Artigo/Análise Docsis 3.1 to Be Smarter, Faster & Cheaper

Quando falam do Upload, operadores dão pouco também para não afectar a célula, que podiam dar mais, mas pronto.
Acho que as redes de Cabo em Portugal têm de ser melhoradas, muitas células estão mais que no limite.
 
Estive um pouco ausente e já vi que isto deu muito que falar lol

Quando falei em FEC referia-me mesmo a, usando o sistema OFDM, poder-se implementar FEC. Isso faria com que houvesse uma melhor margem no que toca a ruido (visto a própria codificação permitir "ignorar" alguma interferência no canal de transmissão). Óbvio que, se há uma margem melhor no que toca a interferências (ou seja, hipoteticamente afectariam menos a transmissão do sinal) isso irá melhorar o valor de S/R (neste caso subiria o valor).

Quanto a interferências e ruido... Comparei o Cabo Coaxial com o cabo telefónico. O que disse foi que o Coaxial tem margem para chegar (em termos de frequência) aos Ghz enquanto que o Cabo telefónico está sempre limitado a prai 2 Mhz no máximo. Só por ai é limitado no que toca a largura de banda. Quanto às interferências, o que disse foi que o Coaxial (devido a ter um melhor isolamento, face ao isolamento praticamente nulo do Cobre) é menos propício a interferências exteriores, bem como intempéries. Se isso acontece, é óbvio que os valores S/R serão piores para o Cobre face ao Coaxial a uma certa distância (falemos a 100m por exemplo). Enquanto que o Cobre teria, por exemplo, um S/R de 15dB, no Cabo esse valor seria 80dB. Isto tudo para dizer que a interferência provoca ruido. Ruido esse que afecta o valor do S/R. Certo? Se estiver errado, agradeço que me corrijam. Mas foi assim que aprendi.

Sei perfeitamente que os amplificadores metem ruido na linha e, quantos mais, pior é. Isso não está em questão. Mas não deveria, usando então OFDM com correcção de erro, minimizar um pouco isso? Foi isso que eu disse. E, mais uma vez, foi assim que entendi as coisas. Não quer dizer que esteja certo, mas foi o que entendi.

A Zon, da ultima vez que tive informações técnicas de lá dentro, já tinham algumas zonas com FTTB. Inclusive, posso afirmar que a zona da Alta de Lisboa (pelo menos na minha célula e no meu PD do tempo que fui Zon) era uma delas. Mas sim, a Cabovisão deve ter ainda FTTN em todo o lado.

Quanto à Fibra, não disse que os operadores não vão subir tão cedo por limitação técnica, mas sim porque não lhes convem. E é uma boa oportunidade para os operadores Cabo ganharem algum terreno.

As ligações à internet residenciais são todas partilhadas. No ADSL o normal de taxa de contenção é 1:50, no Cabo estamos dependentes das ligações que estiverem ligadas naquela célula, na fibra óptica limitados a 64 clientes por fibra... e por ai a fora.

Quanto a "ligações físicas" dedicadas... em tarifários residenciais, isso também não existe. No ADSL, o fio de telefone vai ligar a uma caixa de distribuição com mais não sei quantos clientes pendurados (normalmente do mesmo prédio/rua), que depois segue para o PD principal. O mesmo acontece com o Cabo e com a Fibra.

Com isto, sim a Fibra é futuro. Mas os operadores de Fibra Óptica teimam em não extender a sua cobertura. A MEO gasta milhares de euros em publicidade e vendedores de rua para "impingir" as pessoas a meterem MEO de qualquer maneira (normalmente ADSL e Satélite) quando deviam era preocuparem-se a passar Fibra Óptica e instalar mais PDOs. Da Vodafone e da Optimus nem vale a pena falar porque são empresas que, neste momento, estão mais focadas na mobilidade (4G). A PT está a fazer com a Fibra o mesmo que fez com o TDT... a matá-la à nascença.

