Caso não se lembrem, há uns bons anos existiam muitos jogos deste género. De cabeça lembro-me de Myst, Riven, Zork, Amerzone.
Não percebo porque é que "do nada" começaram a chamá-los de "narrativa interativa" ou até mesmo nem considerá-los como jogos lol.
Meu caro, com toda a certeza, não será a mim que me darás lições sobre o que são os grandes jogos de aventuras gráficas, com o seu "boom", sobretudo a partir dos anos 90 e toda a evolução de interatividade que se foi verificando desde então. A interpretação que atribuí, enquanto narrativa interativa, diz respeito, neste jogo, à falta de existência de puzzles puros (que todas essas aventuras gráficas, tinham) que necessitam de resolução para se avançar na descoberta de soluções.
Eu acho este jogo fantástico, mas, analisando friamente, limitas-te a andar pelo cenário (muito bem feito), a descobrir os pontos onde consegues descobrir os flashs com partes da história. Não tens qualquer puzzle e podes iniciar o caminho, do principio ao fim, sem "despoletar" qualquer ponto de "narrativa", sem teres tido qualquer "interatividade" com o cenário, para que fizesses o "trigger" dessa mesma narrativa.
Em qualquer um dos jogos que referiste (e sim, joguei-os a todos e mais alguns, pois sou fã do género) tens puzzles e a necessidade de resolver problemas para avançar na história. Neste jogo, não existe qualquer puzzle/problema/dificuldade e simplesmente limitaste a "avançar" e a "despoletar" pedaços da história.
Não deixando de ser um "jogo", considero-o efetivamente uma narrativa interativa... muito bem feita e que gostei imenso. Quanto ao "não considera-lo como jogo", se te referias ao meu post, interpretaste-o mal.