Eu acho que andou boa parte da discussão à volta do facto de haver ou não descriminação, mas é perfeitamente lícito a um empregador usar critérios de selecção como boa apresentação, melhores notas na faculdade ou existência de um vício. E jogar World of Warcraft é, para alguns, um vício, com consequências ao nível da produtividade, do rendimento nos estudos, do descanso obtido.
Numa entrevista conseguimos aferir sempre - com maior ou menor precisão - a experiência de uma pessoa em contactos profissionais, os nervos, a tensão. Ora, uma pessoa que se mostre muito nervosa, com dificuldade de contacto humano e pessoal, e por cima diga «
Ah, eu passo os meus tempos livres a jogar World of Warcraft», não vos parece difícil de integrar numa estrutura produtiva de uma empresa, uma loja, um escritório? Daí poder ser um factor de exclusão tão "injusto" como recusar um homem gordo para uma loja de roupa, por ser dada primazia à apresentação, como recusar uma rapariga menos bonita ou mesmo feia para um trabalho de promoção, como recusar o currículo de um gajo que até pode ser brilhante e excelente profissional, mas que saiu da faculdade com uma média mais baixa que o rato de biblioteca que lhe vai passar à frente.
É o mundo real, nem sempre é justo, mas é o que temos. Tem regras e definições, tal como o WOW. Nem sei para quê tanta discussão, afinal!