Evento Apple: Spring Loaded (20/04/2021)

A Apple está a ser apertada por estes dias: https://www.protocol.com/app-store-hearing. Mas independentemente do que se decidir as empresas mais pequenas e sem a integração vertical da Apple vão ter menos opções e menos resiliência. Sempre tiveram e vão continuar a ter.

Mas este é para mim o menor dos anúncios mesmo assim.

Sobre a privacidade. @Trance vê o link que colocaram. No exemplo que deste, se a distância é pequena as pessoas podem ser vistas e não devem precisar de usar tags. Eu estava preocupado em colocarem uma tag num carro por exemplo. Aí por exemplo pode não se ouvir e continua a ser possível usar a tag, mas também não vamos ser inocentes. Já há outros sistemas bem mais poderosos que se devem poder usar sem o conhecimento das pessoas. As AirTags emitem som que alertam as pessoas. Eu é um equipamento que não tenho utilidade para ele pelo menos para já.
 
Eles têm solução para quem não tem iPhone saber que está a ser tracked, se um AirTag estiver mais de x tempo longe do seu "dono" vai emitir avisos sonoros permitindo a quem está a ser tracked "apanhar" o device, não vejo grandes falhas, é como o @Metro diz, existem devices muito mais adequados a utilização indevida do que isto.

Gostei muito dos AirTags, já tive um device deste tipo que até foi ao Shark Tank PT mas ao ser em plástico e ao estar num porta chaves teve vida curta, como também tinham pouca massa crítica a feature de crowd search valia zero, os AirTags trazem uma qualidade de construção fora de série (metal) e uma possibilidade válida de crowd search.

Não tenho iPhone (a minha filha tem e até daria para as encontrar em casa dessa forma), mas pelo Mac pelo menos deve dar para ter ideia da zona onde está e estou tentado a comprar para as chaves.
 
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Eu tenho 3 tiles adquirido quando ainda não dava para mudar a pilha, comprei numa promo de rotura de stock portanto a bom preço. Na altura eram caros, havia preços a 50 euros o tile.

Agora o preço com packs já é razoável. No entanto inventaram um modelo de subscrição mensal ou anual com mais funcionalidades. Sem subscrição oferece o básico.

A minha experiência com tiles era ok. O principal se não é que necessitava de ter a apps correr em background para um tracking continuo, o que consumia mais bateria. Eu desligava isso.
Sim já chegaram a ser caros, não permitirem mudar a pilha facilmente (tive uns desses mas eu abria na mesma e mudava), enfim aquela mentalidade de startup americana a milk o seu mercado ao máximo. Apesar de abominar completamente a ideia de ecossistema fechado e todas as tácticas que a Apple empenha de modo a prender a sua base nos seus produtos/serviços, não tenho grande empatia pela Tile principalmente devido a esses começos pouco amigos do cliente. Não menosprezo no entanto que o produto se tenha tornado melhor, mais durável e user friendly. Tiveram eventualmente que se adaptar a um mercado concorrencial sob pena de se tornarem irrelevantes.

Com a passagem para baterias substituíveis pelo utilizador, e como modelo de negócio que se centra unicamente neste produto, tiveram que monetizar de alguma forma, e não os condeno por cobrarem por exemplo por alarmes caso o utilizador se afaste do Tile (nem faço a mínima se estes AirTags fazem isso). Tudo o resto está acessível na modalidade sem subscrição.
Creio que o tracking pelo Find My vai ser superior. Tracking continuo sem consumir tanta bateria ... Integração com Siri sem espinhas ... estou a ver dizer ao HomePod “hey Siri where are my keys ...” Com o tiles isso só funcionava falando para iPhone.
Muito sinceramente não estou a ver onde possa consumir significativamente menos recursos, quando até identificam os timings que cada utilizador passa perto de cada AirTag (ver porquê mais abaixo). Imagino os limites possivelmente conservadores em termos de pooling do scan de IDs Bluetooth circundantes que a Tile deve enfrentar nas APIs permitidas pela Apple, já para não falar do geo-fencing, e não me quero acreditar que seja assim tão mais pesado. Mais preocupante, é apresentando-se como algo altamente integrado no sistema, e dependendo a Apple desse processo de geo-fence colaborativo para o sucesso da sua Tag network, simplesmente seja um opt-in automático para todos quer usem ou não AirTags. Don't get me wrong, sou totalmente apologista de tecnologia transparente mas eu como cliente quero poder decidir se abdico dessa funcionalidade. Não vou prosseguir muito neste ponto pois mais detalhes vão surgir certamente, mas aposto mais nessa ausência de opção de opt-out, ou num processo convoluto de acesso ao mesmo.

