Cuba com Linux próprio

APLinhares

OpenSource
Cuba desenvolveu a sua própria distribuição de Linux, para os utilizadores de PC da ilha.
Segundo o DailyTech, Cuba quer demarcar-se da influência norte-americana no mercado informático. Por essa razão, lançou a sua própria distribuição de Linux. O Nova Linux esteve a ser desenvolvido durante mais de um ano, e foi apresentado na Conference on Communication and Technologies, em Havana.

Ainda não há qualquer informação sobre quais os pacotes que são distribuídos juntamente com o Nova Linux, nem onde poderão os utilizadores descarregá-lo. O que se sabe é que o governo não anunciou quaisquer planos para criar uma divisão de suporte ao sistema operativo, pelo que o mais provável é que seja a comunidade a prestar a ajuda necessária.
Fonte

Mais um país a querer usar Gnu/Linux :)
 
Cá deviam fazer algo semelhante, desenvolver uma "distro" e a implementar em todas as instituições do estado como standart cortando a ligação com a microsoft, poupavam assim em licenças e afins. E sejamos sinceros, eliminaria a vasta quantidade de computadores com windows e offices piratiados que abundam por ai, já para não falar que poderia despertar a curiosidade da população para algo novo e talvez lhes abrir os horizontes para algo diferente.


--last
 
Acho uma boa iniciativa se bem que talvez a ideia seja mais ser anti-america que outra coisa:P
Pelo menos no estado acho que se deveria usar,poupava-se custos como já foi dito por voçes.Relativamente ao facto do socrates ser lacaio ou outra coisa qualquer pensa lá se não será mais pelo pessoal que não quer usar...Conta quantas pessoas aqui no forum que pediram os portáteis e-escola pediram com linux.A opção estava lá....
 
E mesmo as soluções que cá temos são uma lástima.
Tive a mexer num portatil e-escolas com Caixa Mágica e colocaram aquilo numa tamanha confusão que até eu me vi á rasca para me orientar :S Poucos programas, associações limitadas, configurações alteradas (para pior)...E com ubuntu, o dono já se desenrasca bem melhor. E mesmo outras soluções nacionais, como alinex estão paradas no desenvolvimento :mad:
 
E mesmo as soluções que cá temos são uma lástima.
Tive a mexer num portatil e-escolas com Caixa Mágica e colocaram aquilo numa tamanha confusão que até eu me vi á rasca para me orientar :S Poucos programas, associações limitadas, configurações alteradas (para pior)...E com ubuntu, o dono já se desenrasca bem melhor. E mesmo outras soluções nacionais, como alinex estão paradas no desenvolvimento :mad:

pois, há falta de apoios. Não só o Governo, como todas as empresas, beijam a M$, mas isto deve-se muito, a que na maioria nem sequer tenham grandes conhecimentos de informática. E para esses só existe Windows.
 
Pessoalmente acredito que isto dos portáteis das e-escolas era uma excelente oportunidade para desenvolver o conhecimento "informático" da população, mas, a forma como tudo isto foi implementado foi simplesmente patética, deviam ter sido criados planos a nível das escolas em que os portáteis seriam usado como ferramentas de trabalho e em que os jovens eram ensinados a trabalhar em ambiente linux/windows, ao invés do que se verifica agora em que estes portáteis são simplesmente "brinquedos para jogar" e uma oportunidade dourada para as tmns, vodafones e afins.

Tenho pena que quem manda não tenha uma visão a longo prazo das coisas.

--last
 
Porquê ir para tão longe? basta olhar para o que se passa aqui ao lado:

LinEx - utilizado nos computadores da administração regional da Extremadura, desde 2002
Guadalinex - Governo Regional da Andaluzia, desde 2004
Lliurex - Governo da Comunidade Valenciana, 2005
MAX - Comunidade Autónoma de Madrid
Molinux - Comunidade Autónoma de Castilla-La Mancha

E mais por esta Europa fora...
http://www.osor.eu/case_studies

Portugal (ainda) é um feudo da Microsoft. O cenário lá fora é diferente.
 
