Discussão Conversa da Treta: Fotografia & Video

O eBay é sempre uma forma muito fácil e simples de tentar vender o que quer que seja. Era comprador há uns anos e recentemente comecei a vender e é um mercado muito melhor, porque se vende quase tudo, já que a "carteira de clientes" é gigante.
 
Eu penso que há sempre oportunidade, mas o mercado está algo saturado.
Mas mais importante, dado o clima económico actual e sendo isto algo que não é de primeira necessidade, procura malta com dinheiro. Eu notei muito isso ko uk. Não é que tenha tantado o mercado português em força, mas no uk é muito fácil vender porque há dinheiro. Já vendi algumas prints mas não tantas como gostava, agora calendários? Da pequena vila onde moro foram 80 em 3 semanas. O truque aqui foi focar num grupo de pessoas que gosta muito da vila, os calendários que havia era só com fotos maravilhosas, fui tirar umas fotos boas, mostrei e a malta gostou (e foi 1 mês antes do natal).

A.minha dica é procurares um mercado com pouca expressão.
 
Tudo se resume à capacidade de imprimir a baixo custo e vender a um custo superior. Telas, e quadros ainda ficam caros. Há pessoas a comprar fotos assim a 70 ou 80€ ?!

O ebay é porreiro, bem melhor que o nosso olx (por mil e umas razões) mas teria que ter algum material que diga algo às pessoas digo eu.

@jjmaia o que queres dizer com mercados com pouca expressão? Coisas/locais com pouca exposição? Desconhecidos?
 
Se fores vender fotos da Tower Bridge, ou de um pôr do sol, estarás a tentar vender algo que já existe em excesso no mercado e que já está mais do que disponível. Se fores para coisas de nichos, podes não vender em quantidades astronómicas, mas podes oferecer algo que não existe ainda e acabar por vender efectivamente, mesmo que pouco. Acho que esse ponto de vista do @jjmaia faz todo o sentido. Depois terás de conseguir publicitar junto desse possível nicho.
 
Sempre ouvi dizer que era mais “soft” que a f1.8 e que esta última é melhor opticamente.

Edit: aliás, há um vídeo do kai, ainda no digitalrev a dar conta disso mesmo.
 
Última edição:
Pela net fiquei com a ideia do "é discutível" nesse aspecto. Parece que comparando aos 1.8 é melhor do que a mais barata, mas comparando 1.2 com 1.8, sim, é mais soft...o que acho normal. No entanto as fotos que vi mostram níveis de micro-contraste que dão um arraso à 1.8 e aumentam muito a percepção de nitidez.

Preocupa-me mais:
  • o desempenho na focagem, que dizem que é um caracol na Mark I, e na Mark II apenas razoável (ponto forte da 1.8)
  • se é consistente q.b. a focar
  • sensibilidade a flares (ponto fraco na versão 1.8)
  • se é frágil por ter um elemento frontal que se estende com a focagem
  • se tem muita tendência para CA no centro nas aberturas maiores (bordas não me preocupam) - ponto fraco da versão 1.8
  • conclusão, se é uma boa compra ou um arrependimento
 
Resumidamente, vou-te dizer algo que já sabes, sendo uma f1.2, vai ser usada a maior parte das vezes nessa abertura e aí, por muito boa que seja, vai sofrer de tudo isso.

Vê o vídeo do Kai que te disse, é uma óptima review.

Acho que é um must para quem faz retrato.

Para quem não faz assim tanto, acho que é um desperdício de € e de peso/tamanho.
 
É assim, isto são só ideias, mas vou explicar-me

Na verdade desperta-me mais interesse a nova 85mm f/1.4. No entanto, as f/1.2 agora aparecem bastante nos usados e isso torna-as mais acessíveis, e ainda são um bocadinho mais luminosas.

Não estou a olhar para elas por uma questão de separação de fundo, mas sim pela questão da luz, visto que fotografo com cada vez mais frequência à noite. Contudo, as versões 1.2 creio que usam ambas uma fórmula óptica (acho que é a mesma nas duas) um pouco antiga, tal como a minha 1.8. Esta aqui não é das melhores no que toca a resistência a flares e CA. É uma lente antiga, é da era da velhinha 50mm f/1.8 II, tem revestimentos/coatings antigos e que ficam muito atrás dos que vêm nas lentes actuais.

A nova f/1.4 não sofre muito dessas coisas, visto ser uma lente moderna, no entanto é mais cara. Por isso tenho olhado para as f/1.2 como uma alternativa, no entanto essas fraquezas da minha 1.8 preocupam-me porque nem sempre as posso corrigir (muitas vezes as luzes de palco têm os mesmos tons de rosa e de verde das aberrações cromáticas da lente). E isto não sou eu a ser picuinhas, porque chego a ter interferências que vejo perfeitamente em tamanhos de visualização da web (estes cenários são muito exigentes, puxam muito pela resistência da lente).