Curiosamente tenho os vários Tiles associados ao GAssistant, e sem quaisquer problemas de integração tanto no GHome como no telemóvel. Talvez a Siri não o suporte no Tile devido às limitações de integração impostas pela Apple?
Honestamente o produto que creio neste momento estar overpriced é o iPhone :). Epa a gama média dos iPhones andar nos 800 a 900 euros não há outra conclusão. Se o smartphone fosse única coisa que tivesse da Apple, ia para Android ... até porque aparentemente funciona melhor com o Windows.
Sinceramente será produto que espero que mantenha um preço estável tendo em conta todo o ecossistema, quem esteja dentro deste irá estar cada vez mais exposto a outros produtos da marca, servindo o iPhone como um engodo. A gama média nunca será posicionada de forma estratosferica como a gama "Pro" que serve de upsell. Mas também não vão desvalorizar o poder da marca. É um modelo de negócio. Por fim, 800-900 são valores com pesos distintos noutras economias desenvolvidas, e o que se pode apresentar como excessivo para um portugues, facilmente pode parecer aceitável num país com Median Household Income de 70k ao ano. A concorrência aproveita os avanços no preço, mas sem grande sucesso pois não se posiciona inteligentemente e fica-se por esforços a meio-gás na maior parte dos casos. A Samsung bem tenta copiar, mas falham em tudo o resto exceptuando hardware. E idem para os Pixel, que andam num vai não vai, porque não há o devido empenho da Google no sucesso da linha. Um bom concorrente à Apple iria beneficiar-nos a todos como consumidores.
MBP e MBA: Agora com o M1 e as sua características ímpares também é difícil concluir. O ponto principal aqui sempre foi para mim o macOS e a qualidade do chassis.
Estou com esperanças de competição por parte da AMD visto usarem as mesmas foundries (TSMC) e um processo de litografia similar. A optimização e integração é, a meu ver, o que fazem o M1 ter sucesso. Vamos ver o que vai surgir para breve, perante uma Intel presa no seu passado, resta aguardar pela integração da ARM na nVidia (ainda andam de molho nisto) e restantes concorrentes.

Em termos de qualidade do chassis é coisa que a concorrência tem exemplos similares ou até superiores. Tenho um ThinkPad X1 Nano e aquele chassi de magnésio e tampa em fibra de carbono são simplesmente irrepreensíveis, no conforto ao toque, acabamento, robustez e leveza (900g de 13" 2K 450 nits). O teclado nem tem comparação, o touchpad apesar de ainda não estar a par, está muito próximo e é de vidro. Quem estiver disposto e/ou precisar de Windows/distro Linux, não tem necessariamente que downgrade na qualidade física do laptop face a um MacBook.
Ao nível de acessórios tipicamente uns são overpriced. Estou a pensar nos teclados, pens e ratos, beats e Air Pod Max, Apple TV. Mas outros nem por isso: AirPod, AirPod Pro.

Temos um acessório que é difícil medir isto para mim. O iPad Magic Keyboard ... é caro mas esta mesmo bem feito ... único
Nisso dos acessórios a Apple é sublimar. Veja-se agora o caso das AirTags, onde torna-se óbvio a forma como foram pensadas em nem ter um pequeno orifício de modo a ligar a por exemplo, um porta-chaves. Paga mais uns 15/20/whatever por um acessório para o poderes usufruir devidamente. Tudo para baixar aquela barreira psicológica do preço, pagando no fim, mais. [emoji das palmas efusivas]
 
Dependendo do do objectivo não sei se será muito difícil inibir o som.
Depois não estou a ver a utilidade disto se passado uma hora por exemplo começar a apitar a apitar. Se assim for é uma chatice para o utilizador. A minha experiência com o Tiles é que mesmo em casa pode-se perder a ligação por horas a fio.

