Flash Externo vs Built-in

Cleophas

Power Member
Viva!

Entrei no mundo das dSLR à muito pouco tempo e rapidamente marquei uma posição: detesto fotos com flash.

Para mal dos meus pecados, na maior parte das vezes, ele é necessário e ainda não inventaram uma lente 10-400mm F1.0 (piada, claro!).

Ora pelo que tenho lido, os flash's externos atenuam muitos dos defeitos que costumo ver nas fotos com flash built-in.

A minha questão é: Há algum sítio, ou alguem me pode mostrar, fotos onde eu possa realmente constatar a diferença entre um flash built-in e um flash externo. Tenho uma CANON 450D e penso comprar (quando a crise acabar...) um Metz AF48, mas queria estar bem fundamentado antes de gastar o dinheiro.

Obrigado!
 
O grande beneficio de usar um flash externo é poder ser usado fora da sapata.
Isto permite-te jogar com uma, ou várias, fontes de luz sem ser a típica "de trombas", e muitas outras ideias criativas.

O melhor sítio para aprenderes e veres boas técnicas de utilização é:
http://www.strobist.blogspot.com/

Até terás algumas recomendações de flash...
 
Só o simples facto de o flash externo ser uma fonte de luz cerca de 4 ou 5x maior, já marca diferença. Mas como em tudo na fotografia, os bons resultados vêm de se saber usar as coisas. Já vi fotos boas tiradas com o built-in, tal como já vi más tiradas com flash externo.

PS: E não, o grande benefício do flash externo não é poder ser usado fora da sapata, é poder projectar luz indirecta (bounce).
 
PS: E não, o grande benefício do flash externo não é poder ser usado fora da sapata, é poder projectar luz indirecta (bounce).

é verdade que uma das grandes vantagens é o bounce, mas para mim a maior é mesmo pôr "off-camera, as god intended it to be.." Zack Arias :D

cumps
 
Para mim também, mas tal como tu e o Zack Arias, vejo aquilo como um mini-flash de estúdio. :p São visões mais "strobist" e wireless TTL e afins.
No entanto a "revolução" que os flashes "cobrinha" (:p) trouxeram, foi a malta das reportagens poder passar a usar luz indirecta.
 
PS: E não, o grande benefício do flash externo não é poder ser usado fora da sapata, é poder projectar luz indirecta (bounce).

É discutível qual das duas coisas é "o maior benefício". Mas, o melhor mesmo é que o flash externo dá para fazer as duas coisas!
 
Bom,não consigo assim à primeira...

Descortinar algumas vantagens que aqui andam :D.Porém,além de o referido bounce,os meus flashes externos teem umas coisinhas engraçadas com uns nomes estrangeirados LOL LOL tipo LEVEL 1,2,4,8,16,32 e depois outro palavrão ZOOM control,outro mais Ratio etc e tal...TIMES,TTL,ADI bom 2 bounces duplos WHITECARD e o PULLDISPERSOR tudo isto se pode controlar a gosto do ouvinte:003:.Enfim so em relação a apenas uma luzinha tão sozinha BUILT-IN,esta em minha opinião so tem uma vantagem.Um individuo ter um pouco de miopia quando tem um externo à mão LOL.
 
O built-in tem uma vantagem -> Não gasta pilhas. lol No outro dia estava a fazer uma reportagem e uma rapariga ao meu lado, ao ficar sem pilhas, toma, passou para o built-in e continuou a bombar.
 
Os números 1, 2, 4, 8, 16, 32 e por ai fora são o denominador de uma fracção cujo numerador é 1 e indicam a potencia do flash (quando esta é ajustada manualmente no flash). Assim, 1/1 é a potencia máxima (100%) e 1/32 é uma potencia mais reduzida (~3%). Este é controlo mais básico de um flash e também deve existir num flash "built-in".

Normalmente um flash externo tem duas partes: (1) um corpo onde vão as pilhas, os controlos, os encaixes, e a electrónica e (2) uma cabeça, que permite ser orientada para os lados e para cima e que, lá dentro, tem algumas peças ópticas que permitem alargar ou estreitar o feixe do flash (o chamado "zoom" do flash). Nalguns casos é preciso usar um acessório (uma peça de plástico com pequenos prismas) para alargar ainda mais o feixe do flash e esse acessório está escondido na cabeça.

O zoom tem como função original aproveitar ao máximo a potencia do flash concentrando-a na área visível ao ângulo de visão da lente. Por isso, usa-se um feixe de luz estreito para lentes de ângulo de visão estreito (lentes "longas") e usa-se um feixe de luz alargado para lentes de ângulo de visão alargado (lentes "curtas" ou wide). Mas isto só faz sentido se o flash estiver orientado na mesa direcção da lente, que é precisamente a "pior" forma de usar o flash.

