Compra da Portugal Telecom pela Altice

O que se está a assistir não é novo e já se passou no passado com empresas 100% do Estado e não houve volta a dar.
Sendo a Altice uma empresa privada, claro que ainda menos há volta a dar...
Os trabalhadores da finada PT não podem continuar a encarar a empresa como estatal nem que têm emprego garantido para toda à vida mesmo que não façam nenhum.... o que é o caso de muita gente, incluindo centenas de sindicalistas.

E há ainda a velha máxima: ninguém é insubstituível!
 
Acho que uma discussão mais profunda será, o estado não pode continuar a funcionar da maneira que funciona no que toca a recursos humanos. E as empresas estatais ou ex estatais também não o podem. Mas isso é outro tópico.

Resumindo eu estou inclinado um pouco para o lado do Storm.

Acho que despedir em massa não é o problema ( quer dizer em Portugal é e não é :D ). Se tivessem logo despedido assim que era necessário não haveria esta bola de neve.

O alegado esquema que muita gente reporta para despedir pessoal, a ser verdade, acho que está mal feito. Mais vale chegarem-se à frente e arranjar uma solução de saída que seja limpa para ambas as partes. É motorista, queres assumir uma nova função? Sim não? Não queres então arranjem uma solução ou faz as contas ou arranja-se um plano de mudança para outra empresa com ajuda da PT ou por iniciativa própria. Isto tudo dentro da lei e com indemnização caso seja necessário.

Pessoalmente tive um caso numa empresa "portuguesa", em que cheguei a uma sala de reuniões estavam 3x gatos pingados cada um com idades entre 50's 60 anos e queriam ligar o projetor. Estavam à 30min a discutir quem é que ia subir a uma cadeira para ligar o projector à tomada que estava instalado no tecto. Todos alegavam que não era a função deles. Eu estava numa sala ao lado ouvi a discussão e em 30segundos fui lá e liguei o aparelho. Guess what também não era as minhas funções. E é nestas pequenas coisas que o pais anda para a frente e claro estes sujeitos estavam todos na "mafia" do sindicato.

Já a perda de know-how, eles vão pagar mais cedo ou mais tarde. Bom se não manterem nenhum know-how, eles terão que arranja-lo a outros privados. Mais trabalho para as outras empresas.
 
Já a perda de know-how, eles vão pagar mais cedo ou mais tarde. Bom se não manterem nenhum know-how, eles terão que arranja-lo a outros privados. Mais trabalho para as outras empresas.

O Know-how vai estar onde houver necessidade e dinheiro para o pagar. Onde é que o Know-how se encaixa em Portugal? Em 2 ou 3 grandes empresas e a Altice sabe que nunca vai ter problemas de know-how. Se não existir, mandam vir de fora. Se for caro, vão à India buscar mais barato. Ninguém é insubstituível nem imprescindível e por cada 1 que sai a ganhar 2000 há 1/2 dúzia a querer entrar a ganhar metade. Se acabarem por contratar outras empresas para onde o know-how for, a Altice vai sempre poupar fortunas. Mesmo que paguem exactamente o mesmo à mesma pessoa que foi para outra empresa, acabam por poupar quase o dobro que advém do que poupam na Segurança social, diuturnidades sempre a somar, subsídios de refeição, subsidio de pequeno almoço (sim, subsídios de pequeno almoço...), subsídios de jantar, subsídios de infantário, subsidio de leite, subsidio de transportes, subsidio por chefiar uma pessoa..., gasolina, automóveis e manutenção, horário nocturno, horas extras, etc, etc, etc.

Se os recursos humanos destas empresas chegaram ao estado em que estão com milhares a coçar micoses, é porque todos os governos desde o 25 de Abril baixaram a calçinha aos sindicatos e às comissões de trabalhadores...

PS: o motorista (figurado porque representa muitas categorias profissionais) não quer ser reciclado nem quer aprender. Só quer empatar eventuais negociações e somar tempo para poder entrar na pré-reforma e ir para casa ganhar tudo igual menos os subsídios laborais porque os familiares e de saúde se mantêm.
 