É algo que só com a utilização e passar do tempo se vai perceber os efeitos colaterais da solução encontrada pela Apple. Se resolveram Sky Rocket, pois é um problema muito difícil de resolver Se não, ups.
 
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@Trance mas como é que em casa vais perder a ligação ao airtag? Podes não estar a poucos metros mas eventualmente passaste por ele/ passas por ele, ele está na tua casa (que o teu iPhone deverá saber qual é) daí não ver que vá ser grande drama
 
Eles têm solução para quem não tem iPhone saber que está a ser tracked, se um AirTag estiver mais de x tempo longe do seu "dono" vai emitir avisos sonoros permitindo a quem está a ser tracked "apanhar" o device, não vejo grandes falhas, é como o @Metro diz, existem devices muito mais adequados a utilização indevida do que isto.

Gostei muito dos AirTags, já tive um device deste tipo que até foi ao Shark Tank PT mas ao ser em plástico e ao estar num porta chaves teve vida curta, como também tinham pouca massa crítica a feature de crowd search valia zero, os AirTags trazem uma qualidade de construção fora de série (metal) e uma possibilidade válida de crowd search.

Não tenho iPhone (a minha filha tem e até daria para as encontrar em casa dessa forma), mas pelo Mac pelo menos deve dar para ter ideia da zona onde está e estou tentado a comprar para as chaves.

Como na altura trabalhava na área da publicidade e exposição... cheguei a ter algumas para os expositores que lhes fizemos (estavas a falar da LAPA / FINDLAPA, certo? :) )

Por acaso até achei uma ideia engraçada... chegou a ser vendida na Amazon e tudo... mas pelos vistos (e não tinha conhecimento) ... já não tem grande sinal de vida :(
 
Entrevista com o Diretor de Marketing e de Hardware da Apple: https://www.independent.co.uk/life-...ro-apple-interview-m1-explained-b1835934.html

“And they’re voting with their pocketbook, right? Both these categories have grown, but iPad and Mac have greatly outgrown their category. And so that’s what our strategy is: create the best product of both.”

O argumento é bom mas não tem corrido bem. O iPad tem potencial mas continua limitado pelo software. E só a Apple é que parece não ver. Claro que a satisfação das pessoas é grande mas devia fazer mais.

O jornalista tem este comentário que é o que temos dito aqui:

It would make a lot of sense to presume that we’re seeing hardware that is anticipating updates to Apple’s software, and it would certainly be conceivable that at least some of those apps are coming later, perhaps at its WWDC conference in June. But that’s remains no more than a presumption, for now; Apple is not announcing anything about the future of its own apps on the iPad platform, even when asked.

Sem o hardware seria difícil para os programadores desenvolver e ter a imagem certa de todo o potencial. Com este tempo de avanço e penso que o terem já lançado uma beta a seguir à versão que ainda nem foi lançada é algum sinal.

Instead, Joz refers to the extra headroom that the power gives developers; this is a computer aimed at pushing the envelope and the boundaries, making extra space that developers can find new ways to occupy with their own apps.

“We provided that performance even before the need was there, if you will,” he says. “When you create that capability, that kind of ceiling, developers will use it. Customers will use it.

“It needs to exist first, right? You can’t have an app that requires more performance than the system’s capable of – then it doesn’t work. So you need to have the system be ahead of the apps.

Pois.

In the most superficial way, this is the most Mac-like iPad there has ever been. You could already slot it into a keyboard to turn it into something like a laptop; now it has not only the Mac’s M1 chip, but display technology taken from the Pro Display XDR and the speedy connections, chunky memory and vast storage that have long been the preserve of its older siblings.

Ninguém diria. Tornem é o iPad Pro melhor é o que é preciso.
 
