Engenharia Informática

Boa Noite, eu sou um aluno do 1º Ano de eng. Informática e estou a precisar de uma ajuda a resolver um projeto de sistemas digitais sobre umas escadas rolantes, se me conseguisse ajudar eu iria ficar extremamente agradecido!!
Continuação de Boa Noite.
 
Boa Noite, eu sou um aluno do 1º Ano de eng. Informática e estou a precisar de uma ajuda a resolver um projeto de sistemas digitais sobre umas escadas rolantes, se me conseguisse ajudar eu iria ficar extremamente agradecido!!
Continuação de Boa Noite.
Abres um tópico a explicar o problema e quais as tuas dúvidas. Aqui o pessoal ajuda mas não dá soluções.
 
Devo dizer que, após algum tempo de reflexão e apoio profissional estou prestes a tomar uma decisão. Não referi isto anteriormente mas devido a uns anos complicados no meu trabalho, em que trabalhei para uma empresa que é provavelmente a pior empresa à face da terra (para os interessados, é a TelePerformance) que conseguiram tirar o "primeiro lugar" à Novabase (esta ultima que me despediu e fugiu com uns 6.000 € que me devia.. mas isso já foi há mais de 10 anos) aliado a outros detalhes da minha vida pessoal desenvolvi uma doença crônica, "síndrome de cólon irritável", e quem quiser investigar mais sobre isso poderá compreender o quão "chato" isso é..

É realmente chato. Já tenho isso há 15 anos. Ao fim de uns tempos acabas por aprender, relativamente bem, o que resulta contigo e como minimizares os efeitos. Cada pessoa é uma pessoa e nem os triggers, nem as consequências, são iguais. O problema maior vai ser sempre a ansiedade, mesmo quando estás bem tens aquele bichinho na nuca a perguntar "E se agora ficares muito mal?", o que por norma ajuda a piorar...

Boa sorte.
 
Ando aqui com uma crise existencial que gostava que me ajudassem a resolver, entrei na faculdade em 2018 para engenharia eletrotecnica, fiz esse ano em EE e a seguir mudei para EI, neste momento estou no terceiro ano de EI (4º matricula) no entanto, vou ter de fazer mais um ano por irresponsabilidade minha que deixei algumas cadeiras para tras.

No entanto eu gostava imenso trabalhar em ciencia/analise de dados, é algo que adoro, até tenho feito um ou outro curso no udemy sobre isso, mas infelizmente todas ou quase todas as posiçoes juniores que vi em Portugal para a área, pedem, no minimo mestrado em Ciencia de Dados.

Se eu fosse fazer um mestrado na área e admitindo que acabo tudo no menor tempo possivel so iria entrar no mercado de trabalho com 25 anos, e por alguma razao acho que isso é muito tarde, teem algum conselho? o que fariam?
 
Eu vou entrar no mercado com 40 anos*, por isso..

Diria para não te preocupares com isso, o mercado está de tal forma "sedento" de pessoal que, tenhas 21, 25 ou 30, não vai fazer diferença.
Claro que faz diferença em outras áreas, mas isso é outras razões, nomeadamente pessoal novo normalmente vai para o seu primeiro emprego (e respectiva isenção da Segurança Social durante 12 meses) e conseguem abusar um pouco as pessoas assim.. ou mais novos são mais inexperientes no mercado de trabalho e podem ser abusados mais facilmente, e a lista continua.. se uma empresa te rejeitar pela tua idade é sinal que não devias ter ido para essa empresa em primeiro lugar.

Tenhas 21, 25, 30 ou.. no máximo 40, ainda vais tempo, acima de 40 é que já má idéia mudar de área, eu para lá caminho e já noto bem "que já não sou o jovem que era", se durmo menos do que 7 horas o meu corpo "desliga por completo, entra em modo econômico" e o dia está praticamente perdido.

*Tecnicamente sim e não, trabalho desde os 21, mas não na área.
 
Eu vou entrar no mercado com 40 anos*, por isso..