A conversa já descambou numa direcção que não é exactamente o que interessa.

A PT tem muita gente completamente deslocada da realidade, com ideias surreais do que é trabalhar numa empresa no sec. XXI, acomodadas, completamente desprovidas de vontade de avançar, fazer melhor por eles próprios e pela empresa. Tem quadros envelhecidos aos quais não foram dadas a devida atenção e hoje não querem saber da empresa também. Estão longe de querer resolver a situação e só querem continuar assim até à reforma. Tudo verdade. Tenho casos na família inclusivé. Sei bem do que estou a falar. É triste, lamentável e até repugnante.

Dito isto, todos estes quadros foram tidos em conta no momento da compra e foi descontado o valor referente a este volume de custos no preço pago pela ALTICE. Não são estes os trabalhadores em causa para o problema actual. Estes vão continuar na mesma situação até saírem por reforma.

Está-se a falar de quadros com funções, que trabalham todos os dias, muitas vezes no core da empresa e que estão a ser despachados para outras empresas sem terem direito a opinar. Não há nada negociar, nada a decidir. Vão e pronto porque a lei assim o permite. É isto que é uma vergonha.
Querem terceirizar funções, nada contra.
Acham que não precisam das pessoas, que as despeçam, cheguem a acordo ou mesmo acordar com os trabalhadores a passagem para outra empresa o que fôr.

O que se está a passar é, na minha opinião, degradante para Portugal. Nem no futebol se transacionam passes de jogadores sem os mesmos darem o aval.
 
Plenamente de acordo com comentário "erdnagama", a questão do transmissão de estabelecimento sem a possibilidade da oposição do trabalhador é na minha opinião uma falha grave na lei e que tem ser rapidamente clarificada e corrigida. A Altice se não quer ter trabalhadores internos que pague as respectivas compensações, se isto não for travado, certamente outras "grandes empresas" podem seguir o exemplo e aumentar a precariedade nas gerações futuras
 
Está-se a falar de quadros com funções, que trabalham todos os dias, muitas vezes no core da empresa

Nem eu nem tu temos dados para afirmar isso ou o contrário.
Sabemos, por exemplo, via Média, que numa transferência de 118, noventa e seis são "projectistas" que desenham traçados de rede e 22 estão num centro de certificação técnica perdido em Torres Vedras no que era uma antiga central... Do centro de certificação ninguém sabe para o que serve e dos 96 projectistas também há quem diga que há anos que não fazem nenhum.

Nem eu nem tu sabemos a quantidade de vezes que a estes trabalhadores foram propostas novas funções, reciclagens e rescisões amigáveis com indemnização e nunca aceitaram...

Se a Altice violar a Lei, só tem que ser parada e punida mas é necessário perceber os muitos cenários da empresa. A imagem que os sindicatos passam de que os trabalhadores estão a trabalhar não é real e toda esta gente que é paga para produzir zero está a comprometer o futuro dos que trabalham a sério.
 
Não queria deixar de colocar aqui algumas pequenas considerações/informações, peço desculpa pelo formato, e pela longa wall of text , não tendo tempo para organizar os pensamentos..
Deixo a ressalva que houve excpções em quase todas as situações e desconheço os porquês.( mas suponho... )

Desde a entrada da altice que tem existido inumeros cortes ,sob as mais diversas formas, desde troca de fornecedores de recursos IT até à troca dos fornecedores das maquinas de café e de serviços de comida ao almoço.

Começou por haver perda de alguns recursos externos, muitas vezes os que tinham maior capacidade, mas os mais faceis de dispensar.
Houve uma redução de chefias efetiva. ( Não tanto como deveria ter havido mas.. )
Foram retirados os carros às chefias que perderam o posto ou deixaram de estar em equipas/ aplicações / projetos relevantes.