Até lá, a única alternativa mais viável continua a ser o Cabo. E, se o mesmo for melhor aproveitado, melhor para nós. Aqui na "aldeia" tenho Cabo e, se não fosse a Cabovisão, a única hipótese era ADSL. Mentalizem-se... estamos num país que está novamente a parar no tempo e vamos voltar a levar décadas de avanço em relação aos restantes países do Mundo. Falo nisto, em todos os aspectos (económicos, financeiros, tecnológicos, sociais, etc.). E a Fibra vai estagnar, como já está à vista.
 
Até considero que tu és dos que mais percebe acerca da matéria que aqui se trata. Agora ouvir-te dizer que o meio de propagação do sinal não é limitador, isso chocou-me imenso, confesso!
Mas eu não disse isso! Tu é que leste isso nas minhas palavras, talvez porque querias que eu estivesse errado para tu estares certo, não sei.
 
FEC é codificação. Não tem nada a ver com sinal-ruído, nem com a modulação. Hoje em dia praticamente tudo usa FEC, incluindo o DVB-C que usa Reed Solomon (em cima de QAM).

Interferências são ruído, mas são temporárias. Não entram para a análise. Uma interferência tem uma certa largura de banda, intensidade e tempo de duração. Por isso quando se fala de ruído e SNR não se conta as interferências (a não ser algo que saibamos que está lá sempre, como os harmónicos da rede eléctrica). O SNR de um canal refer-se normalmente apenas ao ruído térmico.

O FEC existe exactamente para lidar com interferências. Se só houvesse ruído térmico, não era preciso FEC.

Amplificadores não afectam o SNR, pois amplificam o sinal tanto como o ruído, e na realidade até baixam o SNR pois introduzem o seu próprio ruído. Novamente, isto é ruído térmico, não são interferências.

Agora não tenho tempo para fazer um desenho, que clarificaria isto, mas grosseiramente falando QAM requer um certo nível de sinal e de ruído numa dada gama para funcionar. Daí ter de se usar amplificadores caso o sinal esteja baixo. QAM não tem flexibilidade nenhuma em relação ao canal. A "magia" do OFDM é que divide a gama em fatias independentes, cada uma podendo ter o seu nível de sinal e de ruído, e assim aproveitar muito melhor a capacidade do canal.

A PT está a fazer com a Fibra o mesmo que fez com o TDT... a matá-la à nascença.
E a Fibra vai estagnar, como já está à vista.
Mas porque achas que a PT instalou fibra? Para te fazer a vontade? O objectivo da PT é ter lucro. A única razão que mete fibra é para arranjar clientes. Se o conseguir fazer só com o ADSL seria estúpido andar a meter mais fibra. Porque é que achas que têm mais canais, boxes caríssimas, Gato Fedorento e Rui Unas, etc? São formas de arranjar clientes, que saiem mais barato que andar a fibrar.
Podes queixar-te que gastam mais em marketing do que fibra (coisa que dúvido), mas se isso funciona melhor a arranjar clientes, então estão a fazer bem. O problema é que os clientes ligam demasiado ao marketing (tal como se pode ver nesta thread, o OP é basicamente uma press release de marketing dos fabricantes de equipamento).
 
Com isto, sim a Fibra é futuro. Mas os operadores de Fibra Óptica teimam em não extender a sua cobertura. A MEO gasta milhares de euros em publicidade e vendedores de rua para "impingir" as pessoas a meterem MEO de qualquer maneira (normalmente ADSL e Satélite) quando deviam era preocuparem-se a passar Fibra Óptica e instalar mais PDOs. Da Vodafone e da Optimus nem vale a pena falar porque são empresas que, neste momento, estão mais focadas na mobilidade (4G). A PT está a fazer com a Fibra o mesmo que fez com o TDT... a matá-la à nascença.

A PT não expande mais a Fibra por problemas regulatórios, não por querer impingir algo, até porque sei que têm nos armazéns milhares/milhões de dinheiro empatado em bobines de Fibra.
Se a Anacom os favoreceu na TDT, na Fibra Óptica não os está a deixar avançar.
 
FEC é codificação. Não tem nada a ver com sinal-ruído, nem com a modulação. Hoje em dia praticamente tudo usa FEC, incluindo o DVB-C que usa Reed Solomon (em cima de QAM).

