Começo por dizer que não me lembro de ver um ataque direto do governo e de políticos a uma empresa privada. É algo diferente do que estamos habituados.
Respondendo a alguns pontos sendo que alterei a ordem de algumas citações abaixo.
Certamente que se o pessoal com know how for embora, eles terão que contratar os serviços a empresas externas que o tenham, e terão que pagar peso de ouro por esses serviços a empresas ou consultores.
Isso não é sempre líquido. Muitas funções vão pagar menos seguramente e há engenharias financeiras que esta rapaziada pode fazer para no final pagar menos.
O problema é que o mercado de trabalho está blindado para os "velhos" contractos e desprotegido nos "novos" contractos. Depois a necessidade das empresas viram-se para estes esquemas que não beneficiam ninguém, nem elas próprias. Mas mesmo assim estão dispostas a perder muita coisa por isso.
A questão dos contratos antigos e dos actuais faz todo o sentido e aqui tem que se alargar a discussão a tudo e não só à Altice. Todos conhecem pessoas que se reformaram aos 50 e poucos anos quase sem perdas e agora já se vai nos 66 anos. Pelas regalias antigas paga-se caro agora.
Normalmente a empresa que recebe o trabalhador tem que manter o mesmo contracto. Claro que existe regalias que podem ser todas cortadas. Daí pessoalmente eu negociar só sobre aumento no ordenado base.
Parece-me que vamos ver o aproveitamento de algumas fragilidades na lei para não ser assim. Não sei se algumas dessas empresas não foram feitas à medida para fechar passado pouco tempo e os empregados que transitarem além de perderem complementos vão mesmo para o despedimento mas ai não é a Altice que despede mas sim a outra empresa. espero estar enganado.
As operadoras vão continuar a precisar de pessoal, resta saber a que preço com a consequência directa sobre a qualidade dos serviços e claro sobre os trabalhadores mais qualificados que ficam de fora porque o mercado não os quer. Aparentemente dizem que Portugal tem défice de trabalhadores nas áreas tecnológicas.
Em muitas áreas precisam de menos pessoas isso é claro para todos em particular nesta área. A qualidade dos serviços em muitas áreas já não o temos em particular.
A realidade de muitas empresas em Portugal é que temos grandes empresas com muitos funcionários onde na realidade só era preciso X e bem pagos, no sector do estado passa-se o mesmo.
Sim e não. Parece-me é que o caminho mais simples é despedir e contratar novos com o menor vínculo possível.
O maior culpado desta situação são os políticos que deixarem esta empresa cair de mãos em mãos até este ponto! Agora fazem se de virgens ofendidas e escandalizada! Tenham mas é vergonha!
A culpa ser sempre do estado é algo que tenho cada vez mais dificuldade em aceitar. Foi o estado que meteu 900 milhões no BES e que os perdeu? Gerem-se as coisas mal e muito mal e ainda se ganham prémios e depois quando as coisas correm mal o estado é que é culpado? O Estado tem é que ser mais ágil a mudar a lei quando como aqui claramente as empresas se apoiam em fragilidades para o vale tudo. Mas também não se pode proteger tudo de modo a asfixiar as empresas. Tem que se encontrar um equilíbrio.
Mas pelos vistos estou errado, existe pessoas que não se importam e estão bastante confortáveis sem fazer nada e que isso não causa nenhum transtorno psicológico.
Concordo.
Só não percebo é qual é a solução que os sindicatos e os trabalhadores querem? Se não existe postos o quê querem? O despedimento? será que todos querem aprender outras funções ou estão dispostos a isso? Se não querem o despedimento nem mudar afinal o que querem? Eu não entendo....
Os sindicatos por definição querem sempre tudo para o mesmo lado. Mas falta dizerem é como é que se resolvem os problemas. Com números não com intenções. Estou a falar no geral e não especificamente.
Mas aqueles que mudarem para empresas terceiras que exercem funções especificas e necessárias para a operação em principio não terão problemas. O que se fala nas noticias é que existem recursos que estão a ir para empresas terceiras, sem qualquer tipo de função e o que se espera é o despedimento. Ora isto para mim é o que não faz sentido e valia mais despedir logo.
Temo que quase tudo acabe despedido infelizmente. Então quando vejo quem controla algumas dessas empresas é certinho. Mas continuam a ganhar financiamentos e apoios.
Agora Altice com o dinheiro fresco do IPO pode ir as compras, também poderia ir as rescisões amigáveis.
A ideia que tenho é que a Altice quer crescer e não é num paíse com 10 milhões que se vai preocupar em demasia. Nós é para dar quanto mais lucro melhor. Eles também têm uma dívida gigantesca.
ainda não percebeste que o interesse da Altice é contornar a lei de modo a não ter que gastar um centavo em rescisões e indemnizações, dai estar a querer despachar o pessoal para empresas terceiras, que apartir dai essas pessoas levam um chuto no rabinho vão para o desemprego com uma mão á frente e outra atrás, perdendo todos os direitos adquiridos...
a administração da Altice de parvos não tem nada... quem está arrasca não é malta jovem que entrou recentemente para a PT vindo da Academia, mas sim os que já lá andam há bastantes anos e já não passam em certas certificações e estão proibidos de exercer certas funções por questões de saúde e andam por lá pelos cantos, e o pessoal em situações de pré-reforma(60 anos de idade e 40 anos de casa), que estão prestes a ver ir tudo o que é regalias a desaparecer...
O objetivo é o que referes na primeira parte mas também tem que se colocar parte da culpa nos trabalhadores. As pessoas têm valor e não podem dizer que não fazem, não sabem, não querem mas respondem sempre que sim a direitos.
Ainda vamos ver muita coisa nos próximos meses e espero que se encontre um bom meio termo.