Foram cortados inumeros complementos atribuidos ao longo dos anos onde, na maior parte das situações, ja nao faziam sentido. Ao mesmo tempo foram sendo oferecidas rescisões amigaveis em barda. Grande parte das pessoas decidiu extremar posição. "so saio com tudo o que tenho direito, nem que tenha que ca ficar a ver emails passar e ler o jornal o dia todo"; "Estou cá ha 30 anos, não interessa se sou relevante dentro do âmbito atual ou não" ( nalguns casos é assim )

Há pelos vistos um limite qualquer ( valor) que a empresa pode usar para colocar pessoas na rua com carta para a SS, nos ultimos 2 anos logo nos primeiros meses gastou esse limite e depois é obrigada a negociar sem essa carta.

Há quem se tenha chegado à frente para sair e a empresa pagou sem problemas , nao dando a tal carta.

Há muita malta nova que tem entrado nos quadros, a fazer funçoes por 1000 euros ( ex. ) que secalhar na mesma equipa ha quem o faça ha muitos anos por 2000 ou mais. Aqui a ideia deles é clara, favorecem muito a mao de obra mais barata, e vao tentando arrumar os mais caros. No entanto não vi ainda um interno que efetivamente produza ser encostado ou que o tenham tentado despedir por ser caro, a nao ser que por alguma razao decidam finalizar determinada area / projeto / aplicaçao.

Cortaram a gratuitidade de produtos MEO, passou a ser paga uma percent. Estão a preparar-se para dar também essas regalias aos externos da empresa, algo que ate aqui nao acontecia. Deixaram de "dar" outras regalias aos colaboradores entrados na empresa a partir de 2013, mantiveram no entanto para os mais velhos.

Houve uma grande corrida para os projetistas de redes de fibra nos ultimos 3/4 anos que fez com que a direcção que agora está a ser muito falada tenha crescido bastante. A determinada altura a altice tentou levar esses projetistas de Picoas para o Tagus Park. Foi impedida judicialmente com ajuda do sindicato. nos ultimos meses com muito menos "fibra" para passar, menos carga de trabalho, começou se a falar de que alguns poderiam ser levados para os US, onde a PT quer aplicar a mesma ideia de passar fibra em todo lado, tendo feito o test drive por cá.. Houve novo braço de ferro com sindicatos porque "não ia ninguem sem haver aumentos".
Aqui limito-me a especular mas, parece simples. Houve uma demanda enorme contrataram em barda, deixa de fazer sentido, tentam arranjar solução.. Não concordo com a soluçao escolhida mas como referi nesta direcçao o sindicato está com muita força ainda, provavelmente nao houve otura hipotese. Se deixa de haver serviço para 100 empregados, vao la ficar a olhar uns pros outros?

Já agora destas equipas de projetistas nem todos foram passados, quem teve as melhores notas na ultima avaliaçao, ficou.
Os outros passam para outras empresas, e a indicação é continuarem nos mesmos postos de trabalho, com a mesma chefia, a fazer o mesmo trabalho de sempre. Claro que daqui a um ano podem acontecer muitas coisas, mas para ja nao muda nada a nao ser o nome da empresa no contrato. ( o que tira efetivamente do sentimento de estabilidade)

Em suma, há muita medida de corte, sim, muitas vezes sem olhar para o humano, mas para a capacidade da pessoa e a real necessidade da empresa em ter determinado recurso a determinado preço. Atualmente nao faz sentido um salario de 2 ou 3k por alguem so pk "trabalha nos computadores" sem ser sequer um tecnico/gestor/funcional especializado. Qualquer um hoje em dia "já nasce" a saber mexer no Excel , or so to say. Há enorme quantidade de malta que está no primeiro caso, era relevante para a empresa ha 20 anos mas agora nao. Por culpa propria ou da empresa que nao soube gerir os recursos, como ja foi referido, mas neste momento não servem, quando ha N malta nova capaz de fazer melhor por muito muito menos... do ponto de vista de gestão é uma optima opçao. É injusto talvez para algumas pessoas mas os negocios sao para dar dinheiro nao são para fazer caridade, digo eu.
 
Ninguém é insubstituível nem imprescindível e por cada 1 que sai a ganhar 2000 há 1/2 dúzia a querer entrar a ganhar metade.