Interferências são ruído, mas são temporárias. Não entram para a análise. Uma interferência tem uma certa largura de banda, intensidade e tempo de duração. Por isso quando se fala de ruído e SNR não se conta as interferências (a não ser algo que saibamos que está lá sempre, como os harmónicos da rede eléctrica). O SNR de um canal refer-se normalmente apenas ao ruído térmico.

O FEC existe exactamente para lidar com interferências. Se só houvesse ruído térmico, não era preciso FEC.

Amplificadores não afectam o SNR, pois amplificam o sinal tanto como o ruído, e na realidade até baixam o SNR pois introduzem o seu próprio ruído. Novamente, isto é ruído térmico, não são interferências.

Agora não tenho tempo para fazer um desenho, que clarificaria isto, mas grosseiramente falando QAM requer um certo nível de sinal e de ruído numa dada gama para funcionar. Daí ter de se usar amplificadores caso o sinal esteja baixo. QAM não tem flexibilidade nenhuma em relação ao canal. A "magia" do OFDM é que divide a gama em fatias independentes, cada uma podendo ter o seu nível de sinal e de ruído, e assim aproveitar muito melhor a capacidade do canal.

Mas porque achas que a PT instalou fibra? Para te fazer a vontade? O objectivo da PT é ter lucro. A única razão que mete fibra é para arranjar clientes. Se o conseguir fazer só com o ADSL seria estúpido andar a meter mais fibra. Porque é que achas que têm mais canais, boxes caríssimas, Gato Fedorento e Rui Unas, etc? São formas de arranjar clientes, que saiem mais barato que andar a fibrar.
Podes queixar-te que gastam mais em marketing do que fibra (coisa que dúvido), mas se isso funciona melhor a arranjar clientes, então estão a fazer bem. O problema é que os clientes ligam demasiado ao marketing (tal como se pode ver nesta thread, o OP é basicamente uma press release de marketing dos fabricantes de equipamento).

Sim eu sei que o FEC é codificação. Mas pensava que o mesmo também ajudaria a melhorar o SNR. Entendi mal.

Quanto ao amplificador, ele afecta o SNR mesmo por amplificar também o ruido e meter mais ainda (baixando o SNR). Mas pensava que o FEC também ajudaria nesse ponto. Pelos vistos, também estava enganado.

Quanto aos valores que falas em relação à utilização de QAM, tens valores minimos e máximos para Downstream/Upstream Power Level e valor minimo para SNR. Isso alterou ligeiramente com DOCSIS 2.0 mas, no fundo, manteve-se tudo mais ou menos igual:

SNR (Downstream e Upstream): > 30dB
Downstream Power Level >-15dBmV > 0 < 15 dBmV
Upstream Power Level > 35 dBmV < 55 dBmV (58dBmV com a entrada do DOCSIS 2.0)

Quanto ao MEO, isso seria tudo muito bonito se o ADSL não estivesse assente sobre uma infraestrutura obsoleta e com muitas décadas de uso nalguns casos. No meu caso por exemplo, aqui na "aldeia", para ter MEO tinham que vir mudar o sistema do bairro todo porque todos os invernos o PD principal enche de água e os telefones ficam todos malucos (desde ruido, ouvir-se conversas de outras pessoas de fundo, telefone que toca mas não há chamada nenhuma do outro lado, dificuldade em me contactarem, etc.). Claro que isto afecta igualmente o serviço ADSL (pelo que vejo dos meus vizinhos que têm MEO, todos os invernos se queixam que ficam sem serviço). A PT? Quanto a isso, nada faz. É que é muito fácil e bonito vender. O problema é garantir numa infraestrutura ultrapassada uma fiabilidade razoável. Ai é que está o problema do MEO ADSL e da PT. É isso e não fazerem estudos de linha em condições para saber se o cliente tem ou não tem, efectivamente, condições técnicas para lhe instalarem o serviço.

A PT, se quiser, instala Fibra. No meu ver, não o faz porque isso iria obrigá-la a ter que ceder a rede deles a outros operadores, devido à tal criação da Rede de Nova Geração. É esse o problema da PT, certo?
 