A generalidade dos flashes externos têm cabeças orientáveis em dois eixos (elevação e rotação) e zoom. Alguns, como o Nikon SB-400, não têm zoom e são orientáveis apenas num eixo (elevação). O Sony HVL-F58AM é orientável em dois eixos, mas um deles é diferente do habitual (inclinação lateral em vez de rotação) e a elevação tem um movimento excepcionalmente amplo (quase 180º graus).

Os flashes built-in normalmente não têm zoom e raramente permitem orientar noutra direcção que não seja a mesma da lente.

O "bounce" é um das múltiplas técnicas de alterar a qualidade. O "bounce" não é mais do que aproveitar uma superfície clara como uma parede, tecto ou outra coisa qualquer que esteja à mão para sobre ela reflectir a luz do flash e assim alterar simultaneamente a direcção e dureza da luz. Em bounce o zoom do flash pode ser usado para controlar a dimensão aparente da fonte de luz, pois altera o tamanho a projecção do flash. Os flashes com cabeça orientável têm a vantagem de fazer "bounce" mesmo quando montados na máquina.

De salientar que quando alguém diz que "detesta fotos com flash" usualmente quer dizer que detesta "fotos iluminadas com um a luz dura e com a mesma direcção da lente." Ora são precisamente estas duas características que são drasticamente reduzidas com a técnica de "bounce."

Usar o flash fora da cabeça (o que obviamente só é possível com um flash externo) permite alterar ainda mais a qualdidade da luz e/ou conseguir efeitos dramáticos através do posicionamento da fonte de luz. Neste caso, usar luz dura (flash sem bounce) pode ser uma opção criativa viável pois já não estará na mesma direcção da lente.

Finalmente, o flash é uma luz de grande qualidade em termos de cor, só comparável com a luz de um dia ensolarado. Por isso não é de espantar que as cores fiquem muito mais vivas quando iluminadas com flash em vez de iluminação artifiical vulgar.

Isto tudo é apenas um cheirinho de tudo que se pode dizer sobre o uso de flash.
 
Última edição:
Nota aos moderadores: não há uma secção específica para Flash na lista de tópicos de iniciação à fotografia. Acho que por ser algo básico merecia uma secção independente.

Os números 1, 2, 4, 8, 16, 32 são o denominador de uma fracção cujo numerador é 1 e indicam a potencia do flash (quando esta é ajustada manualmente no flash). Assim, 1/1 é a potencia máxima (100%) e 1/32 é uma potencia mais reduzida (~3%). Este é controlo mais básico de um flash e também deve existir num flash "built-in".

:kfold:Excelente explicação
Já agora podias ter posto o 1/64 e 1/128, não faço ideia se existem mais, acho que não.
 
O built-in tem uma vantagem -> Não gasta pilhas. lol No outro dia estava a fazer uma reportagem e uma rapariga ao meu lado, ao ficar sem pilhas, toma, passou para o built-in e continuou a bombar.

Não gasta pilhas, mas limpa a bateria da máquina em metade do tempo. Venha o diabo e escolha :-). Eu preferia ficar sem pilhas no flash do que sem bateria na máquina -.- (hipoteticamente falando)
 
Boa explicação sem duvida, obrigado strobe ;)
Acho que também era porreiro uma explicação sobre os guide numbers, já que estes são geralmente usados para especificar a potencai dos flash's.
 
Não gasta pilhas, mas limpa a bateria da máquina em metade do tempo. Venha o diabo e escolha :-). Eu preferia ficar sem pilhas no flash do que sem bateria na máquina -.- (hipoteticamente falando)

Quando estás numa situação em que ficas sem pilhas e tens que conseguir mais umas 100 ou 200 fotos, nem se coloca a questão de não recorrer ao built-in. Especialmente porque em trabalho não há cá F2.8 nem ISO1600, por isso precisas mesmo de um flash.

Além disso, as baterias das máquinas duram-te imenso. A minha sem grip faz-me 1000 fotos sem problemas e a D300 ainda faz mais (era a máquina da rapariga).
 
Sim, claro, a minha também chega aos 1000, estava a falar numa de hipóteses :-), e é mais fácil ter 4 pilhas suplentes à mão de semear do que uma bateria suplente.
 
Sim, claro, a minha também chega aos 1000, estava a falar numa de hipóteses :-), e é mais fácil ter 4 pilhas suplentes à mão de semear do que uma bateria suplente.

Depende muito... Em trabalho só tenho aquilo que levo e já me aconteceu esgotar todos os packs de pilhas que tinha (tenho 5, mas naquele dia só consegui carregar 4), mas nunca esgotei as baterias (tenho 3, normalmente ando com 2 no grip).
Claro que se for entre vários trabalhos, facilmente paro numa bomba de gasolina e compro um pack de descartáveis, ou se puder meto-as a carregar.
 
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