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Como na altura trabalhava na área da publicidade e exposição... cheguei a ter algumas para os expositores que lhes fizemos (estavas a falar da LAPA / FINDLAPA, certo? :) )

Por acaso até achei uma ideia engraçada... chegou a ser vendida na Amazon e tudo... mas pelos vistos (e não tinha conhecimento) ... já não tem grande sinal de vida :(
Exacto, já nem me lembrava do nome, morreu muito rápido mas tinha perdido a factura e fiquei agarrado. Mas a experiência não foi muito boa, o software também não era grande coisa.

Por isso fiquei entusiasmado com esta solução da Apple, mas pelo que andei já a aprofundar não tendo eu iPhone não dá mesmo para usar porque vai disparar o aviso de unwanted tracking.
Pena não abrirem para quem tem Android (só funciona para dar info do dono via NFC caso seja dado como lost), mas entendo, não é produto para dar dinheiro mas sim para servir de âncora ao ecossistema.
 
O argumento é bom mas não tem corrido bem. O iPad tem potencial mas continua limitado pelo software. E só a Apple é que parece não ver. Claro que a satisfação das pessoas é grande mas devia fazer mais.

Aí é que discordo contigo. Os iPad modernos foram criado especialmente para correr iPad OS, ou seja, um supercharged iOS em vez de macOS.

Eles colocaram o M1 no Pro para estarem anos luz à frente de todos os concorrentes, permitir external displays com resoluções altas, e transferência de ficheiros com velocidades de transmissão elevadas. Isto é, eles estão a posicionar este iPad a quem é profissional e não quer um Mac. Meter macOS dava cabo desse segmento - exemplo: artistas que usam o Apple Pencil para a sua profissão. Não é suportado no iOS (iPhones) e macOS porque foi concebido para os iPads. A Apple até sugere usar um iPad como um complemento ao Mac, por exemplo, como uma tablet de design e display secundário (Sidecar).

Melhorem o iPad OS na WWDC, isso sim. Mas não coloquem um OS que nunca foi concebido para ecrãs touch num iPad.
 
Ninguém diria. Tornem é o iPad Pro melhor é o que é preciso.
Mas o software depois não acompanha o hardware. O que me vale ter o M1 e esse display, se depois nem corre um Final Cut, DaVinci, um simples OBS ou um melhor multitasking? E só estou a dar alguns exemplos. Eu queria meter um iMac e ter um iPad Pro para quando estou fora de casa, mas vou estar limitado pelo software... Acho que o iPadOS ainda está muito iOS. Se não querem unir Macbook e iPad, precisam de colocar um iPadOS entre iOS e macOS... Vamos ver o que nos reserva a WWDC, também não está longe.
 
Eu honestamente não pedia um macOS no iPad.

Pedia era uma forma qualquer de ter apps por "janelas" como num macOS. Em que cada janela é uma app no tamanho de um "iPhone" se é que me faço entender. Meio que já temos isso agora, com aquelas apps que aparecem de lado e dá para esconder e mostrar à medida que é preciso. Mas algo assim, com mais liberdade, seria porreiro.

No fundo, acho que é um bocado do que o DeX da samsung já faz, penso eu.

Assim dá para ter o multitasking que a malta quer sem ser um macOS e ter tudo o que vem de arrasto com isso.

Opá quanto ao resto eu também gostava de ver o XCode no iPad embora ache impossível dado a quantidade de coisas que tipicamente é preciso instalar para se usar nos projetos. Não sei de quanto vale o Xcode se não der para se instalar o Carthage ou o Cocoapods.
 
Aí é que discordo contigo. Os iPad modernos foram criado especialmente para correr iPad OS, ou seja, um supercharged iOS em vez de macOS.

Neste momento têm o mesmo processador. Essa distinção não faz sentido. Fazia quando tinham o mesmo processador do iPhone.

Eles colocaram o M1 no Pro para estarem anos luz à frente de todos os concorrentes, permitir external displays com resoluções altas, e transferência de ficheiros com velocidades de transmissão elevadas.

Estarem à frente dos outros tablets não é grande elogio. E daí se incluímos os Surface com o teclado destacável já não é bem assim. Também temos que ver o preço que custam.