LiveMetal leste o comentário acima do teu? Parece que não. ANACOM actualmente impede que a PT instale fibra na maior parte das zonas. Qualquer coisa haver com falta de concorrência. Que estupidamente só está a prejudicar as pessoas. E depois também ainda há a questão de quererem obrigar a PT a partilhar a sua rede de FO com os outros operadores. A PT actualmente não se expande mais por causa de questões burocráticas do que propriamente falta de vontade ou dinheiro.
 
Acho que as redes de Cabo em Portugal têm de ser melhoradas, muitas células estão mais que no limite.
A explicação de muitas células estarem no limite é simples: Os Operadores procuram ter Lucros anormais, ora desinvestindo nas infra-estruturas, ora aumentando os preços. Os Operadores estão-se a marimbar para as células congestionadas. Só pensam nelas quando detectam que existe uma grande fuga de clientes, logo perda de receitas "avultada".

As ligações à internet residenciais são todas partilhadas. No ADSL o normal de taxa de contenção é 1:50, no Cabo estamos dependentes das ligações que estiverem ligadas naquela célula, na fibra óptica limitados a 64 clientes por fibra... e por ai a fora.
Existem ligações à Internet totalmente dedicadas em algumas Empresas e Institutos Públicos. O mercado residencial têm que se contentar para já com ligações parcialmente dedicadas.

Mas eu não disse isso! Tu é que leste isso nas minhas palavras, talvez porque querias que eu estivesse errado para tu estares certo, não sei.
Não sabia que havia essas implicações inovadoras de que para um estar certo o outro tem que estar errado.

Resumindo, a velocidade de transmissão num Meio físico (Cobre, Coaxial, Fibra) é limitada pelas limitações do próprio meio físico (Cobre > Coaxial > Fibra), pela distância (Cobre > Coaxial > Fibra) e pelos equipamentos. Logo, a Fibra é a que tem maior margem de progressão. O Cobre já não tem mais margem de progressão e o Coaxial está a esgotar a margem de progressão.

Cumps
 
A explicação de muitas células estarem no limite é simples: Os Operadores procuram ter Lucros anormais, ora desinvestindo nas infra-estruturas, ora aumentando os preços. Os Operadores estão-se a marimbar para as células congestionadas. Só pensam nelas quando detectam que existe uma grande fuga de clientes, logo perda de receitas "avultada".


Existem ligações à Internet totalmente dedicadas em algumas Empresas e Institutos Públicos. O mercado residencial têm que se contentar para já com ligações parcialmente dedicadas.


Não sabia que havia essas implicações inovadoras de que para um estar certo o outro tem que estar errado.

Resumindo, a velocidade de transmissão num Meio físico (Cobre, Coaxial, Fibra) é limitada pelas limitações do próprio meio físico (Cobre > Coaxial > Fibra), pela distância (Cobre > Coaxial > Fibra) e pelos equipamentos. Logo, a Fibra é a que tem maior margem de progressão. O Cobre já não tem mais margem de progressão e o Coaxial está a esgotar a margem de progressão.

Cumps

Desculpa lá mas, ou há dedicadas ou há partilhadas. Não existe "parcialmente". Uma ligação dedicada consiste na ligação directa cliente-backbone e realmente DEDICADA. Apartir do momento em que metes mais clientes pendurados na mesma ligação, esquece. É sempre uma ligação partilhada.
 
Boas,

Amplificadores não afectam o SNR, pois amplificam o sinal tanto como o ruído, e na realidade até baixam o SNR pois introduzem o seu próprio ruído. Novamente, isto é ruído térmico, não são interferências.


Na realidade um amplificador na prática não é linear como idealmente se desejaria. Ainda por cima, se se considerar amplificação de sinais OFDM, há que ter bastante cuidado, visto que este tipo de sinais têm uma envolvente complexa que varia bastante ( Porque cada subportadora é modulada de maneira independente) o que pode trazer grandes efeitos de distorção não-linear e obviamente afectar negativamente a razão sinal-ruído.

