Escassez mundial de ICs em 2021

Têm de subir ainda mais.
O mercado só serve para justificar aumento de preços, quando as pessoas não estão disponíveis para trabalhar pelo valor que as empresas querem pagar a conversa é sempre "ninguém quer trabalhar".

O mercado é para os dois lados, não encontram quem queira pagar é porque as condições não são suficientemente boas, logo algo tem de mudar.

Verdade. Que aumentem os salários, que de certeza que vão ter pretendentes aos lugares.
 
Com ligações de internet cada vez melhores e disponiveis em todo o lado, se for bem pago, um gamer pode perfeitamente ser camionista e andar a jogar nas paragens sem drama nenhum! :001:

Mas é como tudo, aumentem os ordenados que aparece mão de obra. É relativamente rápido de qualificar alguem para o trabalho, logo é mesmo monetaria a questão.


Olhe que não.
Conduzir um pesado requer mais do que uma formação ou um par de horas na estrada.
Os ordenados são claro um factor, mas a qualificação também.
 
Olhe que não.
Conduzir um pesado requer mais do que uma formação ou um par de horas na estrada.
Os ordenados são claro um factor, mas a qualificação também.

Eu escrevi "relativamente rápido". Não desvalorizo a profissão, de todo, mas é bem mais rapido que uma profissão que requeira uma licenciatura por exemplo. Não deve demorar mais que meio ano, se tanto. Quanto muito pode demorar mais por os exames de condução estarem com meses e meses de atraso por causa da pandemia.
 
O problema não é a carta, é a experiência de condução e de rotas.
Em ambiente pequeno, entregas de bairro pode ser mais simples, mas viagens nacionais e internacionais requerem algum tempo de aprendizagem.
Por outro lado as empresas tem receio de colocar carga e equipamento em maos que não confiam e sem muitas horas de estrada.
 
Têm de subir ainda mais.
O mercado só serve para justificar aumento de preços, quando as pessoas não estão disponíveis para trabalhar pelo valor que as empresas querem pagar a conversa é sempre "ninguém quer trabalhar".

O mercado é para os dois lados, não encontram quem queira trabalhar é porque as condições não são suficientemente boas, logo algo tem de mudar.

Tudo muito certo, mas as coisas como eu disse não passam só pelo facto de haver melhores ordenados e condições, pois o problema é que é um estilo de vida que por muito bem pago que seja nos moldes atuais pouca gente quer.

Tenho amigos e familiares que andaram anos no longo curso, ganharam muito dinheiro, mas estavam meses na estrada e vinham uma semana ou duas a casa e ai iam eles novamente, com família e outros problemas, deixaram a profissão para estar em casa perto dos seus a ganhar menos, mas são escolhas.

Agora isso dos patrões virem dizer que ninguém quer trabalhar, essa história é infelizmente transversal a muitas mais profissões onde existe muita procura, mas lá está, esses patrões que vem falar assim deviam era estar calados, pois querem muito trabalho e condições miseráveis por tuta e meia, depois dizem que não aparece ninguém quando precisam, estavam era mal habituados que antigamente o português não queria tinham logo ali mais 3000 de outras nacionalidades que agarravam por metade do que pagavam ao português e muitos nem legalizavam as coisas, por isso é o mercado de trabalho chegou ao que chegou, só que o pessoal começou a abrir os olhos, e agora a malta não aparece por aquilo que eles oferecem.​
 
O problema não é a carta, é a experiência de condução e de rotas.
Em ambiente pequeno, entregas de bairro pode ser mais simples, mas viagens nacionais e internacionais requerem algum tempo de aprendizagem.
Por outro lado as empresas tem receio de colocar carga e equipamento em maos que não confiam e sem muitas horas de estrada.
Exato, mas essas pessoas não podem trabalhar a troco de um ordenado baixo, umas sandes e uma salva de palmas à janela :)
 
Eu aqui dou-te um testemunho muito diferente.

As pessoas não querem trabalhar!

E sabes porquê?

Farto-me de colocar anúncios com as condições, e o que pedimos... e os currículos que nos chegam são a conta gotas !!!!
Se assim fosse, na fase da entrevista é que as pessoas podiam dizer não estou interessado, ou não tenho disponibilidade, etc...

Portanto, se quando pedimos curriculum e não há candidatos... não me venham com a desculpa de que as empresas pagam mal... nem todas pagam mal!
 
Eu aqui dou-te um testemunho muito diferente.

As pessoas não querem trabalhar!

E sabes porquê?

Farto-me de colocar anúncios com as condições, e o que pedimos... e os currículos que nos chegam são a conta gotas !!!!
Se assim fosse, na fase da entrevista é que as pessoas podiam dizer não estou interessado, ou não tenho disponibilidade, etc...

Portanto, se quando pedimos curriculum e não há candidatos... não me venham com a desculpa de que as empresas pagam mal... nem todas pagam mal!
Portanto, pões um anúncio com as condições, não aparece muita gente e a tua conclusão é que as pessoas não querem trabalhar porque não se dão ao trabalho de se candidatar só para dizer que não estão interessadas.

Já pensaste que se calhar as condições não são as melhores?

Nem todas pagam mal e/ou oferecem boas condições (o ordenado não é tudo) é absolutamente verdade, e são essas que têm sempre pessoas interessadas em entrar e que portanto entram os melhores.
As outras ficam com os restos, se existirem.

Volto a dizer, em mercado aberto a abertura é em todos os sentidos. As condições serem boas ou más é o mercado que o dita. Se não aparecem pessoas interessadas num determinado lugar, é por alguma razão.
 
