Exemplos de Adopção Gnu/Linux

No mercado empresarial (muito principalmente micro e pme's) há uma grande falta de aplicações de gestão/facturação. se este segmento fosse corrigido então veríamos uma grande mudança.

Tirando estes softwares, todas as outras funcionalidades (browser, mail, doc escrita, folhas calculo, desenho, IM, etc.) têm software's ao mesmo nível do que se encontra para windows.

E agora neste tempo de crise, é uma area que pode ser explorada, principalmente para quem quer entrar nesta area.
 
sabes deus o windows :lol:

isto é tudo um pouco relativo, porque como sabem o mundo da informática é bastante vasto e ninguém sabe de tudo, por isso não podemos estar a culpar os professores por isso.

mas é óbvio que se nas aulas fossem dados sistemas operativos unix os alunos iriam ter vontade de ver e descobrir mais, andei 3 anos a tirar um curso de técnico de informática que mal me falaram de windows quanto mais, actualmente onde estou tinha uma cadeira de sistemas operativos unix, onde dei ubuntu e fiquei fascinado com aquilo tanto que actualmente so uso windows por causa de jogar, e no portatil porque ja vinha o vista e como tinha algumas maquinas virtuais criadas e configuradas, não ia estar a fazer tudo denovo no virtual box.

Isto é tudo uma questão de informação, porque também muita gente nem sabe que isto existe, pois muita gente pensa que ninguém está disposto a trabalhar sem receber "nada" em troca.
 
Artigo do jonar de negócios super fresquinho

http://www.jornaldenegocios.pt/index.php?template=SHOWNEWS&id=358668

Poupe no "software" da sua empresa
À procura de soluções de "software" mais baratas e flexíveis, algumas empresas acabam por optar por aplicações e sistemas "open source" em detrimento de soluções proprietárias. As experiências têm saldo positivo.
Fátima Caçador/Casa dos Bits


Foi precisamente a flexibilidade do SugarCRM e a possibilidade de o adaptar quase totalmente às necessidades da HomePC que levaram a empresa a optar por esta solução "open source" em detrimento de outras aplicações de código proprietário que participavam na mesma consulta realizada ao mercado.

"As propostas que chegaram à fase final tinham um custo semelhante mas o que nos atraiu foi a possibilidade de parameterização sem limites", explica João Costa, um dos administradores da empresa de apoio técnico a computadores de utilizadores domésticos e de micro empresas."Para este nível de adaptação às nossas necessidades que a DRI conseguiu no SugarCRM teríamos de pagar três ou quatro vezes mais num sistema proprietário", justifica. Não se trata aqui de fundamentalismos em defesa do código aberto, nem de preconceitos. Apenas a escolha racional pela aplicação que melhor se ajustava à Home PC e que apresentava a melhor relação entre preço e qualidade.

Em oposição ao "software" de código fechado, ou proprietário, onde a empresa que desenvolve a aplicação é a única com acesso à informação que faz funcionar o sistema (o dito "código fonte"), as aplicações "open source" têm código aberto, acessível a todos os que o quiserem ver e alterar, o que poderá permitir maior flexibilidade na adaptação à realidade das empresas. É também preciso pagar licenças pela utilização das aplicações mas, normalmente, estas têm um custo mais reduzido, ou nulo, consoante o modelo de distribuição escolhido.

Estas são as vantagens que normalmente se juntam aos argumentos de garantia de continuidade e melhor "performance", mas que contam com fundamentos também fortes da parte de quem defende o "software" proprietário. O debate que se gerou em volta do "software open source vs software proprietário" - com extremismo de cada um dos lados e diversas entidades a assumirem apoios, ao mesmo tempo que alguns Governos demonstravam a sua opção pelo "open source", como o fez recentemente o Reino Unido - tornaram a escolha entre cada um dos modelos uma questão quase "política". Ou se é contra ou a favor, quando, para as empresas, o que está em causa é principalmente uma questão de funcionalidade e de custos.