OFDM pode usar (e tipicamente usa) QAM. O que tem a ver OFDM com QAM? QAM é a modulação em cada subportadora.. que pode ser QAM ou outra (QPSK) por ex. O OFDM é bastante versátil porque em cada subportadora pode-se considerar uma constelação adequada ao SNR do canal (quanto maior este, mais pontos pode ter a constelação). Repare-se que como a banda dividida em vário sub-canais, se um destes tiver em deep-fade, pode usar uma constelação com menor tamanho.

Cumps
 
Última edição:
Sim eu sei que o FEC é codificação. Mas pensava que o mesmo também ajudaria a melhorar o SNR. Entendi mal.

Quanto ao amplificador, ele afecta o SNR mesmo por amplificar também o ruido e meter mais ainda (baixando o SNR). Mas pensava que o FEC também ajudaria nesse ponto. Pelos vistos, também estava enganado.

A única coisa que FEC tem ver com SNR é o SNR requerido no receptor.
Repara, o SNR é calculado de forma simples: potência de sinal / potência de ruído.
O FEC está envolvido apenas na codificação da informação a ser transmitida, não tem nada a ver nem com a potência do sinal nem com a potência de ruído. Logo não influencia o SNR do que está a ser transmitido.

No entanto, e pelo menos em sistemas de telecomunicações por fibra óptica é assim, é normal na teoria associar FEC com a OSNR requerida no receptor em situações ideais (teoricamente referida como OSNR_R,i), i.e. o valor mínimo de relação sinal-ruído necessária à correcta leitura da transmissão. O que é que eu quero dizer com isto? Quero dizer que apesar de a introdução de FEC não alterar a potência do sinal que se transmite, tem impacto na sensibilidade do receptor que é o valor mínimo de potência que tem de entrar no receptor para que este consiga distinguir os impulsos e voltar e construir o sinal original.

Isto depende de várias características do receptor mas se considerarmos que o ruído introduzido é irrelevante, um receptor de forma a conseguir "ler os impulsos" e formar o sinal digital transmitido sem FEC com uma probabilidade de erro de 10^-9 pode ter uma sensibilidade de, por exemplo, -20dBm, é um valor razoável. Isto significa que a potência do sinal à entrada do receptor tem de ser pelo menos -20 dBm = 10uW. Se usares FEC que te permite reconstruir uma parte do sinal em caso de perdas (até certos limites) e fizeres as contas, reparas que ficas, por exemplo, com uma sensibilidade no mesmo receptor de -25dBm = 3.16uW. Apenas a introdução de uns bits FEC na transmissão permitem que reduzas razoavelmente a potência necessária à entrada do receptor para a mesma leitura com probabilidade de erro de 10^-9.


Se o ruído não for irrelevante e tiveres mesmo de fazer considerações com o SNR, também se observa que, com FEC, podes ter uma transmissão à entrada do receptor com um OSNR menor do que o que poderias ter sem o uso de FEC.

Bottomline, o uso de FEC não influencia o SNR do que está a ser transmitido, mas influencia o valor mínimo de SNR que podes ter à entrada do receptor.

Se quiseres um exemplo prático, posso-te falar no antigo ADSL Vodafone em comparação com o de outras empresas. Há uns tempos atrás quando a Clix e a Vodafone ainda tinham ADSL, verificava-se que o router da Clix ou PT só sincronizava com um SNR de 8-10dB ou mais. No entanto, os routers da Vodafone (por algum motivo que nunca ficou completamente claro) conseguiam sincronizar a 5 ou a 6 dB. Repara que o SNR do sinal era completamente dependente da potência do sinal e do ruído e podia ser igual em ambas as operadoras, mas havia uma diferença do SNR requerido nos routers das diferentes empresas/diferentes infraestruturas para que se conseguisse obter sincronismo.
Cumps
 
Última edição:
Desculpa lá mas, ou há dedicadas ou há partilhadas. Não existe "parcialmente". Uma ligação dedicada consiste na ligação directa cliente-backbone e realmente DEDICADA. Apartir do momento em que metes mais clientes pendurados na mesma ligação, esquece. É sempre uma ligação partilhada.
Enquanto que numa ligação Coaxial a partilha da linha é desde o Derivador, numa ligação de Fibra Óptica a partilha da linha é desde o PDO. A ligação do Derivador a Casa do Cliente é por Coaxial, enquanto que a ligação PDO a Casa do Cliente é por Fibra Óptica.
No fundo o que quis salientar com o meu comentário anterior é que a velocidade de transmissão num Meio físico (Cobre, Coaxial, Fibra) é limitada pelas limitações do próprio meio físico (Cobre > Coaxial > Fibra), pela distância (Cobre > Coaxial > Fibra) e pelos equipamentos. Logo, a Fibra é a que tem maior margem de progressão. O Cobre já não tem mais margem de progressão e o Coaxial está a esgotar a margem de progressão.