Diria para não te preocupares com isso, o mercado está de tal forma "sedento" de pessoal que, tenhas 21, 25 ou 30, não vai fazer diferença.
Claro que faz diferença em outras áreas, mas isso é outras razões, nomeadamente pessoal novo normalmente vai para o seu primeiro emprego (e respectiva isenção da Segurança Social durante 12 meses) e conseguem abusar um pouco as pessoas assim.. ou mais novos são mais inexperientes no mercado de trabalho e podem ser abusados mais facilmente, e a lista continua.. se uma empresa te rejeitar pela tua idade é sinal que não devias ter ido para essa empresa em primeiro lugar.

Tenhas 21, 25, 30 ou.. no máximo 40, ainda vais tempo, acima de 40 é que já má idéia mudar de área, eu para lá caminho e já noto bem "que já não sou o jovem que era", se durmo menos do que 7 horas o meu corpo "desliga por completo, entra em modo econômico" e o dia está praticamente perdido.

*Tecnicamente sim e não, trabalho desde os 21, mas não na área.
tu ja trabalhas, portanto vais mudar de area portanto nao vais entrar no mercado de trabalho

a minha unica experiencia no mercado de trabalho foi 6 meses em part time numa caixa de supermercado
 
tu ja trabalhas, portanto vais mudar de area portanto nao vais entrar no mercado de trabalho

a minha unica experiencia no mercado de trabalho foi 6 meses em part time numa caixa de supermercado
eu entrei no mercado de trabalho com 25 anos. Andei a fazer ronha na faculdade mas tinha imposto a mim próprio que aos 25 deixaria de ser um custo para os meus pais. E assim foi.

Tenho agora 42 e não sinto que face a outros da mesma idade que eu esteja atrás. É verdade que já foi quase à 20 anos.. mas ainda assim penso que os 25 anos não são impeditivos nem são tarde para começar a trabalhar.
 
Quando somos mais novos penso que valorizamos imenso certas coisas que na verdade não têm grande importância. Ainda me lembro de pensar o mesmo que tu e realmente acabei por terminar o curso com 25 anos e depois ainda mudei de carreira e fiz uma pós-graduação aos 27. Uma pessoa tende a focar-se demasiado na idade quando isso pouco importa no geral.

Eu mudei de Engenharia Industrial também para IT relacionado com dados, tu no teu caso até já estás em IT, estás mais que bem encaminhado independentemente de quando comeces a trabalhar.
 
Ando aqui com uma crise existencial que gostava que me ajudassem a resolver, entrei na faculdade em 2018 para engenharia eletrotecnica, fiz esse ano em EE e a seguir mudei para EI, neste momento estou no terceiro ano de EI (4º matricula) no entanto, vou ter de fazer mais um ano por irresponsabilidade minha que deixei algumas cadeiras para tras.

No entanto eu gostava imenso trabalhar em ciencia/analise de dados, é algo que adoro, até tenho feito um ou outro curso no udemy sobre isso, mas infelizmente todas ou quase todas as posiçoes juniores que vi em Portugal para a área, pedem, no minimo mestrado em Ciencia de Dados.

Se eu fosse fazer um mestrado na área e admitindo que acabo tudo no menor tempo possivel so iria entrar no mercado de trabalho com 25 anos, e por alguma razao acho que isso é muito tarde, teem algum conselho? o que fariam?

Eu diria para te candidatares na mesma, os requisitos, especialmente para 1o emprego nao sao assim tao importantes e nem sao um requisito legal. As empresas poem isso para filtrar quem se candidata mas nao quer dizer que nao considerem a tua candidatura.
 
Boa tarde, candidatei-me este ano com uma média de 139.5, em Engenharia Informática, com as seguintes opções:

1º ISEP
2º UMinho
3º UTAD
4º UBEI
5º Uni Évora
6º Uni Algarve


Gostaria de saber, caso entre na UTAD ou UBEI, se há possibilidade de pedir transferência, no ano seguinte, ou para o ISEP ou para a UMinho, na mesma área?
 
Boa tarde, candidatei-me este ano com uma média de 139.5, em Engenharia Informática, com as seguintes opções:

1º ISEP
2º UMinho
3º UTAD
4º UBEI
5º Uni Évora
6º Uni Algarve


Gostaria de saber, caso entre na UTAD ou UBEI, se há possibilidade de pedir transferência, no ano seguinte, ou para o ISEP ou para a UMinho, na mesma área?