Isto é, eles estão a posicionar este iPad a quem é profissional e não quer um Mac.

A história de quem é profissional nunca nos vamos entender. Profissional de quê? Como referi, se correr tudo o que quero eu compro o iPad Pro em vez do Mac. A questão é que se abro uma aplicação que tem um iframe de um vídeo que não interajo e me para o spotify e para continuar a ouvir musica tenho que voltar a ir á aplicação cada vez que isso acontece temos um problema. Se o segundo monitor só fizer mirror é ridículo. Isso não é profissional.

Isto é, eles estão a posicionar este iPad a quem é profissional e não quer um Mac. Meter macOS dava cabo desse segmento - exemplo: artistas que usam o Apple Pencil para a sua profissão.

O Apple Pencil é usado também para escrever. O Notability tem aplicação para iPad e para Mac. Ou até o Notes da Apple. Só se consegue usar o Apple Pencil no iPad. Não é preciso ser profissional e mostra apenas a limitação por dispositivo.

Não é suportado no iOS (iPhones) e macOS porque foi concebido para os iPads.

Com o mesmo hardware e com a diferença a resumir-se ao ecrã ser touch não faz sentido. Nem para as apps.

A Apple até sugere usar um iPad como um complemento ao Mac, por exemplo, como uma tablet de design e display secundário (Sidecar).

A Apple está a vender a ideia como quer e sabe mas o meu bolso é que não gosta da ideia do complemento :D
 
E para que é que um MBA precisa de complementos? :coolshad:

Pessoalmente gosto muito de iPads, mas é os baratos, ou menos caros, estes iPad Pro acho uma aberração de potência, custo e inutilidade, e nem é como usar um Ferrari para ir às compras, um Ferrari é sempre um Ferrari, depois das compras pode ir a 300, este não, é sempre uma carroça, mesmo com o motor do Ferrari.

Sim, há casos que é muito útil e por mim está tudo bem, é a minha opinião.
 
A maioria da pessoas que consideram o iPad Pro limitado advém do facto de não terem utilidade para ele.

A minha esposa, professora de matemática usa um iPad Pro dela e um portátil PC com touch e pen. A maior parte do tempo que usa o iPad Pro é para trabalhar. E o portátil apesar de ter touch e pen, usa-o apenas como desktop. Ela adora o iPad Pro e os colegas “invejam-no” porque consegue ter um workflow muito mais eficiente que os colegas que apenas têm um portátil idêntico.

Entre muitas outras razões de nota, uma é o facto de ser muito mais eficiente ter um ecrã dedicado para criar conteúdos com caneta e dedos e outro apenas para teclado e rato. Ele usa os dois em simultâneo durante as aulas. Há uma série de coisas que usar as mãos e uma caneta para as manusear é melhor que um teclado e rato.

Um híbrido apenas da para usar de uma forma ou de outra. Não é solução para usar as duas em simultâneo num mesmo espaço de tempo. Em suma, também é uma solução limitada para profissionais.

Mas claro está, isto é uma necessidade profissional. A abordagem do dois em um nem sempre é a mais eficiente.

Caso contrário toda a gente andava a jantar com canivetes suíços e vivia em roulotes. São coisas úteis em determinadas ocasiões, mas por regra a sua utilidade bem menor do que se pensa á primeira vista. No primeiro caso acabas por não ter um bom garfo ou faca, e no segundo nem uma boa casa ou carro. Servem para situações mais ocasionais do que se pensa, diria de recurso até.
 
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E o que é que o iPad Pro acrescenta ao iPad comum para o uso dela?

Isto sem debater sequer a utilidade base da coisa e a necessidade disso para dar aulas (ou dos portáteis híbridos...).
 
A Apple tem todo o interesse em manter as águas separadas. Criar um vosso virtual entre esses dois ambientes acaba por gerar uma necessidade artificial de um ser complemento do outro. Resumindo, cria dois mercados numa espécie de double-dip.