Certo mas a experiência o know-how é vital nas áreas-chave da firma. Só para dar um exemplo: o pessoal que dá assistência a assuntos relacionados com equipamentos e infraestruturas precisam de as conhecer de trás para a frente. Se vão substitui-los por malta mais barata, estes vão precisar de muito tempo para chegarem ao nível dos que vão substituir (se é que alguma vez o vão conseguir).

Da mesma forma, é fácil ver o nível de conhecimentos de quem nos atende pelo call-center e nas lojas. Tendo em conta a minha experiência pessoal nos vários operadores, nem sei porque se dão ao trabalho a contratar miuditos a preço de saldo que nada sabem quando se lhes faz uma pergunta que não está no script que memorizaram. Falta-lhes, lá está, o tal know-how.

Isto aplica-se a muitas áreas: infraestruturas, i&d, facturação, assistência técnica, etc. Claro que tudo que não seja "core" (motoristas, porteiros, seguranças, limpezas, etc) podem ser terceirizados sem prejuízo para a firma ou para os seus clientes.

Se acabarem por contratar outras empresas para onde o know-how for, a Altice vai sempre poupar fortunas.

Não, não vai. Se as condições aplicadas nessas firmas forem as mesmas, como tem vindo a público, essas firmas vão reflectir isso no preço a pagar pela Altice e depois colocar a sua margem de lucro em cima. Ou seja, os custos vão aumentar para a Altice e corre o risco de quadros formados dentro da firma e com conhecimentos essenciais para o seu funcionamento irem trabalhar para os concorrentes.
 
Ponto 1. Eu compreendo que a Altice utilize todos os meios possíveis e imaginários dentro da lei. Nem a critico por isso.
Naturalmente que isto projecta uma imagem da empresa que é da sua responsabilidade e que é a própria empresa que viverá com ela. Eu jamais trabalharia na PT actualmente. Eu jamais aceitaria trabalhar numa empresa que sendo legal ou não está disponível para exercer este tipo de acções.

Ponto 2. O que interessa é que são colaboradores com contracto com a PT ou uma outra empresa do universo PT. Se te despachassem para uma empresa que nunca tiveste nada a ver, com imensas regalias adquiridas ao longo dos anos (mal ou bem, foram dadas aos trabalhadores) a irem pelo ar, como te sentias?
 
Certo mas a experiência o know-how é vital nas áreas-chave da firma. Só para dar um exemplo: o pessoal que dá assistência a assuntos relacionados com equipamentos e infraestruturas precisam de as conhecer de trás para a frente. Se vão substitui-los por malta mais barata, estes vão precisar de muito tempo para chegarem ao nível dos que vão substituir (se é que alguma vez o vão conseguir).

Por este primeiro parágrafo se percebe logo que além de teres uma visão limitada da PT/Altice, também desconheces a forma irresponsável e atabalhoada como o conhecimento se passou durante décadas dos mais velhos para os mais novos. O lema sempre foi ensinar o menos possível e se possível de forma a errarem. Mesmo com esta metodologia, as pessoas que se consideravam vitais ou que tu achas que são vitais, foram substituídas e esquecidas com os novos a apontarem-lhe os inúmeros defeitos, vícios e erros, portanto nenhuma experiência é vital em nenhuma área chave de qualquer empresa e o que é preciso é contratar pessoas válidas quando se dispensa quem lá está.
A tua ideia de que a "malta mais barata" vai precisar de muito tempo e nunca vai conseguir é errada, limitadora e pré-histórica. Por esse raciocínio, o mundo já era um caos há muito tempo e empresas como a PT tinham morrido ainda quando eram TLP.

Não, não vai. Se as condições aplicadas nessas firmas forem as mesmas, como tem vindo a público, essas firmas vão reflectir isso no preço a pagar pela Altice e depois colocar a sua margem de lucro em cima. Ou seja, os custos vão aumentar para a Altice e corre o risco de quadros formados dentro da firma e com conhecimentos essenciais para o seu funcionamento irem trabalhar para os concorrentes.

