Formação em Fotografia

A questão aqui é alguém vir dizer que se deve apostar de forma pouco consciente numa área saturada e já de si pouco variada.

Eu também posso abrir uma oficina de mecânica sem perceber puto de carros. Certamente que a minha probabilidade de sucesso é baixíssima.

Acho piada ao pessoal assim, que acha que as coisas acontecem as 3 pancadas, sem preparação nem trabalho pesado prévio.

Depois corre mal e é culpa dos impostos, das pessoas que não procuram o serviço, do estado que não ajuda, etc..

A sério que gostava de ver o trabalho de alguém que não percebe puto de poda quando, o que não falta para aí é maus serviços de quem já anda nisto há anos e até tem conhecimentos.

De facto não é preciso anos de experiência para ser-se bom mas é preciso algo mais que acreditar em unicórnios.
 
Eu acho que há aqui 2 perceptivas a passar.
1- gostas de fotos, queres experimentar, não gastar muito para já? então é seguir a maior parte dos conselhos aqui expostos.
2- queres fazer disto profissão? então tens de fazer o inverso do que aqui foi dito, e claro, aprender bem, e o mais rápido possivel, e isso custa muito dinheiro.
Se vais aprender por ti mesmo, ver youtube, ler uns livros, tirar umas fotos na rua e aos amigos... vais andar anos a aprender e no final não tens a certeza se sabes tudo.
Para estar pronto a trabalhar, digamos em 6 a 12 meses, vais precisar de pagar a alguém, tens de ganhar terreno aprendendo directamente com quem sabe e te pode passar o conhecimento sem teres de passar pelo tentativa erro.
Mas isso custa dinheiro, muito.
 
Não me parece que a tua resposta vá ser lida...e nem a minha.

@chiclet Não concordo que aprender custe necessariamente muito dinheiro. Isso vai depender sempre do método adoptado. Mas concordo ainda menos é que se esteja pronto a trabalhar em 6 a 12 meses com recurso à formação. Os próprios cursos duram entre um ano e meio e 3 anos, e é a correr bem, conforme estejamos a falar do IPF ou duma licenciatura (já que estamos a falar de pagar para aprender...). A formação, por si só, não faz milagres pelo facto de ser paga em vez de gratuita ou autónoma.

E no meio disso tudo falta o mais importante: o portfólio. Não é só injectar dinheiro que faz a máquina andar. É preciso tempo e oportunidades. Não se tiram fotos para o portfólio todos os dias. Podem tirar-se fotos nos 365 dias por ano, mas não se tira todos os dias uma foto nova para o portfólio.

E agora, pessoalmente, acho que é possível aprender muito mais por iniciativa própria do que com formação dada por terceiros. Vejo por mim, pois estudo ou pratico de segunda a domingo e nas horas que bem entendo. Não fico condicionado a 4 ou 6 horas de aprendizagem numa faculdade ou instituto, posso muito bem estar às 2 da manhã a estudar, seja em livros/revistas, seja no YouTube, seja no Lightroom. Mas isto é discutível, se é mais eficaz ou não; cada um com o seu método. Já sobre a parte acima...não há hipótese, é preciso tempo.
 
É e não é.
As melhores fotos que tenho visto são de amadores (alguns podem-se considerar profissionais, não por terem um curso, mas por trabalharem com fotografia).

Fotografia é uma arte - não há dinheiro que compre sentido artístico.

Eu acho descabido alguém se lembrar que quer ser fotógrafo, e tirar cursos, quando nunca pegou numa máquina.
 
Mandrake e milez

Vocês estão a olhar a coisa de forma conceptual...
Para trabalhar, obviamente, dependendo em quê, mas pensando em PT, a pessoas que fez aqui a pergunta, quer fazer reportagens fotográficas a casamentos, baptizados, casais, pessoas, etc etc.
E vos garanto que em 6 meses com formação avulsa está mais que pronto a trabalhar.
Uma formação boa, dada por alguém que sabe é sempre muito melhor que um vídeo na Internet ou um livro.
A fotografia é uma arte... Ok, não me parece que a pessoa do tópico queira ser artista...
 
Você pode pesquisar na internet para treinamento de fotografia. Há tantos cursos sobre isso. Há tantos vídeos disponíveis no YouTube sobre a fotografia, você pode aprender com isso. Mas o mais importante é que a fotografia é uma arte, você precisa de talento. Conheço um fotógrafo estabilizado que tem talento desde sua infância. Como fotógrafo profissional, tive uma curiosidade nas fotografias e me juntei a uma aula fotográfica. Eu tira fotografias de cerimônias de casamento. Se quiser ver as minhas fotografias, pode visitar em http://www.lightshiners.pt/
 
Para estarem minimamente preparados têm de fazer eventos como ajudante, só fazendo vários eventos é que vão meter teoria a funcionar e de lado, porque muita coisa é dita mas na prática muda completamente, e uma pessoa que queira fotografar eventos tem de estar preparada para tudo e só se ganha com treino no terreno e claro ter conhecimentos do material.

