SNES Final Fantasy VI (SquareSoft)

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[Muito resumidamente, Final Fantasy VI (FFVI) é, sem dúvida, um dos melhores RPGs de todos os tempos e dos melhores jogos para a Super Nintendo: a historia é fenomenal, os personagens tem todos um enorme carisma (adoro o Kefka...) e o grafismo leva a 16 bits da Nintendo até ao limite. Um titulo imperdível e que ainda hoje é reconhecido com sendo uma das obras de arte desta indústria.

Final Fantasy VI foi lançado em 1994 pela Squaresoft, tendo sido o último jogo da série lançado numa consola Nintendo até 2003, ano em foi lançado Final Fantasy Crystal Chronicles na Game Cube.
Nos EUA, FFVI foi o terceiro FF a chegar ao continente, sendo assim retitulado e divulgado como Final Fantasy III. Apenas quando FFVII foi lançado é que a numeração no continente americano adotou a numeração original japonesa. Infelizmente, diversas alterações foram feitas pela Nintendo of America, especialmente para remover referências religiosas e nudez, assim como tornar alguns diálogos mais leves.

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Nos EUA o jogo foi lançado como FF III. Vale bem a pena comprar a versão original do jogo​

Pela primeira vez na serie, o jogo passa a mostrar um lado mais tecnológico do que medieval (sendo o ambiente medieval apenas retomado no também excelente nono capitulo da saga). O jogo apresenta 14 personagens jogáveis (recorde na série) e traz assuntos sérios e polémicos como a morte e o suicídio. Este cariz mais adulto levou a muita gente olhasse para o jogo de forma diferente, afinal de contas, em 1994 os videojogos eram olhados como sendo um meio de entretenimento para crianças e adolescentes, não sendo costume haver enredos que abordassem temas mais delicados. Final Fantasy VI arriscou e ficou na história por isso.



O enredo é focado no conflito entre um Império maligno e criaturas mágicas, as Espers. Mil anos antes do início do jogo, houve uma guerra, na qual três deusas tornaram os humanos seres mágicos chamados Espers. No fim da guerra, vendo as grandes diferenças, os Espers fecham-se num mundo próprio, isolando-se completamente do mundo dos homens. Com isso, a magia é abolida do mundo e a humanidade tem necessidade de se desenvolver tecnologicamente para conseguir dar respostas às necessidades existentes.

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Surge, no entanto, um Império liderado pelo Imperador Gestahl e seus generais - Kefka Pallazzo, Celes Chere e Leo Cristophe - que tem como objetivo ressuscitar a magia, extraindo o poder dos Espers. Numa tentativa de invadir o mundo selado dos Espers, Gestahl encontra Terra, uma rapariga filha de uma humana e de um Esper, com a capacidade de usar a magia. Ele cria-a no seio do Império, escravizando-a para lutar na sua legião.

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Numa missão, Terra consegue, com a ajuda de Locke, escapar do domínio do Império, e une-se a uma fação rebelde, Returners, que querem destronar o poder estabelecido. Ao longo das suas lutas, este grupo testemunha inúmeras atrocidades cometidas por Kefka, general do Império, e conseguem aliados entre as vítimas dos seus crimes (entre eles a ex-general Celes, uma das melhores personagens do jogo).

Após atacarem Espers na cidade de Thamasa, o mundo dos Espers passa a flutuar - e no Continente Flutuante, Kefka trai Gestahl, e usa o poder das três estátuas das deusas da magia para reconstruir o mundo à sua imagem, conseguindo poderes divinos. Cabe aos heróis do jogo conseguir reconstruir um mundo em ruínas e destronar Kefka, com o jogador a vaguear por um mundo totalmente destruído e sem vida, passando por localizações outrora belas e verdejantes, com o próprio jogador a ganhar raiva a Kefka pelas suas ações, "transformando-se" em mais um Returner, querendo voltar a dar vida ao excelente mundo que a Squaresoft construiu para FFVI.

