Li este conjunto de posts na diagonal mas...tenho uma noticia para acrescentar a esta discussão que penso ter algum interesse.
Portalegre será o berço da indústria de videojogos
"Não se pode dizer que Portugal tenha realmente uma verdadeira indústria de videojogos, embora haja gente com capacidade de os fazer. É essa lacuna que a APROJE, a Associação de Produtores de Jogos Electrónicos, pretende colmatar, fazendo com que o país passe a ser mais activo.
Portalegre caminha para aquela que será a capital dos videojogos. A GAMECITY vai nascer num terreno baldio – que será conhecido em princípios de Maio – e pretende ser um espaço essencialmente composto por residências e laboratórios onde se produzem jogos electrónicos.
A ideia é que, já em 2008, haja equipas de desenvolvimento em acção.
Numa primeira fase, a produção será centrada nos chamados jogos de segunda linha. Paulo Gomes, presidente da APROJE, afirma que “há jogos, como por exemplo os casual games, os mobile games ou até jogos para consolas, como é o caso da PSP, que têm menos custos e menos tempo de produção do que jogos de primeira linha – para uma Playstation 2 ou para uma Playstation 3, que vai sair, ou para uma Xbox. Então significa que nos primeiros três anos – os tais 8 a 10 projectos que nós vamos apostar – são claramente para treinar todo este mecanismo. Não só o mecanismo de negócio, mas também o mecanismo de adaptação tecnológica e artística dos nossos artistas e dos nossos técnicos.”
O essencial da GAMECITY
A escolha de Portalegre para acolher a GAMECITY justifica-se não só por ser mais barata, em termos imobiliários, como também por ter a primeira instituição de ensino superior do país com uma licenciatura em Programação de Jogos Electrónicos.
A GAMECITY é financiada pela Game Invest, criada no âmbito da APROJE. A Associação de Produtores de Videojogos terá um conselho científico e outro consultivo. A eles cabe a missão de avaliar as tendências do mercado e as capacidades inovadoras dos jogos desenvolvidos pelas equipas.
Os responsáveis da APROJE têm feito alguns contactos com empresas internacionais da área, no sentido de convencer algumas delas a fixarem-se em Portalegre: “cada projecto vai ter sempre de ter pessoas internacionais que já fizeram títulos, para ajudar os nossos a fazer, de facto, uma equipa equilibrada. Isso significa que estas equipas vão ter pessoas nacionais e internacionais. Sejam dos Estados Unidos, do Canadá, de Inglaterra, da França, etc. Significa que aquela vai ser a GAMECITY, vai ser claramente uma cidade internacional. Há garantidamente interesse por parte deles. Aliás, posso garantir que há um conjunto de passos que temos de dar – nomeadamente a questão da massa crítica e afectação. A partir do momento em que nós conseguimos afectar a massa crítica para aquela região, é praticamente garantido isso”, conta Paulo Gomes.
O Festival de Criação de Jogos
A APROJE garante que o financiamento – vindo sobretudo do sector privado – não representa qualquer problema.
A grande questão está em saber se Portugal tem, de facto, massa crítica com os requisitos mínimos para ingressar num projecto desta dimensão. A resposta será conhecida em finais de Setembro, durante o Festival de Criação de Jogos Electrónicos. O evento está aberto a todos aqueles que, de uma forma ou de outra, possam contribuir para o desenvolvimento de videojogos, podendo submeter os seus trabalhos a concurso."
Abílio Ribeiro
From:
http://2010.tugabuga.com/Noticia.aspx?idNoticia=1158