Também revelas não ter o mínimo conhecimento dos custos de uma empresa com um trabalhador e dos componentes salariais nestas grandes empresas ou saberias que uma enorme fatia não é ordenado base.
Nem vale a pena voltar a desdobrar os subsídios e subsidiozinhos que em muitos destes casos são mais do que o ordenado mínimo e é só necessário atirar com 2 factos: com a saída do trabalhador, a Altice poupa 23,75% de cada ordenado porque deixa de contribuir para a Segurança Social e as empresas para onde os trabalhadores forem vão operar em concorrência com outras onde o mesmo tipo de trabalhador ganha metade ou menos, portanto, ou acompanham a concorrência ou fecham a porta.
Mais uma vez, não há guardiões com "conhecimentos essenciais para o seu funcionamento". Há pessoas que sabem umas coisas e que rapidamente são substituídas e esquecidas quando se vão embora ou a PT já não existia há muito.
 
foram substituídas e esquecidas com os novos a apontarem-lhe os inúmeros defeitos, vícios e erros, portanto nenhuma experiência é vital em nenhuma área chave de qualquer empresa e o que é preciso é contratar pessoas válidas quando se dispensa quem lá está.

Uma coisa é a substituição gradual das pessoas, essa é inevitável, outra é empurrar um grande número de pessoas para outras firmas de uma assentada. Isso é um risco enorme. O know-how não se compra nem nasce do céu, aprende-se no duro dia a dia.

A tua ideia de que a "malta mais barata" vai precisar de muito tempo e nunca vai conseguir é errada, limitadora e pré-histórica.

Tu é que pareces não conhecer o mundo em que a PT se mexe, não estamos a falar duma padaria mas sim de tecnologias em constante mutação, com novas normas a aparecerem de um dia para o outro e um grau de complexidade cada vez maior.
Ter alguém com experiência em redes, por exemplo, pode ser a diferença entre um problema ser resolvido em 5 minutos ou 5 horas. Por exemplo, por vezes só com experiência se sabe que um determinado equipamento tem um bug específico que só aparece em certas condições, o equipamento da marca X não trabalha com o da marca Y ou que a documentação dum aparelho está incorreta ou incompleta.

As pessoas não são máquinas, ao contratar "malta nova", além do inevitável tempo de formação, não tens garantias que vão fazer um bom trabalho, se se vão adaptar ao trabalho ou desistir a meio. Nunca vi funcionar o esquema de "pelo mesmo ordenado contratamos dois putos". Pelo contrário já o vi a afundar empresas.

Também revelas não ter o mínimo conhecimento dos custos de uma empresa com um trabalhador e dos componentes salariais nestas grandes empresas ou saberias que uma enorme fatia não é ordenado base.

O que é que os meus conhecimentos têm a ver com isto? A garantia dada pela administração da Altice é que os trabalhadores vão para empresas terceiras ganhar o mesmo e com as mesmas benesses, subsídios, whatever. Acreditas mesmo que as outras firmas não vão refletir isso no preço a pagar pela Altice por esses recursos? Pois. Tudo é resto são truques contabilísticos, é passar os custos de um lado para o outro.

PS: Se favor modera o tom. A arrogância não te ajuda a passar os argumentos e torna difícil um debate justo e equilibrado.
 

Toda a argumentação desse post só serve para tapar o Sol com uma peneira e focar a atenção no acessório sindicalista...
Revelas desconhecer a realidade que estás a tentar discutir, incluindo o desconhecimento dos encargos que as empresas têm com os trabalhadores e a poupança BRUTAL que significa a transferência para outra empresa que vai ter que competir com as outras que usam mão de obra tão ou mais qualificada mas que custa 1/2 ou 1/4 do preço.
Essa dos empregados vitais pega tanto na tecnologia como na pecuária e pelo mesmo ordenado chegas a contratar não dois mas 4 "putos" mais qualificados e com uma cultura de empresa superior que não se recusam a atender um telefone porque não está na sua categoria profissional.
 