Claro que há uma resposta fácil para isto tudo, que é "então vai para a f/1.4", mas é assim, as f/1.2 Mark I arranjam-se por metade do preço nos usados, são contas muito diferentes :biglaugh:

Daí eu estar a tentar encontrar algum feedback destas lentes, para tentar perceber o que será melhor para o meu caso. Sendo gastos avultados e numa matéria em que já estou mais ou menos servido (porque já tenho uma 85mm), opto por ser mais cauteloso.
 
Não estou a olhar para elas por uma questão de separação de fundo, mas sim pela questão da luz, visto que fotografo com cada vez mais frequência à noite.

Esquece então. O que ganhas em termos de luz não compensa o que perdes em tudo o resto.

Como não me canso de dizer, e contrariamente ao que o nome indica, objetivas "muito luminosas" não valem pela luz extra que conseguem apanhar, mas sim pelo "look" que se consegue com elas. Pelo menos é assim na vasta maioria dos casos. E isto é particularmente verdade nas 85mm.

Se precisas de "fotografar à noite" e ainda não tens um bom corpo full-frame (daqueles que dá para usar ISO 6400 ou mais sem pestanejar) essa deverá ser a tua primeira opção.
 
Eu concordo.

Principalmente por uma razão:

A meu ver, o primeiro parâmetro a ser escolhido é sempre a abertura e, tudo o resto, é seleccionado em função disso.

Salvo raras excepções onde o principal parâmetro é o shutter speed (longas exposições).

O que quero dizer é o que o strobe disse: se o teu intuito é luz, deves ir pelo aumento do ISO e não deves sacrificar a profundidade de campo. A não ser que esta seja mesmo irrelevante que, no meu entender, nunca é.
 
Hmm ouch...confesso que não tenho estado a olhar para as coisas dessa forma.

Full-frame é uma ideia que tenho deixado para 2º plano, porque segui um raciocínio que foi:
Normalmente em full-frame usam-se zooms f/2.8. Eu com primes f/1.4 já compenso a diferença do tamanho do sensor em termos de desempenho ISO e a fotografar nessas aberturas (que é o que faço), trago ficheiros mais limpos do que se estivesse com uma full-frame a fotografar a f/2.8.

Claro que há aqui uma falácia, porque também podia usar as mesmas primes em full-frame e ter ainda mais qualidade, mas as zooms seriam mais convenientes.

Tenho a intenção de passar para full-frame (e ainda ontem encomendei um artigo que vai nessa direcção), mas tenho deixado isso sempre para mais tarde, primeiro, porque ainda não passei todo o vidro para full-frame, e segundo, porque é um gasto avultado duma só vez (uma lente aqui e outra acolá é mais fácil de sustentar).

Obrigado pelos pensamentos. Consideram que full-frame faz assim tanta diferença? Normalmente as minhas fotos vão saindo com ISOs entre 100 e 8000, por causa das variações nas luzes, mas com uma clara tendência para ficarem abaixo de 2500. Acima disso são poucas fotos. Isto, com lentes f/1.4, claro, e velocidades entre 1/250 e 1/1250, dependendo dos momentos.
 
Hmm ouch...confesso que não tenho estado a olhar para as coisas dessa forma.

Full-frame é uma ideia que tenho deixado para 2º plano, porque segui um raciocínio que foi:
Normalmente em full-frame usam-se zooms f/2.8. Eu com primes f/1.4 já compenso a diferença do tamanho do sensor em termos de desempenho ISO e a fotografar nessas aberturas (que é o que faço), trago ficheiros mais limpos do que se estivesse com uma full-frame a fotografar a f/2.8.

Claro que há aqui uma falácia, porque também podia usar as mesmas primes em full-frame e ter ainda mais qualidade, mas as zooms seriam mais convenientes.

Tenho a intenção de passar para full-frame (e ainda ontem encomendei um artigo que vai nessa direcção), mas tenho deixado isso sempre para mais tarde, primeiro, porque ainda não passei todo o vidro para full-frame, e segundo, porque é um gasto avultado duma só vez (uma lente aqui e outra acolá é mais fácil de sustentar).

Obrigado pelos pensamentos. Consideram que full-frame faz assim tanta diferença? Normalmente as minhas fotos vão saindo com ISOs entre 100 e 8000, por causa das variações nas luzes, mas com uma clara tendência para ficarem abaixo de 2500. Acima disso são poucas fotos. Isto, com lentes f/1.4, claro, e velocidades entre 1/250 e 1/1250, dependendo dos momentos.