Cumps
 
O Cobre já não tem mais margem de progressão e o Coaxial está a esgotar a margem de progressão.
Estás a fazer de Rui? Não percebo porque vêm para aqui dizer que fibra óptica tem mais capacidade que cabo, coisa que toda a gente sabe e ninguém discute.

A questão é se se pode aumentar a capacidade existente (agora) no cabo, e a resposta é sim, e o que é necessário para tal e se vale a pena. É isso que estamos a discutir.
 
Pois, eu que não sou muito entendido.
Esquecendo a FTTH. Ainda não percebi o que vai fazer Zon e CBV para aumentar os seus débitos, não falo só em Docsis 3.1, mas também Docsis 3.0, que no próximo ano sai Chip Puma 6 da Intel que permite 24 portadores de downstream.

Apesar de mais cedo ou mais tarde irem passar rede para FTTH, uma rede como da Zon leva aninhos, logo ainda vão pelo menos aos 1Gbps sobre cabo, acho...
 
A questão é se se pode aumentar a capacidade existente (agora) no cabo, e a resposta é sim, e o que é necessário para tal e se vale a pena. É isso que estamos a discutir.
Cada Operador é que sabe se vale continuar a investir fortemente no Coaxial ou não. Só espero é que não estejam a enterrar dinheiro para nada, isto é, para daqui a poucos anos estarem a repensar a estratégia. Não basta fazerem investimentos para um Futuro Próximo, mas sim para um Futuro Longínquo (onde não reinará o Coaxial). Isso é um Erro comum!

Pois, eu que não sou muito entendido.
Esquecendo a FTTH. Ainda não percebi o que vai fazer Zon e CBV para aumentar os seus débitos, não falo só em Docsis 3.1, mas também Docsis 3.0, que no próximo ano sai Chip Puma 6 da Intel que permite 24 portadores de downstream.

Apesar de mais cedo ou mais tarde irem passar rede para FTTH, uma rede como da Zon leva aninhos, logo ainda vão pelo menos aos 1Gbps sobre cabo, acho...
Os Operadores enveredam sempre pelas soluções mais económicas, raramente pelas soluções mais Futuristas.
Vão aos 1Gbps/cliente em Coaxial? Duvido que consigam sinceramente, mesmo que reduzam o número de clientes por células e reequipem as células.
 
Mitos urbanos

Olá. Sou novo por aqui mas já não é a primeira vez que visito os fóruns. O que vos posso dizer é que esta thread à semelhança de outras está cheia de mitos urbanos. Dois tópicos para estimular discussão:

1) a transmissão na componente de fibra óptica na rede HFC é analógica; no GPON também porque a voltagem de alimentação do transmissor varia continuamente (o line coding é scrambled NRZ) - sim eu sei que esta afirmação é passível de gerar discordância

2) fala-se muito na fibra e na velocidade da luz mas na realidade a velocidade de propagação de sinal até é bastante mais próxima da velocidade da luz num cabo metálico como o coaxial do que na fibra ótica. Não acreditam? Procurem na net por cabos G.652.C (fo) e cabos coax tipo C-500, RG-11 ou até RG-6 e verifiquem a velocidade de propagação. Vão verificar que no coax é cerca de 87% da velocidade da luz e na fibra por volta dos 68%.

