Artigo/Análise Docsis 3.1 to Be Smarter, Faster & Cheaper

Mas segundo percebi da notícia, não serão precisos novos cabos? Então qual é a vantagem...? Para meter novos cabos, mete-se fibra...

Não é preciso mudar os cabos. Mesmo se fosse, ainda assim era mais barato do que fazer FTTH. Só é mais barato fazer FTTH quando se contabiliza o custo de toda a cadeia de transmissão que está na rua - aquilo a que os operadores designam por outside plan. No caso do GPON toda a estrutura de rede exterior pode (deve) ser passiva. No caso do HFC há um conjunto de equipamentos na rede exterior. Por isso é que o custo de passar uma casa em FTTH versus HFC é mais baixo.

Mas só vale a comparação quando não existe infra-estrutura. Upgrades são tipicamente mais baratos do que instalar de novo. Quer em FTTH quer em HFC não é previsível a necessidade de mudar cabos. Mesmo com o DOCSIS 3.1, o que muda são as pontas. Os CMTS - equivalente do cabo aos DSLAMs e OLTs - e os modems. Qualquer evolução tecnológica que implique mudar o que está no meio é tipicamente recebida com um "vamos é trocar de tecnologia". Ninguém gosta de forklift upgrades​. Especialmente os clientes :-)
 
Não é preciso mudar os cabos. Mesmo se fosse, ainda assim era mais barato do que fazer FTTH. Só é mais barato fazer FTTH quando se contabiliza o custo de toda a cadeia de transmissão que está na rua - aquilo a que os operadores designam por outside plan. No caso do GPON toda a estrutura de rede exterior pode (deve) ser passiva. No caso do HFC há um conjunto de equipamentos na rede exterior. Por isso é que o custo de passar uma casa em FTTH versus HFC é mais baixo.

Mas só vale a comparação quando não existe infra-estrutura. Upgrades são tipicamente mais baratos do que instalar de novo. Quer em FTTH quer em HFC não é previsível a necessidade de mudar cabos. Mesmo com o DOCSIS 3.1, o que muda são as pontas. Os CMTS - equivalente do cabo aos DSLAMs e OLTs - e os modems. Qualquer evolução tecnológica que implique mudar o que está no meio é tipicamente recebida com um "vamos é trocar de tecnologia". Ninguém gosta de forklift upgrades​. Especialmente os clientes :-)

Acreditas em 1Gbps por Cabo em Portugal ou vão passar para FTTH?
E Zon e CBV passarem de FTTN para FTTB não seria melhor?
 
Acreditas em 1Gbps por Cabo em Portugal ou vão passar para FTTH?E Zon e CBV passarem de FTTN para FTTB não seria melhor?
Acredito que num clima macro-económico desfavorável devem ser prudentes. A CBV tem um problema crónico de falta de dinheiro porque há uns anos meteu-se a fazer anéis de fibra sem pensar bem no que estava a fazer. Vamos ver com os novos donos onde é que aquilo vai.

A ZON se tivesse enveredado por uma migração massiva da rede para FTTH estava agora em maus lençóis com uma divida bem maior do que a que tem. Pensaram bem na coisa e correu menos mal. Já a PT não tinha alternativa. O ADSL e os pares de cobre já não conseguiam dar resposta.Acredito que é perfeitamente possível dar "até 1 Gbps" e até mais no coax no curto prazo com chipsets novos nos cable modems. A médio prazo mais se se concretizar o DOCSIS 3.1. Não faz sentido passar para FTTH por este motivo.

A título de exemplo de investimentos menos bem pensados - o mega datacenter da PT na Covilhã.

Somos um pais de ricos onde cada um dos grandes operadores constrói e depois tem de manter infra-estruturas. Sabem quem foi inteligente? A banca. Não vêem cada banco com o seu multibanco proprietário pois não? Mas o Estado e o Regulador não estão para aí virados.
 
Última edição:
Acredito que num clima macro-económico desfavorável devem ser prudentes. A CBV tem um problema crónico de falta de dinheiro porque há uns anos meteu-se a fazer anéis de fibra sem pensar bem no que estava a fazer. Vamos ver com os novos donos onde é que aquilo vai.