Atenção, estás-te a basear em pressupostos errados.

APS-C não tem de ter a mesma “qualidade” que Fullframe só porque usou uma abertura maior e consequentemente um ISO menor (seguindo o teu raciocínio).

Isso tudo depende da qualidade/tecnologia dos sensores.

Hoje em dia um sensor APS-C tem melhores prestações em ISO’s elevados que os FF antigos.

Já para não falar noutros aspectos como a range dinâmica, etc..

A meu ver o teu raciocínio não está correcto por uma razão: não tens que andar a comparar o que quer que seja com FF e sim com a tua necessidade no momento.
 
Última edição:
Claro, percebo o que queres dizer. Eu uso como base de comparação o sensor da 5D Mark IV, que é a full-frame da geração da minha 80D, e é aquela que oferece tudo o que oferece a 80D. Naturalmente que não levo isto duma forma literal, mas dois stops de 2.8 para 1.4 é bastante.

Portanto eu não me queixo de qualidade da câmara, ela demonstra cumprir com aquilo que lhe peço e produz resultados que são do meu agrado. Aos 35mm e 50mm estou perfeitamente servido com as duas primes f/1.4 que tenho, agora estava só a equacionar completar o conjunto no lado tele, até porque a 85mm é a prime mais utilizada, das três.
 
Nos dias de hoje, se não recorrermos ao crop, qualquer máquina vai facilmente aos 6400 de ISO sem qualquer problema.

Não acho que faça sentir gastar-se o que pedem por uma f1.2 quando a f1.8 custa ~250€ usada.

A não ser que sejamos obcecados por DOF muito curtos.
 
Normalmente em full-frame usam-se zooms f/2.8.

Há uma razão para isso: O kit FF + zooms f/2.8 é um kit que satisfaz as necessidades de muitos fotógrafos.

Mas isso não só não garante que satisfaça as tuas necessidades como é certo que não satisfaz as de toda a gente. Há quem faça 90% do seu trabalho (ou mais) com primes apesar de usar FF.


dois stops de 2.8 para 1.4 é bastante

Em termos de "quantidade de luz", fica ela por ela: uma APS-C com f/1.4 apanha basicamente a mesma luz que uma FF em f/2.8. E como dizes, zooms f/2.8 são muito mais versáteis, sobretudo se tiverem estabilização.

Claro que o "look" de uma f/2.8 em FF não é o mesmo que o de uma f/1.8 mesmo em APS-C.

Tudo depende de o que tu queres.


também podia usar as mesmas primes em full-frame e ter ainda mais qualidade, mas as zooms seriam mais convenientes

Mas lá está: com FF tens essa opção. Com APS-C, se estiveres apertado com falta de luz, ficas basicamente impedido de usar zooms (tirando as Sigmas f/1.8).

E essa do "mais qualidade com primes" também é falso em FF, pois em FF tens objetivas zoom que são tão boas como as melhores primes nas mesmas distâncias e aberturas. Em APS-C é que esse problema acontece (fora raras exceções, com as já mencionadas Sigmas e o sistema da Fuji).



Consideram que full-frame faz assim tanta diferença? Normalmente as minhas fotos vão saindo com ISOs entre 100 e 8000, por causa das variações nas luzes, mas com uma clara tendência para ficarem abaixo de 2500. Acima disso são poucas fotos. Isto, com lentes f/1.4, claro, e velocidades entre 1/250 e 1/1250, dependendo dos momentos.

Mais uma vez: Depende do que queres.

Assim que começas a passar de ISO 6400 é de considerar FF. Não é que uma APS-C moderna não aguente ISO 6400, mas porque é sinal que podes estar, talvez mesmo sem ter consciência disso, a comprometer outros parâmetros da exposição:

- Se calhar estas a usar f/1.4 quando deverias a estar a usar uma abertura menor e um ISO mais elevado.

- Se calhar estas a usar 1/250 quando deverias estar a usar 1/100 com estabilização de imagem ou 1/1000 com um ISO mais elevado.

- Ou se calhar simplesmente era preferível ter um ISO 6400 mais limpo.

Se bem me lembro, costumas fotografar eventos noturnos com iluminação prática, certo? Esse é um tipo de cenário em que as objetivas muito luminosas geralmente têm dificuldades. A não ser que queiras aproveitar de forma artística essas deficiências, se achas que a f/1.8 e f/1.4 já tens problemas, então espera ter ainda mais problemas com uma f/1.2. Simplesmente não são objetivas pensadas para lidar com isso.
 
Mas isso não só não garante que satisfaça as tuas necessidades como é certo que não satisfaz as de toda a gente. Há quem faça 90% do seu trabalho (ou mais) com primes apesar de usar FF.
Sim, de acordo. Apenas estabeleço como base de comparação aquilo que é mais ou menos padrão, percebes?