Agora vou esclarecer algo que já por aqui vi explicado incorrectamente. Que largura de banda é partilhada no GPON e na rede HFC:

- uma PON corresponde a um porto no OLT e o downstream de 2,5Gbps pode ser partilhado por até 128 subscritores dependendo do fabricante e carta utilizada

- nas redes HFC o que se partilha são portadoras de rádio - se considerarmos uma portadora de 8 MHz e a utilização do EuroDOCSIS 2.0 com modulação QAM-256 o bitrate bruto é de 55 Mbps e trocos mas tirando o overhead ficam uns 50. Com a agregação de múltiplas portadoras - o channel bonding do Euro/DOCSIS 3.0 - hoje os chipsets já podem fazer 8 no downstream, temos até 400 Mbps. Isto é o que é partilhado por um conjunto de subscritores.

Deixem lá de andar a dizer que o que se partilha é a ligação ao PD ou ao PDO.Perguntas?
 
Em HFC a célula tem X portadores e é partilhada por vários clientes, é isso?

A resposta curta é sim.

Uma célula é apenas um conjunto de casas cabladas - o que os operadores chamam de casas passadas - ou seja casas que estão preparadas com a infra-estrutura para permitir a ligação de clientes, só falta a ligação para dentro da casa do cliente. No HFC cada célula tem um nó ótico que é o equipamento na rede HFC onde termina a rede ótica e começa a rede coaxial. Este equipamento combina conversores ótico-eléctricos e amplificadores de RF.

O operador decide por quantas células partilha um espectro. Exemplo: numa determinada localidade, o operador passou 10.000 casas e decidiu criar 10 células (1.000 casas cada). No início da implementação, o operador é bem capaz de partilhar 1 espectro (e não significa isto que esteja totalmente cheio de portadoras) pelas 10 células. À medida que angaria clientes vai enchendo o espectro de portadoras (dados, voz, vod) até esgotar o espectro. Só então divide, no head-end/pop/hub/central as portadoras por dois espectros. A partir deste ponto tem 5 células por espectro e agora cada espectro está outra vez a 50%. À medida que mais e mais clientes vão sendo angariados, o operador vai disponibilizando mais portadoras (dados, voz, vod) até encer novamente os 2 espectros. E volta a dividir. E volta a encher. Até que um nó ótico tem um espectro a partilhar pelas 1.000 casas.

Mas ainda não acabou. Chegado aqui e dependendo da tecnologia utilizada, o operador pode dividir ainda mais, até ter 4 nós lógicos onde antes tinha um físico. Entra em cena o WDM e, onde antes existia um comprimento de onda com o espectro lá dentro, passam a existir 5 comprimento de onda - um com os serviços comuns a todos os subscritores (TV analógica e TV digital linear) e mais 4 com as portadoras de voz, dados e vod. No nó ótico faz-se a divisão e combinação dos diferentes comprimentos de onda atribuindo-se cada combinação de 1 comprimento de onda comum + 1 comprimento de onda dedicado a cada uma das saídas do nó ótico.

Como foi muita informação... perguntas?
 
Por isso é que eu com CBV 200Mbps, só consigo em torno de 170Mbps de madrugada ou de manha, durante o dia 120Mbps no máximo, minha célula deve ter muita gente.
Se bem que aos 200Mbps nem às 5 da manhã consigo, também com 3Mbps de upstream não sei se é possível conseguir 200Mbps de downstream...
 
Por isso é que eu com CBV 200Mbps, só consigo em torno de 170Mbps de madrugada ou de manha, durante o dia 120Mbps no máximo, minha célula deve ter muita gente.Se bem que aos 200Mbps nem às 5 da manhã consigo, também com 3Mbps de upstream não sei se é possível conseguir 200Mbps de downstream...
Não esquecer a típica frase "até x Mbps". O facto de subscrever um serviço de 200 Mbps não significa nem garante que se obtenham 200 Mbps. Ter 120/170 Mbps com uma subscrição de 200, a que hora for é muito bom.Repare que para ter 200 Mbps dedicados, um operador teria que reservar 4 portadoras de RF para si. Considerando a totalidade dos equipamentos envolvidos na cadeia de transmissão sabe quando é que o operador teria lucro com a sua subscrição ao preço a que se vende banda larga em Portugal? Nunca.O mesmo se aplica, com outros valores, ao FTTH. Vejam nos sites, por exemplo nos EUA, quanto custam os pacotes de banda larga.Perguntas?
 
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