Sei o que digo.
Tiras a tua conclusão na tua área, que na minha tiro eu.
Não há pessoas.

Há por exemplo Brasileiros dispostos a vir do Brasil quase de imediato. (e tenho brasileiros a ganhar + de 900Eur sem qualquer exploração e num horário das 8h ás 17h de Segunda a Sexta Feira.
Problema da maior parte deles virem de propósito e temos cá alguns é que têm experiência no curriculum na área, e chegam cá afinal não sabem ligar uma tomada eléctrica. E aqui não me aprofundo mais no assunto.

Apenas dei a conhecer um dos pontos de vista reais da empresa onde trabalho que emprega 28 pessoas.
 
Falta de mão de obra não é sinónimo de "as pessoas não querem trabalhar". Isso é uma visão bastante redutora e que retira a parte do onus da empresa, e isso é mau para a empresa.
Porque mesmo que fosse verdade e as pessoas "não quisessem trabalhar" há sempre alguma coisa que a empresa poderia fazer para contrariar isso e deixa de o fazer porque não assume parte da responsabilidade.

O mesmo é válido para estas empresas de logistica. Quem é que no seu perfeito juizo vai trabalhar para uma profissão que em principio está condenada a longo prazo para ganhar algo que não justifica a falta de futuro e dores de cabeça inerentes à profissão?
 
...O mesmo é válido para estas empresas de logistica. Quem é que no seu perfeito juizo vai trabalhar para uma profissão que em principio está condenada a longo prazo para ganhar algo que não justifica a falta de futuro e dores de cabeça inerentes à profissão?...
Então referes também operários etc etc? Linhas de produção de fábrica etc? então só carreiras em que haja evolução de carreira é que interessam? Ou percebi mal o teu raciocínio?

Sei de um operário perto da reforma na manutenção, está a tirar 4000 euros... infelizmente os descontos levam-lhe quase metade do ordenado... infelizmente é "explorado" com 12 horas ou mais de vez em quando...
 
Eu não estou a discutir valores, funções ou capacidades. Se não há procura para a oferta é por alguma razão.

Já agora trabalho com responsabilidades directas sobre centenas de pessoas em ambiente industrial. Sem bem a dificuldade que é contractar e evitar rotação constante de pessoal. Sabes qual está a ser a solução, depois de eu muito batalhar com a administração, melhorar as condições de trabalho.

Rapidamente a rotação tem reduzido, temos procura de pessoas mais qualificadas e os resultados melhoram. Agora é a administração que criou um programa de melhoria das condições de trabalho com projectos a médio longo prazo em que o aumento do ordenado nem é de perto o mais relevante.
 
Compreendo perfeitamente o que dizes. E concordo.
Dou o exemplo como já me perguntaram por mensagem privada.
Electricistas e ajudantes de Electricistas... não há Electricistas. Mesmo com as condições de trabalho boas.
Ajudantes, aparecem muitos... mas sem qualquer experiência. Mesmo quando dizem ter.

Claro que as zonas do país também contam... zona interior sofre mais... mas a tendencia está a mudar.
 
Claro que não há, 900 paus para um eletricista qualificado e experiente não é salário compatível, ainda por cima quando por vezes se tem de ter em conta as despesas com deslocação ou arrendamento em zonas caras...

Sei que a carga fiscal também torna muito complicado dar bons salários, mas os trabalhadores não têm culpa disso.

Façam propostas decentes e certamente apareceram trabalhadores...
 
Claro que não há, 900 paus para um eletricista qualificado e experiente não é salário compatível, ainda por cima quando por vezes se tem de ter em conta as despesas com deslocação ou arrendamento em zonas caras...

Sei que a carga fiscal também torna muito complicado dar bons salários, mas os trabalhadores não têm culpa disso.

Façam propostas decentes e certamente apareceram trabalhadores...
Não aparecem :)
 
Mas foundrys de quê?

TSMC e Samsung cada novo processo é nova Fab, a Intel volta e meia reconverte as suas, agora com o novo plano FAB 2.0 sabe-se que anunciou 2 novas.

Tudo se resume ao planemamento: construir uma clean room é o mais fácil, adquirir a maquinaria para lá colocar é que é o problema maior, e mesmo aí já há algum tempo de espera.

Os restantes chineses da SMIC é incógnita em relação a novas mas no contexto geral o objectivo é produção nacional (Made in China).

UMC (Taiwan) está na mesma situação da GF, "presa" aos 14nm e a solução tem passado pelo mesmo plano, expansão da capacidade.
A única empresa relevante europeia. STMicro está nos 28nm, e é expansão da capacidade.

Há depois toda uma série de IDM (fabrico próprio) e foundries demasiado especializadas em determinados nichos ou com capacidade de produção tão pequena para terem alguma relevância.

IDM

- Infineon, NXP, Bosch Sensortec, Renesas, TI e por aí fora

Specialty Foundry

- X-Fab, Tower Semi, ON Semi, etc

As únicas "novas" nestes casos acabam por ser também a expansão da capacidade, a TI adquiriu uma das Fab de "memória Optane" com que a Micron ficou depois da separação da Intel, mas o interesse será mesmo apenas o edifício e a reconversão, a Infineon e Bosch começaram a produzir este ano nas novas Fab que inauguraram, mas para produtos muito específicos.
Mesmo estas empresas recorrem às Foundry "normais" para produzirem boa parte dos seus produtos e fazem-no por uma razão de custo.
 
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