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As batalhas recorrem ao famosos sistema característico da série, o Active Time Battle, no qual todos os envolvidos esperam um tempo para atacar (o jogador tem barrinhas demonstrando o tempo).
Ao contrário de outros jogos do género, pode-se escolher a personagem que queremos para aparecer no ecrã, pois o jogo não tem propriamente um personagem principal, mas sim vários, pelo que se torna natural a Square deixar ao critério do jogador a possibilidade de controlar a personagem que desejar.
Os grupos têm 4 personagens, que podem ser substituídos em vários pontos. Os personagens, ao atacar com baixa saúde, podem utilizar Limit Break, técnicas únicas e poderosas, muito mais úteis do que um ataque normal.
Embora ao inicio apenas duas personagens posam utilizar magia, a maior parte deles pode aprender através dos Magicite, restos mortais de Espers.

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Graficamente FFVI é simplesmente genial, aproveitando ao máximo a tecnologia que a SNES oferecia, tendo sido mesmo o primeiro jogo a utilizar 256 cores em simultâneo na consola, inovando na forma como as animações eram feitas, ao conseguir que os aglomerados de pixeis a que se chamava personagens manifestassem emoções, expressões e sentimentos, piscando os olhos, apontando o dedo em sinal de aprovação ou baixando a cabeça. FFVI foi pioneiro na forma de transmitir emoções ao jogador.

O jogo faz bastante uso dos gráficos Mode 7 da Super NES, que dão aos jogadores uma perspetiva de jogo a três dimensões, em vez das duas dimensões reais.
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A OST, como era apanágio da Square, é absolutamente fantástica, sendo de destacar o sublime epílogo de 20 minutos que Uematsu criou. Ainda hoje, FFVI é dos jogos que tem uma melhor OST, sendo um exemplo a seguir, onde se destaca a magnifica cena da Opera, que ainda hoje é recordada por jogadores de todo o mundo. E tudo isto foi conseguido numa Super Nintendo, de apenas 16 Bits, sem recorrer à tecnologia CD. Nobuo Uematsu já tinha demonstrado antes toda a sua qualidade, mas o seu trabalho em FFVI é digno de um génio.

Quem jogou FFVI certamente se lembra disto
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Final Fantasy VI foi um sucesso junto da crítica, que não poupou elogios à obra da Square, classificando-a como um dos melhores RPGs de sempre e como sendo um passo em frente no que a este género diz respeito, ao optar por uma abordagem mais adulta da condição humana. Final Fantasy VI foi também um autêntico sucesso comercial, ao vender 3,42 milhões de cópias, das quais 2,55 milhões no Japão, e cerca de 610 mil nos EUA. Claro que estes números poderiam ter sido ainda maiores, se a Squaresoft tivesse lançado uma versão PAL do jogo.​

Essa versão PAL chegou anos mais tarde, sob a forma de uma versão PS1 e GBA, pelo que não há desculpa para os europeus não deitarem a mão a um dos jogos mais brilhantes de sempre.

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FFVI é intemporal. É um dos jogos mais marcantes da sua geração, e um dos RPGs mais adorados pelo mundo fora. Levou a Super Nintendo ao limite e tem cenas que perduram no imaginário coletivo até aos dias de hoje, conseguindo ombrear com o cinema, no que a transmitir emoções e sentimentos diz respeito e tocar em assuntos delicados, demonstrando que, em 1994, os videojogos não eram apenas para crianças, como se fazia questão de propagandear. E tudo isto com apenas 16 Bits.

Parabens Squaresoft!

Também disponível para: PlayStation 1, Game Boy Advance

 
Última edição:
Eu comecei a minha aventura em jogos de Final Fantasy há 23 anos atrás com o FF7, desde então, joguei o 8, 9, 10 e 13.

Sempre tive curiosidade em pegar nos FF antigos e resolvi comprar o 6 através da plataforma steam, pelas reviews muitos afirmam que é dos melhores jogos desta franquia e assim sendo não podia deixar de o jogar. Em breve irei finalmente pegar nele (tenho um backlog enorme :hehehmn:)
 
@Mirime iniciei-me nas lides do FF exatamente na mesma altura! E desde então é das minhas sagas favoritas desta indústria.