Essa agora... os funcionários da administração pública, ensino, etc. usam o que lhes for disponibilizado para usar, é para isso que são contratados e remunerados. Se é promovido o Windows, Linux, ou o que quer que seja, é uma questão da política das tecnologias da informação que se optar seguir. Se os decisores políticos optam por determinadas soluções tecnológicas de inferior relação custo/benefício e que ainda por cima são pagas a peso de ouro com os MEUS IMPOSTOS, isso é algo em relação a que posso exercer legitimamente a minha liberdade de opinão e indignação.
 
Última edição pelo moderador:
Cuba optou pelo mais lógico ! Não é apenas uma questão de anti-americanismo, é uma questão lógica tendo em conta as condições do país. Não se pode pensar em esbanjar milhões em licenças quando o povo nem sequer tem dinheiro para comprar comida.
Olhando para as viaturas que circulam no país, não esperem que os computadores de lá sejam topo-de-gama, portanto, ou duram muitos mas muitos anos ou então não há possibilidade de os manter e como o Linux é um SO muito mais eficiente correndo em computadores antigos, é mais um ponto a favor.
Obviamente que há questões políticas, mas não podemos reduzir essa iniciativa apenas a esse pormenor.
Creio que a possibilidade de ter um SO adaptado ás necessidades do país sem estar dependente de empresas externas e nem estar preocupado com licenças que teriam de ser pagas para instalação de software ou desenvolvimento do mesmo, a distribuição Cubana do Linux só é estranho por só agora aparecer.
No que diz respeito ao Linux e do OpenSource, o Brasil está mesmo muito à frente de qualquer país e creio que teremos muito a aprender deles.

Não quero contribuir para inflamar o tópico mas o nosso governo deveria aplicar o OpenSource onde fosse possível, como nós sabemos, ainda não é possível fazê-lo em grande escala por falta de soluções tipo AutoCAD e programas mais específicos, mas sabemos que ao haver uma adesão em larga escala das entidades públicas de vários países ao Linux/BSD, é uma questão de tempo até aparecerem esses programas.

Actualmente existem várias empresas a desenvolver de raíz software OpensSource para ser utilizado em várias empresas e instituições do estado. À alguns anos atrás lembro-me de falar com um Engº da CM de Matosinhos que me mostrou um programa de topografia inteiramente OpenSource e que ele utilizava na Câmara Municipal. Portanto, é tudo uma questão de colocar a "carroça a andar" pois as soluções aparecem ou até somos surpreendidos por já existirem.
 
.... mais uma vez repito .... NÃO SOU ANTI-LINUX!

Facto1: Feliz ou infelizmente, o windows é o sistema que muita gente usa e está habituada.
Facto2: "Ensinar" linux aos funcionários publicos (ou a qualquer funcionário) traduz-se numa perda de tempo que não estou certo que se queira "investir".
Facto3: O linux está cada vez mais presente no ensino e na actualidade, por isso essa transição que tanto falam vai acabar por acontecer. só não acontece de hoje para amanha como voces querem.
Facto4: É inegável a (falsa) "segurança" que dá ter software microsoft instalado. Se der problema, há montes de gajos certificados prontos para dar apoio. Enquanto no linux podem começar a aparecer certificados, mas a maioria é auto-didacta (o chamado desenrasque). Mais uma vez, só agora com a abertura que o linux está a ter no meio académico é que se pode começar a apostar forte nessa área.
Facto5: Linux é muito bom em ambiente servidor. E ninguem o pode negar. A partir daí, é fazerem o levantamento de quantos servidores estatais trabalham com um e com outro.

Outros: Se os MEUS IMPOSTOS fossem esbanjados só na compra de licenças de software pago, posso-te dizer que estaria bem mais contente com este país.

Final: Eu sou open-minded. Tanto sou que aceito pacificamente a existencia do windows, do linux ou do diabo a 4. Se me fizer jeito no dia-a-dia, já vale a pena existir. Por muitos defeitos que o windows possa ter, nao me vou por para aqui a chamar-lhe "ruindows" ou "M$" só porque eles conseguiram ganhar dinheiro à custa do software e isso irritou algumas pessoas.

Quanto ao IE, se ele te incomoda é simples.... não uses.
Eu tanto uso um como outro, por isso estou-me nas tintas se ele lá está ou não.
Como também devias saber, algumas funcionalidades do windows estão interligadas com o IE, daí a sua inclusão no sistema operativo.

Se eu me iniciei na informática com sistemas operativos da microsoft, se fui evoluindo na informática com programas e posteriormente sistemas operativos da microsoft, se experimentei e trabalhei em linux e continuei a não deixar o windows de lado ...... vou-me por a dizer mal e a deitar abaixo, só porque sim?