A ZON se tivesse enveredado por uma migração massiva da rede para FTTH estava agora em maus lençóis com uma divida bem maior do que a que tem. Pensaram bem na coisa e correu menos mal. Já a PT não tinha alternativa. O ADSL e os pares de cobre já não conseguiam dar resposta.Acredito que é perfeitamente possível dar "até 1 Gbps" e até mais no coax no curto prazo com chipsets novos nos cable modems. A médio prazo mais se se concretizar o DOCSIS 3.1. Não faz sentido passar para FTTH por este motivo.

A título de exemplo de investimentos menos bem pensados - o mega datacenter da PT na Covilhã.

Somos um pais de ricos onde cada um dos grandes operadores constrói e depois tem de manter infra-estruturas. Sabem quem foi inteligente? A banca. Não vêem cada banco com o seu multibanco proprietário pois não? Mas o Estado e o Regulador não estão para aí virados.

O que consideras anéis de Fibra?
 
O Anel de Fibra que ele se refere é o backbone da rede Cabovisão. Existem mais 2 semelhantes (mas superiores)... REFERCOM e BRISA. Têm as maiores redes de Fibra Óptica do país.

Isso, desculpa. Por anel queria dizer o backbone de transporte ótico. E partilho do "mas superiores" mas apenas na perspectiva de capilaridade - isto é onde é que existe fibra. Nunca percebi muito bem o motivo pelo qual o anel da Cabovisão foi desenhado como foi. Mesmo que na altura não existisse acesso a fibra de terceiros, aquilo não faz sentido nenhum.

A REN também tem muita fibra e complementa muito bem a REFERTELECOM. A BRISA só interessa mesmo nas travessias do Tejo e pasme-se que na Vasco da Gama era preciso pagar a duas entidades diferentes para usar fibra, por causa das belas concessões que por ai se negoceiam.
 
E Zon e CBV passarem de FTTN para FTTB não seria melhor?
Não respondi a esta. Desculpem. Do meu ponto de vista não faz sentido. Existe toda uma infra-estrutura que custou milhões de euros e que está lá para durar. Mas a mudança pode ser despoletada por diversos factores. Depende por exemplo do tipo de nó ótico utilizado. Se for segmentável - o exemplo dos nós óticos virtuais que dei - a largura de banda não é um factor para motivar a mudança. Reparem que é perfeitamente válido fazer FTTB e o edifício passar a ser uma célula HFC. Não acredito em modelos rígidos. Não existem fórmulas mágicas e se a receita não aumenta, não se recupera o investimento. Isso destrói valor não o acrescenta.Se houvesse garantia de que o investimento ficava em Portugal ainda podia reconsiderar a minha posição. Mas só cá fica o custo da mão-de-obra. A parte de leão vai para fora que nem a nossa Cabelte consegue produzir fibra em quantidade.
 
Última edição:
Edit: aparentemente DOCSIS 3.0 ainda não usa OFDM e 4096-QAM especificado pelo DVB-C2. Sendo assim este "novo" DOCSIS é provavelmente a actualização para usar estas modulações. Em todo o caso, o débito é fortemente dependente da distância (tal como ADSL2, que também usa OFDM).

Para quem está interessado vejam http://www.ict-redesign.eu/fileadmin/documents/091009_DVB-C2_Deployment_4096_QAM_or_not_de_Nijs.pdf. É um bocadinho técnico mas não muito.

E não esquecer que as redes HFC têm amplificadores pelo caminho. O ADSL não.
 
Isso é só publicidade.
Cá em casa a imagem nos canais 256QAM às vezes falha, quanto mais seria se fosse 4096... Simulações são giras, mas a realidade pode ser muito diferente.

Não é bem publicidade, mas pode acreditar no que quiser. O que o estudo diz é que nas redes analisadas, 4096 QAM só seria problemático numa das redes. Não foram só simulações.

