Viva,
Mais do que conseguires ou não entrar no mercado de trabalho, irás tu conseguir lidar com "miúdos" a coordenarem-te?!
A questão que se impõe colocar e sobre a qual deves refletir (eu não necessito de qualquer resposta) é: o que queres mesmo fazer?! É programar?! É coordenar?! É dar suporte?! Desenvolvimentos específicos?
Existem outras formas de estar no setor das TIs sem ser programador em que o background profissional conta mais do que propriamente o canudo em Eng. e o saber programar. No mundo dos ERPs (SAP ou MS Dynamics, p.e.) um utilizador com muita experiência quer na aplicação quer no negócio (imagina alguém que é barra em processos de expedição e até usa o SAP EWM para o fazer...), pode ser uma grande mais valia para uma consultora ou para uma equipa de suporte interna. Desta forma está-se dentro das TIs mas numa vertente mais perto do negocio do que propriamente nos bastidores a desenvolver puro e duro como o que farias assim que terminasses a Lic.
Outra coisa que posso chama a atenção - porque terminei a licenciatura relativamente à pouco tempo após uma pausa muito prolongada - é que os alunos são muito mais dedicados do que eu era quando entrei em 97. Alem de mais dedicados, são mais competitivos e a exigência dos cursos reflete isso mesmo, exigindo muito trabalho em casa alem das aulas (e aqui não me refiro apenas a estudo, porque existem pessoas que apanham as coisas do ar e têm que estudar pouco. Refiro-me a trabalhos práticos cujo tempo necessário é imenso).
Eu coloquei todo este testamento, mas o facto de ter ido terminar a LEIC já nos meus 35 ou 36 deu-me bastante e voltando atrás, faria o mesmo!!! Mas só andar a fazer 2 ou 3 cadeiras por semestre no fim de uma jornada de trabalho foi muito duro! muito mesmo!!! E perdi muito da minha filha de 2 anos.