Pedir transferência dá sempre, quantos mais créditos tiveres feitos, mais probabilidade tens de conseguires a mudança (se os conteúdos programáticos forem minimamente semelhantes)
 
Sim, mas queria saber, no curso de engenharia informática, quão viável é o curso da UTAD e UBEI, relativamente ao curso da UMinho e ISEP, para pedir transferência, mesmo tendo os créditos necessários.

Se possível, gostaria de saber algumas opiniões sobre pessoal que está ou esteve a frequentar a UMinho e ISEP nos últimos 5 anos, sobre a experiência que tiveram e se concordam com a minha decisão de transferência.

Obrigado por qualquer suporte.
 
Foi há 20 anos, mas pedi transferencia do IPB-ESTiG (Bragança) para a UNL-FCT. Pelo que as pessoas de secretaria me disseram, para aceitarem a transferencia depende também do número de vagas e concorrentes, além do numero de créditos.
Depois os contéudos só servem para te darem equivalência das cadeiras (é um processo à posteriori depois de te aceitarem a candidatura e fazeres a inscrição).

exemplo: tens fisica 1 e 2, pedes equivalencia, podem dar-te equivalencia a fisica 1 e 3, por causa dos conteudos dessas cadeiras, ou só a 1 delas.

mas lá está, o meu caso foi há 20 anos (bolas...)
 
Aplaudo a tua decisão mas tenho que apresentar certos "avisos" em relação ao estudar após os 30 na área de Engenharia, eu aproximo-me dos 40 e diria que estou há 10 anos para tentar concluir o meu curso, entre o emprego que tenho e obrigações pessoais / familiares tem sido complicado conseguir completar sequer uma só cadeira, curso esse o qual comecei há 18 anos, e vou elaborar baseando-me na minha experiencia e na experiencia de amigos e colegas na mesma situação que eu..

Já lá algures que estudar após os 40 não dá, e compreendo essa posição, aos 40 já acumulaste várias obrigações e "bagagem" que vão dificultar consideravelmente a tua capacidade para estudar, estudar vai além de teres as horas livres (as poucas horas livres se trabalhas 8 horas por dia), é ter as horas livres do trabalho e do resto da tua vida, teres as horas livres depois de fazeres o jantar / almoço para a tua família, as lidas da casa, os eventos familiares e sociais, não só é ter o tempo como ter a capacidade de concentração que o estudo em Engenharia requer.

Dito isto não digo que seja impossível, ou difícil até, depende muito de pessoa para pessoa, há quem acorde ás 07:00 para trabalhar, vai ter aulas das 18:00 ás 23:00 e faz todas as cadeiras, conheço casos de sucesso, claro que esses casos de sucesso moravam sozinhos e não tinham que lidar com mais ninguém, jantavam sempre na cantina da faculdade ou apenas levavam uma sandes e o almoço era outra sandes..

Claro que também vai depender imenso do tipo de trabalho que tens, eu sou pago para ser insultado por clientes, e entre o momento que início sessão na maquina virtual do meu trabalho até ao momento que a encerro não paro um único momento, estou constantemente a "lutar" por fechar mais casos, é a diferença entre ganhar o salario mínimo nacional e levar um extra de 300 / 400 € ao final do mês (devido à forma "cruel" como o sistema de prêmios do meu trabalho opera, ou matas-te para levar os 300 / 400 € extra ou não levas nem metade, é um sistema de "tudo ou nada"), por outras palavras, o trabalho drena-me por completo, razão pela qual eu tive que mudar para o horário pós laboral e estudar de manhã, assim não me estou a "sabotar" ao ir para as aulas já completamente "drenado da vontade de viver".

Depois, dentro do curso em si, terás que te mentalizar muito bem.. e isto é importante que isto resulta em 50% do pessoal que entra no meu curso pisgar-se no segundo ano, vais ter imensas cadeiras que não têm utilidade nenhuma e que só lá existem para encher palha e para aumentar o numero de ECTS do curso, algumas cadeiras fazem-se bem, outras são simplesmente ridículas, então as de Matemática são "hilariantes" do quão inúteis são, e tenho um excelente exemplo de "como tenho razão".. quando entrei no meu curso há 18 anos (Ciência de Computadores) haviam 5 cadeira de Matemática, Calculo I e II, Analise Infinitesimal I e II e Probabilidade e Estatística, 18 anos depois só restaram Matemática I e II (que são muito.. mas muito mais fáceis que Calculo) e Probabilidade e Estatística (que antigamente os exames eram por extenso, agora são por resposta múltipla e no exame de recurso as respostas erradas não descontam).

