Estás a confundir coisas bem diferentes ou a compreender mal o que é dito. Ninguém está a defender que nada mude. O que se está a dizer é que a estabilidade e interoperabilidade duma plataforma é essencial. Tu nunca ouviste ninguém criticar processos de normalização tipo C99 ou C++0x porque apesar de introduzirem muitas mudanças, as normas não deixam de existir e a plataforma continua a funcionar. O mesmo se passa com Java.
Tal como disse algures, é criado um PROGRAMA, um binário (ou exe ou wharever), a partir desse momento executas o mesmo no SO, não há problema em ser .NET ou 6, é executável.
O .NET precisa da plataforma .NET para correr, mas consegues correr programas criados no VB6 na boa no teu pc, não há stress.
Por outro lado tu já ouves essas críticas com o tal Python 3.0 e PHP 6, se bem que nenhuma dessas linguagens passa pelos mesmos problemas inerentes a plataformas fechadas e incompetência de que o Visual Basic sofre.
Não? Aqui já falamos em sites, e estes dependem directamente da plataforma. Não de binários. Se alteras a plataforma e o site deixa de funcionar estás metido num grande problema, não é um utilizador afectado, mas muitos mesmo.
Não estás a compreender a coisa. O código escrito por pessoas competentes nunca é descartável. Tu não escreves um programa para compilares e depois atirar o código-fonte para a sanita. É sempre necessário alterar umas coisas, implementar mais funcionalidade e corrigir problemas. Será que é preciso escrever um programa totalmente do zero para conseguir isso? Claro que não.
Esse é o problema do Visual Basic e afecta-o particularmente. Repara que é uma linguagem/plataforma que foi criada a pensar em RAD de aplicações que sirvam de fachada a bases de dados. Esse tipo de necessidade é típica de empresas que precisem de desenvolver aplicações internas para gerir operações tipo aprovisionamento ou burocracias. Esse tipo de aplicações escreve-se uma vez e é suposto funcionarem largos anos enquanto levam com actualizações e nova funcionalidade ao longo da vida.
Sabendo isso, em que medida é que uma empresa que cometeu o erro de apostar na microsoft e no Visual Basic ganha em ver cortado o suporte de aplicações vitais em que depende para fazer negócio?
Um programa uma vez feito e lançado é dado como terminado. A linguagem mudou mas o binário continua o mesmo e o programa continua funcional. É para isso que servem os compiladores, transformar linguagem de programação (neste caso VB) em linguagem máquina. Está feito, está concluido, não mexe.
O único problema JUSTO que podem levantar aqui é no que respeita a NOVAS VERSÕES do software, aí sim, têm de ter mais trabalho.
Quanto ao PHP, não há compilação, é uma linguagem script, é interpretada e não compilada. Se a framework muda está tudo estragado.
Em Visual Basic o caso é ainda pior que PHP.
Os criadores da PHP ainda se preocuparam com interoperabilidade e coerência da plataforma, esperando até ao desenvolvimento da 6.0 para partir tudo. Mesmo assim só partiram tudo porque não havia mais maneira de não partir para resolver os problemas.
Por outro lado, todos os lançamentos de Visual Basic foram feitos com a intenção expressa de somente funcionarem na própria plataforma e recusar o suporte do produto das plataformas anteriores. A compatibilidade é insistentemente partida de propósito. Quem é que ganha com isso?
Concordo, o salto foi demasiado grande. Mas das duas uma, ou lançavam umas 300 versões umas a seguir às outras ou faziam aquele salto. Da forma como estava o 6.0 é que não podia ficar.
O VB estava a ficar BEM para trás, de linguagem da moda começou a perder a piada toda devido à
concorrência. Foi tipo FoxPro, só que esse nunca chegou a vingar...