Vou resumir, há 1 ano fui fazer um casamento com 2 fotógrafo, e como pagavam como se fosse fotógrafo principal foi um trabalho irrecusável, o estranho foi a que ia como fotógrafa principal, tinha boas noções de posição , olho clínico coisas que ficassem mal na foto mas só sabia o básico de fotografia... Como descobri? No baile á noite andava a fotografar a 2ª cortina com velocidades baixas e ela perguntava como conseguia fazer aquilo com tanta luz na foto sem estar tremido... Eu fiquei tipo... Agora tirando isso não quer dizer que ela fosse má fotografa mas estava limitada (bastante) no tipo de fotografias que podia fazer por não saber coisas básicas do material que tinha.
 
Última edição:
Já reli este tópico várias vezes em diferentes alturas, e compreendo os diferentes pontos de vista. Contudo, quem defende a não formação num Instituto ou semelhante, para a pessoa em questão/OP ou para alguém como o mesmo objectivo, continua a aconselhar o mesmo quando nos anúncios de emprego vem especificado a necessidade de formação na área? Obstante a experiência e portfolio da pessoa, que neste caso é curta, a formação (por exemplo, existem muitas formações de 1 ano em Lisboa que me parecem interessantes: oficina de imagem, etic, arco, ...), não será a formação a melhor porta de entrada para quem quer realmente seguir para o mercado profissional de forma mais rápida? Eu tenho possibilidade de obter formação dada por um fotografo experiente, através de workshops/ aulas particulares a custo aceitável, será que as "empresas" que publicam a necessidade de formação num anuncio de emprego me aceitam se mostrar um "bom" portfolio? Estou em dúvida se me devo inscrever ou não numa destas formações de 1 ano para me ajudar a entrar no mercado profissional, pois portfolios interessantes muitos amadores o têm.
 
Mas queres se formação para ter um portfólio melhor do que os outros?
Vai haver sempre melhor (amador ou não).

Formação não é má, pelo contrário, mas cuidado com as ambições.

Queres fotografar para os outros ou para ti?
Queres ser um artista ou um técnico?

Podes ser as duas e ganhar dinheiro com isso? Com sorte, se calhar.

Mas não penses que é só ter formações e tá a andar.
Era como estudar para ser pintor.
Alguns estudam muito e conseguem melhorar, outros têm talento, outros as duas coisas.

Gostas de fotografar?
O que fazes pela fotografia?
Isto parece muito filosófico e tal, mas é assim...

Para seres bom numa coisa tens que gostar muito dessa coisa.

Faz de conta que a fotografia é como um programa de talentos (o The voice, por exemplo).
Chegam lá gajos, que nunca tiveram aulas de canto, e que cantam melhor do que os juris.
Claro que existe sempre algo a melhorar, mas não é por me inscrever no The Voice que me vou tornar num cantor espectacular.

Cumps
 
@mdiogofs Para esse caso, a questão mais pertinente não é se consegues ter formação ou não. Para isso há muitos sítios e muitas organizações. O mais importante é "essa formação é reconhecida pelo mercado de trabalho?". É que se não for, serve de tanto como competências adquiridas por qualquer outra via, percebes?

Quando vejo anúncios de emprego para fotógrafos, o que costumo ver é:
  • Ou pedem licenciatura em fotografia;
  • Ou não mencionam nada sobre formação e pedem apenas um gajo com o equipamento, conhecimento e experiência adequados (e depois em entrevista imagino que peçam mais informações, como o portfólio);
  • Ou então querem mais do que um fotógrafo, e pedem fotógrafo e videógrafo, ou fotógrafo e designer, etc.

Falando no ponto 2, o currículo dum fotógrafo é um pouco diferente do tradicional. Se há um portófio, o currículo deve encaminhar a pessoa para o portfólio, de forma a que se possa ver o seu trabalho. Senão sou apenas um gajo que diz saber esta, aquela, e a outra técnica fotográfica mas não prova nada.


De qualquer forma, é sempre possível entrar num emprego sem cumprir os requisitos, especialmente no caso da formação ou histórico profissional. Se o candidato mostra que tem mesmo as competências necessárias para a tarefa, pode ser selecionado (falo por experiência própria, embora não com fotografia).
Posso dizer que já fui sujeito a umas quantas entrevistas de emprego (diria que perto de 20). Algo que senti é que à medida que se vai ganhando anos de experiência profissional (mesmo que não seja na área da oferta de emprego), a formação que antecede o percurso profissional é cada vez menos levada em conta. Já fui várias vezes selecionado para empregos sem cumprir os requisitos, incluindo os de formação e os de experiência profissional, e em boa parte das entrevistas que tive ninguém sequer quis saber em que área é que me formei.

Aliás, olhando para o lado oposto, o próprio sistema de ensino permite o reconhecimento da experiência profissional. É possível um candidato a um curso superior ter equivalências em cadeiras com base na sua experiência profissional. Estas coisas vêm mencionadas nos despachos que as faculdades emitem a informar as condições de acesso aos cursos.

Portanto, a menos que seja algo tipo outsourcing, em que a empresa de recursos humanos pode ter requisitos obrigatórios impostos pela empresa-cliente (e de qualquer forma isto costuma resultar em trabalhos com pouco r€conhecim€nto)...sim, é perfeitamente possível a um Zequinha qualquer com o 12º ano e um bom portfólio montado entrar num emprego para o qual a empresa anuncia querer licenciados. Os requisitos são guidelines para se traçar o perfil do candidato, mas não costumam ser vinculativos.
 
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