Por outro lado aceito que CC é diferente de EE, CC é mais focado em teoria / logica e isso é algo que realmente irrita-me solenemente e detesto, por sua vez moro a 50m da FCUP, e com a minha vida actual, pré-pandemia isto é, é a diferença entre conseguir tirar um curso ou desistir da idéia por completo, que perder duas horas com transito por dia simplesmente não dá.


Isto tudo para dizer que é muito "bonito" as pessoas que dizem "ah, porque é que não tiras o curso à noite?", porque essas pessoas tiraram o seu curso com 18 anos, sem nenhuma preocupação na vida deles, com os pais vivos / saudáveis e empregados, com o dia inteiro para estudar e ter uma boa vida social que até complementa o seu estudo.. não sabem o que é não poder ter vida social, ter que escolher entre estudar ou poder passear, estares a perder horas e horas com cadeiras para as quais olhas para elas e sabes que nunca mais na vida irás sequer tocar na matéria dada.. com 18 anos é na boa, com 40 e 15 anos de experiencia é "só podem estar a gozar com a minha cara"..

Já ponderei inscrever-me num bootcamp.. mas 5000 € é muitíssimo dinheiro para quem ganha o SMN e todos os locais que encontro que dão esse tipo de formação parecem-se com esquemas de pirâmide, isso e tirei uma formação CCNA e MSCE há 10 anos atras, adiantou-me de corno, "não contratamos sem licenciatura", "não tem experiencia"..



Dito isto tudo, estas são as minha sugestões do pouco que aprendi,

- "Negoceia" com a tua família um período de estudo por dia, durante certas horas por dia tu "não existes naquela casa", não há "podes vir cá só por um momento" ou "é uma coisinha rápida", de uma hora ate certa hora tu estás inacessível, é como que se estivesses a trabalhar em casa e devem respeitar o teu tempo (e silencio) com a mesma importância,

- Não estudes no mesmo local onde jogas / relaxas, vais acabar por sentir-te estressado ao jogar / "relaxar" e não vais conseguir fazer nada direito, vais estar a estudar mas a pensar em quereres relaxar e vais estar a "relaxar" e a pensar que devias era mas é estar a estudar,

- Avalia o "verdadeiro tempo livre" que tens e inscreve-te nas cadeiras em conformidade, em media são uma a duas horas livres por dia por cada cadeira, isto sem contar com o período de estudo para os exames e para projetos, se consegues ter "verdadeiramente" umas 5 horas livres por dia (fora as horas "gastas" em aulas) poderás considerar inscrever-te no curso em regime total, já menos do que isso o melhor é ponderar um regime parcial, mais vale acabar o curso em 6 anos do que entrares em burnout no segundo ano.. é este o "grande erro" de muitos, acharem que ter 6 horas livres do trabalho ser idêntico a ter 6 horas livres para estudar..

Bolas @Morais que desanimo! talvez seja melhor mudares de curso!?

@David B: apesar da visão do @Morais muito dantesca, tem no seu conteúdo muita informação válida. Eu regressei aos 37 (pai de uma criança de 3 anos) para a faculdade para terminar a licenciatura em Eng Inf. e Comp.. Nessa altura faltavam-me 3 cadeiras obrigatórias, tese e uns tantos ECTs que me fizeram fazer mais duas cadeiras. Portanto, para 5 cadeiras e uma tese, demorei 2 anos.

Foram tempos dolorosos, de sacrifício (não apenas meu, mas também da minha esposa). Fez-se. Tirei muito proveito. Não me trouxe mais valias profissionais, pois já estava na área. Olhando para trás, hoje não me sinto capaz de o fazer (42 anos).