Confesso que desta vez vocês me surpreenderam, pois não contava com esses argumentos. São válidos e estou a considerá-los seriamente.

Com APS-C, se estiveres apertado com falta de luz, ficas basicamente impedido de usar zooms (tirando as Sigmas f/1.8).
É exactamente isso que me faz usar as primes. Gosto delas, claro, mas reconheço que tinha mais versatilidade com zooms. Quando a luz não é assim tão pouca até pego na minha 17-55 f/2.8 para algumas coisas, devido à sua conveniência.

podes estar, talvez mesmo sem ter consciência disso, a comprometer outros parâmetros da exposição
Se bem me lembro, costumas fotografar eventos noturnos com iluminação prática, certo?
Com o passar do tempo, tenho vindo a fotografar mais e mais à noite. Sobretudo concertos, até porque tenho alguns músicos de quem sou próximo, mas por vezes também eventos como festas ou concentrações.
Não uso definições de disparo fixas, vou variando de acordo com as necessidades. Para o caso de músicos, vai sempre depender do ritmo da música, no entanto procuro evitar motion blur (a menos que o queira intencionalmente). Raramente sinto que possa descer abaixo de 1/200. O mais habitual é andar em 1/250 ou 1/500, e há momentos em que subo, conforme o movimento das pessoas, numa música mais mexida, ou num momento de dança, ou num estilo de performance em que o artista se movimente rapidamente no palco. Por exemplo, há coisa de duas semanas fotografei um concerto rap e eles movimentavam-se no palco sempre em passo rápido ou quase a correr. Claro que aqui tive que fazer escolhas, ou subia na velocidade e no ISO, ou passava a disparar de forma estratégica, e optei pela segunda para preservar a qualidade dos ficheiros e trazer mais margem de edição para casa.
Devo começar por dizer que fotografei quase todo este concerto com a 17-55, pois estava com acesso ao corredor em frente ao palco, e por isso recorri à zoom para poder fazer uns disparos mais wide. Portanto desta vez eu não estive a f/1.4 (pouco tempo, apenas).
No exemplo desse concerto, analisando os RAW's vejo que 14% deles foram tirados entre ISO100 e 1000, 32% deles foram tirados com ISO1250, 38% foram tirados com ISO entre 1600 e 6400, e que os restantes 16% foram tirados acima de 6400 (estas são sobretudo fotos do público, que não estava bem iluminado).
Como disse, optei por disparar de forma estratégica, e então o resultado é que só tenho duas velocidades de obturador aqui, que são 1/250 e 1/500.
A minha franca opinião é que isto correu muito bem. Pelo menos correu melhor do que eu esperava. Usei a 17-55 com receio de ficar mal, mas usei. Obviamente tenho fotos com blur, porque se eles se moviam tão depressa não era com 1/500 que os congelava, mas os resultados foram satisfatórios, ainda que não perfeitos.
No entanto mais tarde a luz de palco reduziu, e ficou assim até ao fim do concerto, e tive logo que trocar para uma das primes. Continuei a 1/500, abri a lente a 1.4, e ainda assim mais de 80% dessas fotos com a prime foram acima de ISO 2500.
Estabilização não uso. Sinto que me atrasa os disparos naquele instante entre carregar a meio no obturador e dar o click, pois os movimentos que faço com a câmara são irregulares (esquerda, direita, cima, baixo, diagonais, rodar, etc) e noto sempre o OVF a fazer resistência aos meus movimentos.


Enfim, foi só um exemplo. Há realmente momentos em que a luz é muito pouca. Se eu sou exigente? Confesso que sou um bocado, pois vejo trabalhos doutros fotógrafos de música e eles publicam online todas as fotos com motion blur, e eu não publico as minhas assim, mas para já..acho que ainda me custa um pouco a desistir da 80D.

Como digo, pretendo ir para full-frame, mas de momento não tenho possibilidades para isso. Espero que mais tarde seja possível.

Mas agradeço os vossos pensamentos, porque acho que me estão a conseguir convencer a não ir para uma 85mm f/1.4 ou f/1.2. Parece-me que acham mais sensato aumentar o tamanho do sensor. Não sou contra essa ideia, e é algo que espero realizar.

Noutra nota, eu disse acima que anteontem encomendei um artigo que ia na direcção de full-frame, e posso dizê-lo: estou a aguardar a chegada duma 70-200mm f/2.8 L, versão sem estabilização (lá está, porque não uso a estabilização). Assim já irei trocar mais um pedaço de vidro APS-C por full-frame (claro que não foi essa a razão de a ter escolhido, foi por causa da abertura constante - mas já fica).
 
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