FFVI, VII e IX são, para mim, o expoente máximo da saga. Este VI é um hino à Indústria dos Videojogos. Vai lá jogá-lo sff!
 
O VII é o meu favorito, mas o VI é impossível ficar atrás seja em que ranking for. E ambos só são ultrapassados pelo Chrono Trigger.

Tudo neste jogo é top. Se quiseres visitar os antigos, dá também uma olhada no IV.
 
Uma data de tempo depois, finalmente voltei a terminar este clássico, com tudo feito (sidequests, espers, todos os personagens com as magias todas, etc)

Um dos melhores jogos de todos os tempos.


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Só tenho pena de nunca ter concluído este, tenho de ver se tiro tempo para isso, cheguei a jogar emprestado por um amigo, lembro-me de estar a adorar mas depois poof fiquei sem ele:/
O FF7 continua a ser até agora o meu favorito, ainda há cerca de 5 meses voltei a jogar de princípio ao fim... Muito bom mesmo
 
Final Fantasy Retrospective

Análise da Revista Oficial PlayStation, nº 81 Março 2002







Análise GameSénior nº4, Dezembro 2010























































 
Última edição:
Finalmente joguei o FFVI em 2020! Já tinha jogado um pouco há uns anos, mas, por algum motivo que não me lembro, tive de parar.

Jogo excelente em praticamente todos os aspectos, principalmente na história e nas personagens.

Um mundo vasto e com segredos por explorar. Um soundtrack fantástico e o gameplay é sólido para a altura, no entanto um pouco abaixo dos jogos da saga que saíram pouco depois.

O conjunto de personagens principais é vasto, e apesar de existirem 2/3 personagens menos desenvolvidas, as outras têm uma personalidade muito própria. O vilão também é bastante carismático.
Outro elemento muito interessante é que não existe propriamente uma personagem principal pois o protagonismo é dividido entre 3 membros da party. Por vezes a party divide-se em grupos e explora diferentes áreas sendo isso uma dinâmica interessante e fora do comum em jogos do género. O FFIX também implementa bem isso.

Gostei do sistema de aprendizagem de skills, que é feito através de Espers (Summons) em que ao termos um Esper equipado durante algum tempo aprendemos as habilidades do mesmo. Também faz lembrar um pouco o FFIX, aí aprendem-se skills pelos equipamentos.

A história e as personagens são o ponto forte do jogo e o que nos fazem querer continuar a jogar até ao fim.
Existe uma parte do jogo que me deixou literalmente de boca aberta, algo que é raríssimo acontecer.

O maior elogio que posso fazer ao jogo é que estava à espera do melhor jogo de sempre e, apesar de não passar a ser o meu jogo favorito, não me desiludiu. Entra certamente num lote de jogos especiais para mim.

Nota: 10/10
 
Última edição:
E ainda temos

A tentativa de suicídio da Celes

ou

a cena do comboio das almas com o Cyan

Por alguma razão é que este jogo está no meu top 5 de sempre.
 
E ainda temos

A tentativa de suicídio da Celes

ou

a cena do comboio das almas com o Cyan

Por alguma razão é que este jogo está no meu top 5 de sempre.

Para mim a Celes é a minha personagem favorita do jogo e se escolher uma protagonista seria ela. Incrível como até isto se pode discutir.
De facto tem momentos que estavam muito à frente do seu tempo.
De todos os jogos Final Fantasy, talvez seja o que tenha mais curiosidade em ver um remake juntamente com o FFIX.
Claro que os originais são clássicos para sempre.
 
Sem dúvida. Dos primeiros jogos a abordar temas sérios, adultos e sensíveis, tais como a depressão ou o suicídio.

Mais um fanboy da Celes eheh
 
Um dos meus RPGs preferidos e muito provavelmente o melhor Final Fanasy até ao momento.
Está a par com o Chrono Trigger no topo dos melhores RPGs da SNES, o que por si só já diz muito do mesmo, tendo em conta a consola que é.
Uma experiência única.
 
Concordo em pleno. Um clássico intemporal e um dos melhores RPGs que ainda podem jogar em pleno 2022.

Understanding Why Final Fantasy VI Worked​

 
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