Não creio que neste momento, com a eficiência do M1 e futuros, seja justificável continuar o dumb-down da variante touch. No interface já temos o aproveitamento do Apple pencil para elementos de dimensões reduzidas/pouco práticos para touch only, em jeito de pointer, portanto não seja por esse factor.
 
Existem muitas matérias onde a Apple desenha as coisas de tal forma que parece double dip. Mas esta não é uma delas na minha opinião.

Eu já trabalhei com híbridos, conheço pessoas que trabalharam com híbridos e o comportamento é sempre o mesmo. Quem é executa tarefas profissionais em que o rato e teclado é a melhor opção, acabam por não usar nesses dispositivos a caneta e as mãos para executarem trabalho. Os que usam fazem-no muito ocasionalmente, la está o canivete suíço.

Isto em si não é um problema. O problema é que esses acabam por não ter um bom portátil nem um bom tablet. E se vivem 90% do tempo em modo portátil, é irracional comprometer essa experiência pelos míseros 10%.

As pessoas dizem. Epa isto só basta macOS com suporte para touch e caneta, não é preciso mudar nada. Acontece porém que esses vão ser os primeiros a dizer que isto e aquilo deveria ser assim e assado para suportar melhor Imo touch e a caneta.

Nem é preciso muito para perceber isto. Façam um Remote Desktop do iPad Pro para o iMac ou Windows. Esses sistemas suportam caneta e touch ... que é logo colocado de lado a favor do teclado e rato. Isto é, anda-se atrás de uma miragem

A melhor solução já foi encontrada. Não percebo porque se teima em não aceita-la. E há pessoas que querem transformar o macOS em algo tipo Windows 10 mas depois diz-se que preferem o macOS. Não faz sentido.

Não creio que haja problema em não se achar algo útil no seu contexto.

No meu contexto comprar uma mota não faz sentido face a opção de se ter carro. Mas não diria que a Mota é um dispositivo limitado. São coisas diferentes, que servem contextos destintos.

Enfim.
 
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Eu já trabalhei com híbridos... O problema é que esses acabam por não ter um bom portátil nem um bom tablet.
Quando referes a tua experiência com híbridos, estás a usar como base o passado, mas a Apple já nem usa Intel (tirando vá o Mac Pro que nem faz sentido nesta discussão). Não andemos presos nos exemplos da era Intel.

Nada impede de tornarem o iPad num excelente portátil no sentido mais tradicional da coisa. Atenção que não estou a dizer que já não o possa ser, principalmente para certo tipo de use cases. Mas agora com praticamente o mesmo hardware e arquitectura que os MacBooks, porque não trazer um macOS look-alike para o mesmo, via quiçá um macOS fork mais limitado, ao invés de um iPadOS naturalmente manco no multitasking e no que pode executar, de onde, como...

Uma coisa é certa, iPad Pro 12.9 + Magic Keyboard (1.35Kg) = mais peso que um MBA (1.29Kg). Quiçá tornar o MacBook num convertível com dobradiça a 360º, touch + caneta, fosse o melhor de dois mundos. Novamente, a eficiência do M1 permitiria tornar isto possível sem ter um aquecedor a bufar para toda e qualquer tarefa, com autonomia a condizer.

Imaginemos que até possa existir um aspecto técnico, como o thermal envelope do M1 nesse tipo de kernel mais pesado e nesse formato. Já que o M1 dá voltas à concorrência, porque não fazer binning dos M1 para uma frequência menor (muito provavelmente já o fazem), certamente continuará a dar voltas à concorrência, com menos calor e consumo de energia que o M1 laptop. E não é que as baterias no iPad Pro sejam pequenas, creio que no modelo actual sejam cerca de 30% menores que as do MBA M1, mas com o binning e ecrã ligeiramente menor (miniLED poderá até ajudar na autonomia principalmente em interfaces mais escuros), creio que continuaria a oferecer uma boa experiência.

Simplesmente não é posição que a Apple queira criar. Não lhes trás qualquer vantagem, pois a fragmentação da sua linha é a base do seu ecossistema como vantagem, que no fim os leva a ter sucesso na venda de múltiplos devices ao mesmo cliente.
 
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