Conselhos:
1. Estabelece objetivos realistas (objetivos ambiciosos trazem frustrações muito grandes);
2. Cria horários de trabalho fora escola (eu deixei de ter almoços. todos os dias da semana, o pessoal ia almoçar e eu sacava da sandes e abria a maquina virtual para fazer os trabalhos da faculdade; quase todos os serões eram passados com o portatil no colo enquanto fazia os trabalhos);
3. faz contas. Com propinas a rondar os 1000 eur/ano numa publica (uma licenciatura = 3K se fizeres tudo à primeira) facilmente se começa a justificar os 5K de um bootcamp;

Nota: li que escreveste sobre hardware. Por isso, cuidado com o curso que escolhes. Programar e montar PCs são coisas completamente distintas. Então se formos para o desenvolvimento de hardware (coisa rara cá em PT)... Um curso de Engenharia Informática incide muito em programação pois é o que mais saída tem. Mas normalmente tem também cadeira de redes, cadeiras de sistemas digitais, cadeiras de base de dados, alguns têm de [micro]eletrónica...

Caramba! Mesmo um enorme obrigado pelo tempo que me dedicaram nas vossas respostas!!!

@Morais, Fenomenal, respondeste tal e qual da forma que eu pretendia... Sem "paninhos" o que desde já agradeço...
De facto, levantas muitas questões bastante sólidas, e a que grande parte já dediquei o pensamento, claro que sem a experiência que partilhas pois nunca tentei nada assim. Tenho ainda assim o apoio da minha mulher e o meu filhote com 4 anos logicamente ainda não compreenderá estes tempo futuros de menor disponibilidade da minha parte, ainda assim penso que ainda darei mais valor aos nossos "tempos de qualidade"! Tento vê-lo como um incentivo em vez de um obstáculo que bem sem que essa sim será uma visão que necessitará de alguma prática :P

Sei que vai ser difícil, daí não estar a colocar ideias pré feitas na minha cabeça de vai correr tudo que é um espetáculo nem que acabarei facilmente no tempo previsto de 3 anos, não vou estar com pretensões de que vai ser tudo fácil... Ainda assim tenho fatores na minha vida que me auxiliam atualmente a ter vindo a ponderar este desafio.
Um desses fatores é precisamente o tipo de trabalho que desempenho atualmente, até ao princípio de 2020 eu tinha muitas deslocações pelo continente e Arquipélago da Madeira, onde pelo menos 6 a 7 dias por mês não estava em minha casa com a família, e embora o meu relacionamento fosse maioritariamente com colegas da mesma empresa nesses locais...Conseguiam por vezes tornar-se em "clientes bem chatos" :P Desde o princípio de 2020 mudei de funções e não tenho mais deslocações, e não lido com mais ninguém que não sejam colegas de trabalho, uma vantagem face à situação que descreveste do teu trabalho, e que felizmente é raro deparar me com situações que me queimem a paciência, podem surgir mas raramente acontece. Consigo também ter alturas do ano mais "paradas" e tendo um gabinete apenas para mim também será um luxo nos dias mais apertados de estudo... Fecha-se a porta e olá sossego hehe.

Batalhei bastante desde os 20 anos para também maior parte das vezes ver apenas o tal SMN ao fim do mês. Felizmente, aos 34 anos entrei na empresa onde trabalho, e conheci uma realidade algo rara na realidade nacional para alguém com as minha habilitações... Sempre certinho e a horas com progressão de carreira bem estipulada, portátil, telemóvel, seguro de saúde, direito a um dia por mês por acordo de empresa que embora raramente faça uso desse a verdade é que não é preciso qualquer justificação para o ter... Enfim um emprego de que não me posso queixar e posso dizer que a única relação que agora tenho com o SMN é o facto de este ser quase o mesmo valor dos meus descontos mensais, como já aqui foi referido, não ganho uma fortuna mas a carga de impostos aos que não fujo nem com um cêntimo é um abuso para a classe média :(

Quanto a "cadeiras para encher chouriço", tenho uma visão um pouco particular pois em tudo estas existem e parece que já estamos dormentes relativamente às mesmas, pelo que encaro-as como tirar um penso rápido lol rápido para não doer tanto, embora compreendo perfeitamente a que te referes... Além de nos darem uma carga desnecessária bem diferente do tal "penso".

