados.

A N64 usava o pixel drawer para isso pelo que tinhas uma espécie de AA em todos os jogos (que fazia com que as edges não parecessem tão abruptas) e aplicava filtering a todas as texturas (até se considera que filtrava demais) mas a PSone não conseguia acompanhar, só fazia nearest neighbor.

A N64 sacrificava poligonos para fazer 3D naquela qualidade, de facto havia um modo proibido para as developers que metia o rendering ao nivel das outras (sem filtering) e contagens de poligonos estupidamente altas. (para a altura)
 
Foi a Sony que abordou a Nintendo originalmente a oferecer um chip de som e futuras parcerias, não o contrário, claro que a Nintendo aceitou de bom grado a pensar que até estava a fazer um favor à Sony em dar-lhes fee's pelo chip em cada consola vendida... mas assinaram lá uns contratos e não leram as alienas... o que significa que a Sony tinha direitos sobre a plataforma SNES. Se eles quisessem uma consola deles podia ler cartuchos da SNES. Qual era o futuro da Nintendo se os títulos first party dela estavam numa consola da concorrência?A Sony ia ter uma first party de borla basicamente, e era esse o plano.

O chip de som não foi um trabalho independente do Kutaragi em 1987, à revelia da Sony? É que em 1986, o Kutaragi propôs à Sony entrar no mercado dos videojogos depois de ver como a filha dele gostava do Famicom, mas os superiores recusaram porque o consideravam um mercado para crianças. Foi depois em 1988 que um dos directores da Sony, contra a vontade da maioria, acreditou no potencial do Kutaragi e achou que se devia autorizar a parceria com a Nintendo para a drive de CD-ROM.

Ainda gostava de ver como teria sido a evolução do mercado se a afamada parceria tivesse dado frutos. Uma vez que a Sony teria a totalidade dos lucros, o mais provável é que a Nintendo não voltasse a repetir a experiência. Talvez hoje não tivéssemos tido a marca PlayStation da Sony; ao mesmo tempo, a PlayStation "primordial" de 1992 com o slot de cartuchos para jogos Super Famicom e a entrada para os comandos deste continua a parecer-me surreal, nem sei como é que a Nintendo autorizou isso - possivelmente, não os viam como potenciais concorrentes?
 
O chip de som não foi um trabalho independente do Kutaragi em 1987, à revelia da Sony? É que em 1986, o Kutaragi propôs à Sony entrar no mercado dos videojogos depois de ver como a filha dele gostava do Famicom, mas os superiores recusaram porque o consideravam um mercado para crianças. Foi depois em 1988 que um dos directores da Sony, contra a vontade da maioria, acreditou no potencial do Kutaragi e achou que se devia autorizar a parceria com a Nintendo para a drive de CD-ROM.

Ainda gostava de ver como teria sido a evolução do mercado se a afamada parceria tivesse dado frutos. Uma vez que a Sony teria a totalidade dos lucros, o mais provável é que a Nintendo não voltasse a repetir a experiência. Talvez hoje não tivéssemos tido a marca PlayStation da Sony; ao mesmo tempo, a PlayStation "primordial" de 1992 com o slot de cartuchos para jogos Super Famicom e a entrada para os comandos deste continua a parecer-me surreal, nem sei como é que a Nintendo autorizou isso - possivelmente, não os viam como potenciais concorrentes?
Exacto, O chip de som foi o projecto (e cavalo de troia) do Kutaragi não foi requisitado pela Nintendo.

Eu não gostava nada de ver os resultados, não acredito que a Nintendo ainda fosse independente. A "Play Station" primordial já era apenas isso, não era Nintendo, era Sony e esses eram os planos da mesma. A Play Station a sair antes de 1994 ia mesmo ter um leitor de cartuchos SNES, anulando a Nintendo como fabricante de consolas, é um pouco como se a Wii fosse compativel com PS2, muitas pessoas viam como uma transição e deixavam de ter interesse numa tal de PS3.

A razão pela qual foi scrapped foi mais tarde, dado os atrasos, também pela Nintendo ter esperneado tanto... que concluíram que um leitor de cartuchos no equipamento só o encarecia, o que não teria sido o caso uns anos antes.

A marca Sony no mercado era inevitável, não acredito que quisessem abdicar do nome. Ou isso ou iriam invariavelmente ditar a tecnologia usada na plataforma levando aos erros que estamos a ver na PS3.

Não seria a Nintendo que conhecemos, basicamente... A Sony não iria abdicar de ter total controlo sob a plataforma.
 
Isso está um bocadinho adulterado.