Se os cubanos fizeram um linux, fixe para eles.
Nós temos o caixa-mágica.
Foi com alguma surpresa (positivamente) que soube que os magalhaes o iam ter instalado.
Magalhaes com linux. Querem melhor ponto de iniciação do que este?
Mas nem mesmo assim estão contentes, porque já desataram a criticar a m#"#$% da distro.
Por acaso sabem como é o linux de cuba? Fizeram comparações ao caixa-mágica para saberem se é melhor ou pior, antes de o criticarem?
A culpa disto tudo, como já disseram por aí, mais uma vez é do socrates.

Aposto até que se o socrates decidisse que a funçao publica passaria a usar o "nosso" linux, voces iam criticar pq iam usar caixa-mágica!

E não tenho nada contra a Microsoft empregar gente cá em portugal.
Muito pelo contrário. São empregos existentes...... é uma forma de contribuir para uma empresa que nos pode oferecer ainda mais empregos, caso justifiquemos.
 
Última edição pelo moderador:
Esta medida como já disseram, parece mais anti-americanismo que outra coisa.

Mas acredito que muito em breve começaremos a ver o linux ganhar força. Cada vez mais o linux é usável pelo utilizador comum e quase de certeza com bem menos problemas que o windows.

Se o governo ignora completamente o linux, pelo menos os fabricantes vão colocar mais pcs no mercado com linux, como soluções prontas a usar e poupar em licenças de windows + office.


O utilizador comum não precisa de aprender a usar linux. O utilizador comum, precisa de saber usar um sistema operatico gráfico e usar as aplicações que usa para trabalhar.

O vista é tão diferente do xp como o ubuntu é do xp e ninguém teve que andar a aprender vista.
 
Última edição pelo moderador:
Corpsegrinder, qual é a dificuldade de colocar alguém a mexer no Linux ? Não se está propriamente a pedir a um funcionário público que aprenda a mexer no Linux mas apenas em ferramentas lá colocadas ao seu dispor. Essas ferramentas são em muito semelhantes ao windows como por exº programa de mails tipo Thunderbird ou Evolution, e programas Office como o OpenOffice. Dificuldade nisso ?
Eu dou assistência a várias entidades do estado e eles têm gasto fortunas a desenvolver programas específicos para o Windows, os seus funcionários aprendem a mexer nesses programas com mais ou menos dificuldade... e estou a falar no Windows.... Desenvolver programas desses para o Linux não terá qualquer impacto no utilizador do computador que terá de fazer o seu LogIn e executar o programa para o qual recebeu formação.... e sim ! Eles recebem formação se necessário.

Existe uma ilusão de que não existem técnicos para Linux e que os sistemas são difíceis e caros de manter. É uma meia-verdade que foi espalhada pela máquina de marketing da MS mas existem muitos mais "trolhas do Windows" do que verdadeiros entendidos e aí, provavelmente, os números entre um e outro se calhar não são muito diferentes. Grandes empresas dão apoio ao Linux assim como as empresas dão apoio ao software que desenvolvem.

E para que não haja confusões....OpenSource não é sinónimo de gratuito....Mas se usarmos software OpenSource, gratuito ou não numa base gratuita, já se poupa imenso dinheiro nas licenças.

Se há coisas que temos que agradecer à Microsoft, é terem uma base em Portugal que emprega imensas pessoas e são classificados como a melhor empresa para se trabalhar devido ás condições de trabalho. Temos que lhes dar mérito pois nesse caso são um exemplo a seguir.
 
Última edição:
Facto1: Feliz ou infelizmente, o windows é o sistema que muita gente usa e está habituada.
Facto2: "Ensinar" linux aos funcionários publicos (ou a qualquer funcionário) traduz-se numa perda de tempo que não estou certo que se queira "investir".
A esmagadora maioria dos funcionários públicos são meros utilizadores. Nem de Windows percebem. São completos iletrados informáticos (digo-o com algum conhecimento). Para eles, é indiferente meterem-lhes à frente um computador que corre Linux ou Windows. Se calhar nem dão pela diferença...