"Não tínhamos qualquer ideia de escolher 'software open source' ou proprietário. Foi depois de uma consulta ao mercado que identificámos esta solução como a melhor opção para a Home PC e com a vantagem competitiva de ter um sistema único, difícil de replicar", explica João Costa, adiantando que na linha de negócio da Home PC este é um factor importante porque é o sistema que faz a distribuição do trabalho e coordenação de agendas com base em informação inserida pelos operadores e georeferenciada.

Escolha aconselhada
Na Clínica Thalassa, especializada em tratamentos de estética, a opção foi claramente em prol do "open source", por indicação de familiares dos sócios fundadores. Manuel Jorge, médico e sócio da Clínica criada em Janeiro de 2000, lembra que quando o negócio começou a crescer foi preciso criar uma rede informática. "Numa pequena empresa como a nossa, é muito importante não aumentarmos os custos e percebemos que, em 'open source', há todas as aplicações equivalentes às da Microsoft e menos pesadas, em custos e facilidade de utilização", justifica.

Do conhecimento à aplicação prática foi apenas um passo, com a adopção do sistema operativo Mandriva 2006 que foi complementado com ferramentas de produtividade "open source" e outras aplicações que permitem aos médicos da Clínica Thalassa trabalhar com as fotografias da evolução dos seus pacientes. Actualmente, a empresa está a aguardar a adaptação de um "software" de agendamento pela Ângulo Sólido, empresa que assumiu a instalação e manutenção do sistema da clínica, e que permitirá gerir de forma mais eficiente a ocupação das salas de tratamento.

A adaptação dos colaboradores da clínica ao novo sistema operativo terá sido uma das componentes mais difíceis de todo o projecto. "As pessoas estão mais habituadas a usar sistemas Windows mas estas aplicações são muito parecidas e é tudo uma questão de hábito", esclarece Manuel Jorge. "Há alguns anos, era preciso perceber mais de informática para usar 'open source'. Os sistemas têm vindo a evoluir e estão mais fáceis de usar", adianta.

Racionalidade de custos

Na Pneumobil também surgiram algumas dificuldades iniciais de adaptação, mas que foram rapidamente ultrapassadas. A empresa que detém quatro oficinas especializadas em pneus implementou o Linux há cerca de cinco anos no escritório e em todas as oficinas. Depois de alguma resistência dos 24 colaboradores, todos acabaram por se adaptar e trabalhar de forma eficiente com o novo "software".

João Sobral, administrador da empresa, admite que a opção teve como motivo principal os custos. "Só em licenças de 'software' gastaríamos o equivalente a 16 meses de assistência técnica e temos o mesmo tipo de aplicações", clarifica. Apesar de tudo, a Pneumobil ainda mantém uma solução mista. "Não tínhamos conseguido ainda substituir o sistema de ERP ("Enterprise Resource Planning") por uma solução 'open source' já que não encontrámos nenhuma adaptada à realidade portuguesa e suficientemente madura e estável", confessa João Sobral. A empresa está actualmente em fase de selecção de uma solução para esta área e espera, desta vez, conseguir melhores resultados.


O que é o "open source"
O termo designa o "software" de código aberto e foi criado pela OSI (Open Source Initiative), como define a Wikipédia. O "código fonte" que determina as instruções de funcionamento das aplicações é acessível a todos e pode ser alterado, ao contrário do "software" proprietário que é detido por uma empresa que é a única a poder fazer alterações. Estas fronteiras estão a esbater-se, já que algumas das principais empresas de "software" proprietário começam a dar acesso ao código a grupos restritos de utilizadores.

Entre os projectos mais conhecidos de "open source" estão as várias distribuições do sistema operativo Linux e o "browser" Firefox, da Fundação Mozilla.