PedroMAF, podes passar os teus argumentos sem entrar nesse tom e registo.
Um fórum é para dialogarmos e argumentar, não para impor a nossa visão sobre terceiros.

Em relação ao que estão a discutir, ambos tem razão pois diferentes areas da empresa tem diferentes requisitos de cultura e know-how.
Mas algumas das tecnologias que a PT usa é preciso engenheiros "antigos" porque só eles conhecem as manhas dos sistemas como já disseram. Nem todos os sistemas são Excel e SAP em que qualquer recém-licenciado sabe mexer.
 
Pelo que se tem vindo a saber, não são os Engenheiros que estão a ser transferidos. É mais pessoal que nem Quadro é. Eu conheço 1 que entrou para a PT como indiferenciado e acabou na Informática a dar uns toques no IBM porque "tinha" um ZX Spectrum... e por lá ficou até hoje.
Conforme já foi dito aqui:

não vi ainda um interno que efetivamente produza ser encostado ou que o tenham tentado despedir por ser caro

Já agora destas equipas de projetistas nem todos foram passados, quem teve as melhores notas na ultima avaliaçao, ficou
 
Efetivamente a grande maioria do pessoal "projetista de rede", ou desta direcção ultimamente falada nas noticias, apesar de ser dos quadros, e de algumas excepções, tinham o 12º ano no momento de entrada na empresa, vieram pela academia tecnica PT. ( Fora alguns mais velhos que ja la estavam obv )

No mainframe por exemplo, ha exemplos de pessoas a recibos verdes ha dezenas de anos que sao vistos como intocaveis ou reformados de bancos.É exemplo daquilo que o Stormgiant referiu, há tecnologias onde não é qualquer um que mexe.
Há areas onde cortam a eito, outras não podem, e não sao burros para o fazer.
 
PedroMAF, depende das areas e do peso de cada uma dentro do universo PT.
Na area onde eu estava vi muitos com entre os 30/40 anos de idade com salários médios a serem encostados e alguns pressionados para mudar para as novas empresas com cortes nos salários. e eram valiosos nas direcções onde estavam.
Só ao fim de mais de 1 anos de iniciarem os cortes ( uns meses antes da entrada da Altice ) é que vi algumas areas a levarem cortes e algumas que ainda nem sequer tinham mexido. Quando falei com alguns deles e disse que eventualmente também iria chegar ás direcções deles, começaram a rir e a dizer "impossível, a nossa é core e aqui ninguém mexe" e olha, ao fim de meses lá começaram a mexer.


Vou repetir para que a mensagem passe. Aqui a questão não é os cortes mas como os fazem.
Mais um pequeno exemplo. Nos últimos meses em que estive lá, não tinha papel na impressora e muitos dias acaba o papel na casa de banho. E numa empresa daquele tamanho depois não existe "uma pessoa" a quem possamos ligar e perguntar "posso passar ai e levantar um pouco de papel ?" :D Quando ia reclamar com a secretaria da direcção para que fizesse algo, dizia que estavam a cumprir ordens e tinhamos que ter paciencia.
Só para dar conta de uma das muitas coisas incríveis e completamente idiotas que se passou na altura da entrada da Altice.
E ao mesmo tempo algumas direcções continuavam a esbanjar dinheiro todos os dias em coisas que não lembra ao diabo
 
@Stormgiant conforme já disse não fico de maneira nenhuma satisfeito com estas transferências e haverá injustiças mas a maioria desta gente nem merece o que ganha nem produz e nem quer produzir. No limite estão a comprometer o futuro dos colegas que estão lá de corpo e alma, são polivalentes e trabalham a sério.
Impera nos mais velhos o espírito que era rei aquando da PT que era só do Estado mas infelizmente já não é... e têm que se adaptar... A muitos foi dada a hipótese de se adaptarem ou oferecidas indemnizações para se irem embora. Nem aceitaram a hipótese de se adaptarem e houve quem tivesse recusado indemnizações que eram 1000e inferiores ao que queriam...
 
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