Concordo plenamente com a questão que referes sobre o pessoal que diz "porque não tiras à noite" e embora acredite que o façam com a melhor intensão do mundo apenas acresce peso às decisões que temos que tomar e sim, maior parte das vezes dito por pessoal que o fez "na altura certa".

Bootcamp, admitindo a minha ignorância nem sei bem o que é, tenho de ir ver, mas entendendo que será uma forma alternativa de formação... Tem o mesmo peso ou mais que uma licenciatura? São reconhecidos pelos empregadores ou é mais uma coisa de "valorização pessoal"? Pergunto pois como refere o @cconst realmente os valores equiparam se mas acredito que neste caso seja tipo um pagamento único em vez de "suaves" prestações...

Quanto a negociações de tempo com a família, acredito que serão suaves, pois vemos isto tanto como um aumento de auto estima que melhora a disponibilidade mental bem como uma eventual possibilidade de evolução da que todos beneficiaremos... Um tipo caso de "taking one for the team"! :)

Local de estudo... Será partilhado entre local de trabalho e escritório que montei em casa... Também jogo no escritório mas posso sempre alternar entre secretária da minha mulher e a minha para não existirem tentações... Mudo as luzes de ambiente para modificar a atmosfera (brincadeira lógico)... Queria evitar de ir para a sala mas em última instância... Foi mais uma boa dica da tua parte, esta e a questão de avaliar bem o real tempo livre para estudar!

Agora pego eu no "touro"... Esse teu último paragrafo... Incorrendo o risco de parecer um bocado zen, não alimentes o que não te empurra para a frente, de facto como explicas tens aí um ódio de estimação devido a anos de frustrações com esse percurso, enterra isso onde nem as toupeiras lá cheguem e acaba o curso por ti, apenas por ti que é no que terás de te focar, e tal como eu se após tirar o curso não encontre uma situação mais vantajosa que a que tenho atualmente no meu trabalho, que se lixe, a valorização pessoal trabalha por caminho estranhos, quem sabe até não tenhas mais sucesso no que fazes atualmente pelo simples facto da tua auto estima ter melhorado por um desafio ultrapassado!!

Abraço e tenho de te dizer que alguém que dedicou do seu tempo para me responder como respondeste, com clareza e bem articulado... Deixa que o curso te odeie a ti depois acabares com ele :P

O meu primeiro trabalho a sério como IT foi como IT Support de uma cadeia de hotéis. Fazia de tudo, desde ajudar os clientes com alguns dos problemas (Wifi nos dispositivos ou com as TVs) até a tratar de equipamentos nos Datacenters ou upgrades de Software grandes. Antes de sair estava como IT Manager para Portugal e tinha várias propriedades para "gerir". Não estava sozinho, tinha um equipa que me ajudava com as partes de administração de sistemas, redes e segurança, projetos e também suporte aos utilizadores e equipamentos. Como gostas de hotelaria talvez fosse uma boa opção, já que (no meu caso pelo menos) não passada o tempo todo à frente do PC, acaba várias vezes por estar no terreno, seja a instalar/configurar ou pelo menos a validar que as coisas estavam como queria. Acabava por falar com várias pessoas, desde Front Office, BackOffice, F&B, Contabilidade, Housekeeping, Manutenção e Administração.

Acabei por sair no pico da pandemia, por motivos fora da parte de IT. Gostava do que fazia, aprendi um pouco de todos os sectores de um hotel, desde um check-in até como a malta do F&B/Cozinha prepara as coisas para grandes almoços ou jantares. Um grande senão deste ramo do IT é que, dado a um hotel estar a funcionar 24/7 podes ter que estar de prevenção vários dias e isso vai te trazer bastante cansaço sem quase notares.

Neste momento estou a trabalhar para uma multinacional no ramo das telecomunicações, pois é o que efetivamente estudei e estou bastante contente com tudo até agora (algo bastante recente). Eu deixei o curso de Engenharia de Telecomunicações e Informática no IST praticamente a meio (altura bastante complicada e só andava a patinar em vez de conseguir fazer as cadeiras) e quando deixei o curso fui tirar um CTeSP também de Telecomunicações e Informática. Diria que um curso na Universidade não é algo extremamente necessário na Informática, mas dá uma certa ajuda.
Citei esta malta toda porque 1º adorei ler as vossas experiências porque 2) são parecidas às minhas. Desde trabalhar como segurança e operador de call-center, para ir para PT "arrancar cabelos" numa rede com mais de 3 mil PC's, finalmente tomei a decisão certa (no meu caso especifico foi isso) e fui tirar EE com 34 que acabei aos 39. Hoje, com um salário relativamente bom para o que ganhei no início como programador (SMN, sim SMN como programador), estou a ponderar melhorar e achava, como vocês, que aos 44 já me sinto velho e cansado (especialmente se não dormir as 7/8/9 horas).