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João Costa
28 anos HomePC

A exclusividade de um sistema desenhado à medida das necessidades da empresa e a flexibilidade de adaptação foram duas das principais razões da escolha do SugarCRM. A aplicação suporta todo o negócio da HomePC em termos de agendamento da intervenção em casa ou na empresa do cliente, gerindo as agendas dos técnicos de acordo com as necessidades e usando um sistema de referenciação, integrado com os PDA.













Manuel Jorge 41 anos Clínica Thalassa
Poupar nos custos foi uma das principais preocupações da Clínica Thalassa na opção por "open source", mas a estabilidade e a segurança também faziam parte das prioridades. O conhecimento das soluções de código aberto e os conselhos de familiares dos fundadores da clínica deram o empurrão necessário para a instalação do sistema operativo Mandriva 2006, combinado com as ferramentas de produtividade OpenOffice, assim como por aplicações de gestão de imagem.




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João Sobral
38 anos Pneumobil

Com a necessidade de um sistema integrado para ligar o escritório às quatro oficinas, a Pneumobil optou pelo "open source" que traria redução de custos sem perda de funcionalidade. Pelas estimativas de João Sobral, o que se poupa em licenças dá para custear mais de um ano de manutenção, num contrato que inclui já as aplicações. A empresa mantém um sistema misto por não ter encontrado uma alternativa de código aberto adaptada ao mercado português.
 
Atenção à data, isto era quando eu ainda me entretia... Era giro ver a s390 a bootar Debian...

Open-source na Administração Pública em debate
O Estádio Municipal de Braga, local onde se realiza a edição deste ano da MCP, foi palco de uma conferência sobre software livre na Admnistração Pública, uma oportunidade para se desmistificar o Linux e reflectir sobre o estado actual da indústria.

No dia da abertura oficial da Minho Campus Party (29 de Julho), realizou-se uma conferência sobre open-source na Administração Pública, conduzida pelo Major Negrão Sousa, responsável de Sistemas Informáticos do Exército.

O objectivo foi despertar e motivar para o uso de software de código livre, uma oportunidade para combater alguns "mitos" em torno do Linux e reflectir sobre as vantagens da sua utilização em empresas e na Administração Pública.

As liberdades proporcionadas pelo open-source , designadamente o facto de ser de distribuição livre, o poder ser estudado ou usado para qualquer propósito, a economia de utilização e a independência dos utilizadores face aos fornecedores de software, foram alguns dos temas focados.

De acordo com Negrão Sousa, o software livre é uma forma de contrariar e controlar o monopólio do software pela Microsoft. "A dependência extrema de fornecedores pode ser um péssimo negócio", declarou, a propósito dos custos relativos às actualizações de software.

Em declarações ao Ciberia, Negrão Sousa, quando questionado sobre as razões porque alguns sectores do Exército aderiram ao open-source , apontou a estabilidade, o preço e a segurança como factores chave.

"Embora haja opiniões opostas no que respeita à segurança do open-source , hoje em dia já é praticamente aceite a ideia de que o software livre é mais seguro", referiu. O facto de o software ser livre significa que é verificado por muitas mais pessoas dentro de uma comunidade de utilizadores, o que, por si, só já é uma garantia de segurança. "O apoio da comunidade permite resolver qualquer falha no mesmo dia, quase de imediato", sublinhou.

Relativamente ao software de código fechado, o especialista apontou o dedo a erros e falhas de segurança, que podem existir durante anos e não são detectados. "Há casos históricos", referiu. Uma falha no Windows pode levar semanas ou mesmo meses a resolver.
O tempo foi ainda de reflexão sobre as posições europeia e norte-americana em matéria de software.

Segundo Negrão Sousa, a Europa depende ainda muito dos EUA em termos de software. "A Europa não tem um desenvolvimento muito forte nesta área, mas finalmente começa a despertar. Temos de ter uma open-mind ", enfatizou Negrão Sousa.

Software Livre em Portugal: http://www.softwarelivre.citiap.gov.pt/

João Cruz, 2004/07/30
 
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