Ou achas que é cada um destes funcionários que vai particionar o disco, definir mount points, instalar drivers, configurar a rede... :002:

Quanto à formação, de cada vez que na administração pública é introduzida uma aplicação nova, é dada formação aos funcionários, qual é a crise? Com essa mentalidade, não se podia mudar nada a que os funcionários estivessem habituados, nunca se introduziam aplicações novas que pudessem agilizar e melhorar o funcionamento da administração pública. Olha o que o Sócrates diria desse tipo de mentalidade :002:
 
Última edição pelo moderador:
Efecturada pequena limpeza.
Peço que ignorem o tom provocatório quando colocado. Já não é a primeira nem a segunda vez que insistem em escrever nesta secção de forma inflamatória, e tal situação não volto a aceitar. Nesta secção existe para o diálogo e não para guerrinhas, que fique bem claro.

Continuem sff
 
Última edição:
Estas questões não são simples, nem sequer podem ser vistas do ponto do utilizador comum, porque são realidades distintas. Não é uma questão simples, é extremamente complexa.

Se por um lado é verdade que com open source não se pagam licenças, é verdade também que a configuração do mesmo acarreta custos, muitas vezes superiores à dita licença... E não venham com tangas, é preciso uma empresa fazer €€€ para sobreviver e, a este nível não vai ser o freelançer ou a empresa da esquina a trabalhar e, como tal, vai-se fazer pagar bem.

Por outro lado, recorrendo a uma empresa como a Microsoft, larga-se bom dinheiro pelas licenças (se bem que isto à negociamento pelo meio e, nunca na vida o estado paga o valor que o manel da taberna paga). Mas depois é um circulo, o dinheiro que se paga à Microsoft, está investe parta na acção social, emprega trabalhadores, estimula um segmento das TIs, ou seja, empresas que desenvolvem com/para produtos Microsoft e, chega-se ao fim, se for preciso, os custos até são lucros e ambas as partes ficam contentes... é o que todos nós queremos... o bem de todas as partes envolvidas.

PS.: Sou totalmente open minded e, neste momento, não utilizo nada que não seja ferramenta open source na empresa, mas não é por causa disso que perco a visão da realidade.
 
Um dos exemplos que conheço e parece que seja um excelente exemplo é o do parlamento francês que resolveu ( teve-os no sitio) passar de pc's com windows para debian ( não faço ideia que versão ) e com isso poupou milhares de euros.
Poruqe isso não foi feito cá? Não faço ideia, talvez por uma questão de preguiça, desconhecimento ou pura e simplesmente porque sim ou ainda por burrice
No meu serviço ( CMLisboa) uso opensource para desenvolvimento web (typo3), no meu portatil de serviço tenho ubuntu. Ao principio o meu director torceu o nariz,mas já reparou que consigo fazer tudo o que ele faz com o portatil dele com windows.

AHh sim, quando andou por aí o tal worm que parou os pc's da CMporto e da cmlisboa (servidores e pc's de uso normal) o meu nao foi afectado por ser ubuntu e omeu director ficou com a cara á banda quando ficou com o portatil dele todo lixado por causa do worm e omeu não hehe.
Com isto pretendo dizer que passa por uma questão de opção sobretudo política, e Cuba fez muito bem em ter desenvolvido uma distribuição de linux e fê-lo com sucesso por decisão politica
 
Última edição:
Ecomomia???

Economia é saber onde investir.
Quando falo em economia , não estou a falar de comprar mais barato mas sim de fazer rodar o dinheiro. A verdadeira economia de mercado. Ora, ao pagar rios de dinheiro em licenças para windows, offices, e servers, este dinheiro vai direitinho para uma empresa: Microsoft. Eu não sei mas suponho que o estado tenha contratos de licenciamentos directos com a microsoft ou então com algum ou alguns poucos revendedores. Saõ sempre muito poucos a ganhar com isto. Não seria melhor o estado canalizar o dinheiro que pouparia das licenças (dinheiro esse que repito vai quase todo para os USA) com empresas NACIONAIS que desenvolvessem em conjunto uma distribuição Linux, respectivos softwares e contratar empresas regionais para dar suporte aos mesmos? Quando digo estado falo em ministérios e respectivas repartições, câmaras municipais (daí eu falar em empresas regionais), etc, etc... Assim o dinheiro ficava cá. E não tenham medo que as empresas e lojas de informática que não estariam envolvidas iriam sobreviver. Basta ter visão.
 
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