Mas as redes variam muito. Como pode ver no documento, são precisos mais 3 dB de sinal. Pode não parecer muito mas é só o DOBRO da potência de sinal. Se já está com problemas com o 256 QAM em casa, esqueça.

Já agora, se tem problemas de sinal em casa, quer ter o trabalho de verificar meia dúzia de coisas para ver se melhora? Se sim, posso tentar ajudar e indicar potenciais causas. E tem banda larga? Não tem problemas com a banda larga?
 
Não chegaste a dizer k achas da Zon e CBV passarem de FTTN para FTTB? A irmã da CBV a Numericable está a faze-lo, quais as grandes vantagens?

Também me passou esta... Só apareceu depois da resposta que dei. Bem adiante. Cada operador tem a sua especificidade e o que faz sentido para um pode não fazer sentido para outro mas se não me falha a memória há uns anos iam fazer FTTH a todo o vapor.

Pode fazer sentido por vários motivos:

- terem células muito grandes = impossibilita ordens de modulação superior i.e passar de 64QAM para níveis acima e/ou FEC mais baixos - tudo isto conta para a largura de banda útil para os clientes e não é mais do que eficiência espectral

- quererem usar como passo intermédio para a migração para FTTH

- estarem a gastar muito na manutenção da rede - ao migrar para FTTB potenciam a eliminação dos equipamentos ativos na rede exterior - UPS, baterias, amplificadores, armários - mais licenças camarárias mais aluguer de condutas etc. No FTTB se quiserem pode ser tudo passivo ou pelo menos terem muito menos ativos

Tudo razões válidas.
 
Última edição:
Teleste to showcase DOCSIS 3.1-compatible deep fibre node

Finland-based Teleste will use ANGA COM to showcase its ACE8 intelligent deep fibre node, the first product in its Intelligent Networks framework that supports forthcoming DOCSIS 3.1 requirements.

Teleste’s Intelligent Network concept comprises equipment that can be automatically adjusted, remotely configured and monitored, and accompanying management software.

According to Teleste, the Intelligent Network allows ingress signals to be automatically isolated and blocked, making it easy to identify and locate problems and significantly reduce service outages and network repair times.

The ACE8 supports frequencies up to 1.2GHz downstream and 200MHz upstream.

Teleste is also partnering with Asheridge Communications to highlight the Asheridge BarrIER, a new technology that introduces ingress/egress protection into in-home products.

BarrIER stops noise from entering networks with up to 40dB signal attenuation over the whole spectrum 5-2000MHz, and is being incorporated into isolators, amplifiers, flyleads, wall-outlets, and any device inside the home that can be accessed by the subscriber, according to Teleste.

According to Teleste, its Intelligent Network concept can reduce operating costs by up to 50%.

Teleste will be exhibiting on Stand E19 at ANGA COM.

ANGA COM será de 4 a 6 de Junho.
 
Então e o que acontecesse a fibra quando o Docsis 3.1 existir? Nessa altura já devem haver pacotes de 2-4gb, nao? Para concorrer com o cabo :confused:
 
Então e o que acontecesse a fibra quando o Docsis 3.1 existir? Nessa altura já devem haver pacotes de 2-4gb, nao? Para concorrer com o cabo :confused:

Com certeza.
Mais 1 ano máximo 2, já teremos pacotes de 1Gbps residenciais em Portugal. Isto em FTTH.
Em FTTH será sempre mais fácil oferecer tais velocidades e mais barato, para não falar que consegue também oferecer velocidades de upload mais alta.

A grande vantagem do Docsis 3.1, é os operadores aguentarem as suas redes de cabo por mais tempo.
 
Com certeza.
Mais 1 ano máximo 2, já teremos pacotes de 1Gbps residenciais em Portugal. Isto em FTTH.
Em FTTH será sempre mais fácil oferecer tais velocidades e mais barato, para não falar que consegue também oferecer velocidades de upload mais alta.

A grande vantagem do Docsis 3.1, é os operadores aguentarem as suas redes de cabo por mais tempo.

Ah bom xD Pode ser que a cabovisão ainda viva + uns anitos entao hehe
 
Back
Topo