Foi a Sony que abordou a Nintendo originalmente a oferecer um chip de som e futuras parcerias, não o contrário, claro que a Nintendo aceitou de bom grado a pensar que até estava a fazer um favor à Sony em dar-lhes fee's pelo chip em cada consola vendida... mas assinaram lá uns contratos e não leram as alienas... o que significa que a Sony tinha direitos sobre a plataforma SNES. Se eles quisessem uma consola deles podia ler cartuchos da SNES. Qual era o futuro da Nintendo se os títulos first party dela estavam numa consola da concorrência?A Sony ia ter uma first party de borla basicamente, e era esse o plano.

A parceria com a Philips foi uma fuga para a frente desesperada, a Nintendo podia ter feito o tal add-on nas condições da Sony, mas o que a sony estava a fazer (e estava a fazer desde o inicio) era sondar e aprender sobre o mercado para mais tarde entrarem.

O CDI já estava cá fora nessa altura, e a Philips impôs que para tal parceria ter lugar teriam direito a usar alguns dos franchises da Nintendo na moribunda CDI, já numa tentativa deles de a revitalizar na altura.

Claro que isto não convinha nada à Nintendo, e tiveram de engolir o sapo, mas foi um mal menor, é provavelmente por causa disso que hoje temos Nintendo independente e a fazer consolas.Isso é um mercado existente, não o estás a expandir, estás meramente a fornecer mais produtos para esse tipo de consumidor, o que não é mau (e eu sou à partida um desses consumidores) mas não podes esperar que esse produto atraia mais gente.
o que tem o chip de som a haver com o controlo da sony? não me lembro bem, mas a SNES sempre teve um chip de som da Sony, e foi através daí que se estabeleceu a ligação entre a sony e a nintendo para criar o projecto do kutaragi como o yggdrasil explicou (ou seja todos contra menos o tal director).

não sabia era que o CDI já tinha saído. pensava que tal como a sony agarraram nos restos do que tinham feito fizeram uma consola e depois com os contratos que ainda tinham fizeram uns jogos horrorosos baseado em franchises da nintendo. bem sempre a aprender
 
o que tem o chip de som a haver com o controlo da sony? não me lembro bem, mas a SNES sempre teve um chip de som da Sony, e foi através daí que se estabeleceu a ligação entre a sony e a nintendo para criar o projecto do kutaragi como o yggdrasil explicou (ou seja todos contra menos o tal director).

não sabia era que o CDI já tinha saído. pensava que tal como a sony agarraram nos restos do que tinham feito fizeram uma consola e depois com os contratos que ainda tinham fizeram uns jogos horrorosos baseado em franchises da nintendo. bem sempre a aprender
A SNES saiu em Novembro 1990 no Japão, como o yggdrasil disse o Kutaragi começou a trabalhar no seu chip bem antes disso e sem o conhecimento da Nintendo.

Quando ele abordou a Nintendo, se queriam um chip de som... já ele o tinha pronto e a Nintendo não tinha conhecimento prévio do projecto.

O contrato dava direitos à Sony sob a plataforma SNES, daí o controlo; a Nintendo só percebeu a asneira algum tempo depois. Tiveram mesmo muita sorte em no meio da desorganização e pânico lá se terem safado
 
O primeiro modelo do CDi saiu, se não me engano, em 1991 - eu pelo menos lembro-me de nesse ano, ter visto um CDi em demonstração numa loja da Philips e de ter ficado parvo com aquilo. Claro que na altura era pequeno e não percebia um boi do assunto...

Posso estar um pouco confuso, mas julgo que o chip de som do SNES foi desenvolvido pelo Kutaragi sem o envolvimento da Sony - ou seja, ele (e talvez mais alguns que lhe eram próximos) trabalhou a título independente no desenvolvimento de um chip de som para o Super Famicom que na altura ainda estava em desenvolvimento, e só no final é que a Sony teve conhecimento, o que os levou a intervir ao lado do Kutaragi - possivelmente, é daí que advém o nome Sony no chip, se a Sony não tivesse entrado oficialmente no projecto, a marca não estaria lá escrita. Sob influência do tal dirigente que "protegeu" o Kutaragi, eles viram o potencial de lucro e autorizaram a parceria para a drive de CD-ROM, com base no sucesso do chip de som.

Quando em 1989 a Nintendo renunciou unilateralmente à parceria com a Sony, acho que estes decidiram abandonar a incursão no mercado de jogos. Só em 1991/92 é que a ideia de uma consola da Sony voltou à ordem do dia e para ela decidiram ressuscitar a Play Station como forma de "picar" a Nintendo pela quebra do contrato. Aliás, a consola da Sony chama-se "PlayStation" porque a Nintendo detinha os direitos do nome "Play Station", e então a Sony eliminou o espaço e usou o nome como forma de mostrar à Nintendo que o projecto que eles tinham exterminado uns anos antes, seria o seu maior concorrente no futuro próximo.
 
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