Portugueses querem mais investimento no cancro, mas poucos estão dispostos a contribuir Conclusões constam de um inquérito realizado em novembro junto de mais de 1200 portugueses - Quase todos os portugueses querem mais investimento no cancro, mas metade não está disponível para descontar mais e, se tivessem que o fazer, a maioria preferia que o dinheiro fosse para um "fundo pessoal" e não para ajudar outros. As conclusões constam de um inquérito realizado em novembro pela GFK junto de mais de 1.200 portugueses para avaliar as perceções dos portugueses sobre o cancro, que será apresentado hoje no âmbito do 3.º Think Tank Inovar Saúde -- "Cancro 2010: Velhos e Novos desafios". Sobre o financiamento das doenças oncológicas, 59% dos portugueses têm a perceção de que na área da saúde é o cancro que recebe maior investimento e concordam que esta deve ser a prioridade: 84% defendem mais investimento e 74% consideram que as verbas existentes para a oncologia são "insuficientes". Nessa medida, foram questionados sobre a possibilidade de descontarem mais para essa área e metade recusou, alegando que tem "pouco dinheiro disponível" (49%) ou que já desconta muito (41%). Apenas um terço admitiu poder pagar mais para o cancro, mas, destes, só 15% se mostrou "muito disponível" para descontos adicionais, apresentando como prioridade "ajudar os doentes". Na eventualidade de terem mesmo que descontar um valor adicional para oncologia, a maioria defendeu que esse dinheiro servisse como uma espécie de fundo pessoal, em que o dinheiro fosse aplicado no próprio tratamento, em caso de desenvolver a doença. As outras hipóteses de investimento defendidas foram a modernização das instalações e equipamentos atuais, o aumento do número de médicos nos departamentos de oncologia, mais recursos para acelerar a introdução de tratamentos inovadores e para a investigação. O estudo demonstra que o investimento no cancro é considerado prioritário pelos portugueses, por ser a doença mais temida (71%), à frente das doenças cardiovasculares, que são as que efetivamente mais matam em Portugal. As elevadas taxas de prevalência e mortalidade, bem como o caráter "cego" da doença, são as razões que contribuem para esta perceção e também para a vontade manifestada pelos inquiridos de saberem mais sobre prevenção (69%), sintomas (51%) e tipos de tratamento (47%). No que diz respeito ao tratamento do cancro e ao acesso a cuidados de saúde, o estudo demonstra que os portugueses consideram que o setor privado é globalmente melhor do que o público. No entanto, dos 25% dos inquiridos que tiveram cancro ou acompanharam uma pessoa com a doença, 86% foram seguidos exclusivamente no serviço público e apenas cinco no privado. O principal motivo para escolha do hospital publico foi a falta de dinheiro para o privado, enquanto quem escolhe o privado alega sobretudo a rapidez do serviço. Ainda assim, há a perceção de que existe qualidade no serviço público (em particular no que respeita às competências dos médicos), mesmo que, ponto por ponto, o privado tenha uma melhor prestação do que o público na avaliação que é feita pelos portugueses que responderam ao inquérito. fonte: Diário Notícias
Querem mais investimento, mas não querem pagar mais, a menos que seja dinheiro para fazer obras públicas desnecessárias ou para ajudar o futebol. Querem fundos pessoais, mas quando estão doentes vão para o hospital público que é pago por todos. Bah... Fiquei triste ao ler alguns comentários no facebook e noutros sites sobre esta notícia. A ignorancia e burrice é tanta que até apetece desinstalar o cliente do folding.
Dont do it! Outras crenças e ideais à parte, acho que o fah é/será uma mais valia para este tipo de pensamento: não tens que dispor nem tempo nem dinheiro para contribuir para a ciência. Se o inquérito tivesse sido algo como "Estaria disposto a "investir" na luta contra o cancro com dinheiro ou com participação activa (fah)?", acho claramente a 2ª hipótese apelativa. Mas como dinheiro é o maior cancro de todos, sem cura à vista, já se sabe o resultado geral.
Não paro porque acho que é meu dever fazer os possíveis para que a minha e futuras gerações tenham uma vida melhor e sejam mais evoluídos. Mesmo que não usufrua disto, já fico satisfeito se a próxima geração conseguir ter de melhores tratamentos ou até de curas para muitas doenças que não temos agora. Sobre a pergunta, talvez muitas iam dizer que sim, mas quantas iam participar depois de saberem que iam gastar electricidade e diminuir a vida do computador? O que fazemos aqui é uma coisa que a maior parte das pessoas não se interessa nem quer saber. E não querem saber porque estão mais interessadas no rabo delas do que no bem comum. </rant>
Não estava a falar de fundamentalistas () "como nós" mas da participação através do uso comum de um computador no dia-a-dia. Pouca coisa x algumas pessoas = muita coisa. Era mais este o pensamento.