A questão é que reencontrei com um ex-colega de curso, ele com 64 anos, a 2 da reforma, esta a tirar um doutoramente, tem força e motivação que nunca mais acaba e eu ando aqui a chorar porque não consigo atingir os meus sonhos?!

Vou voltar a estudar, largar os vícios, hobbies e tempos mortos e fazer-me à vida. Não sei para onde nem como (Devops? remoto para USA/UK? descontar mais de 50% em impostos?).. mas vou me mexer enquanto tenho saúde!

Desejem-me sorte pessoal!
 
Citei esta malta toda porque 1º adorei ler as vossas experiências porque 2) são parecidas às minhas. Desde trabalhar como segurança e operador de call-center, para ir para PT "arrancar cabelos" numa rede com mais de 3 mil PC's, finalmente tomei a decisão certa (no meu caso especifico foi isso) e fui tirar EE com 34 que acabei aos 39. Hoje, com um salário relativamente bom para o que ganhei no início como programador (SMN, sim SMN como programador), estou a ponderar melhorar e achava, como vocês, que aos 44 já me sinto velho e cansado (especialmente se não dormir as 7/8/9 horas).

A questão é que reencontrei com um ex-colega de curso, ele com 64 anos, a 2 da reforma, esta a tirar um doutoramente, tem força e motivação que nunca mais acaba e eu ando aqui a chorar porque não consigo atingir os meus sonhos?!

Vou voltar a estudar, largar os vícios, hobbies e tempos mortos e fazer-me à vida. Não sei para onde nem como (Devops? remoto para USA/UK? descontar mais de 50% em impostos?).. mas vou me mexer enquanto tenho saúde!

Desejem-me sorte pessoal!
Mas estás a ganhar quanto de momento e em que área? É mesmo preciso mudar de área para conseguir ganhar o que pretendes?
 
Mas estás a ganhar quanto de momento e em que área? É mesmo preciso mudar de área para conseguir ganhar o que pretendes?
Não sou power member por isso nãp tenho acesso ao tópico do "quanto ganham". Mas respondendo em parte à tua pergunta, sim, pois como programador Java, em Portugal, não consigo chegar aos 80k, coisa relativamente fácil em DE e UK.
 
Boas malta.
Pretendo entrar no mercado de trabalho em cibersegurança. Venho de outra área e não tenho possibilidade de ir pelo caminho habitual (digo universidade). Estive em Eng. Informática mas não terminei na altura por vários motivos, e os conhecimentos adquiridos foram mínimos. Existem aquelas formações "intensivas", como a academia de código e a associação nacional de cibersegurança. Alguém tem feedback destas escolas? Vale a pena, ou existirá alguma melhor forma?

O que estou a fazer de momento pós-trabalho:
-Formação (gratuita) sobre cibergurança (5 meses)
-Curso online (Cisco Cybersecurity path, gratuito). Estou a pensar, quando tiver mais tempo, de seguir o LetsDefend( virado para blueteam, hands-on, SIEM, gratuito...) e CS50x (gratuito, para estabelecer algum conhecimento de base que poderá faltar).
-Desenvolver o meu LinkedIn, com as badges e competências que vou adquirindo.
-Seguir com o CompTIA Security + (após) como certificação de entrada no mercado.

Estou dividido entre seguir sozinho ou ter que largar uma boa quantia de dinheiro nesses cursos.
 
Boas malta. Desculpem o off-topic, mas normalmente passam-me boas oportunidades de trabalho pelas mãos, que teria gosto em partilhar com a malta da Zwame, para quem estivesse interessado.

Há algum tópico para o efeito? Ou usam-se tópicos generalistas como este? Já pesquisei e não encontrei nada de óbvio.
 
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